Fanfic: O lobo Alfa (Terminada)

       - Sente-se bem, não é verdade?

       Anahí assentiu com força enquanto balançava
seus quadris. Notava como a poderosa glande friccionava o interior de seu sexo.
Movia-se com rapidez, suave e de uma vez vigorosa, Alfonso a penetrava de uma
forma impassível enquanto se deleitava com as sensações que lhe ofereciam seus
dedos, deliciosamente oprimidos pela carne de Alfonso e seu dolorido clitóris.

       - Por favor, vêem a mim. - Gemeu Alfonso
enquanto cravava os dedos em seus quadris.

       Anahí estava a ponto de chegar. Deveria
ter aceitado a petição. Mas não quis. Algo lhe dizia que esperasse. Que
resistisse. Que alargasse o momento tanto quanto possível.

       Por desgraça, a Alfonso resultava mais
difícil conter sua excitação. Anahí podia sentir sua urgência na forma em que
lhe agarrava os quadris, machucando a carne com sua exigência, e a retinha para
logo mover-se em seu interior. Insistia em que ela chegasse ao final para poder
liberar-se. Cuidava dela. Esperava-a para poder chegar ao êxtase final.

       Sabia que poderia usar a seu favor a
frustração que sentia Alfonso ao esperar.

       Reduziu a marcha. Apenas se movia. E
embora isso supunha uma ligeira diminuição de sua excitação, queria ganhar um
pouco de tempo para poder seguir com seus jogos lascivos. Queria conseguir o
que desejava.

       - Quero esperar. - Sussurrou Anahí

       - Só desejo te sentir dentro de mim.

       A forma de elevar seus quadris lhe
indicou o extremamente frustrante que lhe resultava sua decisão.

       Alfonso a içou com suas mãos e a manteve
suspensa. Penetrava-a com movimentos ascendentes. Afundando-se ruidosamente
nela, apesar de que, para ele, não era a posição mais cômoda

       - Assim está melhor.

       Lançou-a sobre o sofá, e quando Anahí
pôde reagir já estava sentindo o estofo contra seus mamilos. Tinha-a movido
como se não pesasse nada, a adrenalina que liberava seu corpo em resposta a sua
imperiosa necessidade, tinha-lhe permitido trocar de posição para poder
montá-la por trás com assombrosa facilidade.

       Logo que teve tempo de equilibrar-se,
quanto gostava dessa posição e quanto se afundaria nela ao penetrá-la, quando
começou a sentir o grosso pêlo púbico lhe pressionando o traseiro, molhado em
seu próprio sexo. Seu pênis a investia com uma força que jamais tinha
experiente em outro homem. Bombeava energicamente para frente e para trás, uma
e outra vez. Repetindo o movimento, sempre com o mesmo vigor e sem deixar de
sujeitá-la pelos ombros para imobilizá-la. Só fez uma pequena pausa para
empurrar um de seus joelhos, o que lhe permitiu uma penetração mais profunda
nas seguintes sacudidas.

       Notou como uma das mãos lhe espremia o
ombro enquanto a outra se dirigia para seu cabelo. Envolvia-se entre seus
cachos atirando para trás a cabeça enquanto ele seguia com seus movimentos.
Quando Anahí se precaveu de que o membro de Alfonso começava a estremecer-se em
seu interior, ele atirou de seu cabelo para atraí-la, fazendo que as costas de Anahí
e seu peito chocassem violentamente, e sentiu em seu pescoço a mordida de um
homem que já não tinha nenhum controle sobre si mesmo.

       O animal que havia dentro deste homem a
havia penetrado como sempre tinha desejado. E Anahí estava segura de ter encontrado
uma nova espécie de paixão.

       Sentiu chegar a seu interior o espesso e
quente sêmen. O corpo de Alfonso se estremecia violentamente em resposta ao que
acabava de passar. O êxtase do orgasmo lhe fez agarrar o pescoço de Anahí com
uma de suas mãos e a parte dianteira de sua vagina com a outra. E ficou assim,
sustentando-a firmemente diante dele, enquanto seu membro, com movimentos
espasmódicos, seguia orvalhando nela sua semente.

       Podia sentir a glande. Pulsando em seu
interior, dilatando-se e contraindo-se. Bombeando as últimas gotas de sêmen em
seu ventre. Enchendo-a como só um homem pode encher a uma mulher. Suas mãos a
massageavam. Aliviando. Dizendo-lhe em silêncio quem era ele e quanto gostava
de estar em seu interior. Algo lhe dizia que sempre se havia sentido sozinho.

* * * * *

       Alfonso sentiu que suas mãos tremiam
tanto como ele e olhou para o corpo de Anahí, procurando o lugar por onde a
tinha sujeitado. Tinha-lhe feito mal. Estava seguro. De vez em quando tinha
notado em seus gritos um indicio de dor.

       Inclinou-se para seu pescoço e lambeu a
ferida que lhe tinha feito quando seus dentes se afundaram na pele da mulher.
Esse ato era uma parte do emparelhamento canino que Alfonso sempre tentava
controlar, mas esta vez não tinha sido capaz de parar. E infelizmente, sem o
amparo da espessa pelagem de uma loba, seus dentes tinham encontrado a pele nua
de Anahí, que tinha começado a sangrar como conseqüência daquela amostra de
paixão

       Tocou a mordida com seus dedos e lhe
falou para averiguar se estava bem, mas o puxão de seu pênis, ainda duro como
um osso recordou que esta mulher não era seu casal, e que, portanto não ia
entender que o acasalamento não tinha finalizado de tudo. Isto preocupou ao Alfonso.

       Sua intenção era fecundá-la. E se havia
ficado com ela como Miguel para deixar um sabor amargo na boca de seu gêmeo.
Mas se havia algo que não tinha vontades de fazer era lhe causar algum
traumatismo à mulher com sua extravagante constituição canina.

       Só ficava tempo para lhe dar um rápido
abraço antes de tirar seu pênis de um puxão. Anahí soltou um pequeno grito,
agudo, mas tranqüilo, sem dúvida porque o pênis tinha começado a inchar-se e ao
tirar o dessa forma lhe tinha feito mal. Os dedos de Anahí se agarraram a seu
joelho e observou como seu corpo se encolhia em resposta à sensação que lhe
causou a arruda saída de seu corpo, ou talvez fosse pela dor intensa do puxão
que até ele havia sentido.

       Alfonso, ainda detrás de Anahí,
levantou-se e roçou os lábios de seu sexo, tinha mau aspecto. Ao tocá-la mulher
se estremeceu, confirmando suas suspeitas de que, provavelmente, ao sair dessa
forma, tinha ferido tanto seu corpo como seus sentimentos. Era parte do plano
de Alfonso. Uma parte que começava a lamentar.

       - Sinto-o - murmurou.

       Enquanto se desculpava, Alfonso se
ajoelhou no chão detrás dela. Seu pênis estava cada vez mais inflamado,
sobressaindo-se por diante de seu esgotado corpo. Como híbrido não tinha
nenhuma dúvida de qual seria sua seguinte ação. De fato, a parte de ser uma das
partes mais agradáveis do ritual de acasalamento dos híbridos, também tinha um
objetivo nos hábitos de cria. Mas sabia que alguns humanos consideravam que
essa parte era a menos atrativa.

       O primeiro que Alfonso sentiu ao passar
a língua pela entrada gotejante de seu sexo, foi o gosto salgado e espesso de
seu sêmen. Saboreou o delicioso sabor da carne de Anahí, ainda sensível ao
redor de sua vagina, sua excitação e os indícios de sangue, causada pela
brutalidade com que lhe tinha feito amor. Alfonso degustou cada um dos sabores
e aromas que vinham de seu sexo. E se deleitou no prazer que lhe dava acalmar
um pouco o dano que lhe tinha feito durante o acasalamento. Mas, em realidade,
não era esse seu objetivo.

       Embora seu sentido do gosto era cem
vezes o de um ser humano, nem este nem seu sentido do olfato podiam descobrir o
que já deveria ter encontrado na matriz da mulher. Seu esperma a tinha
alcançado, tinha-a inseminado, e graças a seus genes híbridos já deveria ser
capaz de cheirar e provar o crescimento do embrião em seu interior. Mas não o
encontrou.

       Alfonso suspeitou que ao sair de Anahí e
permitir que parte de seu sêmen se derramasse fora, reduziu a probabilidade da
concepção. Seus esforços por não lhe causar mais dor lhe haviam custado um
filho. Ou, no caso menos provável, uma filha loba, um dos mais escassos e
estranhos de sua classe. Independentemente do sexo, seu filho tivesse sido o
próximo alfa.

       Esta vez Anahí não tinha estado
receptiva a seu esperma. E o lobo que havia nele sabia que a próxima vez
tampouco o estaria, a menos que Alfonso permitisse que seu pênis permanecesse
encaixado em seu interior. Desta forma manteria dentro sua semente até que Anahí
levasse a seu filho.

       Mas, isso significava que ou tinha que
lhe causar um grave transtorno quando a penetrasse de novo, ou tinha que lhe
ser honesto com respeito ao que era correndo o risco de que lhe rechaçasse,
como a maioria das mulheres. Para depois ter que obrigá-la a reproduzir-se com
ele.

       A única opção que ficava era a que Alfonso
e Miguel se prometeram não considerar. Era uma perda de tempo, sobre tudo tendo
em conta o que Alfonso era. Provavelmente acabaria sendo mais doloroso que
tomá-la outra vez esta noite para acabar com o ritual de acasalamento.

       Porque Alfonso sabia que não tinha nem a
mais remota possibilidade de fazer que Anahí Portilla se apaixonasse pelo homem
que realmente era.