Fanfic: _--_--pUpPy LoVe_--_-- (TV ABREV - Novela 03) (FINALIZADA)

Noviça não fala com os pais desde que foi excomungada em 1978, mas tem parentes no interior e por não terem TV em casa, acham que a fuxiqueira é uma santa.
Para não ouvir mais nenhuma notícia do Caso Rosa, Noviça se esconde num lugar estratégico, o que deprime Jaque, pois a afasta de todos os luxos de que desfruta em casa:

Jaqueline:- Você realmente não sabe nem mesmo escolher um lugar decente pra se tirar férias.

Noviça:- Você é que é uma ingrata, pois eu te dou tudo do bom e do melhor e ainda reclama. Essa sua geração acha que se diverte muito em frente aos videogames, mas a maior diversão está em respirar ar puro, bem longe da cidade grande.

Jaqueline:- Se fosse pra tirar férias verdadeiramente legais, poderíamos ir pra Europa, mas enfim, só tenho 12 anos e não posso opinar...

Para o azar de Noviça, já há transmissores de TV na casa de seus parentes do interior e não se fala sobre outra coisa que não seja o estado de saúde de Rosa.

Vespúcio (em frente ao hospital):- O estado de saúde da diretora-geral da Pink News, Rosa Bastos Marques, é considerado gravíssimo, havendo iminente risco de morte para a paciente. No último boletim médico divulgado...

Noviça:- Ainda estão falando nisso?

Jaqueline:- Pensei que estivesse interessada em saber. Afinal, não é você a maior puxa-saco da Rosa?

Tia:- Tua chefe vai bater as botas?

Noviça:- Infelizmente, mas não quero falar sobre coisas tristes perto da Jaqueline, não é mesmo?

Noviça inventa um monte de vantagens aos parentes matutos e Jaque, sentindo falta da praia, dos cães e principalmente das amigas, sai da casa onde ficará hospedada por algum tempo e então encontra alguns adolescentes, com quem se entrosa.

William pressente que perderá a tia a qualquer momento e Bilu percebe que o senso de humor do amado não é o mesmo que a cativou fazendo com que se apaixonasse.

William:- Ela é como uma mãe pra mim, ainda mais que me criou quando mais precisei de atenção e afeto. Se não sou um bom exemplo, com certeza fiz escolhas erradas, o que, obviamente não é culpa dela.

Bilu:- Ninguém é perfeito, William. Eu mesma já errei diversas vezes, por que você não erraria?

William:- Se não fosse por você, já teria cometido uma loucura.

Bilu:- Quase todos nós fomos visitar a Rosa no hospital e justo você, que é o mais chegado dela, nem sequer apareceu.

William:- Agora já não faz mais sentido dizer nada à ela. Não pode me ouvir.

Bilu:- Talvez não possa respondê-lo, mas ouvir, sim, ela pode.

William:- Não precisa tentar ser otimista, meu amor. Eu sei que vou perdê-la.

Bilu:- Mas mesmo que ela não possa te ouvir, vá se despedir dela, pelo menos por desencargo de consciência.

William:- Não sei se direi as palavras certas.

Bilu:- Não existem palavras certas, William. Depende do modo como falamos. O importante não é falar bonito, mas falar o que se sente. É muito mais valioso do que um discurso eloquente, mas que na verdade não quer dizer nada. Ela é sua tia e com certeza, mesmo em coma, vai se sentir muito feliz em poder ouvir sua voz.

William:- Você iria até lá comigo?

Bilu:- Mas é claro!

William abraça Bilu e em seguida eles se beijam bem apaixonadamente.