Fanfic: Divida de Sangue [TERMINADA]

Dulce finalmente respondeu se eu havia ou não a mordido.

-eu estou bem. Só me cortei. –ela sussurrou, contendo suas lágrimas.

-como você se cortou? –Avril sussurrou de volta.

-eu estava nervosa. Acabei cravando minhas unhas em minha mão. –ela explicou e mostrou a mão. Que estava realmente sangrado.

Senti uma onda de alivio se abater por todos.

Até por mim.

Afinal, minha família ainda não estava pronta pra se ver livre da única descendente viva de Martin. E eu não estava pronto pra desapontar minha família.

Any conferiu a mão de Dul. Mas, ainda insatisfeita, examinou seu pescoço. A marca de meus dentes estava lá, mas eu não cheguei a furar a pele.

Logo que viram que ela não havia sido mordida, os olhares se voltaram para mim.

Meu pai e meus irmãos me arrestaram para o escritório.

Já tinha amanhecido. Eu queria era ir pro meu caixão e descansar sossegado pela primeira vez em uma década. Dormir sem me preocupar com o bem estar da estúpida humana descendente de Martin.

Chris não foi conosco par ao escritório. Ele e minha mãe foram falar com Maíte. Enquanto Any e Avril ajudavam Dulce com o corte e a acalmavam da “tentativa de homicídio”. Era domingo, então tenho certeza que em breve seu humano estúpido estaria aqui.

 Senti uma vontade de morder a garganta do fulaninho!

-o que você tinha na cabeça Christopher? –meu pai chamou minha atenção, quando já estávamos trancados no escritório.

-você poderia tê-la matado! –Poncho rosnou.

-o que aconteceu Ucker? –Zack implorou por uma explicação.

-eu estou livre irmão! –garanti sorrindo. E expliquei toda a história a Zack, Poncho e Brad.

Contei como eu me senti quando a pedra verde e brilhante afundou em meu peito. Contei de como me senti livre depois disso. Livre como eu não me sentia há anos! Eu era eu de novo. Eu estava sob total controle do meu eu, e isso era ótimo. Eu não era mais uma marionete de um vodu bruxo. Eu era o vampiro que sempre fui. E eu gostava disso!

Contei tudo isso e mais a eles. Contei como foi quando meus lábios tocaram a pele de Dulce, e meus dentes sentiram seu pescoço. Meu pai desviou seu olhar do meu ao ver o prazer em meus olhos, Zack me olhou abismado e Poncho deixou escapar um rosnado entre os dentes.

Depois, quando acabei, meu pai começou a falar.

-você não está mais enfeitiçado. Isso é um fato. Mas é uma coisa boa? –eu fiz uma careta de objeção. Mas ele continuou. –digo, antes desse seu estranho amor por Dulce, você era um monstro filho. Pelo menos quando se tratava de humanos. E, além de tudo, você era infeliz e incompleto. Tente lembrar da década que viveu feliz com Dulce e dos séculos que viveu infeliz sem ela. Faça um balanço. E depois me diga se realmente vale à pena cumprir a promessa feita a Martin. –ele meditou.

-e se eu escolher que vale à pena matá-la? Vocês vão me apoiar? –desafiei.

-nós vamos fazer o que é melhor pra você Christopher. Odiaríamos se você machucasse Dulce, mas você é nossa família e com certeza lhe perdoaríamos. –ele prometeu.

-fale por você! –Poncho rosnou novamente. Eu rosnei de volta.

-já chega! Brigar entre nós não vai ajudar em nada em nossa situação. Uma coisa já ficou clara. –Zack começou.

-qual? –perguntei.

-esse castelo já não é mais seguro para Dulce. –Zack disse, deixando meu pai e meu irmão cachorro temerosos. Pois eles sabiam que ele estava certo.

Enquanto eu estivesse “vivo”, Dulce estaria em perigo!