Fanfic: `Até o Fim [DyC]
— Ele está
aqui.
A mulher abriu
a porta do estreito corredor. Tinha uma criança enganchada nos quadris, mexendo
em seu cabelo e choramingando. Sua aparência não causou boa impressão a Chris.
Ele controlou
as emoções. Vinha fazendo isso desde que recebera aquele telefonema. Só por
meio do mais severo exercício de autocontrole tinha chegado a esse ponto.
Thee mou,
fazei com
que isso não seja verdade!
Não podia ser
verdade o que a assistente social tinha lhe dito ao telefone. Ela abrira um
envelope no apartamento de Dulce Saviñon, quando estava juntando as coisas da
criança que tinha sido levada para uma casa de adoção, e lido um bilhete preso
na certidão de nascimento do menino — citando-o como pai do garoto.
Dulce estava
mentindo.
Christos, não podia haver outra
explicação!
Uma mulher
daquelas — que o tinha usado, ido para a cama com ele para pegar seu dinheiro —
não hesitaria uma semana em entrar com uma ação de paternidade se uma criança
tivesse sido concebida naquele encontro.
Só podia estar
mentindo para causar problemas...
Então, a
criança que ia ver em breve não tinha a menor chance de ser dele.
Os olhos de Chris
percorreram a sala. O carpete estava coberto de brinquedos. Crianças de uns
dois anos de idade estavam sentadas em um sofá, vendo televisão.
A mulher falou
em tom baixo, pouco audível devido à TV aos berros.
— Ele não está
se adaptando. Fiz o possível, mas ele não reage. Pobrezinho!
Passou por Chris
e foi até uma larga poltrona, escondida em uma saleta perto da porta. Chris
seguiu-a e a escutou falando gentilmente:
— Oi,
menininho. Tudo bem? — Passou a mão na cabeça da criança encolhida, um ursinho
velho apertado contra ele.
A criança não
reagiu à mulher: nem à pergunta nem ao toque. Continuou lá, enrolada como um
feto, imóvel.
O perfil do
rosto do menino era familiar. Já o vira em álbuns de família.
Era ele. Ele
mesmo quando criança.
Não podia se
mover. Os pulmões congelados, o corpo rígido.
Viajou cinco
longos anos, quando sua semente misturou-se à da mulher que agora, segundo a
assistente social, estava em um hospital. O que tornava muito mais fácil pegar
o menino — se a mãe era irresponsável.
Meu filho.
Repetiu as
palavras inúmeras vezes.
Do nada, a
emoção fluía. A necessidade mais urgente era abraçar aquele corpo encurvado,
envolvê-lo e protegê-lo.
Não havia sido
desejado, mas tinha vindo de qualquer forma.
Bem devagar,
começou a caminhar em direção ao menininho. A aproximação tornou a criança
ainda mais tensa, amedrontada. Chris sentiu o coração apertar — de fúria e dor.
Forçou um
sorriso. Não podia assustar a criança.
— Oi, Nicky —
disse baixinho, falando com o filho pela primeira vez.
Dulce mexeu-se
com preguiça, morrendo de sono. Os olhos se abriram, pesados, confusos.
Não estava
mais na enfermaria. Estava em um quarto sozinha. As paredes eram cor-de-rosa.
Uma enfermeira abria as venezianas da janela.
— Oi — disse
alegre. — Como está se sentindo?
— Onde estou?
— A voz de Dulce estava fraca.
— Você está na
ala particular do hospital.
— Particular?
Mas não posso pagar... A enfermeira sorriu, reconfortando-a:
— Não se
preocupe, tudo foi providenciado. Agora diga-me como está se sentindo. Você
tem uma visita.
A emoção
transbordou em Dulce, deixando de lado a pergunta de como tinha ido parar na
ala particular.
— Nicky! —
Soltou um rouco gemido e tentou sentar-se.
A enfermeira
se apressou em acomodá-la nos travesseiros, recostando-a com habilidade.
— Nicky? — perguntou.
Dulce
demonstrava tensão enquanto tentava voltar a respirar normalmente.
— Meu filhinho
— disse, com sofrimento.
A enfermeira
afastou-se e sacudiu a cabeça com pena.
— Acho que
não. Mas se estiver pronta vou mandá-lo entrar. Ele estava impaciente
esperando que acordasse.
Dulce cerrou
os olhos, a desolação invadindo-a. Nicky era seu único pensamento. Tinha que
encontrá-lo. Não se importava se mal podia sair da cama, se os pulmões ainda
doessem apesar dos analgésicos e se o corpo parecesse ter sido atropelado por
um caminhão. Tinha que ir para casa! Caso contrário, como ia conseguir Nicky
de volta?
Mas quem
seria? Quem poderia estar tão impaciente para vê-la?
A enfermeira
tinha dito "ele", portanto não podia ser aquela detestável assistente
social para cantar vitória. Quem então?
Quando os
olhos viram o homem que entrou, achou que ainda devia estar dormindo. Fez um
grande esforço para controlar o choque.
Chris Uckermann
surgiu através do túnel do tempo, de um passado do qual faziam parte os piores
pesadelos, as mais dolorosas memórias.
Chris fechou a
porta e seus olhos pousaram na mulher deitada na cama.
Mas que
diabos...?
Não era Dulce.
Não tinha nada a ver com ela!
Dulce era dona
de uma beleza tão sedutora que tinha sido capaz de fazê-lo de bobo como nenhuma
outra mulher jamais conseguira! Fizera com que ele se sentisse — não, não podia
admitir os sentimentos que despertara nele. Tinha sido a mulher que quase o
levou ao desespero se não encontrasse forças para tirá-la da vida.
Essa mulher
parecia uma caveira. Abatida, os olhos fundos, as maçãs do rosto encovadas, os
ossos saltando e rugas em volta da boca. O cabelo estava murcho, bem mais
curto, caindo oleoso.
Involuntariamente,
veio-lhe à lembrança a mulher que conhecera — o corpo pulsando por baixo dele,
as curvas macias e exuberantes, nua, maliciosa, saciada.
E antes disso,
no vestido de noite prateado, o cabelo como uma cascata de seda, os olhos
cheios de promessas.
No momento em
que pôs os olhos nela naquele jantar, a sensação fora de um soco. Algo que
nunca soubera existir. Desejou-a no mesmo instante. Mais do que qualquer outra
mulher.
E para aquele
desejo avassalador, quebrara todas as regras, para possuí-la naquela mesma
noite quando tinha se oferecido a ele de bandeja.
E pela manhã
descobrira o porquê. Outro soco no estômago.
Essa mulher
não podia ser a mesma.
Thee mou, sabia que tinha sido levada
para o hospital depois de ter sido atropelada, mas só isso não poderia operar
tão abominável transformação. De uma beleza tão delicada nessa... bruxa.
Apertou os
lábios. Lembrou-se do que a assistente social tinha dito.
Drogas. Então
isso transformou a Dulce tentadora nessa bruxa que era só osso?
A palavra
cruel foi como uma punhalada. A mulher estava tão lastimável que seria
desumano não sentir pena dela. Ainda assim, pena era a última coisa que
merecia.
Qualquer
criança merecia uma mãe melhor do que essa! Além de tudo que já sabia sobre ela
— uma vagabunda que comercializa o corpo —, ainda era irresponsável, fraca,
deixando um menino de quatro anos sozinho enquanto dormia depois de ter se
entregado ao vício, que a tornava violenta, apontando uma faca para a
assistente social.
E essa mulher
era a mãe do filho dele! Um filho que tinha escondido! Thee mou, nenhum
tormento era maior!
E apesar disso,
teria que tratá-la com luvas de pelica. Teve vontade de jogar os advogados pela
janela quando eles afirmaram que pais de filhos ilegítimos no Reino Unido não
tinham direito automático à custódia. Isso exigiria uma negociação complicada
e controversa. E enquanto corresse o processo, o filho continuaria sob os
cuidados de alguém até que a mãe estivesse apta a cuidar dele. Se a assistente
social conseguisse tirar a guarda da mãe, seria adotado.
As mandíbulas
ficaram rijas. Isso não podia continuar. Seu filho ia sair da casa daquela
mulher.
Não importa
como, mas tiraria o filho de lá! Mesmo que isso significasse tratar com
carinho alguém tão desprezível quanto Dulce.
Os olhos de Chris
arrastaram-se até o rosto magro e pálido que o fitava horrorizado. Dulce podia
ser mercenária, uma viciada, mas o filho a chamava.
Perfurando-lhe
a mente como uma agulha, ouviu a voz sussurrando, quase inaudível hoje pela
manhã:
— Eu quero a
minha mãe.
Meu Deus! Uma
criança implorando pela mãe...
Foi invadido
por lembranças que lhe causavam muito sofrimento. Ouviu o choro sentido de uma
criança chamando pela mãe. Silenciou à força a voz que ainda podia ouvir, como
se tivesse sido ontem e não há trinta anos.
Chega de
lembranças. De nada lhe serviam agora.
Tudo que
precisava era do talento de negociador. Dulce detinha o poder sobre o filho. E
as emoções — tempestuosas, serpenteando dentro dele — só atrapalhariam. Assumiu
o controle. Tempo de gentileza, não de emoção.
Deteve-se na
expressão atemorizada da mulher. Pensou no plano que ela imaginara a longo
prazo. Obviamente, Dulce manteve o filho afastado planejando apresentá-lo em
um momento mais propício a vantagem.
O fato de não
ter feito isso logo que descobriu estar grávida deve ter sido porque talvez
não soubesse quem era o pai. Uma mulher que cedia favores tão facilmente...
Talvez não tivesse certeza da contribuição dele para convocá-lo para um teste
de DNA. Melhor, deve ter calculado que a herança grega ficaria visível nos
traços do garoto. Então, poderia reivindicar que ele era o pai do menino.
O destino
tomou as rédeas e a revelação tinha sido prematura. Sob esse prisma, isso só
podia ser positivo. Ela perdeu a vantagem do tempo. Aliás, perdeu várias
outras vantagens. A beleza, por exemplo.
Era odioso,
mas estava feliz por isso. A beleza de Dulce o havia feito perder o
autocontrole, que jamais se permitira. Mas agora estava a salvo de suas
manobras. O rosto de caveira que o olhava não exercia nenhum fascínio.
Exceto — e o
pensamento foi como uma punhalada — sobre um menininho desolado, que não tinha
a quem se agarrar, a não ser ao ursinho velho...
Deu um suspiro
profundo e abriu as negociações.
Estava
brigando pelo filho — e tinha que ganhar.
Dulce
encarou-o. Era uma visão, um pesadelo. Só podia ser! Chris tinha ido embora —
para sempre! Afundado no esquecimento do passado, preso em uma caixa cuja
chave fora enterrada bem fundo para que nunca voltasse a abri-la! Por cinco
longos anos, ela o mantivera enterrado. Tivera tanto com o que se preocupar que
ele tinha sido apagado da mente.
A auto-preservação
a ajudou a manter o passado esquecido. Porque lembrar-se de Chris a faria lembrar-se
de tudo que ele tinha feito com ela — e que ela permitiu que fizesse.
Tudo que ele
disse naquela manhã horrenda.
Dulce saiu da
suíte do hotel tremendo de vergonha, enojada.
Mas teve que
voltar, encarar o pai, contar-lhe...que tinha fracassado. Fracassado em salvar
a empresa, a única coisa que ele amava, mais do que a mulher e a filha que
tinha descartado no passado.
Se eu tivesse
conseguido salvar a empresa...
Aí talvez o
pai a amasse! Com certeza, passaria a amá-la.
Mas tinha
fracassado. Aquela noite vergonhosa destruiu não só o respeito por si própria,
mas também a última esperança do pai. Assim, poderia poupá-lo do ataque
cardíaco. Fora privado da única coisa que lhe dava sentido à vida e ficara cada
vez mais doente, mais difícil de se conviver. Culpava-a por não ser o filho que
gostaria de ter tido e poderia ser-lhe útil — não uma mulher imprestável,
carregando uma criança bastarda no ventre...
A pobreza os
atingiu até ficarem reduzidos a morar em um apartamento cedido pelo Estado, em
um lugar nojento, e ela se tornou responsável pelo filho bebê e o pai
inválido, vivendo do benefício do governo.
O cansaço
tomara conta dela. Ali estava ela, deitada em uma cama de hospital, tomada
pelo desespero.
Depois de tudo
que enfrentou nos últimos anos, o pior ocorrera. Nicky tinha ido embora.
E lá estava Chris
parado, mais uma vez dominando sua visão, bloqueando o resto do mundo para
ela! Mais alto do que se lembrava, e mais moreno. A origem mediterrânea era
evidente — não apenas pelo tom de pele, mas também pela postura. E a arrogância,
aquele domínio do macho mediterrâneo, exacerbada mil vezes pela consciência da
riqueza e do poder.
Poder. Era
isso que Chris irradiava.
Como tinha ido
parar lá? E o pior, o que ele queria?
Só havia uma
resposta: Nicky.
O medo foi tão
forte que parecia trucidá-la. Não! Ele não podia saber sobre Nicky!
A sanidade
tentou vencer o terror. Mesmo que Chris tivesse descoberto sobre Nicky, com
certeza não ia preocupar-se com ele!
A não ser para
certificar-se de que ela nada diria. Para dizer-lhe que nem pensasse em ajuda
financeira. Ela e Nicky queriam distância dele.
Então o que
ele estava fazendo ali?
Por um longo
momento Chris ficou parado olhando. Tinha providenciado para que fosse
atendida em um quarto particular — não por ela, mas por ele. Não só porque não
queria conversar com ela em uma enfermaria, mas. também porque em um quarto
podia estar seguro de que ela não teria acesso ao telefone. Assim, não ligaria
para os jornais com alguma história escandalosa sobre o filho ilegítimo de um
magnata grego com uma viciada em drogas!
Pensou,
friamente, no que ela estaria planejando. Sabia, por experiência própria, que
era uma atriz fantástica.
Mas ele a
pegou de surpresa. Ela parecia horrorizada — e tinha motivos para tal.
— Por que você
está aqui? — A voz era fina, trêmula. Chris percebia a tensão. As emoções
exigiam a ele mais esforço do que julgava necessário.
— Você não
sabe?
O rosto
contraiu-se, com uma expressão que ele não deixou de perceber. Estava
recobrando a guarda.
— Como
poderia?
As evasivas o
irritaram. Ela ousava fazer joguinhos enquanto o filho dele estava abandonado
em uma casa para adoção?
Disse uma
única palavra:
— Nicky.
O nome pairou
no silêncio.
A raiva voltou
à tona. Então ele estava certo: ela não queria que ele soubesse, queria
continuar ganhando tempo, mantendo o filho afastado até conseguir o melhor
preço por ele.
Em vez da
fúria, olhou-a, como uma aranha observa a mosca presa na teia. Por baixo da
expressão controlada, podia sentir a raiva, acorrentada.
Dulce
sentia-se mal, o ar comprimindo-lhe os pulmões. Não conseguia se mover, nem
respirar.
Ai meu Deus,
ele sabia sobre Nicky... O pânico crescia. Como tinha descoberto?
Ela deve ter
murmurado algo, pois ele franziu a testa. Por um instante, percebeu um brilho
nos olhos dele. Mas quando ele falou, retomara o controle. E essa falta de
emoção encheu Dulce de medo.
— Como? A
assistente social me telefonou — fez uma pequena parada. Os olhos dela ainda
demonstravam o choque. Ele prosseguiu, saboreando cada palavra, os olhos
jamais abandonando os dela. — Ela deixou muito clara sua opinião sobre homens
que fazem filhos e se recusam a assumir as responsabilidades financeiras — a
voz ficou fria. — Estava surpresa com o fato de um homem com meus
"grandes recursos", como mencionou, ter fugido das obrigações. —
Quando terminou, as palavras soavam gélidas. — Ela disse que seria bastante
ruim, para minha reputação, se a... negligência... de minhas responsabilidades
chegasse ao conhecimento dos juizes ou da imprensa.
Oh céus,
pensou Dulce, então por isso ele estava ali. A assistente social o havia
ameaçado com os tablóides!
Enfiou as
unhas nas palmas das mãos, até doer. Ela estava vacilante. Tudo que sentia era
o horror crescente por Chris saber da existência de Nicky.
— Quero que
ele saia da adoção. Imediatamente — falou o empresário.
Os olhos duros
a fixavam. Sim, pensou, lutando para entender o pesadelo que tinha entrado pela
porta e apertado a garganta até deixá-la sem respiração.
Ele nunca se
arriscaria. E por isso estava ali — para neutralizar o perigo que corria.
— Não vão
liberá-lo até que eu receba alta.
A voz era
fraca, sem emoção. Não revelava a agonia por estar separada de Nicky, o medo
de que nunca mais lhe devolvessem. Seu instinto lhe dizia que escondesse as
emoções desse homem, cuja única preocupação era proteger-se de um escândalo.
O queixo de Chris
tremeu. Aquela mulher não admitia que seu vício mantinha o filho em uma casa
de adoção. Sem falar a ausência total de emoção diante da possibilidade de
perder o filho!
No momento,
tudo que importava era retirar Nicky da adoção.
— Isso está
resolvido. Falei com o médico, e ele concordou em lhe dar alta.
Por um
segundo, julgou ter visto os olhos brilharem de emoção. Depois, no mesmo
instante, voltaram a ficar mortos.
— Eu... não
compreendo.
— Providenciei
tudo para que você não continue hospitalizada. Também informei às autoridades
de que arrumarei uma babá para tomar conta da criança. Desse modo, concordaram
em rescindir a retirada da guarda temporária.
Dulce sentiu a
emoção transpassá-la. Isso significava que ela poderia ter Nicky de volta?
Encheu-se de esperança, embora preferisse morrer de fome a deixar Chris perto
dela e de Nicky. Mas se ele fosse a única alternativa para ter o filho,
aceitaria.
Não deixaria,
porém, que ele percebesse o quanto isso significava para ela. Vil? Era evidente
que ele já estava furioso por ter sido forçado a aceitar um filho bastardo que
ameaçava sua reputação.
Olhou para o
rosto duro do homem que um dia tinha mexido tanto com ela, que tinha sido
capaz de seduzi-la com a mesma facilidade com que se tira a bala de uma
criança. Tinha sido a noite mais incrível de sua vida, mas de manhã...
A mente
desviou de rumo.
Nicky — o
filho amado. Ele era tudo que importava no momento. E ela não devia demonstrar
o quanto se desesperava para tê-lo de volta.
Forçou uma
frieza e uma calma pouco naturais.
— E depois? O
que vai acontecer?
As pupilas de Chris
se estreitaram. A raiva atingiu-o com a força de uma punhalada. Christos, que
ela fosse amaldiçoada por essa reação fria! A memória retorcia-se dentro dele,
lutando para sair... Empurrou-a de volta. Agora só uma coisa era importante —
o filho. Quando falou, a voz era tão indiferente quanto antes.
— Você será
liberada amanhã. Irá de carro, junto com a babá e a enfermeira, buscar Nicky, a
caminho do aeroporto...
— Como assim,
aeroporto? — A pergunta era incisiva, alarmada.
Chris olhou-a
sem expressão.
— Vocês vão
para a Grécia...
— Grécia?
Os olhos
negros mantiveram-se frios.
— Vocês
ficarão na minha ilha particular. É luxuosa, tem empregados e serão muito bem
tratados.
Dulce
compreendeu tudo. A mente exausta se ligou nas únicas palavras que faziam
sentido para ela. Ele disse "ilha particular".
Então era
isso! Ele ia escondê-los, mantê-los a salvo de olhos curiosos. Para ele, fazia
sentido. Mas e para ela e Nicky?
Como podia
permitir que os encarcerassem na Grécia?
Mas era a
única forma de tirar Nicky da adoção. E isso era tudo que importava.
Não importava
que o homem que mais odiava no mundo tomasse essa atitude por razões egoístas.
Só importava que Chris usava dinheiro e influência para que a burocracia do
Estado e o sistema médico funcionassem a favor dele.
Além disso —
uma casa à beira do mar. Uma praia...
Para Nicky,
seriam férias depois do trauma de ter sido tirado dela.
Ele nunca
tivera férias...
Fazia calor na
Grécia e, com uma enfermeira e uma babá para ajudá-la, ficaria boa mais rápido
— bem mais do que naquele gélido apartamento em que vivia. E uma vez curada,
cuidaria de Nicky sem precisar contar com o dinheiro de Chris.
E então
poderia mandá-lo para o inferno.
Sigam @NinnaFer (Yoooo) e @LinyLuz (Minha Adaptadora Caipiira)
Autor(a): ninnafervondy
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+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Chris atirou-se no banco do carro. Uma raiva silenciosa o consumia. Durante quatro anos ele não soubera da existência do filho! Aquela maldita mulher o afastara até a hora em que pudesse para arrancar seu dinheiro... usar o próprio filho para isso! Cerrou os punhos. Do outro lado da cidade, o filho estava encolhido em uma cadeira, ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 676
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fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:42:00
você vai me matar posta logo por favor!!!
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fabiana Postado em 28/03/2011 - 17:41:59
você vai me matar posta logo por favor!!!
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:51:45
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:51:45
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:51:24
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:51:23
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:51:23
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:51:08
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:50:46
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fabiana Postado em 25/03/2011 - 07:50:34
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