Fanfic: 　Juntos Pelo Acaso - D&C [terminada]

“Qual é o real sentido de um encontro? Quer dizer, um encontro é para você e o seu parceiro se conhecerem melhor, não é?! Mas, bom, para mim um encontro é tão formal quanto um final de uma relação, é básico e passa muito rápido, dá até para contar no relógio.”

2OO7.

A procura pelo vestido perfeito era tão difícil e complicado.. Oh, Céus. Ela pensou enquanto jogava os vestidos junto com os cabides em cima da cama, um vestido que combinasse perfeitamente com seus belos cabelos cedosos cor chocolate, e que caísse bem com seus olhos esverdeados e que não ficasse tão apertado no busto. Cada um olhado com aprovação ou não, Dulce, a bela mulher com uma toalha branca enrolada pelo corpo bem definido. Os cabelos presos num coque enquanto em cima da cama havia cremes e maquiagem suficiente para um batalhão de mulheres.

– Mas que droga! — gritou irritada, sem muitas opções de vestes. Dulce suspirou, e ao revirar mais uma vez outra parte do closet pegou um Scarpin justo preto e curto, pegou sapatos de salto alto de bico fino branco com a sola preta. Ajeitou seus cabelos soltos com alguns cachos, um colar de pedras preciosas, uma pulseira à cima do pulso, no ante-braço assim como o colar, colocou brincos e partiu para a maquiagem. Olhos bem marcados num preto esfumaçado com prata, lábios num tom básico de rosa, deliniou-os em volta com lápis de boca da mesma cor do batom e já estava pronta.

Olhou no relógio, 8:55, já havia se arrumado à um bom tempo e até agora seu "parceiro" não havia chegado.

"Que tipo de encontro será este se o meu acompanhante se atrasou uma hora?" - gritou em pensamento, estressada. Observou páginas de revistas, olhou seus e-mails pelo notebook, enviou mensagens no celular de amigas como um S.O.S e carinhas de irritação.

Dulce ouviu batidas na porta, levantou-se de sua cadeira em frente ao computador e foi até a porta, suspirou, abrindo-a e sem fazer caretas algumas, sorriu levemente. 

– Oi. — disse vendo seu acompanhante olhá-la. 

– Oi. Christopher. — o louro estendeu o braço e pegou-a na mão. 

– Dulce. Dulce María, mas sem, o María! — disse sorrindo simpática. Christopher sorriu e assentiu. – Bom, é ótimo te conhecer, Christopher. 

– Ucker. — corrigiu-a. – Me atrasei? 

– Hn, ah, só uma horinha. — disse Dulce, fazendo uma careta divertida. – Mas tudo bem, eu acabei de me arrumar, Anahí disse que você era assim! 

– E Alfonso disse que você iria notar! — disse sorrindo e dando risada. Riram juntos por alguns segundos, depois disfazeram o sorriso, ambos sem graça.

– Bom. Vamos jantar? Estou com fome. Há uma hora! — disse baixinho a última frase.

– Claro. Vamos nessa!

Dulce pegou a bolsa e trancou a porta. Observou Christopher chamar o elevador. “Minha Nossa!” pensou olhando-o, que roupa era aquela? Boné? De um time de Baiseboll azul marinho. Uma jaqueta preta e uma calça jeans surrata. “Mais que.... horror!” exclamou fazendo uma careta sem que ele percebesse. Mas fazer o que se ele conhecia Alfonso e Anahí, seus grandes amigos de infância?

Ao saírem do apartamento e chegando na rua, Dulce o mirou. “Ao menos ele não é feio!”. Limpou a garganta. 

– Então. Há quanto tempo você conhece o Alfonso? — perguntou para descontrair o momento. 

– Desde o colégio. — respondeu ele. 

– Nossa! Eu conheço Anahí desde a faculdade, estudávamos juntas. — saíram e chegaram em frente à calçada. – Então, cadê seu carro? — perguntou olhando em volta. 

– Aqui. — Christopher apontou para uma moto preta, com um capacete preto em cima da mesma. Dulce revirou os olhos, por um momento. Christopher o pegou e deu para Dulce, que sem apenas sussurrou um: “Ahh.” – Vamos. Prometo que não corro muito! — disse já em cima da moto. 

– Bom. Eu não estou vestida para 70 quilômetros por hora. — Christopher sorriu enquanto sua moto fazia um barulho irritante e ensudercedor. Murmurou um “O quê?” – Eu não estou vestida para encarar ventos de 60 quilômetros! – abaixou a voz ao ver que ele desligava sua moto. O viu fazer uma cara de não satisfeito. – Desculpa. Eu não posso subir em uma moto, assim, de vestido e... Enfim, eu dirijo. Meu carro está bem aqui do lado, podemos ir nele, não é?! 

Foram até o carro e entraram no mesmo, um modelo pequeno vermelho e preto.

– Bom. Aonde vamos? — perguntou ele. 

– Aonde você fez as reservas? — ela perguntou colocando o cinto. 

– No... — disse pensando em algum lugar. Dulce revirou os olhos e o mirou. 

– Bom. Você não fez as reservas, não é?! Ah, mas tudo bem, não é. Vamos à outro lugar. 

– É. Qualquer lugar está ótimo. Maravilha! — Dulce sorriu insatisfeita. Quando ia dizer aonde poderiam ir, o celular de Ucker começa à tocar. Sua boca abriu, e no mesmo momento se fechou.

– Desculpe. — disse ele, pegando o celular e atendendo. E pelo jeito que estava falando, uma tal voz sedutora, conversava com uma mulher. Dulce encostou o cotovelo em cima do vidro do carro e apoiou nos dedos fechados o queixo. Ao terminar de falar, pediu desculpas. – Era uma amiga doente! — Dulce sentiu vontade de rir, que amiga doente o quê. “Que safado, cretino, ordinário!”

– Olha. Não precisamos fazer isto. — disse colocando um fim naquele momento extremamente cretino.

– Sério? Então tá bom. — disse tirando o cinto. Dulce revirou os olhos, surpresa.  

– Espera. Tá falando sério? Vai desistir de sair comigo? 

– Ué, você é quem está querendo isso não é?! — Dulce sentiu vontade de bater nele, tapas e mais tapas, uns mil, até. 

– É, mas. Escuta, isso é por nossos amigos. Eles que marcaram este encontro!

– Ah, fala sério, não é?! Agente vai sair e ficar a noite toda fingindo conversar? Que coisa mais besta. Olha, agente só vai sair, ficar bêbados e transar. — Dulce abriu a boca horrenda. “Que cara de pau e lunático!” - pensou explodindo de raiva.

– Olha, escuta aqui. Se você queria garantir que essa não seria uma noite ruim, eu vou te dar uma dica: Não chegue uma hora atrasado e não fique de conversinhas e marcando encontros na minha frente! — disse quase gritando. 

– Ela tá doente. Eu disse isso. 

– A é? E como você pretenderia curá-la? Com seu pênis másculo? — disse irônica e totalmente sarcástica. Christopher a olhou, surpreso e irônico. 

– OK! Bom, se você ainda quiser sair pra jantar... — Dulce o interrompeu. 

– Mas é claro que não, você está doido? Sai do meu carro, agora! — disse ela mesma saindo do carro e batendo a porta. – Eu não sei aonde a Anahí e o Alfonso estavam com a cabeça quando marcaram isso. — disse indo em direção à entrada do apartamento. 

– Nem eu. — gritou ele subindo em sua moto e ligando-a. Dulce riu irônica e pegou o celular, ligando para Anahí. 

– Annie, a única forma de você fazer algo mais dar certo é você deixando esse cara bem longe de mim. – disse ela entrando dentro do apartamento, sem ao menos importa-se com Christopher que ia embora.