Fanfic: O lobo Alfa (Terminada)

Carine capitulo todo seu!!!   amanhã tem mais!!!

    Mas um lobo, não obstante. 

       Anahí jamais em toda sua vida tinha
desejado ser uma loba. 

       Quase fez uma careta de dor ante o fato
que o lobo tinha sido muito, muito melhor e muito mais sensual lhe fazendo amor
que qualquer homem com o qual alguma vez se deitou. Por não mencionar o fato de
que lhe tinha dado o melhor e mais rápido orgasmo que tivesse tido.

       O olhar do alfa se suavizou enquanto
estendia sua cabeça entre seus seios. Anahí se estremeceu sob seu olhar com o
medo ainda presente, imóvel e confusa ante esta situação. Sentindo também o
vento de fevereiro, que embora tivesse sido quente quando se deitou para
dormir, soprava agora muito mais fresco através das portas abertas.      

        Não pôde menos que notar a calma e serenidade
do animal, olhando-a unido ao calor de seu corpo, ali, com ela. Poderia ser
consolador se tivesse sido um cão doméstico, que estivesse ali ao seu lado e
não sobre ela. Ou melhor, ainda se fosse um homem. Anahí se sentiu mais perto
deste companheiro canino que com muitos companheiros humanos que tinha tido, de
fato. E alguns desses companheiros queridos tinham dormido onde eles queriam,
inclusive tinham protegido seus pés esquentando-os e aconchegando-se afetuosa e
inocentemente ao seu lado nas noites frias. Qualquer pessoa dona de um cão sabe
o que eles querem...

       Mas nunca... 

       ... na vida... 

       ... nenhum como este, a tinha coberto,
esquentando-a depois de olhar seus mamilos endurecidos devido ao insistente e
frio vento invernal.

       - Saia de cima. 

       Ele pareceu que se assustou com suas
palavras e o tom que usou. Podia ver este fato claramente em sua cara. Mas a
ordem tinha saído antes que Anahí pudesse censurá-la e evidentemente, com
bastante autoridade para produzir um efeito desagradável e se não assustar à
besta, ao menos obter um pouco de submissão.

       O alfa levantou sua cabeça, mas deixou
seu corpo que se apertava, sobre ela. 

       - Saia de cima-, repetiu-lhe, mais
firmemente desta vez. 

       Olhou-a fixamente e imóvel por um
momento antes de voltar sua cabeça e olhar para outro lado. Um lobo de similar
tamanho, que levava uma horrível e feia cicatriz em seu focinho. Olhou ao alfa
da mesma maneira em que Anahí tinha estado tentando convencer-se de que não era
verdade o que estava vendo.

       Ambos olharam também ao menor da manada,
para conseguir outra opinião mais. 

       Anahí olhou o silencioso intercâmbio,
com um temor que jamais antes havia sentido. E só lhe ocorreu que eles estavam
pensando em algum castigo extremo ou a morte.  

       Ela olhou ao alfa sobre seu... 

       ... Ombro? 

       - Ouviu-me? 

       Se ele pudesse rir. Se pudesse bufar. Se
o animal sobre ela pudesse rir afogadamente, teria jogado sua cabeça para trás
e se teria permitido mover sua larga e vistosa cabeleira, sua cara de lobo...
Mas ele não podia fazer nenhuma dessas coisas. Assim Anahí supôs que fez o
melhor que pôde.

       Jogou sua grosa, musculosa e bela
garganta e sua cabeça para trás. 

       E uivou. 

       Um longo, longo e triste uivo, com um
tom e uma emoção etérea que levou os olhos de Anahí para trás imediatamente.
Era uma risada e um bufo, uma risada afogada e uma celebração de algo que este
animal simplesmente tinha encontrado mais entretido que ver um elefante sobre
uma corda. E era, absolutamente, a coisa mais formosa que Anahí alguma vez
tivesse ouvido.

       Sobre tudo quando seus irmãos se
uniram. 

       Ela não se inteirou de que não estava
respirando, até que os uivos começaram a apagar-se. E nunca em tudo o que
alguma vez tivesse estudado, tinha-lhe falado da força desse som sustentado até
que o sentiu vibrar na criatura que estava sobre ela, realmente vibrando em
seus esforços por produzi-lo. 

       Demônios, Anahí não estava segura de que
não se adicionou em algum momento ao uivo. De fato, sentia-se bastante bem
depois de tal orgia de vocalização grupal, de todos os seres viventes
pressente.  

       E, além disso, que demônios poderiam
sabê-lo, mesmo que ela soubesse? 

       O alfa quase tremia quando terminou com
sua chamada nos braços de Anahí. O uivo e a excitação da situação lhe tinham
desintegrado o sentido de equilíbrio que parecia ter. Anahí usou esse momento
de debilidade para mover-se e afastar seu corpo para um lado da cama. O lençol
escorregou e desceu por seus seios e ela viu que os olhos do lobo se fixavam
nos mamilos que tinha tentado esquentar. 

       Olhou-os fixamente, nervosamente. Lambeu
sua boca à vista de sua íntima carne nua e choramingou em um som adorável
quando se retorceu sobre ela. Inclusive grunhiu um pouco. Mas não era de ameaça
e ele não tentou detê-la quando os lençóis escorregaram e deixaram ao seu corpo
escapulir-se ante seu peso. Quando ela começou a levantar-se nua da cama, podia
sentir como seus olhos vagavam por toda sua longitude, detendo-se a inspecionar
e avaliar. Seu ventre. Suas coxas. O ninho de cabelos entre suas pernas. 

       Todos seus olhares eram tão intrusos
como seu nariz o tinha sido. Ela colocou com cuidado seus pés no chão, e ficou
de pé. Alternando seus olhos entre os três. O lobo que tinha cicatriz salivou e
se agachou, quando ela caminhou mais perto, para a porta da habitação. Anahí
viu o cabelo negro liso na parte de atrás de seu lombo e ante este movimento se
gelou. Sentiu o roce do suave cabelo do alfa ao lado de sua perna quando ele se
aproximou. 

       O alfa se aproximou do irmão que tinha
cicatrizes que se mostrava com sua cauda em alto e arrogante passo. O das
cicatrizes resistiu no lugar e Anahí pensou, inclusive, que lhe viu endireitar
um pouco mais seu lombo, apesar de ter sido obviamente repreendido por seu
superior. 

       O alfa soltou um grunhido comprido,
baixo e o da "Cicatriz" estabeleceu sua âncora no piso. Os lobos se olhavam
fixamente, quase com ódio. 

       Anahí lançou um olhar sobre o pequeno e
sorriu quando o animal meneou sua grosa calda ante ela e ofegou mostrando uma
língua rosada e larga como de saudação. 

       - Eiihhh moço-, murmurou Anahí quando
manteve seus olhos no lobo menor e adorável, e caminhou para a porta. O meneio
do pequeno ficou mais insistente e furioso quando lhe falou. Pelos flancos
podia ver ainda ao alfa e a seu irmão preparados para uma batalha silenciosa,
natural de dominação, que poderia converter-se em violência se o lobo
subordinado escolhesse insistir no assunto. Anahí suspeitou que a cicatriz
fosse o resultado de alguma prova de colocação dentro da manada. 

       A preocupação por sua hierarquia lhe deu
tempo para alcançar a porta e tomar o trinco liso. E lhe deu tempo além para
preparar sua arma. 

       A ignorância do pequeno, de suas
intenções e seu entusiasmo por obter seu afeto humano, permitiu-lhe pô-lo ante
seu ponto de mira. 

       E lhe permitiu enfocar exatamente onde
precisava fazê-lo.