Fanfic: `Esposa de Ocasião [DyC]
Enquanto o avião descia, Dulce sentiu seu estômago
queimar novamente. Não apenas porque o tormento que a aguardava estava muito
próximo. Não apenas por causa das memórias que começavam a ocupar seu cérebro,
despertadas pelas paisagens gregas ao seu redor. Mas porque pensara em mais
duas coisas que poderiam aumentar seu tormento. Para onde, exatamente, Chris
planejava levá-la? E ele queria que Dulce fosse vista ao seu lado em público?
Deus, tomara que ele não esteja planejando fazer isto!
Engoliu em seco. Aparecer em público com Chris
tinha sido o pior de seu casamento breve e malfadado. Na verdade, era irônico.
Afinal de contas, essa tinha sido justamente a razão do casamento. Mostrar ao
mundo que Aristide Saviñon não estava aceitando uma caridade, mas fazendo algo
que toda família grega aprovaria: forjar um elo para o benefício mútuo de duas
dinastias comerciais, entre sua sobrinha e um marido apropriado. Salvar sua
empresa era apenas uma simples conseqüência.
Assim, manter as aparências tinha sido uma parte
essencial de seu casamento. No começo, Dulce pensara que conseguiria lidar com
isso. Mas ela não tardara a ver quanto estivera enganada.
Ela estremeceu quando as lembranças começaram a
aflorar em seu cérebro.
Como sobrinha de Aristides Saviñon, ela fora objeto
de interesse para o círculo de amigos e conhecidos de seu tio, sendo aceita por
eles mesmo com sua origem inglesa, apenas por causa de Aristides. Mas como
esposa de Chris Uckermann, Dulce fora não objeto de interesse, mas de
curiosidade quase virulenta.
Especialmente por parte das mulheres. Seu tio não
exagerara ao comentar que toda mulher em Atenas iria invejá-la — mulheres que
viam em seu marido um objeto de interesse sexual.
Elas eram muitas. Mulheres como aquela que tentara
cativar sua atenção na noite em que Dulce o conhecera; mulheres com quem ele
havia tido Um caso ou que ambicionavam ter um. Atenas estava cheia de mulheres
que consideravam o homem com quem ela se casara magneticamente atraente, e
todas tinham algo em comum — invejavam Dulce.
Dulce logo compreendeu que cometera uma gafe social
da mais alta ordem: obter o maior prêmio matrimonial da sociedade grega.
Sem merecê-lo.
O que já era um crime terrível — exceto por algo
ainda pior.
Sem apreciá-lo...
Enquanto o jato descia, Dulce pensou que havia
fracassado miseravelmente em apreciar a invejável boa sorte de ter Chris Uckermann
como marido. As alfinetadas e comentários ásperos que recebera de outras
mulheres tinham sido prova suficiente disso. Dulce reagira com indiferença às
congratulações, e até aos comentários maliciosos, sobre sua união com Chris Uckermann.
E essa indiferença provavelmente apenas deixara essas mulheres ainda mais
irritadas.
Dulce odiou cada ocasião social à qual foi obrigada
a comparecer, até que, finalmente, para seu alívio, foi castigada como uma
inglesa tediosa, fria e sem sentimentos, e afastada de sua vida.
Mas não foi apenas conhecer aquela legião de
mulheres invejosas que mostrou a Dulce o grande erro que fora aquele casamento.
Ela sabia dizer o momento exato em que compreendera isso.
O maldito incutiu em mim uma falsa sensação de
segurança.
Desde o começo ela foi uma noiva relutante. Os
termos do casamento tinham obrigado Dulce a enganar sua mãe e seu padrasto. Dulce
entrou em pânico quando descobriu que Aristides estava planejando convidá-los a
vir até Atenas para a cerimônia. Ela argumentou que seus pais não podiam se
ausentar da Austrália no meio do ano letivo. Também mentiu para seu tio,
dizendo que contara a eles sobre o casamento. Claro que ela não contara! Caso suspeitasse
que ela iria se casar com um homem a quem mal conhecia, sua mãe tomaria o
primeiro vôo para Atenas para detê-la!
Como Devy teria de administrar a Freshstart durante
algum tempo, ela lhe contou a verdade. Embora tenha lhe assegurado que aquele
seria apenas um casamento de fachada, percebeu que Devy ficou decepcionado com
ela. Ele não se animou nem ao saber que, no tempo certo, ela iria terminar o
casamento e retornar à Inglaterra com uma bela doação para a instituição de
caridade de seu pai. Devy também não ficou nada feliz em ter de gerir a
Freshstart durante a ausência de Dulce, embora ela tenha lhe garantido que
estaria apenas a um telefonema de distância. Contudo, isso havia imposto mais
um problema, e quanto mais ela se via sugada por aquela situação, mais
relutante ficava quanto ao seu casamento temporário com Chris Uckermann.
A única coisa que lhe dava forças para continuar
era o alívio patente nos olhos de seu tio. Essa e uma outra. Desde que tomara
sua decisão fatídica, ela passara pouquíssimo tempo com Chris, sendo tratada
com a formalidade impessoal que a ajudara a suportar não apenas o tormento do
breve noivado, como também o período do casamento.
Embora fosse um mero acordo comercial, o casamento
foi conduzido com um luxo invejável. A luxuosa cerimônia civil foi seguida por
uma grande festa, durante a qual ela teve de se manter ao lado de Chris, rígida
e sem conseguir acreditar no que acabara de fazer.
Foi apenas quando chegaram ao destino de sua
lua-de-mel que a realidade atingiu Dulce sem piedade. Enquanto era conduzida
até a suíte de lua-de-mel num hotel de cinco estrelas, com as portas sendo
fechadas às suas costas e de Chris, foi que finalmente algo a fez aceitar o
fato de que, aos olhos do mundo, ele era seu marido.
Ali estava ela, olhando horrorizada para um único
quarto... E uma única cama. Ela se virou para a porta e se deparou com Chris,
às suas costas.
— O que foi? — perguntou ríspido, vendo sua
expressão de choque.
— Só há uma cama.
Ele olhou sobre o ombro de Dulce, e em seguida diretamente
para seu rosto. Por um breve momento alguma coisa faiscou em seus olhos e sumir
logo em seguida. Ele deu de ombros.
— É a suíte de lua-de-mel. O que você esperava?
Dulce deu um passo para trás. O mensageiro já
depositara suas malas no quarto. Uma em cada canto do vasto guarda-roupas. Ao
toque de uma campainha, o serviço de quarto viria desfazer as malas e colocar
suas roupas de dormir na cama.
Será que ele usa roupas para dormir?
O pensamento se formou tão rápido na mente de Dulce
que ela não teve tempo de reprimi-lo. E, pior, uma imagem instantânea o
acompanhou: o corpo alto e magro de Chris, desnudo de seu paletó que vale uma
fortuna, exibindo músculos bem torneados.
Engoliu em seco. Não! Meu Deus, não havia como
começar este casamento completamente falso! Só havia uma maneira de chegar ao
outro lado... A maneira como Chris vinha se comportando. Como se eles fossem
apenas dois estranhos, compartilhando acomodações temporárias.
Mas é justamente isso que somos. Estranhos, unidos
temporariamente.
Por um breve instante uma emoção trespassou Dulce.
Não! Ela não podia estar lamentando o fato de eles serem estranhos.
Com certeza Chris era compulsivamente masculino,
mas isso não tinha nenhuma importância em sua situação atual!
Era vital não permitir que Chris percebesse
qualquer interesse da parte dela. Dulce entrara neste casamento temporário e
irreal para salvar a empresa de seu tio. E nada mais!
E não era apenas ela quem pensava assim. Logo
depois de ter feito seu comentário, Chris olhou para o amplo sofá na sala de
estar.
— Vou dormir ali — disse a ela.
Ao compreender o que ele quisera dizer, Dulce foi
acometida por aquela emoção idiota, e mais uma vez a sufocou.
— Obrigada.
— Não tem por quê — disse Chris, com um tom que ela
não conseguiu identificar.
Os locais que eles escolheram para dormir ditaram o
tom do restante da lua-de-mel, que Chris passou em reuniões com empresários e
políticos, e Dulce em passeios guiados. Essa rotina se manteve quando eles
voltaram para Atenas, para morar na imensa mansão Uckermann, no bairro mais
elegante da cidade. Eles mal viam um ao outro naquela casa, e Dulce sentia-se
grata por isso. Mesmo assim, ela sempre ficava aliviada quando ele partia em
viagem de negócios pela Europa ou, ainda, para os Estados Unidos.
Já era muito difícil lidar com aquela situação
bizarra sem tê-lo por perto, aumentando a tensão. Era muito mais fácil ser a
sra. Chris Uckermann quando o Sr. Chris Uckermann não estava por perto.
Não que isso solucionasse um outro problema: tédio.
A ocupação principal do círculo social no qual ela
se viu inserida consistia em gastar dinheiro e conversar frivolidades, duas
coisas que não agradavam Dulce. Fazer compras parecia uma extravagância
desnecessária, e devido à inveja que ela causava nas outras mulheres, reuniões
sociais estavam fora de questão. Ela adoraria passar mais tempo com seu tio,
mas agora que aceitara o auxílio da Uckermann Corp., sua maior preocupação era
com a recuperação de sua empresa — o que era perfeitamente compreensível. Além
disso, ela receava dizer alguma coisa que denunciasse seu casamento como uma
farsa.
Para passar o tempo, ela explorava Atenas e toda a
espécie de locais históricos nesta região da Grécia.
Inspirada pela descoberta da herança cultural de
seu pai, Dulce começou a aprender grego e a estudar história, arte e filosofia
gregas. Além disso, havia concertos, óperas e bales, e ela se tornou uma
freqüentadora assídua do teatro. Na mansão Uckermann, ela também passava alguns
bons momentos nadando na piscina e aproveitando ao máximo a academia de
ginástica completamente equipada.
Mas, como se revelou, essa era a parte fácil de seu
casamento. O pior era quando Chris estava em Atenas e os dois precisavam
cumprir uma ronda infindável de atividades sociais. Infelizmente, manter as
aparências fazia parte do propósito de seu casamento.
Mas ser parte de um "casal" com Chris era
uma situação altamente desconfortável. Ela sentia as pessoas seguirem-na com
olhos curiosos e críticos, o que apenas a deixava mais constrangida com o papel
que estava sendo obrigada a interpretar. Por esse motivo, ela se comportava com
educação exagerada e, embora fosse forçada a comprar roupas ridiculamente caras
para essas ocasiões, sempre escolhia estilos extremamente discretos — roupas
que não enfatizavam ou revelavam demais sua silhueta.
Suas roupas provocavam olhares de desdém das
mulheres sofisticadas que freqüentavam os ambientes nos quais Chris Uckermann
escolhia suas parceiras sexuais; mas por que ela se importaria?
Sua maior preocupação era suportar o tormento de
ser a sra. Chris Uckermann. Era torturante passar o tempo todo ao lado do
marido, dolorosamente consciente de sua presença alta e magnética.
As piores ocasiões eram aquelas em que ela
precisava desempenhar o papel de sra. Chris Uckermann em sua casa, entretendo
convidados. Odiava ser a esposa de um homem tão desejado por outras mulheres.
Pois podem ficar com ele!, queria
gritar para elas.
Especialmente para uma delas.
Em um dos eventos sociais aos quais compareceram
logo depois de sua lua-de-mel falsa, uma mulher abordou Chris. Dulce a
reconheceu imediatamente. Era a mulher de corpo espetacular que estivera no
jantar de seu tio na noite em que ele a apresentara a Chris; a mulher que
flertara com ele, ignorando Dulce completamente.
E agora ela voltou a ignorá-la.
— Chris! — Sua voz saiu num ronronado feliz. Como
se para isolar Dulce com mais eficácia, prosseguiu em grego num tom íntimo e
caloroso. A forma como se mantinha perto de Chris enquanto falava contrastava
fortemente com o distanciamento que Dulce mantinha dele. Outra diferença,
registrou Dulce com súbita tensão nos seus músculos, era o sorriso franco que Chris
dirigiu à mulher.
Um sorriso de familiaridade... Sensualidade.
Ele nunca sorriu para mim assim.
As palavras se formaram em sua cabeça antes que ela
pudesse impedi-las. Ela imediatamente as espantou. Chris jamais suspirara para
ela daquele jeito... Era o tipo de sorriso que um amante dá a uma mulher de
cujos prazeres ele desfrutou.
Não para uma mulher com quem ele casara com o único
propósito de salvar a empresa do tio dela. Uma mulher que não significava
absolutamente nada para ele.
Mas que diabos ela estava pensando? Chris que
tivesse quantas amantes desejasse! Ela não tinha nada com isso.
E, como prova, Dulce estendeu a mão para a mulher.
— Olá. Nós ainda não nos conhecemos, não é? — disse
num tom cordial. — Tenho certeza de que me lembraria de você.
A voz de Dulce tinha sido serena e deliberadamente
carregada de sotaque britânico, mas viu que a outra mulher registrou o insulto
sutil. A amante de Chris — antiga ou atual — não era uma mulher que outras
esqueceriam se a tivesse visto antes.
— Christina Poussos, uma velha amiga do seu marido
— respondeu a mulher de trinta e tantos anos e rosto imaculadamente maquiado.
— Imagine, não tão velha.
Ao seu lado, Dulce escutou Chris pigarrear
subitamente. Isso não podia ter sido uma risada contida, podia?
— Christina — interveio Chris num tom pacificador.
— Dulce Maria, como você deve saber, é sobrinha de Aristides Saviñon.
A outra mulher sorriu. Agora era sua vez de atirar,
e sua mira foi precisa.
— É claro. E vocês dois vão me permitir
congratulá-los pela excelente união. Saviñon e Uckermann: uma formidável
combinação comercial. — E tendo relegado o casamento de seu amante a uma mera
fusão empresarial, disse a ele: — E agora, meu querido Chris, diga-me quando
estará livre para almoçar. Preciso da sua perícia comercial para escolher o
melhor investimento para o meu acordo de divórcio.
Ela voltou a falar em grego, mais uma vez isolando Dulce.
Dulce rangeu os dentes. Ela juraria que aquela
mulher não estava falando de investimentos naquele tom sensual!
— Então até sexta-feira, Chris querido — murmurou
Christina em inglês para ser entendida por Dulce, cujos dedos subitamente
apertaram a haste de seu cálice de vinho.
Dulce forçou-se a relaxar. Ela não dava a mínima
para o que Chris tinha com Christina Poussos. Ou com qualquer outra.
E por que deveria se importar? Ela não quisera nem
mesmo casar com Chris Uckermann, de modo que não fazia a menor diferença se ele
tinha outras mulheres ou não. Ela apenas não queria ter conhecimento dos
detalhes. Virou-se para Chris, graças ao vinho em seu organismo.
— Desculpe por ter feito aquele comentário maldoso
sobre a idade dela. Foi um golpe baixo. Não queria ferir seus sentimentos.
— Eu diria que ela soube pagar na mesma moeda —
retrucou Chris, uma sobrancelha levantada sardonicamente.
Dulce arregalou os olhos.
— Como assim? Falando sobre as vantagens comerciais
de um casamento Saviñon Uckermann? O que há de maldoso nisso? É apenas a
verdade. Só não gostaria que ela dissesse ao meu tio que nosso casamento é uma
farsa. Falando em meu tio... Não é ele ali? — Ela esticou levemente o pescoço
para ver por cima das pessoas ao seu redor.
— Sim, é ele mesmo.
— Vou até lá cumprimentá-lo. Não posso passar a
noite inteira grudada em você.
Ela começou a se mover, mas os dedos longos de Chris
circularam seu pulso.
— Por que não? — perguntou Chris numa voz plácida,
mas com um leve tom que ela não conseguiu decifrar. — Afinal de contas, somos recém-casados.
Ela deu com os ombros.
— Se você acha que devemos continuar o show, que
seja. Vamos de braços dados? — perguntou, jocosa.
— Por que não? — repetiu Chris.
Ele a segurou pelo braço e a conduziu até seu tio.
Rígida como uma tábua, Dulce o acompanhou.
Assim que pôde, ela se soltou dele. Manter
distância de Chris Uckermann era a única maneira de suportar este tormento.
Queria voltar para Londres, para Devy, para a Freshstart, e para seu mundo
familiar e seguro.
Para muito, muito longe de Chris Uckermann e este
casamento ridículo que não significava nada para ambos.
Ao menos, para seu alívio, ela precisava
desempenhar o papel de sra. Chris Uckermann apenas em público. Em particular,
longe da platéia, ela podia parar de fingir e relaxar um pouco. Chris também
abandonava seu papel de esposo atencioso e passava a tratá-la apenas com
educação. Quando falava com ela podia estar falando com qualquer pessoa: quinze
ou cinqüenta anos, homem ou mulher. Ela ficava feliz com isso, e dizia isso a
si mesma. Longe dos olhos da sociedade, Dulce podia alterar a verdade do que
ela e Chris eram um para o outro. Estranhos unidos temporariamente para ajudar
seu tio da única forma que ele aceitaria ajuda.
E nada mais.
Até aquela noite fatídica. Aquele momento fatídico.
Quando se viu diante de um perigo que jamais
imaginara enfrentar.
Foi no final de uma festa longa e exaustiva. Usava
um vestido assinado por um estilista famoso, combinado com jóias, um belo
penteado e maquiagem perfeita. Dulce fora a anfitriã ideal dos pés à cabeça,
sorrindo, conversando e providenciando para que a equipe de criados dos Uckermann
atendesse aos convidados da melhor maneira possível.
Mas a noite parecia que não ia terminar nunca, e Dulce
sentia os músculos faciais doerem tanto quanto seus pés nos sapatos estreitos e
elegantes. Mas finalmente o último convidado começou a se retirar. Dulce estava
no pé das escadas que conduziam ao pavimento superior enquanto Chris, num
paletó de linho branco que se assentava soberbamente nos seus ombros largos,
despedia-se do último convidado.
Quando se virou para Dulce, Chris a olhou por um
breve momento. E nesse momento percebeu que estivera completamente errada a
respeito dele.
Mesmo agora, sentada na poltrona do avião chegando
a Atenas, Dulce lembrava com clareza do choque daquele momento.
Porque aquele momento mudou seu casamento Para
sempre.
No começo ela não havia acreditado. Pensou ter se
enganado a respeito da expressão no rosto de Chris ao olhar para ela. É claro
que devia ter se enganado. Não havia nenhuma outra explicação. Aconteceu tarde
da noite, quando ela estava muito cansada. Além disso, tinha bebido muito
vinho... E ele também. Portanto, aquele olhar não tivera nenhuma relação com
ela.
Tinha sido o reflexo de uma recordação, ou de uma
antecipação. Mas não fora para Dulce. Como poderia ser?
Afinal, seu casamento era uma farsa, uma piada sem
nexo. E até aquele momento ele a tratara com indiferença absoluta. Portanto, como aquele olhar poderia ter sido dirigido a ela?
Mas tinha sido.
E tinha sido um olhar inconfundível. Completa e
absolutamente inconfundível. Um olhar tão antigo quanto o tempo. Tão claro
quanto o dia.
Direto, transparente, devastador. E direto para
ela.
Um único olhar. Nada mais.
Nada menos.
E graças àquele olhar ela descobrira que o
casamento de aparências tinha se transformado em algo completamente diferente.
Tinha se transformado numa caçada.
Uma caçada conduzida por Chris Uckermann.
Daquele momento em diante, a partir daquele único
olhar que a despira de todas as ilusões pueris que ela havia nutrido, Dulce
tornara-se a própria caça. Presa de um predador implacável. Um predador que a
escolhera como alvo e que a mantinha implacavelmente sob sua mira.
Sua estratégia foi habilidosa. Ele usou toda a
perícia adquirida em longos anos de experiência e muitas mulheres.
A cada dia Chris avançava lentamente para dar o
bote. E Dulce compreendeu que Chris a estava guiando para o único destino que
tinha em mente: sua cama.
Sigam:
@NinnaFer e @LinyLuz
Autor(a): ninnafervondy
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Comentários da Fanfic 57
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fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:36:31
menina cade? assim você me mata!quero++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
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fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:36:30
menina cade? assim você me mata!quero++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:47:05
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:47:04
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:47:04
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:47:04
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:47:03
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:46:42
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:46:21
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:46:21
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