Fanfics Brasil - 146 Amanhecer AyA

Fanfic: Amanhecer AyA


Capítulo: 146

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Eu me mantinha empurrando contra a escuridão, no entanto, quase um reflexo, uma reação involuntária. Eu estava apenas resistindo. Eu estava apenas resistindo, não me permitindo ser esmagada completamente. Eu não estava no Atlas, e a escuridão parecia tão pesada quanto um planeta; eu não podia ver o ombro dele. Tudo o que eu podia fazer era não ficar completamente apagada.


Era uma espécie de padrão para a minha vida - eu nunca tinha sido forte o suficiente para lidar com as coisas fora do meu controle, para atacar os inimigos ou impedi-los. Para evitar o sofrimento humano e sempre fraca, a única coisa que eu nunca fui capaz de fazer foi continuar. Resistir. Sobreviver.


Eu tinha sido suficiente até certo ponto. Teria de ser suficiente hoje. Gostaria de suportar isto até chegar ajuda.


Eu sabia que Alfonso ia fazer tudo que pudesse, que não desistiria. Nem eu.


Eu me prendi à escuridão da não existência - presa a uma borda por apenas alguns centímetros.


Não era suficiente - porem eu tinha determinação. À medida que o tempo sobre a terra e a escuridão passava, ganhavam por poucos oitavos e dezesseis dos meus centímetros.


Eu não podia chamar Alfonso mesmo pelo meu ponto de vista. Nem Jacob, nem Maite ou Rosalie ou Charlie ou Renné ou Carlisle ou Esme …. ninguém. Isso me aterrorizava, e me fazia perguntar se era tarde demais.


Senti meu próprio escorregamento - não havia nada para deter aquilo… Não! Eu tinha que sobreviver a isto.


Alfonso precisava de mim! Jacob. Charlie, Maite, Rosálie,  Carlisle,  Renée Esme…


Renesmee.


E depois, mesmo ainda não podendo ver, de repente eu podia sentir algo. Como membros fantasmas, eu imaginei que podia mexer meus braços de novo. E neles, alguma coisa pequena, pesada e muito, muito quente.


Meu bebê. Meu pequeno encorajador.


Eu tinha conseguido. Mesmo contra as probabilidades, eu tinha sido forte o suficiente para sobreviver a Renesmee, para agüenta-la dentro de mim enquanto ela não era forte o suficiente para viver sem meu apoio.


Aquele pequeno coração em meus braços fantasmas parecia tão real. Eu segurei mais perto. Era exatamente onde meu coração devia estar. Segurando fortemente a quente memória de minha filha, eu sabia que eu seria capaz de afastar a escuridão por tanto tempo quanto fosse necessário.


O calor perto do meu coração ficou mais e mais real, cada vez mais caloroso. Fervendo. O coração era tão real que era difícil acreditar que eu o estava imaginando.


Fervendo.


Desconfortavelmente agora. Muito quente. Muito, muito mais quente.


Como se tivesse segurado ferro fervente - minha resposta automática foi largar a coisa chamuscante  dos meus braços. Mas não havia nada em meus braços. Meus braços não estavam ligados ao meu pescoço. Meus braços eram coisas mortas, largadas em algum lugar ao meu lado. O coração estava dentro de mim.


A queimação aumentou - aumentou e chegou ao ponto máximo e então aumentou até certo ponto que ultrapassava a tudo que eu já havia sentido.


Eu senti a pulsação atrás do fogo em meu pescoço, e percebi que eu havia achado meu coração novamente, desejando nunca ter o encontrado. Desejando que a escuridão me abraçasse enquanto eu ainda tinha a chance. Eu queria erguer meus braços e arrancar meu coração de dentro do peito - qualquer coisa que causasse tal tortura. Mas eu não podia sentir meus braços, não podia mover nem um dedo sequer.


James quebrando minha perna em baixo de seu pé. Aquilo não era nada. Aquilo era um lugar confortável em uma cama feita de penas. Eu preferia aquilo agora cem vezes mais. Cem vezes ser quebrada. Eu preferiria e seria grata.


O bebê, quebrando minhas costelas, me quebrando pedaço por pedaço para abrir caminho. Aquilo não era nada. Aquilo era flutuar em uma piscina de água gelada. Eu preferiria mil vezes. E seria muito grata.


O fogo ficou mais quente e eu queria gritar. Implorar para alguém me matar agora, antes que eu vivesse mais um momento com essa dor. Mas eu não podia mover meus lábios. O peso ainda estava lá, me pressionando.


Eu percebi que não era a escuridão me segurando; era o meu corpo. Tão pesado. Mantendo-me nas chamas que estavam mastigando o seu caminho para fora do meu coração, espalhando uma dor inacreditável em meus ombros e estomago, subindo queimando pela minha garganta, surrando o meu rosto.


Por que eu não podia me mover? Por que eu não podia gritar? Isso não fazia parte das histórias.


Minha mente estava insuportavelmente limpa - afiada pela dor - e eu vi a resposta tão rapidamente quanto eu pude formar as perguntas.


A morfina.


Parecia ter sido a milhões de décadas atrás que nós havíamos discutido aquilo - Alfonso, Carlisle, e eu. Alfonso e Carlisle esperavam que muitos analgésicos ajudariam a afastar a dor do veneno. Carlisle havia tentado isso com Esme, mas o veneno havia queimado na frente do medicamento, fechando suas veias. Não houve tempo para que se espalhasse.


Eu mantive meu rosto suave e acenei com a cabeça, e agradeci minhas raras estrelas da sorte que o Alfonso não podia ler a minha mente.


Porque eu tinha morfina e veneno juntos nos meu sistema antes, e eu sabia a verdade. Eu conhecia que a dormência do medicamento era completamente irrelevante enquanto o veneno queimava através das minhas veias. Mas não tinha como eu mencionar esse fato. Nada que o fizesse mais relutante em me mudar.


Eu não havia adivinhado que a morfina teria esse efeito - que me prenderia pra baixo e me amordaçaria. Manteria meu corpo paralisado enquanto eu queimava.


Eu conhecia todas as histórias. Eu sabia que Carlisle se manteve quieto o suficiente para evitar ser descoberto enquanto ele queimava. Eu sabia que, de acordo com Rosalie, não adiantava gritar. E eu esperava que eu pudesse ser como o Carlisle. Que acreditaria nas palavras de Rosalie e manteria minha boca fechada. Porque eu sabia que cada grito que escapasse dos meus lábios atormentaria Alfonso.


 



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Autor(a): Bela

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Agora isso parecia uma piada hedionda que eu teria o meu desejo realizado. Se eu não poderia gritar, como poderia dizer a eles para me matar? Tudo que eu queria era morrer. Nunca ter nascido. O conjunto da minha existência não valia essa dor. Não valia passar por isso para mais uma batida de coração. Deixe-me morrer, deixe-me morre ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • misterdumpet Postado em 22/09/2011 - 14:31:51

    Na próxima terça feira (20/07) estreia a 2ª fase de DESVIO DE CONDUTA, acompanhe os momentos finais da primeira fase. Não percam! A webnovela que vai fazer você perceber que ser mau o ser bom é questão de opinião. http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=12089

  • m Postado em 07/09/2011 - 13:27:09


    Oi, acabei de ver o seu perfil, somos praticamente vizinhas srsrs
    Up! Se quiser me add no MSN bjos

  • misterdumpet Postado em 13/08/2011 - 11:00:44

    Nesta Segunda Feira 15/08 , estreia DESVIO DE CONDUTA, uma webnovela que vai fazer você compreender que ser bom ou ser mau é uma questão de opinião. http://www.e-novelas.com.br/?q=webnovela&id=12089

  • mandycolucci Postado em 13/07/2011 - 18:24:50

    Nova Leitoooooraaaaa
    ;D

  • mandycolucci Postado em 13/07/2011 - 18:24:43

    Nova Leitoooooraaaaa
    ;D

  • mandycolucci Postado em 13/07/2011 - 18:24:34

    Nova Leitoooooraaaaa
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  • mandycolucci Postado em 13/07/2011 - 18:24:25

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  • mandycolucci Postado em 13/07/2011 - 18:24:18

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  • mandycolucci Postado em 13/07/2011 - 18:24:11

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  • mandycolucci Postado em 13/07/2011 - 18:24:03

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