Fanfic: O lobo Alfa (Terminada)

 Sua língua se emparelhou com a sua enquanto
nenhum deles olhava. E como se nenhum deles se preocupasse.

       Anahí não podia respirar. Não podia
afastar-se dele ou tirar suas mãos de seu cabelo ou sua boca e as pôr a
distância dela. Seu coração golpeava com uma mensagem que lhe dizia que tinha
feito o amor com o irmão incorreto. Anahí sentiu que ele era o homem com o que
ela tinha nascido para unir-se, enquanto suas mãos e a boca lhe impediam de
negar esse fato. Se Miguel ficou com ela e lhe tivesse mostrado o afeto que ela
tinha necessitado depois de que tivesse estado dentro dela, Anahí estava segura
de que poderia haver sentido esta união com ele. Mas ele não o tinha feito. Não
tinha estado em sua natureza. Ao menos não em sua natureza quando tinha estado
com ela.

       Isto constituía a maior parte da
natureza de Alfonso. Ele, como ela para ele, tinha sido criado para um
objetivo. Fazer amor com ela. Dar-lhe prazer e dor e tudo o que pedisse. Alfonso
Herrera era tão forte como Anahí, se não mais forte. Fisicamente.
Emocionalmente. Mentalmente. Anahí nunca tinha encontrado um homem assim antes.
Certamente não um como o que a sustentava em seus braços. E se perguntou como
tinha vivido alguma vez sem saber como se sentia realmente.

       Um homem inteligente. Um PhD? Summa Cum
Sentencie (grande honra-graduação)? Forte como um boi, se ela necessitasse
doações para sua equipe ou havia um animal ferido em alguma parte.

       De repente, se sentiu desprotegida.

       Anahí fazia muito tempo tinha decidido
ser uma fêmea forte e inteligente devido a suas próprias quedas. Sua fantasia
sempre tinha sido encontrar um homem que a pudesse envergonhar com sua força.
Um homem que pudesse sustentar-se a si mesmo contra ela em cada aspecto da
vida. Um aliado digno naquela guerra que lutariam juntos.

       Um animal como o que sua bisavó tinha
criado em sua mente.

       Alfonso tinha criado animais muito
similares em sua própria mente. E Anahí estava aprendendo, de primeira mão,
quão capitalista esse animal podia ser quando vivia no corpo de um homem.

       Outra vez suas ações, a combinação de
refreamento e a liberação, dominação e retirada, eram um borrão enquanto ela
encontrou sua boca livre para recuperar o fôlego e seus dedos lhe massageando
seu sensível couro cabeludo, onde ele mesmo acabava de infligir dor. Os olhos
de Alfonso reataram seu apertão assim que encontraram os dela outra vez. Seus
lábios roçaram contra sua boca uma vez mais, sem realizar algum movimento
decidido para outro beijo. E sorriu.

       - Essas são apenas histórias, Anahí.

       Só historia. E Alfonso era só um homem.

       A realidade nunca tinha provado ser tão
boa antes.

       - E meus livros também são ficção, - ele
assentiu e se deslizou através do assento para pôr o carro em marcha.

       Anahí se perguntou como conseguia
permanecer tão tranqüilo. Como poderiam ficar juntos depois do que ele acabava
de lhe fazer. O homem tinha metido a mão em sua psique e tinha aberto um buraco
em tudo o que ela sabia como racional e são.

       E logo depois de algum modo tinha sido
capaz de deixá-lo passar.

       Por um momento, Anahí teve que
perguntar-se a qual dos irmãos acabava de provar.

       Envolveu-se com seus braços ao redor de
seu corpo e olhou fixamente para frente. Seu pulso esmurrava em seus ouvidos,
para baixo em seus clitóris e logo reverberava para os dedos dos pés. Estava
viva. Acordada. Mais excitada do que alguma vez tinha estado em sua vida.
Nunca.

       E ele simplesmente a tinha beijado.

       Anahí não tinha tido tempo para pensar
na pressa da antecipação que provinha de um primeiro beijo. Nem seu corpo nem
sua mente se incomodaram em examinar os significados sociais detrás o que o
homem fazia com suas mãos e boca quando tinha tomado posse dela. Alfonso não
havia colocado meio doido seus peitos. Nenhuma vez tinha tentado alcançar seu
sexo. Ele não tinha usado nenhuma área óbvia e conhecida de seu corpo para
fazer que ela reagisse como o tinha feito. Salvo sua boca. Sua capacidade de
sentir a dor aguda e agradável do desejo.

       E sua mente.

       Cada reação que ela tinha tido era
automática. Natural.

       E eram o resultado de um beijo.

       Anahí não podia sequer começar a
imaginá-lo que este gêmeo poderia fazer com seu corpo.