Fanfic: Divida de Sangue [TERMINADA]

Quando acabei a história Dulce já estava até abraçada em mim.

-cansou? –perguntei ignorando o fato se seu braço estar ao redor de minha cintura.

-você lembra até que muitas coisas de sua vida humana. –ela ignorou minha pergunta.

-sim. Também estou surpreso. –fui sincero.

-te amo. –ela sussurrou.

Para minha surpresa, eu a abracei.

??????

-você não precisa fazer isso. –eu estava agoniado agora.

-sim. Não agüentaria ver minha família morrer. –ela sussurrou, ainda me abraçando.

-eu queria dizer que tudo ia ficar bem querida, mas não vai. Ou você morre ou todos nós morremos. –confessei.

 -você vai sentir minha falta? –ela perguntou, quase chorosa.

E, pra minha surpresa...sim!

Eu já estava sentindo saudades antes mesmo de matá-la.

Talvez não fosse ela que não estivesse preparada pra morrer. Talvez fosse eu que não estivesse preparado para matá-la.

-também te amo. –sussurrei.

-como? –ela perguntou confusa.

Isso era verdade! Eu a amava, com feitiço ou não!

Era tão estúpido!

Mas ela era minha!

E eu...eu era dela!

-pequena, não há mais como negar. Independentemente de feitiços ciganos, você é minha e eu sou seu. Agora e pra sempre. –prometi e beijei o topo de sua cabeça.

-finalmente! –ela riu e...chorou.

Olhei em seus olhos e não vi mais dor. Agora havia apenas aquele sentimento que estava começando a ficar claro. Era...amor.

Ela me amava! E eu a amava. O feitiço tinha ajudado, mas esse amor era um fato!

Eu apertei o abraço e fechei meus olhos. Já era hora de descansar.

-mas você ainda vai me matar. Certo? –ela implorou.

O que responder?

-não! –afirmei firmemente. –eu vou morrer junto com você e com a minha família. –jurei.

-não! Não Christopher! Você não... –abri meus olhos e coloquei meu dedo sob seu lábio para calar sua ansiedade.

-você é uma Pitt. Uma Uckermann! Morreremos todos juntos. E agora eu sei que eles, como eu, não se importam de morrer por você. –afirmei.

Tudo estava tão claro agora!

Eu culpei o feitiço por meu amor a Dulce. E era verdade, aquele amor que eu sentia não era normal.

Mas agora eu a amava porque simplesmente amava, não porque tinha que amar.

E eu a protegia porque queria, não porque devia.

Eu era livre. Poderia ter o que eu quisesse. E eu queria ela!

-por favor! –ela implorou.

-não! –encerrei a conversa.

Ou pelo menos achei ter encerrado.

-eu não vou convencer você. Certo? –ela bufou. Eu ri.

-jamais pequena! –era bom chamá-la assim de novo.

-então, como sempre, farei o que você quer. –ela bufou de novo.

-obrigado. –agradeci entre risos.

-mas você vai ter que fazer uma coisa por mim. –ela começou e o olhar malicioso estava em sua face de novo.

-o que? –perguntei desconfiado.

-deixar de me ver como uma garotinha indefesa. Você só me via assim por causa do feitiço, e agora você está livre. Veja-me de outra forma. –ela falou.

-que forma? –eu estava confuso.

Ela respirou fundo, achei estranho. E sua respiração estava ofegante de novo. Mas por quê? Eu não estava tentando matá-la nem nada!

-atos falam mais do que palavras. –ela sorriu. –deixe-me mostrar-lhe de que forma eu quero ser vista por você! –ela sorriu de novo.

Eu fiquei confuso, mas antes que pudesse falar qualquer coisa sua respiração estava mais próxima da minha, seus olhos estavam encarando os meus, ela estava corando e...seus lábios estavam tocando os meus.

Para minha surpresa, eu correspondi aquele beijo com uma intensidade...estranhamente estranha!

Tudo fez sentido naquele momento!

Eu queria ela! Eu estava livre do feitiço e queria ela de um jeito diferente que eu queria antes de estar livre.

Eu a beijei com toda a intensidade que pude, ignorando tudo o que era certo. E ela me beijou com a mesma intensidade. E então, dormimos abraçados com a chegada do sol.