Fanfic: O lobo Alfa (Terminada)

ciitah eu sei que é crueldade, mas um pouco de misterio não faz mal a ninguem bebe, quer dizer mais ou menos, gracias pelo comentarios!!!
mandycolucci ahhh amiga morri de rir, e concordo absolutamente com vc, Miguel jamais precisaria de pilula azul pra dar conta das 3, só em lembra o fogo que ele tinha em Rebelde me ponho intensa...
rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
ayaremember adorei o comentarios, e se vc ficou timida imagina só agente com essa parte da historia.
as adoros,
besos e ate aproxima

- Aonde vai?

       Lee olhou para trás sobre seu ombro a Poncho
e elevou as sobrancelhas. Colocou as mãos nos bolsos e se encolheu.

       Poncho deixou seu periódico e entortou
os olhos para o moço.

      - Anda detrás de minha mulher?

       Lee sorriu abertamente para ele. E
assentiu.

       De modo que Poncho lhe deixou ir.

       Poncho estava sentado, sozinho, na sala
de estar da casa de seus pais. A casa onde ele e seus irmãos tinham sido
concebidos e criados. A casa onde ele queria educar aos meninos que Anahí e ele
tivessem.

       O pensamento chegou ao coração de Poncho.
Anahí não devia ter nenhuma dúvida sobre o amor que sentia por ele. Havia
coberto à mulher com afeto, atenção e adoração. E embora todos os rituais
noturnos para envolvê-la em uma loucura sexual e logo deixá-la, demonstravam
ser algo muito frustrante para suas próprias necessidades sexuais, também era
maravilhoso, olhar à mulher a que amava, enquanto ela manifestava quão excitada
podia pô-la.

       Cada noite enquanto Poncho olhava a Anahí
fazer amor a si mesmo, desde seu posto fora de seu dormitório, pensava ir para
ela outra vez tal como o tinha feito a primeira noite em que eles se
encontraram. Tinha desejado subir a sua cama e começar a lhe fazer amor em sua
forma animal.

       Poncho só pensou fazer isto, porque ela
parecia muito mais aberta quando não sabia que era ele o que se encontrava em
sua companhia. Quando Poncho estava na forma de lobo, Anahí falava com ele
sobre ele e sobre como, cada noite, fazia-a sentir dor pela necessidade que ele
mesmo lhe provocava. Poncho tinha aprendido nas horas de bate-papo monólogo de Anahí,
como gostava de ser beijada, acariciada ou abraçada. E ele usava aquele
conhecimento em suas visitas noturnas.

       Era como se eles fossem completamente
abertos um com o outro, mas só através de suas conversações sendo duas
criaturas diferentes e só porque ela não sabia quem era realmente o lobo. Este
era um problema que Poncho não podia tomar sem refletir. E um problema que lhe
dizia que ainda não era seguro para ele lhe contar o que era.

       Muitas vezes, quando Poncho estava em
sua forma humana, tinham falado das histórias da família de Poncho. E cada uma
dessas vezes, a pesar do modo que ela os chamava contos de fadas, os olhos de Anahí
e o tom tinham reluzido e sua cara se tornou brilhante com o entusiasmo.

       Inclusive até tinha começado a contar
uma história a Poncho sobre como sua bisavó tinha estado o bastante doente para
acreditar que uma vez tinha estado apaixonada por um homem que era parte lobo e
parte homem. A história que Anahí tinha contado a Poncho tinha sido um conto
muito doce e romântico. E isto tinha feito subir o rubor a sua cara e seu corpo
se excitou, até o momento em que se deteve em metade de uma frase durante a
história e lhe disse que ela sabia que o conto era absurdo.

       Poncho não tinha tido coração para lhe
dizer a verdade. Não lhe havia dito que ela se equivocava a respeito de que a
história fosse absurda, ou que a história em si mesmo estava incompleta de mais
formas das que ela podia ter imaginado.

       O nome do homem tinha sido Grei. Grei Poncho.
O bisavô de Poncho.

       Inclusive se ele fosse capaz de dizer a Anahí
que as histórias não tinham sido o discurso de uma mulher louca. Poncho não
sabia se alguma vez contaria a Anahí, que o apaixonado por sua bisavó Maw,
tinha sido forçado por sua própria posição alfa a acasalar-se com outra mulher
e que lhe tinham disparado e matado enquanto estava em forma de lobo quando
tentou voltar a ver a mulher que não tinha sido capaz de esquecer.

       Poncho só poderia adivinhar que o pai de
Maw tinha ocultado a verdade a sua filha, ou Maw tinha escondido a verdade a Anahí.
Mais segredos. E estes segredos eram do tipo que poderiam supor ainda maiores
problemas entre a manada de Poncho e a família humana de Anahí.

       O avô de Poncho nunca tinha conhecido ao
seu próprio pai devido às ações dos antepassados de Anahí. Esta foi uma
informação que golpeou a Poncho com força quando lhe contou o que sabia da
história. O lobo em Poncho imediatamente se enfureceu, mas o homem que amava a
esta mulher tinha sido capaz de controlá-lo. Não era culpa de Anahí. E Poncho
sabia que nunca teria feito tal coisa a um de sua classe ou de seus primos. Poncho
também se consolou pensando que se os acontecimentos de seu passado tivessem
ocorrido de outra maneira, possivelmente Anahí nunca tivesse nascido.

       Mas ela tinha nascido e Poncho
finalmente tinha reunido a coragem para arriscar-se e lhe falar a respeito do
que era. Quando ela não tinha querido fazer amor com ele, Poncho não tinha tido
nenhuma opção, salvo voltar a planejar a situação. Considerou o fato de que Anahí
estava um pouco moldada à antiga, e quis esperar um pouco mais, especialmente
já que pensava que tinha estado com seu irmão. E aquele pingo de consciência satisfez
há Poncho um pouco. Ao menos satisfez seu lado humano.

       A seu lado lobuno não lhe dizia que não
facilmente. O corpo de Poncho estava se voltando louco com sua urgência por
reproduzir-se. Seu corpo sabia que sua companheira estava perto. Sabia que Anahí,
como se supunha, levaria a seus filhos. E era bem consciente de que à larga, Poncho,
ia perder sua batalha contra tal força. Isto o assustava às vezes, pelo bem de Anahí.
Inclusive com Mia, não havia sentido tanta energia sexual levantando-se dentro
dele, como a que antecipava sentiria quando fizesse amor com ela. Poncho temeu
que se não fosse capaz de dizer a Anahí o que era, e logo, não teria nenhuma
opção no assunto.

       Nunca se havia sentido como sua própria
presa. Mas com a incerteza dos sentimentos de Anahí, o lobo que habitava nele,
sabia que teria que obrigá-la a reproduzir-se. Seria fértil, outra vez, dentro
de uns dias e Poncho sabia que esta vez ficaria grávida de seu cachorrinho.
Sempre e quando fosse algo que eles quisessem.

       O
animal nele sabia que seu ciclo menstrual já tinha vindo e se foi. E nada lhes
impedia de fazer amor quando tinha querido fazê-lo aquela tarde.

       Mas tinha sido o homem nele quem tinha
tido que perguntar-se por que ela havia sentido a necessidade de mentir.

   Anahí despertou sobressaltada. O som tinha
sido o bastante forte para despertá-la, mas agora a habitação estava em
silêncio. Até que o uivo se repetiu de novo.

       Alcançou seu jeans e seus sapatos. Sabia
que não era de sua incumbência. Sabia que a natureza controlava estas coisas,
mas de todos os modos, em pensar que pudesse perder só uma dessas preciosas
bestas, era bastante para fazer a Anahí racionalizar sua interferência com a
maior delicadeza e inteligência possível.

       A briga parecia muito próxima. E eles
eram cães grandes. Anahí podia dizer, pelos sons que faziam enquanto se
rasgavam um ao outro, que não era um jogo entre os membros da manada. E como o
alfa obviamente tinha estabelecido seu direito sobre a cabana e a propriedade
de seu tio, Anahí sabia que só uma coisa poderia ser o bastante importante como
para que os dois lobos, aos que ouvia matando um ao outro, recorressem a este
nível de violência.

       Alguém tinha sido descoberto onde não
pertencia.

* * * * *

       Poncho saltou e fechou seus olhos
novamente. Tudo estava em ordem. A casa estava silenciosa.

       Mas o ar se sentia pesado ao seu redor.
Intruso. Equivocado.

       O aroma de autodefesa procedente de seu
gêmeo quando o lobo apareceu na porta do dormitório de Poncho, recordou-lhe que
jamais era boa idéia ignorar seus instintos.

* * * * *

       Eles não podiam falar estando nesta
forma, ao menos não com palavras humanas. Mas não precisavam fazê-lo.

       Poncho tinha cheirado ao intruso. Não
tinha sido um som o que lhe tinha despertado.

       Mas agora que estava acordado, o aroma e
o som da luta entre o avô de Poncho - um antigo alfa com uma brutalidade que
rivalizava até com a de Miguel - e um lobo de uma das manadas vizinhas, eram
muito evidentes para os sentidos de Poncho.

       Miguel empreendeu uma dura carreira
inclusive antes que Poncho terminasse de transformar-se e Lee rapidamente
chegasse até eles. Logo que Poncho se deixou cair e se transformou, alcançou ao
seu gêmeo e ambos partiram um ao lado do outro, através das milhas que lhes
separavam de seu patriarca mais velho. Poncho sabia que seu pai se uniria a
eles, embora uns minutos mais tarde que seus filhos, seu corpo envelhecido não
era capaz de viajar tais distâncias a esta velocidade.

       Mas Poncho, Miguel e Lee não eram velhos
nem estavam doentes. Enquanto Poncho sentia trabalhar seus músculos em
perfeitas passadas junto aos seus irmãos, não só se sentia agradecido por ter
nascido como a criatura magnífica que era, mas também pelo que ele era para sua
família.

       Um deles estava sendo ameaçado por um
intruso.

       Poncho lançou uma olhada ao seu lado, o
suficiente para ver que Lee rapidamente tinha alcançado aos seus irmãos maiores
e agora inclusive desafiava suas próprias capacidades com sua força e
velocidade. Não podia pensar neste momento na idéia de outro digno macho alfa
surgindo dentro da família, mas sabia que teria que enfrentar-se a isso cedo ou
tarde.

       As chamadas procedentes do avô de Poncho
se tornaram mais débeis e faziam que seu coração palpitasse ainda mais forte
que por seu esforço físico. O homem tinha quase setenta anos e embora tivesse
passado ao seu filho sua posição como alfa fazia décadas, seguia sendo um dos
lobos mais influentes da manada.

       E, além disso, era seu avô.

       Aquele pensamento fez encolher-se a Poncho
quando Miguel e ele alcançaram o topo da colina que passava por cima da cabana
de Anahí. Poncho se obrigou a deter-se devido à inutilidade do que viu, mas
seus irmãos não reduziram a marcha. Miguel e Lee estavam furiosos e no momento,
incapazes de controlar essa cólera.

       Poncho repentinamente não pôde sentir
nada mais que tristeza.

Viu como Anahí
rapidamente se separou do ensangüentado e obviamente, corpo morto do avô de Poncho,
quando Miguel e Lee se aproximaram de seu querido patriarca. Anahí estava
chorando e tremendo visivelmente tanto pelo lobo morto como pelos outros dois
lobos que se aproximavam dela com os olhos cheios de cólera.

       Poncho pôde entender seu medo quando
rapidamente voltou para a cabana e fechou a porta de cristal. Mas sobre tudo, Poncho
entendeu a fúria de seus irmãos pelo que tinha acontecido.

       Olhou como Miguel e Lee farejaram e
examinaram o corpo de seu avô. Poncho lentamente se dirigiu para ali, e logo
continuou para examinar algo sobre a terra, muito perto de onde jazia seu
ensangüentado corpo.

       Olhou fixamente a pequena parte de metal
que obviamente tinha sido arrebatado do intruso durante a luta, para obter o
que com justiça tinha pertencido a Poncho desde dia de seu nascimento. Seus
olhos se dirigiram à mulher que permanecia de pé dentro da cabana, observando a
Poncho e a sua família. Assustada de Poncho e de seus irmãos, das criaturas que
ela mesma tinha convidado a casa de Poncho. Os lobos que agora tinham matado a
um membro da família de Poncho.

       Quando a viu ali de pé e chorando, o
homem que havia em Poncho desejou consolá-la. Ele ansiava lhe dizer que este
era seu caminho e que eles o tinham aceitado como uma parte triste, mas
necessária de suas vidas.

       Mas Poncho não podia lhe dizer isto. E
não podia lhe dizer o que ele realmente era. E neste momento, não podia fazer
nada sobre o fato de que lhe aceitasse ou não por ser metade lobo e metade
homem. Porque pela primeira vez em seus quase trinta anos de viver como o
animal que sempre tinha sido, a fúria humana superava ao instinto animal. Fúria
sobre o fato de que um membro da família que tinha matado a seu bisavô, agora
estivesse levando o sangue da família de Poncho sobre suas mãos.

       Outra vez.

 ohhh, o que vai dar isso em? querem mais???