Fanfic: Divida de Sangue [TERMINADA]

Será que tinha acontecido algo? Será que nossos irmãos europeus estavam com ele? Por que, afinal, eu estava preocupado?

-talvez porque você goste dela. –Adam respondeu.

-já disse pra não responder as perguntas da minha mente! –rosnei.

-desculpe. Antigos hábitos são difíceis de perder. –ele sorriu.

E, em um segundo, Chris estava conosco.

-Derrick? Amigos do Derrick? Isso é uma festa? –ele brincou, mas realmente estava surpreso em ver todos juntos.

-é uma longa história. Mas parece que Derrick e seus amiguinhos –May rosnou –sabem de tudo. –ela concluiu.

-Dul contou? –ele perguntou incrédulo.

Não entendi a incredibilidade. Era praticamente óbvio que tinha sido ela a contar.

Vi Adam morder o lábio, se segurando para não responder a esse pensamento.

Eu sorri.

Mas é claro que não foi ela que contou.

Mas poderia ter contado!

Legal, agora eu tinha que tomar cuidado até com o que pensava.

Bufei. Adam riu.

-é claro que eu não contei Chris! –ela garantiu. –eles já sabiam. –ela explicou.

-mas como? –ele perguntou, ainda confuso.

-eles vieram pra cidade por causa de vocês. –ela hesitou. –por causa de mim, na verdade. –ela suspirou.

Novamente e como sempre, ela nos meteu em problemas!

Rosnei.

-acalme-se! –Poncho pediu.

-é. Acalme-se! –Derrick me disse entre os dentes.

Eu ri.

Se eu quisesse o matava aqui e agora!

-não seria tão fácil quanto você pensa. E perdão por responder a sua pergunta não perguntada. –Adam pediu.

Eu rosnei pra ele também.

-eles vieram te proteger da gente? –Chris perguntou a Dul.

-sim. –ela admitiu envergonhada. –eles pensaram que vocês me escravizavam ou algo do gênero. Nunca imaginaram me encontrar vivendo feliz e em harmonia com vocês. –ela desviou seu olhar dos nossos. –e então Derrick se aproximou de mim para ter certeza. –ela olhou pra ele e sorriu. –só que acabamos nos apaixonando. E como vocês são importantes pra mim, ele jamais machucaria vocês. –ela sorriu.

-bem –Chris suspirou. –pelo menos isso explica o lance da caça animal. –ele riu.

-voltando ao assunto, você vai ou não vai nos explicar sua presença aqui princesa? –Poncho lembrou.

-ah, é. Vocês têm que tirar Dulce da cidade! –Chris ficou sério de repente. –nosso pai já cuidou de tudo. –ele afirmou e, com certeza, reviu a estratégia na sua mente. Adam, deve ter visto junto.

-péssima idéia! –Adam disse.

-temos que tentar! –Chris retrucou.

Ele não estava surpreso por Adam ler mentes?

-vamos lá Chris! Você também sabe que esse plano não é bom. Eles querem a Dulce e vão sentir o cheiro dela onde quer que ela for. –Adam afirmou.

-eu sei Adam. Mas não queremos que ela morra! Mas também não queremos que alguém da família morra! Não queremos que nossos irmãos europeus –Chris fez uma estranha pausa. E me perguntei de onde ele conhecia Adam. –seus irmãos europeus. –Chris encarou Adam e todos nós “monstros” encaramos Chris. –não queremos que os europeus morram. Mas temos que tentar. –Chris concluiu.

-sim. Nós nos conhecemos May. Sim, sou europeu. Não Poncho, não existe como deixar de ser vampiro, então eu ainda sou um. Sim Any, meus amigos sabem e entendem. Sim Ucker, isso explica porque eu posso ler mentes. –ele respondeu minha pergunta silenciosa. –Ucker é como eles chamam o Christopher, Ben. –ele respondeu ao fortão. –eu fiz parte do clã europeu, o mesmo do qual os Timberlake fazem parte, durante 3 séculos. Até que Martin me encontrou e me deu uma nova vida. Eu me juntei a ele e depois a todos seus descentes. –ele explicou.

3 séculos? Mas Martin havia nascido há 5 séculos. Então ele tinha a minha idade?

-sim. –ele riu. –é devo dizer que é uma honra ter sua idade. –Adam novamente respondeu minha pergunta silenciosa.

-uma honra? –perguntei confuso. –por quê? –meio que o desafiei a me dar uma resposta.

-eu aceito o desafio. –ele começou. –mas vejo que o Chris prefere responder por mim. –ele riu.

-é verdade. –Chris começou. –eu conheci Adam quando ainda fazia parte do meu outro clã. Vocês sabem que o clã europeu é composto por uns 1000 ou mais vampiros, a maior reunião da nossa espécie de todos os tempos. E esse clã é dividido em pequenos clãs, que servem ao clã maior. –ele fez uma pausa pra organizar os pensamentos, creio eu. Pela cara de Adam, eu diria que acertei. –um dia meu clã e o clã de Adam se encontraram. Ficamos amigos, uma coisa simples. Duas décadas depois chegou a noticia de que Martin –Chris rosnou ao dizer o nome de Martin. –bem, Martin havia matado nossos amigos daquele clã. Bem, todos eles, menos Adam, que se uniu a ele. Eu o chamei de traidor por um tempo, mas comecei a me questionar se o sadomasoquismo do meu clã era algo normal. Acabou que achei que não. Tudo bem beber humanos –os caçadores de vampiros fizeram uma careta e Chris riu. –mas pra que torturá-los antes? –era uma pergunta retórica. –quando o clã de vocês e o meu se confrontou, eu vi em Brad o pai da escuridão que eu havia procurado durante séculos. E o resto da história vocês já sabem. Então, culpem Adam por ter a mim na família. –Chris riu e percebi que ele e o vampiro leitor de mente eram grandes amigos.

Martin havia sido o pior caçador de vampiros da história, simplesmente porque ele era meio vampiro. Sua mãe era humana seu pai vampiro, ele viveu e nos atormentou durante uns três séculos!

-obrigada. –May agradeceu. –acho que Chris foi a maior aquisição da família. –ela riu e ele a abraçou por trás. –eu cheguei por último, mas isso não muda minha opinião. –ela concluiu.

-eu discordo de você. –Any assobiou, olhando para Poncho.

-o cachorro de estimação não conta! –Chris zoou.

-Adam vive com sangue animal. –Poncho afirmou como se tivesse entendendo algo. –por isso você quis fazer os sanguessugas da casa seguirem o exemplo. –Poncho riu pra Dul. Ela corou e riu de volta.

Meu Deus!

Por que essa menina corava tanto quando Derrick estava por perto?

Adam riu.

-você realmente não entende nada de mulheres. –ele afirmou.

Que mania de se meter nos meus pensamentos!

-desculpe. –Adam pediu.

-Chris, você ainda não acabou. Onde é que eu entro nessa história? –eu lembrei a ele, ao resto da família, a Adam e os malditos caçadores de vampiros.

-obrigado por não me incluir nos “malditos”. –Adam riu. Eu sorri na direção dele.

-ok. O lance do Ucker ser lendário. –Chris recomeçou. –quando andávamos com o clã maior, lá em Londres, havia uma lenda que falava sobre aquele vampiro que acabaria com Martin, que na época era nosso maior terror, é que, de certa forma, é até hoje. –ele explicou.

-e eu sou esse vampiro? –eu ri.

-alguns acreditam que sim. Parece que seus dentes estão designados a acabar com a vida do último descendente de Martin. –Chris disse seriamente.

-e o último descendente de Martin... –May hesitou.

-sou eu! –Dulce afirmou ceticamente.

Ela não tinha medo de morrer?

-eu não acho que ele o fará. –Adam respondeu a resposta a pergunta que alguém fez em pensamento.

Me perguntei se o “ele” se referia a mim.

Adam não respondeu, então conclui que sim!

Quer dizer que, de acordo com uma antiga profecia vampira, eu era o escolhido para acabar com a vida de Dulce?

Tentador!