Fanfic: O lobo Alfa (Terminada)

mandycolucci rsrsrsrs morro com vc amiga, em quem no lugar da nossa diva não ia fazer o mesmo, como vc disse brinca com Poncho nas duas versões
ciitah claro que não bebe, seu comentario ja é uma ordem
besos as duas ai vai mais capitulo

Durante uns
minutos que pareceram tão longos como a totalidade de suas vidas juntas, Poncho
sentiu a rasgadura de sua própria carne enquanto que seus dentes se afundavam
em Miguel. Não era o seu próprio sangue o que sentia na boca, mas era como se
saboreasse a si mesmo quando mordia ao seu gêmeo. Provou o sangue de Miguel e
de Mia e de Anahí e de cada animal de presa pelo qual ele, sua família ou seus
antepassados tinham mostrado clemência terminando com uma vida da que se
apropriaram a enfermidade ou as feridas.

       Sua companheira os olhava enquanto  lutavam. A mulher que Poncho tinha amado
desde que ela tinha sido concebida jazia atada aos postes de uma cama onde o
primeiro dos filhos híbridos de Poncho logo seria concebido. E na cama onde ele
faria amor com a mulher que logo seria sua esposa.

       A força de Miguel era tal, que Poncho encontrava
muito mais dificuldade para lhe vencer nesta batalha que em qualquer outra
anterior. A luta em que agora se encontravam imersos, parecia ser das que não
decidiria um claro ganhador ou perdedor. Miguel tinha tanto direito de ser o
alfa da manada como Poncho. Sempre tinha sido assim e de ter sido capazes,
teriam compartilhado as responsabilidades. Mas sua manada se apoiava em um só
chefe. Uma hierarquia. Só um deles poderia ser o macho alfa da manada. E ambos
sabiam.

       Poncho duvidava que Miguel alguma vez
admitisse que se rendeu na primeira vez que tinham lutado para obter a posição
alfa. Facilmente poderiam ter lutado até a morte naquela batalha. Como Poncho
tinha estado preparado para fazer.

       Seu gêmeo parecia não ter tido o coração
de infligir tal castigo a alguém a quem amava tanto como a Poncho. Três
minutos. Uma mulher.

       E o poderoso amor que um ser humano pode
sentir pelo outro.

       O maior defeito do lobo parecia ser o
extremo oposto ao ódio e Poncho sempre tinha pensado que o controlavam. Miguel
tinha abandonado; independentemente do que o lobo nele sabia que era o justo. E
independentemente do que teria sido melhor para a manada.

       E por tal, Poncho, com justiça, tinha
sido reconhecido como alfa.

       Com o passar do tempo, os lobos se
sentiram cansados, ensangüentados e feridos, e os irmãos começaram a diminuir
seus ataques.

       Mas igual à outra vez, finalmente,
nenhum deles quis seguir infringindo mais dor ao outro.

       Poncho e Miguel se mantinham de pé
silenciosamente, enfrentando-se. Dois lobos, ambos dignos de ser um alfa, ambos
sabendo que a manada poderia sobreviver com apenas um deles. Era um dilema ao
que seus parentes de sangue puro, de uma ou de outra espécie, nunca teriam que
enfrentar-se.

       De ter sido de outro modo, Poncho e Miguel
teria lutado até que houvesse um alfa definido. Até que um deles deixasse e
abandonasse seus direitos. Salvando a manada.

       Ou morrendo.

       Nenhum homem estava disposto a matar a
sua outra metade para satisfazer aquele impulso. Eles eram lobos. Ambos. Mas
também humanos e se sentiam, sobre tudo, irmãos. E esta vez, pareceria que
estavam ambos dispostos a equilibrar ambas as partes por este fato. Para salvar
sua manada, e ao mesmo tempo, um ao outro.

       Poncho olhou a Miguel sustentando a
cabeça erguida e sem dirigir-se a ninguém em concreto, lhe dizendo que tinha
perdido. Tampouco ele tinha ganhado. Abandonou a luta e se aproximou da cama.
Os olhos de Anahí sorriram ao lobo, mas sua boca se manteve firme. Sem medo.
Sem sentir-se intimidada pela postura de Miguel e confiada quando ele aproximou
seu focinho a sua cara. Levou uns instantes aos olhos caninos de Poncho
denominar a emoção que viu nos olhos de sua companheira. Mas quando o
conseguiu, fez que sua parte humana se sentisse orgulhosa da nova fêmea alfa da
matilha.

       Respeito.

       Ela entendeu aquele conceito
completamente.

       Era um princípio. Poncho não tinha idéia
de quanto poderia aceitar dele ou de sua vida. Mas ao menos sustentava uma
parte dela aberta para considerar sua natureza. E com isto, a aceitação não
poderia estar muito longe.

       Ao Miguel só levou uns segundos
permanecer direito e converter-se de novo em humano. Poncho olhou a cicatriz na
cara de seu irmão, assim como as novas feridas e as incisões que permaneceriam
durante muito tempo depois de que a carne unisse suas bordas.

       Mas Poncho nunca veria as cicatrizes
mais recentes de seu irmão.

       Miguel deixaria o território. Esta
noite. Era algo que tinha que acontecer, embora forjasse uma ferida na alma de Poncho,
da qual, nenhum homem poderia ver as cicatrizes. Porque disto nunca se reporia.

       Miguel alcançou as mãos de Anahí e as
desatou. Ela observou como afrouxava as ataduras de seus tornozelos e logo com
delicadeza tirou os pés de seu confinamento.

      Tomando cuidado e cautela de afastar as
pernas da cama quando ele terminou. Poncho se moveu para montar guarda ao lado
de sua companheira.

       Ela rodou devagar e lançou uma olhada a Poncho
durante um segundo, enquanto Miguel baixava sua boca para a sua. O beijo era
suave. Cuidadoso. Do tipo que Poncho nunca teria imaginado que poderia ter
vindo dos lábios de seu irmão.

       Até esta noite

       Escutou o som de Miguel saindo a quatro
patas do dormitório. Enquanto seu irmão abandonava o quarto não se moveu, seus
olhos pousados sobre Anahí, aguardando até ouvir o que necessitava.

       A chamada baixa e triste de outro alfa
que oferece seu adeus a sua antiga manada. A outra metade de si mesmo. Dado que
ele não tinha nascido uma pessoa, a não ser dois. Enquanto estava dentro do
útero de sua mãe, a dissociação de Poncho e seu outro eu, tinha começado. Tal
como lhe tinha passado a Miguel.

       E agora, finalmente eram dois dele
mesmo. Apesar da força e o poder de um alfa, tinha necessitado os úteros de
duas mulheres para alcançar as etapas finais de seu nascimento.

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