Fanfics Brasil - 1° Capítulo `Encanto Secreto [DyC]

Fanfic: `Encanto Secreto [DyC]


Capítulo: 1° Capítulo

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Dulce empurrou o carrinho
de mão lotado. A pilha de gravetos úmidos balançou, mas não caiu. Ela piscou
para tirar a chuva dos olhos e seguiu do pomar até o quintal. As botas de
borracha faziam barulho na grama molhada e a calça de veludo e o casaco estavam
úmidos, mas ela não se importava. Estava acostumada com a chuva. Do quintal
seguiu com mais facilidade até o depósito. Lenha era algo valioso, e ajudava a
economizar nas contas de eletricidade.


Ela precisava economizar, e não apenas para consertar a casa que fora
malcuidada pelos avós quando vivos de­vido à falta de dinheiro. Agora que
herdara Wharton, precisava pagar os impostos sobre herança que o governo
exigia.


A ansiedade voltou. Mesmo sabendo que vender Whar­ton seria a atitude
mais sensata, seu coração não concorda­va. Ela não podia vender a casa como se
fosse uma coisa qualquer!


Era o único lar que conhecia. Ela fora acolhida pelos avós depois da
tragédia sofrida pela filha única deles, uma filha que morrera solteira e
deixara um bebê ilegítimo, cujo pai se recusara a registrá-la.


Mas não possuía renda para manter Wharton. A única esperança que Dulce
tinha de ficar com a casa era transfor­má-la em uma sofisticada casa de
veraneio, mas para isso seriam necessárias uma reforma na cozinha e nos
banheiros, consertos e uma nova decoração. Tudo muito caro.


Para piorar, a primeira prestação dos impostos já vence­ria, e seu único
modo de pagá-la era vender os últimos quadros e antigüidades da casa. Dulce
odiava a idéia, mas não tinha opção.


Depois de esvaziar o conteúdo do carrinho e se preparar para voltar ao
pomar, ela parou. Um carro se aproximava.


Poucas pessoas a visitavam. Os avós eram bastante re­servados, assim
como ela. Ouviu o som do carro ainda mais próximo. Dulce abandonou o carrinho
de mão e seguiu pela lateral da casa.


Um seda prateado estava parado lá, sujo de lama, mas ainda tão deslocado
como se fosse uma espaçonave.


E ainda mais deslocado estava o homem que saía do carro.


O queixo de Dulce caiu e ela olhou para ele com cara de boba.


Christopher saiu do carro com expressão tensa, mal es­condendo seu mau
humor. Mesmo com o GPS, as estradas estreitas pareciam impossíveis de decifrar.
E agora que fi­nalmente chegara, a casa parecia deserta. A fachada da velha
casa estava tão úmida quanto a paisagem ao redor. Persianas quebradas cobriam
as janelas e o caminho estava repleto de mato. Os canteiros de flores pareciam
destruídos. Havia uma calha solta derramando água da chuva na varanda, que es­tava
em ruínas.


Ele se abrigou lá. Chovia pesadamente desde que pou­sara em Exeter, e
não havia sinais de melhora. Os olhos negros de Christopher brilharam ao
observar a decadência da casa. Estaria tão deserta quanto parecia?


Barulho de cascalho fez com que virasse a cabeça.


Não estava deserta.


Ele supôs que algum empregado se aproximava, pois era alguém grande com
botas pesadas e um casaco largo com capuz.


- A Srta. Saviñon está? - perguntou, elevando a voz.


Dulce Saviñon. Era o nome da filha de Stefano. Christopher descobrira
que a mãe dela se chamara Susan Saviñon, e Stefa­no a conhecera quando ela era
estudante de arte em visita à Itália. Susan tinha sido bela e ingênua, e o
resultado foi o esperado. Susan Saviñon morrera quando a filha tinha três anos,
e a criança fora criada pelos avós maternos nesta casa.


Pelo menos, Christopher pensou com raiva, a garota fi­caria feliz em
descobrir que tinha um avô rico disposto a acolhê-la. Este lugar parecia lixo.


Seu humor estava ruim, ele não queria estar aqui como um empregadinho
qualquer, mas Tomaso dera a entender que depois de conhecer a neta, se
aposentaria para ter mais tempo com ela. Exatamente como Christopher queria.


O que não queria era ficar no frio e na chuva.


- A Srta. Saviñon está?


A figura maciça falou de repente.


- Sou Dulce Saviñon. O que você quer?


Christopher olhou incrédulo.


- Você é Dulce Saviñon?


A expressão do visitante podia tê-la feito rir, mas Dulce foi pega de
surpresa pela presença dele. O que alguém como ele estava fazendo ali,
procurando por ela? Ele era bonito de parar o trânsito. Tinha cabelos e olhos
negros como a noite e um rosto esculpido pelo mesmo cinzel que Michelangelo
provavelmente usara. A pele tinha um bronzeado natural, e as roupas...


Elas combinavam com o carro. Eram obviamente de algum estilista. O
paletó se ajustava perfeitamente nos om­bros, a camisa era imaculadamente
branca, a gravata elegante, a calça tinha caimento perfeito e os sapatos de
couro brilhavam. Aquelas roupas não eram inglesas.


Eram tão estrangeiras quanto ele.


A peça final se encaixou: a voz dele. Tinha sotaque. Italiano, pensou
enquanto o cérebro dava voltas. Ele parecia italiano. Enquanto esta idéia se consolidava
na sua cabeça, outra emoção a dominou.


Mas Dulce a reprimiu. Era apenas coincidência.


Tinha de ser.


Continuou a encará-lo do mesmo modo como ele a en­carava, com descrença.
Mas algo superou seu próprio choque pelo fato de um homem tão em desacordo com
o chuvoso West Country estar em frente à casa.                           


A expressão dela endureceu.


- Sou Dulce Saviñon. E você?


Ela esperou, mas o homem continuou a observá-la sem disfarçar a
expressão em seus olhos. Era mais do que apenas surpresa.


Era um olhar com o qual ela se familiarizara. Os homens sempre a olhavam
assim. Aquele olhar dizia que para eles ela não contava como mulher.


Os avós ficaram aliviados, ela sabia. O que mais temiam era a repetição
do destino da filha, que nasceu tão tarde, mas fora tão amada.


Até a única aventura dela no exterior se tornar sua ruína.


Os avós de Dulce jamais superaram a vergonha pela filha ser mãe
solteira, nem o estigma da ilegitimidade da neta. Isso jamais fora mencionado,
mas sempre estivera presente, como uma marca de nascença.


Wharton era um bom lugar para se esconder do mundo. Era remoto e de
difícil acesso. Mas ela sentiu desconforto. Alguém a achara. Alguém cuja
aparente nacionalidade era a pior que pudesse imaginar.


Mas só podia ser coincidência.


Dulce tornou a olhar para o homem. O olhar com o qual se acostumara
parecia mais evidente nos olhos dele, e por que não? Um homem tão lindo jamais
andaria na companhia de mulheres que não tivessem beleza equivalente à dele.


O homem na varanda era glamouroso e rico, e andava com pessoas similares
em um mundo deslumbrante. Um mundo tão distante dela quanto Marte.


Mas estavam em Wharton. Ali era seu lar, e Dulce esta­va determinada a
descobrir o que aquele homem queria.


Ela andou até a varanda e tirou o capuz.


- Talvez não tenha ouvido. Sou Dulce Saviñon. O que você quer?


Ele a avaliou de novo. O olhar era o mesmo, porém havia algo mais, que
não estava relacionado à aparência dela. Ela sentiu mais desconforto. O que
estava acontecendo?                       


A tensão a fez falar, e Dulce foi mais brusca do que educada.


- Se não disser a que veio, vou pedir que vá embora.


Ela viu os olhos negros brilharem. O homem não gosta­va que falassem com
ele assim. Problema dele, que apare­cera do nada, perguntara por ela, e agora
que ela responde­ra, ele nada dizia.


Os belos lábios se contraíram.


- Tenho um assunto importante para comunicar a você. Quer fazer a
cortesia de abrir a porta para conversarmos lá dentro?


A hesitação dela era visível. Um olhar cínico apareceu no rosto dele.


- Você estará segura, signorina
- disse ele.


Dulce enrubesceu. Ela não precisava de zombaria para saber que estava
segura de qualquer avanço indesejado masculino.


- A porta está trancada. Espere aqui.


Christopher a observou seguir em direção aos fundos. Por um momento ele
apenas olhou para o local onde ela desa­parecera.


Dio, a garota era horrorosa! Como Stefano gerara uma filha tão medonha? Ele fora bonito, e jamais
seduziria a mãe da garota se ela não fosse bonita, então onde fora parar toda a
herança genética? E a personalidade dela parecia combinar com a aparência:
desagradável e rude.


Depois de uma eternidade, a porta finalmente foi aberta e Christopher
entrou na casa.


O cheiro de umidade imediatamente o atingiu. Por um momento não conseguiu
ver nada, depois percebeu um cor­redor escuro e uma arca encostada na parede. A
porta atrás dele se fechou e o frio e a umidade diminuíram um pouco.


- Por aqui - falou a mulher que o fizera viajar milhares de quilômetros
para encontrar.


Ela usava uma indescritível calça de veludo, e a ausência do casaco não
melhorava sua aparência. Vestia um suéter com um buraco no cotovelo e mangas
longas demais. O cabelo, ele percebeu sem surpresa, era horrendo: um emaranhado
preso por um elástico.


Ela o guiou até a cozinha, aquecida por um antigo fogão.


- Quem é você e o que deseja me contar? - indagou Dulce.


Christopher não respondeu imediatamente. Sentou em uma cadeira e a
observou.


- Você é mesmo Dulce Saviñon?


Ela lançou-lhe um olhar hostil.


- Como já disse, sim, sou Dulce Saviñon. E você é...


Christopher continuou a fitá-la, absorvendo o quanto ela era sem graça.
Não era apenas comum, era feia. Podia ser cruel, mas não havia outra palavra
para descrevê-la. Tinha o rosto quadrado, olhos emoldurados por grossas sobrance­lhas
e uma expressão amarga. Os genes de Stefano definiti­vamente não estavam nela.


- Sou Christopher Von Uckermann. - Ele falou o próprio nome com sotaque
acentuado. - Represento o signor Pardo.


A expressão dela permaneceu vaga à menção do nome, mas quando ele falou
o nome de Tomaso, algo mudou. A hostilidade que aparentara antes não era nada
comparada a ira que manifestou.


- Você o conhece?


- Conheço o sobrenome Pardo. Por que veio aqui? - ela perguntou
novamente.


Christopher não tinha idéia do quanto ela sabia sobre o passado, então
prosseguiu:


- O signor Pardo acabou
de descobrir sobre você.


Por um momento o rosto dela se encheu de emoção. Depois expressou o que
sentia.


- É mentira! Meu pai
sempre soube sobre mim!


Christopher franziu as sobrancelhas de forma hostil.


- Não me refiro a seu pai. Falo de seu avô. Sua existên­cia acabou de
chegar ao conhecimento dele.


Não houve mudança na expressão dela.


- Azar o dele! Se veio aqui só para me falar isso, pode seguir seu
caminho!


Christopher fez uma careta.


- Vim informá-la de que seu avô, Tomaso Pardo, quer que você vá para a
Itália.


A expressão dela mudou.


- Para a Itália? Ele está louco?


Christopher apertou os lábios e controlou a raiva.


- Srta. Saviñon, seu avô está velho e frágil. A morte do filho dele foi
um baque, e ele...


Dulce fez um ruído de surpresa.


- Meu pai morreu? - Ela parecia chocada. Por um mo­mento Christopher
achou que fora muito brusco, mas ela era tão agressiva que ele não se
importava.


- Stefano morreu em um acidente de lancha há dez me­ses - relatou.


- Dez meses... - Ela ecoou as palavras dele. - Morreu há tanto tempo...


Algo pareceu mudar no olhar dela. Mas logo a expressão ressentida
voltou.


- Perdeu sua viagem, signor Von
Uckermann. Pode partir agora.


- Não será possível. - Christopher nunca levantara a voz, mas havia algo
implacável em seu tom. - Seu avô quer que eu a acompanhe até a Itália.


- Não vou. Meu pai tratou minha mãe de maneira im­perdoável. Não quero
contato com a família dele!


Ela falou com veemência irada. Christopher ficou irritado. Ele não
queria estar lá, e agora, apesar de seus esforços, essa garota estava tentando
dispensá-lo.


Ele se recostou na cadeira, Era hora de ser objetivo.


- Talvez não tenha se dado conta - disse, pousando os olhos em seu alvo
- de que seu avô é um homem muito rico. Um dos mais ricos da Itália. Seria de
seu interesse financei­ro acatar o desejo dele.


Ela se inclinou à frente, apoiando as mãos na mesa.                                  


- Espero que ele engula a
riqueza dele! Diga-lhe, já que é moço de recados dele, que, pelo que sei, não
tenho avô! Assim como o filho dele não tinha filha!


O rosto de Christopher se encheu de raiva.


- Tomaso não foi responsável por seu pai se recusar a reconhecer você!


- Ele obviamente criou o filho muito mal! Foi responsá­vel por isso, e
falhou terrivelmente! O filho era desprezível, então por que eu deveria perder
meu tempo com um homem que criou um filho assim?


Christopher ficou de pé.


- Basta! É melhor que
não conheça seu avô. Você seria uma decepção para ele. Agora tenho de encarar a
tarefa de contar para um homem velho e doente, em luto pela morte trágica do
filho único, que sua última descendente é uma mulher mal-educada e sem
consideração pronta a condená-lo sem conhecê-lo. Adeus.


Sem mais, ele saiu da cozinha. Ela ouviu a porta bater e o barulho do
motor do carro se afastando.


Dulce percebeu que tremia ligeiramente.


Foi a surpresa, pensou. Pela primeira vez a família do pai fizera
contato. Todas as poucas e esparsas vezes em que falaram sobre ele, o tom era
de hostilidade e condenação. Ela crescera sem a mãe, e os avós sempre deixaram
bem claro o quanto o pai dela fora desprezível.


Ele está morto...


Dulce sentiu uma pontada de dor. Jamais quisera conhe­cê-lo nem saber
mais sobre ele. Mas receber tão bruscamen­te a notícia de que morrera fora um
choque. Por um breve segundo, sentiu um pouco de pesar.


Meu pai morreu. Não o conheci...


Ela se recompôs. Sabia o bastante sobre ele para ter certeza de que não
valeria a pena conhecê-lo.


Ele a rejeitou. Ignorou sua existência. Não
ligava para você...


Era um playboy mimado que usava as mulheres.
E se dava bem porque era rico e bonito.


Como o homem que a procurara.


Seu olhar foi involuntariamente para o lugar onde ele estivera sentado,
e sua expressão ficou ainda mais amarga. Então se empertigou. Havia trabalho a
fazer. Voltou para o quintal e foi buscar mais gravetos na chuva.


 


Aliviado, Christopher afundou na poltrona e olhou para a elegante sala
de visitas do hotel. Passaria uma noite lá antes de voltar a Roma. Era assim que uma casa de campo na
Inglaterra deveria ser, e não como aquela ruína de Dulce Saviñon.


Saboreou o martíni como se tirasse um gosto ruim da boca. Dio, a garota era uma víbora! Não
havia uma carac­terística na aparência nem na personalidade que a redimisse.
Apesar de se ressentir por Tomaso tê-lo manipulado, sentia pena do velho. Não
desejaria aquela mulher para ninguém! A decepção de Tomaso seria profunda. Christopher
percebe­ra que Tomaso desejava não só alívio para seu sofrimento, mas uma
esperança de perpetuar a linhagem.


Seria difícil arrumar-lhe um marido. Isso era tão óbvio quanto a feiúra
dela.


Em outras circunstâncias ele sentiria pena, mas o com­portamento e a
personalidade dela eram grosseiros e desa­gradáveis demais.


Ele pegou o cardápio com impaciência e escolheu o jantar. A neta
antipática de Tomaso não era mais preocupa­ção dele. Fizera o que Tomaso
pedira, e se ela não queria ir à Itália, problema dela.


 


Mas quando voltou para a
Itália, descobriu que Tomaso não via as coisas da mesma maneira.


- O quê? - falou,
incrédulo.


Mas a pergunta era retórica. A resposta estava na sua frente, no
memorando que sua assistente silenciosamente entregara. Estava assinado pelo
presidente da Pardo-Uckermann e dizia que seus serviços como diretor-geral não
seriam mais necessários.


Uma raiva inaudita dominou Christopher. Ele ainda era acionista
majoritário da Pardo-Uckermann, mas não teria mais controle diário sobre a
empresa, muito menos o controle a longo prazo que poderia ter na presidência.
Sabia exatamen­te o que estava por trás da decisão. Tomaso não aceitara a
recusa de Dulce Saviñon. Christopher hesitara em descrever exatamente o quanto
ela fora hostil. Agora ele desejava ter tido menos cuidado com os sentimentos
de Tomaso.


- Ligue para Tomaso - ele ordenou com raiva. -Agora!




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Autor(a): ninnafervondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 72



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  • fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:44:57

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  • fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:44:57

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  • fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:44:56

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  • fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:44:56

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  • fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:44:55

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  • fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:44:55

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  • fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:44:55

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  • fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:44:54

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  • fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:44:54

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  • fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:44:54

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