Fanfics Brasil - Capítulo 2 O lobo Alfa (Terminada)

Fanfic: O lobo Alfa (Terminada)


Capítulo: Capítulo 2

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  O punho de Alfonso conectando com a mandíbula
do Miguel soou como um pinheiro estalando no vento. Miguel tão somente se
cambaleou ligeiramente, antes de lançar seu próprio punho para lhe dar um golpe
igualmente forte a seu gêmeo. A terra úmida da borda do riacho recebeu ambos os
corpos ainda nus, mas agora muito menos peludos, enquanto rodavam em um estalo
de paixão animal e raiva humana, amor fraternal e ódio.




       - Ela tem a Lee!




       Alfonso podia sentir, nas palavras de
seu irmão e em cada murro que seu corpo recebia a intensidade de seu sentimento
de injustiça. Seus próprios punhos lhe esmurravam mais em defesa própria e como
reação à dor, que devido à cólera. Miguel tinha que aprender a esperar seu
turno, independentemente da situação ou de suas necessidades. Devia aprender
que só se emparelharia quando e com quem Alfonso dissesse. E ensiná-lo era
trabalho de Alfonso.




       - Ficou ali de pé e deixou que ela lhe
disparasse!




       Alfonso ouviu as palavras que provinham
da boca do Miguel enquanto seu punho o dava outro furioso golpe. O golpe se
desviou por pouco e Alfonso conseguiu rodear o pescoço do Miguel com seu braço.
Em recompensa recebeu uma rápida patada entre as pernas.




       Esta vez foi à feia cólera humana, o que
realmente fez que Alfonso golpeasse ao seu irmão. E suas palavras foram
resultado desses mesmos sentimentos de raiva.




       - Isto é por sua culpa, Miguel!




       Miguel lutou tratou de liberar seu
pescoço do afeto de Alfonso, mas logo se viu reduzido a uma retorcida massa de
músculos, cheio de ódio e vergonha. Nunca tinha sido capaz de vencer a seu
irmão.




       Ao menos, não em uma luta.




       Alfonso afrouxou seu apertão o bastante
para permitir que seu irmão respirasse. Infelizmente, também lhe permitiu ao
homem falar.




       - Se houvesse possuído a essa fêmea tal
como se supunha nada disto teria passado.




       Alfonso lutou contra o impulso de romper
o pescoço de seu gêmeo ante esta declaração.




       De que fêmea falava?




       - Ainda não estava ovulando, - estalou Alfonso
e valorou suas seguintes palavras antes de falar.




        - E, além disso, ela não se parecia com
as demais, - grunhiu no ouvido de seu irmão.




       Miguel lançou um grunhido de
repugnância.




       - Em sua opinião alguma vez se parecem,
ou não Alfonso?




       Alfonso apertou de novo sua garganta,
mas logo o liberou completamente. Empurrou ao Miguel longe de seu corpo e se
limpou o rastro de sangue de seu nariz com o dorso da mão.




       - Não sempre temos que ser uns completos
animais, - declarou ele, lhe falando ao cangote do Miguel.




      - Não vejo por que tem que ser
desagradável para ela, sobre tudo se não tivesse concebido esta noite. E penso
que se a esta lhe desse algum tempo...




       Parou-se porque não podia acreditar que
semelhantes palavras saíssem de sua própria boca. Acabava de jurar que não
devia deixar que a história se repetisse e já estava pensando de novo em romper
outra regra. E uma que ele mesmo tinha imposto. O impulso que sentia em seu
interior de deixar que a mulher da cabana, tivesse eleição no que lhe passasse,
era mais forte e mais insistente que nenhum dos que tivesse sentido devido a
sua linhagem animal.




       - Desta vez não podemos nos permitir que
seja débil Alfonso. Não pode sentir compaixão por esta- recordou-lhe Miguel.




        - Você mesmo o há dito umas cem vezes.
A compaixão não encherá o ventre de um depredador.




       Ele tinha usado aquelas mesmas palavras.
E Alfonso também sabia que a compaixão não ia permitir que ele ou seus irmãos
se reproduzissem tão rapidamente e tão freqüentemente como necessitariam para
assegurar a sobrevivência de sua manada.




       - Entendo nossa situação e nossas
necessidades, - disse Miguel bruscamente, fazendo que Alfonso grunhisse ante o
tom insolente de seu irmão.




       - E seria de esperar que o líder de
nossa manada o entendesse também.




       Alfonso deu um passo para diante,
fazendo que a postura do Miguel vacilasse nada mais que um centímetro, mais ou
menos. Os irmãos se olharam o um ao outro.




        - Entendo mais do que você gostaria de
acreditar que o faço, Miguel. Entendo a maior parte dos costumes de nosso pai.
E entendo que não me importam. - declarou ele.




        - Os costumes de nossa raça estão obsoletos
e acredito que chegou o momento de realizar algumas mudanças no modo em que se
dirige a manada.




       - Somos animais, Alfonso...




       - Mas também somos em parte humanos, -
interrompeu Alfonso, ganhando uma queixa de seu gêmeo. Baixou a voz antes de
expor seu seguinte pergunta.




       - Alguma vez ansiaste coisas como a
compaixão e o amor?-, perguntou.




       - Seu lado humano alguma vez necessita
nada?




       Miguel se mofou e se cruzou de braços.




       - As únicas emoções humanas que anseio
são aquelas de crueldade e bondade que vêm com o sabor do sangue recém
derramado. - grunhiu ele.




       - Não podemos nos permitir outras
emoções, Alfonso. Os humanos de sangue completo têm tribunais e leis que
protegem a propriedade. - ele anotou.




       - Nós só temos nossa manada.




       Alfonso sabia. E também sabia que sua
manada corria o perigo de perder seu território. Dar-se conta de que seu irmão
tinha parte de razão em seu modo de pensar, fez que os olhos de Alfonso
oscilassem até encontrar-se com os de seu gêmeo. A cara do Miguel mostrou ao Alfonso
que sua raiva, a emoção humana que freqüentemente tinha sido o rasgo mais fraco
deste lobo, ainda o controlava.




       Miguel assentiu.




        - Crê que ela nos entendeu, não é
verdade?- perguntou sarcasticamente.




        - Pensa que de algum modo sabia o que
fomos. - Sorriu antes de elevar uma sobrancelha para seu irmão.




        - Direi o que ela entendeu Alfonso. Ela
entendeu que Lee era o mais vulnerável. E entendeu que estávamos muito
preocupados tratando de nos urinar um no outro para ver o que fazia com aquela
arma.




       Alfonso sacudiu a cabeça, mas dirigiu os
olhos fazia seu irmão.




       - Não lhe fará mal.




       Miguel grunhiu de risada.




       - Isso não o pode saber.




       Alfonso sacudiu a cabeça mais forte esta
vez.




       - Não o fará. - Alfonso manteve o olhar
de seu irmão.




       Miguel gesticulou com as mãos e sacudiu
a cabeça.




       - Pegou-lhe um tiro!




       - Era um tranqüilizador, - declarou Alfonso.
Quase convincentemente.




       Miguel pareceu detectar uma dúvida.
Grunhiu e estreitou seus olhos.




       - Você o viu?




       Alfonso sacudiu a cabeça negativamente.




       - Soou como um rifle de ar comprimido. -
Alfonso sacudiu a cabeça de novo.




       - Não era uma arma de verdade.




       - Alfonso, ele caiu como um...




       - Ele está bem, Miguel!




       Os homens se olharam fixamente um ao
outro com tal ódio que só seu mútuo amor pôde impedir que se matassem ou se
apartassem um do outro. Alfonso finalmente rompeu o silêncio. Esta vez com
tranqüilidade. Tentando acalmar um pouco a raiva de seu gêmeo. E sua dor.




       - Está bem.




       Ele assentiu e olhou como a cabeça do Miguel,
devagar, começava a imitar seu próprio movimento.




       - E te digo, que de algum modo ela o
entendeu.




       Alfonso viu como a cara de seu irmão se
relaxava um pouco. Era uma vista lhe atemorizem, instantes depois de uma de
suas batalhas. Para o Miguel, a calma sempre vinha depois da tormenta. E quando
ocorria assim de rápido, sempre conduzia a mais marejada.




       - Igual à Mía entendia, - disse Miguel
com calma.




       - Tal como Mía nos entendia, não?




       Alfonso manteve cautelosamente os olhos
sobre seu irmão, ante a menção do nome de sua última esposa. O sorriso que
curvou os lábios do Miguel fez que a cicatriz de sua bochecha se franzisse e se
deformasse. A cicatriz ou mais exatamente o que ela representava e três
minutos, eram as únicas coisas que, alguma vez, haviam-se interposto entre
estes dois homens em seus quase trinta anos de vida.




       Miguel apontou a sua cicatriz.




       - Vê isto, Alfonso? Isto é o que
diferencia ao macho beta do alfa nesta manada. - Os olhos de Alfonso evitaram a
cicatriz.




       - E não passa um dia sem que eu agradeça
a Deus que tivesse a força necessária para me fazer isto.




       Os olhos de Alfonso lutaram por olhar a
seu gêmeo. Miguel tinha ganhado sua ferida devido a sua impaciência por
reproduzir-se com a primeira fêmea de Alfonso. E não passava um dia sem que Alfonso
odiasse o fato de ter tido que desfigurá-lo, para evitar que alguma vez pudesse
fazer-se passar de novo pelo macho alfa.




       - Isto é o que significa ser o líder, o
alfa, - Miguel arrastou seu dedo pela cicatriz.




       - Fazer o que for necessário para
proteger à manada, - acrescentou.




       - Independentemente de qualquer emoção
humana que possa sentir o líder.




       As palavras do Miguel chocaram a Alfonso
por seu engano. Só de vez em quando admitia ante se mesmo, que sua cólera se
deveu mais à possibilidade de que Miguel fizesse o amor com o Mía, que a que
tivesse atuado contra as regras da manada.




       - Assim me diga Alfonso, - Miguel
apertou seus braços sobre o peito, - pensa que esta fêmea vai te entender
quando lhe diga que seu trabalho é procriar conosco? - Miguel soprou de risada.




       - Pensa que te entenderá quando admitir
ante ela, que ambos íamos possuí-la esta noite independentemente de se ela nos
compreendia ou não? - O riso que veio da garganta do Miguel era demoníaco.




       - Acredito que eu me economizaria essa
pequena revelação para a lua de mel, irmãozinho.




       Alfonso
encontrou um lugar ao que olhar sob o atento olhar de seu irmão. Três minutos e
uma mulher. As únicas coisas que se haviam interposto entre eles. Até agora,
parecia. Por que a respiração do Miguel lhe disse, que ainda não tinha
terminado de purgar sua dor, nem de acrescentar queixa a sua lista.




       - Pensa que vai te entender quando lhe
atire isso e a possua como se fosse um Pastor Alemão? Ou quando a remoa o
bastante forte para fazê-la sangrar quando te correr? E quando te excite de
novo lambendo a mesma ferida que lhe terá infligido?




       Alfonso tomou fôlego profunda e
repetidamente, para manter sua cólera sob controle. Sabia que ter o poder, ao
menos ter o verdadeiro poder, às vezes, significava deixar que durante uns
momentos alguém mais parecesse o ter. Alfonso sabia por que ele era o líder
alfa. E era o alfa, porque sabia.




       O ego humano e a ira, Alfonso podia
controlá-los. E este pensamento lhe proporcionou esperança em sua batalha
contra suas outras debilidades humanas.




       Como as que corriam por seu coração e
sua mente humanas, ao pensar na fêmea que acabava de agradar.




       - Alfonso, pensa sinceramente que a
mulher não vai ficar louca quando lhe disser o que somos? - Seu olhar
questionou ao Alfonso tão severamente como suas palavras o tinham feito. Mas Alfonso
permaneceu silencioso ante a cólera de seu irmão.




       - Essa não era sua esposa debaixo de ti.
Encontrar a uma fêmea que desfrute sendo possuída, como Mía o fazia, não vai
ocorrer outra vez, - grunhiu ele. O silêncio contínuo de Alfonso pareceu
obrigar ao Miguel a continuar.




       - Temos que nos reproduzir, Alfonso. E
temos que nos reproduzir logo, - cabeceou Miguel.




       - As novas manadas anunciam cada dia,
que foram concebidos cachorrinhos. - Alfonso viu de rabo de olho que Miguel
sustentava sua mão em alto, com os cinco dedos estendidos.




       - Cinco meses, Alfonso. - Assentiu.




        - O vento arrastou esse aroma a cada
quatro semanas durante cinco meses já, e ainda não a montaste. Sei que você
gosta dos aspectos emocionais do acasalamento, que a mim põem doente, Alfonso.
Mas não podemos nos permitir o luxo de esperar até que encontre outra fêmea que
desfrute do modo em que você gosta de transar, irmãozinho.




       Alfonso finalmente dirigiu seus olhos
para encontrar-se com os de seu gêmeo.




       - Pois pareceu desfrutar do modo em que
a possui esta noite, - declarou com um grunhido.




      - Quantas outras mulheres conhece que
poderiam gozar com um lobo esfregando-se ruidosamente contra seus clitóris?




       Miguel levantou as mãos e sacudiu sua
cabeça, e logo sorriu a seu superior, com um sorriso zombador, tranqüila e
desafiante.




       - Sabe Alfonso, acredito que tem razão.
Penso que é possível que ela realmente soubesse.




       O tom sarcástico da voz do Miguel fez
que se arrepiasse o pêlo humano dos braços de Alfonso. E lhe obrigou a olhar de
novo aos olhos de seu irmão, bem a tempo para que terminasse seu assalto
verbal. Miguel inclinou a cabeça e a cicatriz se enrugou ainda mais, ao
aumentar seu sorriso.




       - Igual me ocorre pensar que sua esposa
sabia exatamente quem a possuía aquela noite.








* *
*



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Autor(a): annytha

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Comentários da Fanfic 304



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  • mandycolucci Postado em 29/07/2011 - 22:28:03

    AHHHHHHHH Migáh perdãooo
    voltas as aulas é tenso.. até cheia trabalho já toh :/
    AMEIIIIII

  • ciitah Postado em 26/07/2011 - 10:46:18

    aaaaaaaa cara..Alfonso é mal. devia ter deixado o Miguel compartilhar a Anahi tbm =\
    Iaa ser muito boa essa cena.
    Gostei muito da web flor.
    Eu leio as outras webs, e tbm gosto muitoo *---*

    Beijos ;*

  • ciitah Postado em 21/07/2011 - 15:07:53

    ai ai *----------*

    eita que agora vaiii

    mas eu queria o Miguel ai tbm =\

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 01:19:22

    O Lobo Alfa >s2<

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 01:18:57

    Ahhhhhhh 300 *--------*
    Agora assine ;D
    kkk³ tinha postadoh errado antes o 300.. ahusuhauhs ... mas ele ainda é meu U*u

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 01:18:01

    Como assinhe ultimo capitulo dona Annytha ... ?? não faz isso com o meu pobre coraçãooooooo ....

    BjOoOS Migahh

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 01:17:55

    Como assinhe ultimo capitulo dona Annytha ... ?? não faz isso com o meu pobre coraçãooooooo ....

    BjOoOS Migahh

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 01:17:48

    Como assinhe ultimo capitulo dona Annytha ... ?? não faz isso com o meu pobre coraçãooooooo ....

    BjOoOS Migahh

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 01:17:41

    Como assinhe ultimo capitulo dona Annytha ... ?? não faz isso com o meu pobre coraçãooooooo ....

    BjOoOS Migahh

  • mandycolucci Postado em 21/07/2011 - 01:17:24

    Como assinhe ultimo capitulo dona Annytha ... ?? não faz isso com o meu pobre coraçãooooooo ....

    BjOoOS Migahh


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