Fanfics Brasil - 3° Capítulo `Amor por Conveniência [DyC]

Fanfic: `Amor por Conveniência [DyC]


Capítulo: 3° Capítulo

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Dulce
sentia-se tensa, nervosa e com uma dor em seu estômago, quando saltou do táxi e
andou para a portaria de colunas do Cassino El Paraíso.


Estava louca?


Por um impulso
aterrorizante disse a Dana que tinha um encontro. Imediatamente ela quis saber
mais e com relutância Dulce confessou-lhe ser alguém que conheceu no El Paraíso
e que tinha feito um jogo para ela.


— Rico?


Ela concordou.


— Ótimo! Dul,
isso é para você! — A voz de Dana pareceu feliz por ela. — Ouça, assim fica
diferente. Você sai com esse sujeito. Eu direi ao Guillermo, que é bem possível
que você consiga dinheiro para o que deve, bem depressa, ele gostará.
Compreenderá que não pode desprezar esse sujeito. E você não deve! Homens ricos
gostam que seja só deles. Veja por mim, sou uma especialista! Aliás, se quiser
posso dar umas dicas para deixá-lo louco. Mas guarde para quando precisar,
certo? Para quando perceber sinais de que ele está se afastando.


Seus olhos
brilharam.


— Estou morta
de curiosidade sobre esse sujeito. Ele deve ser algo extraordinário para ter conseguido fazê-la sair com ele!
Jesus, eu sabia que você
precisava de um empurrão para sair de sua pasmaceira! Aposte suas cartas e
jogue cuidadosamente quando se tratar de dinheiro! Primeiro prenda-o bem,
depois vá em frente sem deixar claro que quer dinheiro, esses sujeitos gostam de
pensar que estaria com eles mesmo que fossem bem pobres. São vaidosos também
sobre suas potências sexuais. Mesmo que sejam inúteis. Posso até falar disso
com Guillermo. Mas ele não vai mais se preocupar com você e de qualquer forma,
ele quer ir para Monte Carlo por uns tempos.


Sorriu para Dulce
erguendo os dois polegares.


— Estou muito
excitada por você ter acordado! Vá em frente, garota! Boa vida, aqui vai você!
Vai se divertir muito daqui para frente.


Dulce não
respondeu. Mal tinha ouvido Dana. Estava louca ao dizer que tinha um encontro
com Chris Uckermann!


Ele iria
querer vê-la? Não tinha exatamente vindo caçá-la no dia seguinte, tinha? Talvez
a tivesse esquecido?


E agora, ia
atrás dele. Sentiu-se embaraçada pelo que estava prestes a fazer: aparecer do
nada para o dono de uma rede de resorts luxuosos só porque ele expressou interesse por ela, um homem cuja imagem passou
a persegui-la desde que o viu e esperar que ele a deixasse ficar em seu cassino
aonde Guillermo Ochoa não iria, usando-o como álibi.


Ao pensar no gângster
viu que embaraço era o último de seus problemas.


Mas, perto das
portas do cassino percebeu que teria outros problemas. O porteiro bem apessoado
se aproximou.


— Com licença,
señorita, está com...?


Falou
gentilmente embora bloqueando a entrada com seu corpo.


Dulce parou.


— Não estou
com ninguém.


O homem
inclinou a cabeça.


— Neste caso, señorita, lamento, mas não pode entrar.


— Tenho mais
de vinte e um. — O homem pensava que era menor ou algo assim?


Ele balançou a
cabeça.


Señorita,
é
norma da casa não permitir damas desacompanhadas.


A ficha caiu e
Dulce sentiu-se corar.


Nesta noite
estava bem diferente da anterior, quando usou o lixo de Dana e, portanto
esperava ser mais aceitável. Parecia-se muito mais com o tipo de mulher que
está acostumada a freqüentar lugares luxuosos. Seu vestido era o único que
restou de quando gastava dinheiro como se não houvesse amanhã. Bem, o amanhã
por fim chegou e ela estava ali, fazendo o que nunca sonhou. Mas agora não
havia tempo para lembranças.


— Eu... estive
aqui na outra noite.


O homem não se
moveu.


— Lamento, señorita. — Voltou-se para os táxis que aguardavam na porta do cassino e acenou. —
Com licença, señorita? — Ele indicou o táxi.


Dulce ficou
atônita. Não posso ser atirada fora antes mesmo de entrar!


— Um momento!
— Rapidamente tirou da bolsa um cartão, que entregou ao porteiro. — O señor Uckermann pediu que eu viesse e me
deu este cartão!


Sem expressão,
ele pegou o cartão e pensou que aquela dama extremamente adorável, mas
desacompanhada, estava dizendo a verdade. Devolveu o cartão.


— Um momento,
por favor. O seu nome?


Dulce, ela
respondeu-lhe. O homem falou rapidamente ao celular.


— A Señorita Saviñon está aqui, señor Uckermann. — Um instante depois
desligou. — Entre, por favor, señorita Saviñon — falou, encaminhando-a.


Aliviada, ela
entrou no amplo saguão. Mal conseguiu situar-se e viu alguém descendo
elegantemente a escadaria, guardando um celular no bolso.


Ficou sem
fôlego, como na primeira vez que viu Chris Uckermann. Na segunda. E naquele
instante, a terceira vez.


Ele caminhou
até ela, maravilhoso como antes, parecendo um milionário em seu smoking, esguio
e alto... lindo...


Parou diante
dela, que se sentiu fraca. Seus belos olhos escuros fitando-a, cheios de
prazer.


— Você veio.


Foi tudo o que
disse.


Todos os
motivos por estar ali simplesmente evaporaram. Olhou para ele, que não a mandou
embora, não a desaprovou, não tentou lembrar-se de quem ela era, que não se
aborreceu por ela ter ido procurá-lo, que caminhou direto para ela como se ela
fosse a pessoa mais bem-vinda do mundo.


— Sim. — Foi
tudo o que conseguiu dizer.


Pegando suas
mãos, ele levou-as aos lábios, olhando-a. Colocando uma de suas mãos em seu
braço, falou:


— Venha.


O triunfo
passou por Chris. E profunda satisfação. Estava certo, ela veio procurá-lo,
apesar de demorar duas noites. Noites em que ele passou esperando vê-la a
qualquer momento entre seus convidados para correr ao seu encontro. Se não
tivesse aparecido esta noite, ele iria atrás dela.


Agora, estava
ali. E ficou satisfeito, sentindo a antecipação.


Ela era
difícil. Bom. Fez com que a esperasse. Bom também. Só aumentou a sua fome.


Enquanto eles
andavam pelo saguão para uma das muitas áreas de bar, ele sentiu seu cheiro.
Não usava perfume, era o cheiro de sua pele. Quanto ao vestido, estava vestida
de acordo com sua beleza, não com aquele lixo de lamê, de uma mulher da vida! O
vestido reto preto, de corte elegante, sem mangas, decote alto. Seus brilhantes
cabelos presos num coque exibiam seu rosto, que agora merecia toda admiração.
Os olhos estavam maquiados, mas não demais, os olhos profundos e sombreados,
mas sua pele não tinha base ou pó, a delicadeza de sua compleição inglesa
ligeiramente bronzeada. Seus lábios só tinham brilho, uma boca preparada para
ser beijada...


Ainda não. A
noite era uma criança. Queria saborear o prazer de sua companhia até a
consumação do desejo que ambos sentiam. Mas havia alguns rituais até a
consumação.


Ele a guiou
para o bar, parou e sorriu.


— Champanhe?


Dulce assentiu
com a cabeça. Não conseguia falar, ela pensou. Seu coração martelava no peito.
Só tinha olhos para ele. Que sorria para baixo, para ela.


O que está
acontecendo? Por que estou me sentindo assim?


Não sabia
responder, nem queria pensar. Queria que Chris Uckermann não desviasse o olhar
dela deixando-a intoxicada com a visão dele.


— Obrigado por
vir esta noite — ele falou, passando-lhe uma taça de cristal com borda dourada.


Sua voz era
quente como uma carícia. Ela continuou olhando.


— À noite! — Ele
brindou, tocando sua taça na dela.


Sem conseguir
falar, ela tomou um gole de seu champanhe, sentindo as borbulhas correrem pelas
suas veias.


Sorrindo, ele
olhou-a com admiração.


— Você está
elegante. Tão linda.


— Você também
— não conseguiu conter as palavras.


Ele sorriu
divertindo-se e não conseguindo disfarçar a vaidade ao ouvir sua resposta.


— Assim,
prevejo uma ótima noite para nós. — Seus olhos disseram mais do que sua voz.
Muito mais.


Ela sentia-se
outra pessoa. A Dulce de alguns minutos atrás, antes de Chris Uckermann ter
caminhado até ela e tomado sua mão, simplesmente havia desaparecido
completamente. Nem estava temerosa, nem se sentia ameaçada pela confusão
causada por se meter com um bando de gângsters...


Transformou-se
ao lado dele, sentindo-se leve, flutuando, consciente de sua força e elegância,
o seu olhar nela, seus lábios esculpidos, o perfume de sua masculinidade
intoxicando-a como o champanhe!


— Então, você
veio. Por que me fez esperar tanto?


Não conseguiu
responder.


— Bem, não
importa. Está aqui, é o principal.


Nada mais
importa, ela pensou, sonhando. Certamente nada tão sórdido ou aterrorizante como
dever sete mil euros a um gângster...


— Diga-me.
Disse à sua amiga que não fará mais favores? Não preciso avisá-la novamente para
não se aproximar de Guillermo Ochoa, preciso?


Ela balançou a
cabeça negativamente.


— Não! Não
quero mais nada com ele! — O fervor de sua resposta o agradou.


— Ótimo. Ele
não é homem com quem deva se envolver, nem de longe. Fique longe dele e de quem
o conhece.


Um brilho de
medo passou pelos seus olhos, o que o agradou. Podia ser ingênua, mas ele
passou sua mensagem, os gostos de Guillermo Ochoa eram perigosos demais para
ela. E muito sórdidos.


Dulce viu o
brilho dos olhos dele e sentiu culpa.


Conte! Diga a ele porque está
aqui! Que está com medo de Guillermo Ochoa, que só veio aqui esta noite por ser
o único lugar onde ele não estaria, tentando evitá-lo. Que deve a ele, até o
pescoço!


Não podia
dizer. As palavras não saíam. Nem queria. Não conseguiria vê-lo transferindo
seu desprezo por Guillermo Ochoa para ela.


Esta noite era
um sonho, breve, em que estaria com o homem mais belo do mundo, sorrindo para
ela com desejo. Não podia destruir aquele sonho.


Também, só
estava ali por uma noite. Dana podia pensar que havia conseguido um amante rico
para pagar suas dívidas, mas aquilo não era para ela, era impossível se
comportar assim! Uma noite longe de Guillermo Ochoa, na abençoada companhia de Chris
Uckermann, que parecia ter olhos apenas para ela.


Ele a levou
para as mesas de roleta onde uma cadeira apareceu como que por encanto, para
ela, sua saia caiu graciosamente em volta, enquanto ele ficou de pé ao seu
lado, com as mãos nas costas da cadeira. Ela pôde sentir o seu calor, a sua
força. Inclinou-se pondo um punhado de fichas em sua mão.


— Escolha um
número.


Ela escolheu
um aleatoriamente e o observou jogar, olhando como todos os outros jogadores a
roda girar e parar em outro número. Ficou desanimada, mas então lembrou-se que
o dono do cassino perder não contava!


O croupier anunciou
uma nova rodada, ela apostou uma ficha em seu aniversário e perdeu novamente.
Virou-se para ele.


— Você
escolhe! — Riu.


Com os olhos
brilhando, ele apostou uma pilha de fichas. Perdeu. Ficou espantada. Como Chris
Uckermann podia perder para ele mesmo? Ou ganhar?


Quando a roda
girou novamente e parou finalmente no número que havia escolhido, os olhos de Dulce
se arregalaram. Bateu palmas de prazer e escutou Chris rindo.


— Minha vez de
novo! — Ela exclamou e colocou outra ficha num número. Ganhou outra vez,
batendo palmas e brindando com Chris.


A sua sorte ia
e vinha, ia mais. Restavam apenas algumas fichas à sua frente. Levantou-se.


— Hora de
parar, enquanto estou na frente!


Os lábios de Chris
se ergueram em um sorriso.


— Garota
sensata. Venha...


Estendeu a
mão, que ela pegou, e se afastaram.


Ainda sonhava,
sem poder resistir, deixando suas preocupações bem longe.


Sabia que Chris
Uckermann era apenas um sonho, uma linda fantasia, como se estivesse assistindo
a um filme onde o fabuloso artista saísse da tela, para levá-la ao seu mundo de
glamour.


Amanhã
enfrentaria a bagunça de sua vida. Não naquela hora encantada.


— Dulce?


A voz dele
cortou seus pensamentos e ela perguntou-lhe:


— Há uma vista
do mar da varanda do cassino?


— Uma vista
linda, gostaria de ver?


Ele a guiou
pelas portas francesas em arco, que se abriam para um terraço. A vista era
maravilhosa. Dulce apoiou as mãos no parapeito observando a paisagem. As
árvores e folhagens dispostas artisticamente deixavam o hotel e as vilas de
casas de veraneio pouco visíveis. Só a marina estava destacada, com seus caros
iates balançando. O ar da noite estava doce, as estrelas brilhavam no céu,
iluminando o mar distante.


Sentiu um
toque em sua pele. Ficou imóvel, enquanto Chris se movia atrás dela, as pontas
dos dedos tocando suavemente seus braços.


Ela quase se
encostou querendo sentir as mãos se fechando em seus braços, puxando-a para
ele. Mas ficou imóvel, não quis incitá-lo ou convidá-lo a seduzi-la e
acariciá-la, beijá-la e levá-la para sua cama...


Não podia,
então, apenas desfrutou da sensação de que nada mais havia no universo, exceto
os dedos dele tocando-a, lentamente...


Estava tensa,
mal conseguia respirar.


— Chris! Aí
está você!


A voz alta
chamando-o foi uma interrupção brutal. Dulce se moveu e ele abaixou as mãos.
Sentiu-o mover-se ligeiramente e virar-se.
                                                                                


— Pat... que
bom te ver.


Sua voz era
vazia, formal. Dulce aproveitou para se recompor e respirar direito.


Um homem
aparentando por volta de cinqüenta anos usando um summer aproximou-se
segurando um copo de uísque.


— Pensou no
que lhe disse no outro dia, Chris? — O homem perguntou-lhe com sotaque
irlandês.


— Claro — Chris
respondeu suavemente. No papel, a proposta de Pat O`Hanran de construir um
clube de golfe de luxo, unindo o nome O`Hanran com os resorts luxuosos El Paraíso parecia boa. Mas depois de alguns
minutos de discussões comerciais sobre as mútuas vantagens, ele conseguiu
interromper o homem. — Se for conveniente, eu e meu arquiteto nos encontraremos
com você amanhã e falaremos sobre as praticidades de sua proposta — sugeriu.


Gostando da
idéia, o irlandês olhou rapidamente para Dulce e voltou para o salão.


— Minhas
desculpas — Chris murmurou.


— Por favor,
não quero monopolizá-lo.


Os olhos
escuros brilharam.


— Você faz
mais do que isso — falou com voz baixa e rouca. Pegou seu braço. — Diga-me, o
que gostaria de fazer? Tentar a sorte novamente? Mais champanhe? Gostaria de
jantar agora? Ou... talvez admirar mais um pouco a vista? — Os olhos dele
brilharam e ela sentiu calor.


— Comida
parece bom! — Estava rouca.


— Claro. —
Falou suavemente. Demais.


O que estou
fazendo? Dulce pensou, sentada diante de Chris Uckermann no restaurante do
cassino rodeado de janelas para a baía. Estava cheio, mas sentia como se ele
fosse a única pessoa ali.


A comida era
magnífica e fazia muito tempo que não comia assim. Por um momento as lembranças
a assombraram, mas o momento não era para ser atrapalhado por pensamentos
ruins. Logo aquele momento mágico acabaria, então decidiu deixar para lidar com
seus problemas no dia seguinte.


Eles
conversaram sobre coisas comuns. Então ela perguntou-lhe sobre El Paraíso e
ficou fascinada ouvindo como um resort de luxo era montado e operado. Ele falou sem parar sobre os outros resorts, sobre as condições do turismo e
o desenvolvimento na própria Espanha.


— É tanto uma
bênção quanto uma praga. Oferecer tanto e também tirar tanto — ele falou.


— Certamente é
uma bênção para os britânicos, que não agüentam o inverno na Grã-Bretanha!


— Você disse
que está aqui há algum tempo?


— Sim, quase
três anos.


— O que a
trouxe aqui? Férias e depois resolveu ficar?


Ela sorriu
hesitante.


— Mais ou
menos. Vim... com alguém... e fiquei.


— E sua...
companhia?


Ela olhou para
longe.


— Estou
sozinha agora. — E olhou novamente para ele. Um ligeiro sorriso de satisfação
aflorou em seu rosto.


E ela não
conseguiu desviar o olhar.


O jantar foi
longo. Uma ou duas vezes Dulce teve a impressão que as pessoas tentavam chamar
a atenção de Chris, mas além das saudações casuais a alguns convidados que se
aproximavam, ele tentou não afastar a atenção dela.


Nem quando uma
das pessoas que se aproximou foi uma loira deslumbrante.


Claramente
estava com outro homem, do outro lado da sala. Mas ao final da refeição
enquanto sua companhia se ocupava com a conta, a mulher levantou-se e caminhou
até Chris Uckermann.


— Chris...


A voz era
entrecortada, com sotaque nórdico. Usava um vestido azul extremamente caro, de
uma famosa marca de Milão. Um colar e um par de brincos de brilhantes faiscavam
em sua pele bronzeada. Confiante, a mulher se inclinou, beijando o rosto dele.


Com o mesmo
tom de voz sedutor comentou:


— Faz tempo...


— Lisa.


Chris foi
contido e Dulce seria surda se não notasse. Mas a mulher pareceu ignorar.


— Devemos nos
ver, agora que estou de volta à Espanha. Sair de iate, com alguma privacidade —
lançou-lhe um sorriso convidativo. — Como costumávamos fazer.


— Estou um
pouco preocupado atualmente, Lisa.


Chris foi
polido, mas Dulce sentiu a dureza dele. Um par de olhos azuis fitou-a de relance.


— Bem, Chris querido — a mulher roçou as unhas no ombro dele — quando tiver terminado a sua
pequena... preocupação... — e olhou novamente para Dulce — venha encontrar-se
comigo se eu ainda estiver por aqui.


Ela ergueu a
mão do ombro dele e dirigiu-se à Dulce.


— Aproveite a
noite. Provavelmente é tudo o que terá — falou, destilando seu veneno e
afastou-se.


Houve um
pequeno silêncio e Chris falou:


— Minhas
desculpas.


Por nada
as palavras em espanhol enrolaram sua língua.


Realmente o
que a mulher lhe disse não foi uma novidade.


Mas não ia
aproveitar a noite do modo que ela insinuou.


Claro que não,
seria loucura. Chris Uckermann podia ser o homem mais deslumbrante que já viu,
mas era pouco mais que um estranho.


Não seria
tão estranho pela manhã...
sua voz interior sussurrou aconselhando-a a fazer coisas que
ela não aceitaria.


Podia ficar
mais um pouco. Apreciar sua bebida, falar coisas inconseqüentes, manter seus
olhos sorvendo sua beleza e o lindo sorriso que confessava a satisfação que ele
sentia por estar em sua companhia.


— Você é
generosa. Lisa Tronberg é uma mulher adulada. Casou-se com um homem rico e
velho e agora, após o previsível divórcio, está fazendo um cruzeiro pelo
Mediterrâneo usufruindo de um de seus novos bens, um iate, enquanto resolve
qual homem rico vai aumentar sua conta bancária desta vez.


A voz dele
parecia cínica e Dulce não surpreendeu-se por uma bela divorciada querer Chris Uckermann.
Ele era rico e maravilhoso,
um prêmio para qualquer mulher adulada, ambiciosa.


Um prêmio para
qualquer mulher.


Não era
hipócrita, mas não era a sua riqueza que a prendia ali. Pela primeira vez na
vida sentiu-se satisfeita por ser abençoada com uma beleza incomum, pois sabia
que essa havia sido a razão de ter sido notada por ele.


— Pobre mulher
— falou.


Ele sorriu.


O quê?


— Ela não pode
ser feliz vivendo assim.


Chris olhou-a
como não acreditando no que ouviu.


— A maioria
das mulheres a inveja. É linda, bem-feita e ainda jovem. O mundo está aos seus
pés.


Dulce pensou
por um momento, aquilo podia ser verdade, mas que tipo de vida seria
"fazer um cruzeiro pelo Mediterrâneo" em busca de outro homem rico?


Então percebeu
que para um homem como ele e para aqueles que viviam em seu círculo, a busca
pelos ricos era interminável. Não contou-lhe que começou seu império com
dinheiro emprestado por um banco? Claro que riqueza era importante para ele.


A última coisa
que queria era estragar aquela noite mágica discutindo sobre felicidade e
montanhas de dinheiro. Então, apenas sorriu.


— Bem, como
disse, o mundo está aos seus pés, mas com toda certeza, você não — comentou
secamente.


Os olhos deles
se encontraram.


— E pretendo
nunca estar, acredite.


Não, pensou Dulce.
Você apenas dormiu com ela. Não sou dessas.


Era, ou devia
ser uma advertência sóbria, mas quando as palavras formaram-se em sua mente,
pensou na linda mulher de olhos azuis gelados despindo-se para ele, viu-se
abrindo o zíper de seu próprio vestido enquanto Chris a observava esperando
para levá-la para sua cama...




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Autor(a): ninnafervondy

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Dulce sentia-se tensa, nervosa e com uma dor em seu estômago, quando saltou do táxi e andou para a portaria de colunas do Cassino El Paraíso. Estava louca? Por um impulso aterrorizante disse a Dana que tinha um encontro. Imediatamente ela quis saber mais e com relutância Dulce confessou-lhe ser alguém que conheceu no El Paraíso ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 48



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  • fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:40:00

    ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++++++++++++++++++++++++ por favor1!!!

  • fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:39:23

    suas webs são mara não demora tanto para postar estou ansiosa

  • fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:49:11

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  • fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:49:11

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  • fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:49:11

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  • fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:49:10

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  • fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:49:10

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  • fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:49:10

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  • fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:48:49

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  • fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:48:49

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