Fanfic: Divida de Sangue [TERMINADA]

-faça Ucker! Me morda! –Dulce implorou.

Eu nunca soube resistir a ela. Com ou sem feitiço. Mas eu não poderia fazer isso! Poderia?

-não! –rosnei.

Eu não poderia!

-Christopher, você me ama? –Dulce desafiou, lágrimas começavam a se formar em seus olhos.

Eu sai de minha posição de ataque e me virei para encará-la e ficar frente a frente com ela.

Adam colocou-se no meu lugar de defensiva, impedindo que Misha fizesse qualquer coisa.

Poncho, Zack e Chris ainda tinham Justin, Jason e Seth da mira.

Justin podia morrer, tudo bem! Ele era mau. Jason era enrustido. Ele parecia legal, mas também era mau. Já Seth...ele realmente parecia ser um vampiro descente!

Mas me concentrei.

Olhei nos olhos de Dulce, segurei suas mãos, com minhas duas mãos, e as coloquei em cima do lugar onde deveria estar meu coração.

Não deixei de notar que elas provocaram maior efeito do que a pedra verde que brilhava!

-mais do que tudo. –prometi a Dulce, olhando em seus olhos lacrimejantes.

-então você não se importa de passar a eternidade comigo? –ela disse entre lágrimas.

-eu não posso fazer isso com você Dulce. –eu tentei explicar. Mas eu sabia que ela não desistiria fácil. Afinal, era a Dulce!

-eu imploro que você faça. Claro que, apenas se você achar que nosso amor dura pra sempre. –ela afirmou, chorando.   

Como ela ousava duvidar do meu amor?

Eu a amava mais que tudo!

Tá certo que eu tinha tentado matá-la, mas eu a amava!

-para todo o sempre. Você é minha e eu sou seu! –afirmei aproximando meu rosto do seu.

Ela sabia que estava me convencendo e eu sabia que estava sendo convencido.

Eu a amava e ela me amava. Eu queria tê-la ao meu lado para sempre na eternidade, apesar de achar esse pensamento egoísta.

Agradeci a Adam em pensamento, pois sabia que ele deveria estar se segurando para não se meter. Senti ele sorrir.

-agora e sempre! –ela sorriu, com lágrimas escorrendo entre seus olhos, enquanto tirava seu cabelo do caminho, para deixar seu pescoço a mostra e se inclinava. –meu amor, você vai ter que me aturar pra sempre. –Dulce riu.

Eu a amava e a desejava agora e sempre.

Mas eu não podia fazer isso!

Não podia!

Mas...tinha tanta coisa que eu não podia ter feito e tinha feito, em primeiro lugar: eu não podia amá-la e eu amava.

E se eu a mordesse estaria salvando a ela e a família.

E, além de tudo, estaria salvando a mim, pois eu teria a minha Dulce para sempre!

Agora e sempre!

E eu mostrei meus dentes, Dulce sorriu. O fulaninho quase teve um colapso, gostei disso!

Eu a agarrei pela cintura e a beijei apaixonadamente. Com todo o fogo, ela estava extremamente quente, meu corpo totalmente gelado também estava mais quente que o normal. Deslizei meus lábios direto para sua garganta. Senti um calafrio passar pelo meu corpo quando toquei meus dentes em sua garganta. Eu podia ouvir minha família e o fulaninho lutando contra seus impulsos de me afastar. Eu também estava lutando contra esses impulsos! Meus dentes perfuraram sua pele e ela soltou um gemido, mas eu podia sentir que era isso que ela queria. Era doida mesmo! Seu sangue era o mais saboroso que eu já havia experimentado. Eu bebi quase todo. Quase até a última gota. Seu coração parou de bater e só haviam duas opções: ou ela estava morta pra sempre ou ela em breve seria uma vampira recém nascida. E então ela caiu em meus braços.

Derrick entrou em pânico, Benjamin o consolou. Toda minha família olhou para a cena: Eu já estava no chão da sala, escondendo meu rosto no corpo morto de Dulce, que estava em meus braços. Eles sabiam que nada que falassem faria com que eu me sentisse melhor, então se calaram.

Adam sorriu vitorioso para Misha. O clã europeu entrou em pânico, mas não podiam fazer mais nada contra nós

Afinal, os dentes do vampiro Christopher Alexander Luis Casillas Von Pitt Uckermann tinham tirado a vida da última descendente de Martin, Dulce Maria Espinosa Saviñon!

Martin Saviñon era filho de uma humana e um vampiro, sua mãe morreu quando ele nasceu, pois carregar um meio humano meio vampiro no ventre não é nada fácil, não que eu já tenha carregado, mas... Continuando, ele cresceu com o clã de seu pai. Seu pai era um vampiro “bom”, mas não se podia dizer o mesmo do resto do clã. Quando Martin viu, pela primeira vez, vampiros fazendo terror psicológico com suas vitimas antes de matá-las, ele jurou a si mesmo que não ia permitir que isso continuasse. Como era meio vampiro, ele demorava a envelhecer. Durou três séculos. Vários vampiros lhe fizeram juras eternas de maldições. Meu clã foi um deles. Já que Martin não distinguia muito bem os clãs bons dos clãs maus. E como quase todos em minha família se alimentavam de humanos... Eu havia quase matado Martin uma vez, eu era um dos únicos vampiros que havia o enfrentado e sobrevivido. Era por isso que todos diziam que eu tinha que cobrar a maldita divida de sangue e tirar a vida de seu último descendente. Martin casou com uma bruxa, e eles sabiam da maldição. Então lançaram um feitiço para proteger apenas a vida do último descendente. O feitiço se efetuou, mas May me livrou dele. Mas meu amor por Dulce era maior do que qualquer outra coisa. Tanto no mundo vampiro quanto no mundo humano. Eu a pertencia e ela pertencia a mim. Martin não contava com isso!

Vê-la em meus braços, morta, me fez lembrar dessa história.

Meus olhos ardiam como chama, do mesmo jeito que minha garganta ardia quando eu estava com sede. Isso era como se eu estivesse chorando, porque se eu pudesse, eu estaria!

E então, estava amanhecendo.

Eu carreguei Dulce em seus braços, em direção ao meu caixão. Todos ficaram na sala, mas ninguém me parou ou ousou falar comigo. Eu sabia que meus irmãos cuidariam do clã europeu.

Enquanto carrega Dulce até a torre, lembrei do dia em que carreguei o corpo totalmente morto de Miley até seu pai. O dia em que eu morri e nasci de novo para a escuridão. Eu havia feito o processo certo, tudo estava certo para Dulce acordar vampira. Mas eu não podia deixar de ter medo, será que Martin também não tinha feito um feitiço para impedir que sua descendente virasse vampira? Eu não poderia saber!

Deitei Dulce em meu caixão, ela parecia estar dormindo, e até poderia, se não fosse pelo fato de seu coração não estar batendo. Deitei-me ao seu lado, ao lado da minha amada e a abracei com toda a força possível. Desejando que, caso ela não acordasse mais, eu também permanecesse em um sono eterno.

Eu não podia ter certeza se ela despertaria para o sol da madrugada comigo, então só me restava olhar para ela como se fosse a última vez. E eu toquei meus lábios frios nos seus, agora tão frios quanto os meus.. Ela estava morta e imóvel, mas eu me despedi como pude. Em breve eu saberia se viveríamos a imortalidade juntos!

Eu ouvi todos os outros se dirigirem a seus caixões. Adam com certeza deve ter ficado na sala escura, do centro do castelo, já que ele não tinha caixão aqui e não tinha tempo de voltar pra casa. Eu esperava que o cachorro e os caçadores de vampiro dessem um jeito nos europeus!

E então eu adormeci ao lado de minha amada, e morta, Dulce Maria.

A divida havia sido cobrada, a maldição estava acabada. A última descendente viva do caçador de vampiros, Martin, estava agora morta. Pelo menos como humana...

Quando a luz da lua começou a brilhar, eu ouvi uma movimentação. Mas eu não sairia do meu caixão para verificar. Eu sabia que eles não podiam ouvir o que acontecia na sala da torre, devido a precauções tomadas por Brad há séculos atrás, mas eu ainda podia ouvi-los. Me pareceu que o fulaninho estava se lamentando por ter perdido Dulce para mim.

E então eu olhei para ela em meus braços, esperando ansiosamente que ela acordasse e saísse para a madrugada comigo.

De repente, sua mão fria como a minha estava tocando meu rosto. Meus olhos arderam de novo.

-Dulce? –eu chamei.

-meu amor. –ela sussurrou.

Ela estava mais linda que nunca, mais forte que nunca, mais viva que nunca!

E então nossos lábios já estavam juntos no mais ardente dos beijos, já que agora a temperatura do nosso corpo combinava!

-meu amor! –eu a abracei.

-eu sou uma vampira agora? –ela perguntou alegre.

-você não sente a queimação na sua garganta? –perguntei desconfiado.

-bem é que... –ela hesitou. –eu sempre sinto esse tipo de queimação quando você está por perto. –ela admitiu, tenho certeza de que se pudesse teria corado.

Eu estava mais feliz que nunca!

E eu sabia exatamente de que queimação ela estava falando!

-quer caçar? –convidei.

-animais! –ela disse rapidamente.

E pelo que tudo indicava, a partir daquele momento, eu só caçaria animais!

Bufei. Dulce riu!

-mas é que... –ela começou hesitante. –atos falam mais do que palavras. –ela concluiu e de repente já estávamos nos beijando de novo, mais intensamente ainda.

Eu entendi perfeitamente aonde ela queria chegar. E gostei!

-mas e a sede? –perguntei.

De novo, tenho certeza de que se pudesse ela teria corado.

-o que eu sinto quando estou com você é mais forte que a sede. –ela admitiu.

-te amo. –confirmei.

-também te amo. –ela sorriu.

E então nossos corpos já estavam juntos e nossas roupas já estavam totalmente jogadas pelo caixão. Encaixávamos perfeitamente, tínhamos sido feitos um para o outro. De corpo, alma e coração. Apesar desse último já não bater mais!

Que bom que o que acontecia na torre não podia ser ouço na sala, seria constrangedor.

Não conseguia pensar enquanto amava Dulce.

Depois, quando já estávamos vestindo e recompostos, ela me beijou intensamente.

-agora eu tô com sede. –ela disse e eu ri.

-vamos caçar uns animaizinhos! –eu disse sem nenhuma animação, ela riu.

-Ucker! –ela me repreendeu.

-Ucker? –perguntei. –você sempre me chamou de Christopher. –era verdade.

-agora você é completamente meu. Posso chamar você do jeito que eu quiser. –ela disse e enlaçou seus braços em meu pescoço. Eu a beijei.

-sede, sede, sede. –ela repetiu, antes que eu a colocasse no caixão e recomeçasse nosso amor perfeito.

-ok, ok, ok. –eu respirei fundo e me recompus. Ela riu.

-vamos? –estendi minha mão e convidei.

-só se você deixar eu correr! –ela estava emocionada em correr com sua nova velocidade, eu também.

-o que você quiser meu amor. –prometi.

E corremos as escadarias da torre, que levavam até a sala, um mais rápido que o outro. Em segundos estávamos lá.

E novamente já estávamos nos beijando.

Era tão bom saber que aquilo duraria para sempre!

Mas nos afastamos de novo, antes que voltássemos mais rápido ainda pro caixão.

-fica aqui. –eu disse, colocando-a na escuridão e me preparando para abrir a porta que dava na sala.

-como? –ela sorriu confusa.

-tem uma coisa que eu quero fazer. –eu disse.

Bem, tinham várias coisas que eu queria fazer. A número um era voltar com Dulce para o meu caixão e amá-la de novo, mas como antes ela tinha que beber uns animaizinhos fedidos... Eu queria pregar uma pequena peça em minha família!

-fique. –pedi.

-ok. –ela se conformou.

Lembrei-me de controlar os pensamentos.

Estremeci ao repassar na minha mente o momento em que levei o corpo morto de Dulce para o meu caixão, o momento em que meus lábios tocaram seus lábios mortos sem receber nenhuma reação em troca. Tive que me controlar quando esses pensamentos me levaram diretamente para o que tínhamos acabado de fazer no nosso caixão. Sorri.

-que foi? –Dulce perguntou.

-queimação. –sorri e ela também. Acho que ambos teríamos corado se pudéssemos, pois ela sabia exatamente sobre o que eu estava falando!

E então, repus os pensamentos ruins na cabeça e sai da torre.

Todos ficaram em silêncio e rígidos quando eu cheguei à sala. Eu permaneci parado e sério.

Todos estavam lá: O Fulaninho, o fortão, Adam, minha mãe, meu pai, meus irmãos, minhas irmãs e...Seth?

-Ucker? –Any perguntou quase aflita.

E então, sabendo que logo eu me entregaria em pensamento, estendi minha mão para a escuridão, chamando o meu amor.

E, em um piscar de olhos, tinha uma vampira bela e recém-nascida ao meu lado.

Nos nós olhamos nos olhos e então nos beijamos novamente, com a nossa conhecida intensidade, mas que ainda era uma novidade pra família.

-te amo! –ela afirmou em alto e bom tom. Eu gostei!

-eu também te amo pequena. –eu sorri. Ela era minha!

E nós nos beijamos novamente.

O caixão estava ficando cada vez mais tentador.

Então Dulce se afastou e sorriu pra mim.

-bem, vamos caçar uns animaizinhos? –Dulce convidou e todos riram.

-o que você quiser meu amor! –eu disse sorrindo.

Mas depois, iríamos par ao caixão!

Adam riu ao ver meus maldosos pensamentos.

Dulce e Derrick se abraçaram, rapidamente antes que a sua sede fizesse com que ela o matasse.

Eu gostei da idéia!

Eles nos contaram o resultado: Jason virou cinza. Misha e Justin fugiram. Seth se uniu a força. E Adam estava indo seguir seu próprio rumo, pela primeira vez na vida.

As portas do castelo sempre estariam abertas para ele e Seth.

Já o fulaninho e o fortão...

Adam riu!

Derrick, Benjamin e Seth foram em direção a Califórnia, após Derrick e Benjamin se despedirem de Adam.

Adam se lançou na velocidade vampiro rumo à América Latina, queria ver se encontrava vampiros por lá.

E o clã Uckermann Pitt se lançou a caça animal!

Todos nossos casais: Brad e Angelina, Zack e Avril, Any e Poncho, Chris e May e Dulce e eu!

Agora essa seria a família.

Se bem que, acho que sem perceber, eu sempre soube que Dulce era o meu destino, meu par eterno, meu amor e minha vida.

Eu a pertencia e ela pertencia a mim.

Agora e Sempre!

Fim!

(Agora é pra valer!)

Gostaram da web?

Comentem!

Obrigada!

Gaby!