Fanfic: Divida de Sangue [TERMINADA]

Todos nós nos olhamos, cheios de medos e precauções.

-deixem-me terminar! –ela pediu, antes de ser bombardeada de sermões. –eu meio que já estou namorando. –novamente ela desviou seu olhar do meu. –o nome dele é Derrick e saímos juntos algumas vezes. –senti o sangue chegar em suas bochechas novamente. Qual o motivo dela corar tanto? –vocês são minha família, faço questão que o conheçam. –ela implorou.

Depois de quase uma hora discutindo, chegamos a um veredicto: Empate!

Dulce se defendeu bravamente.

-eu acho que a Dul tem o direito de amar. Afinal, isso é uma necessidade dos humanos! –Poncho defendeu e eu o fuzilei.

-é inadmissível! –repreendi meu irmão cachorro.

-eu concordo. Pra falar a verdade, eu já sabia. Dulce parece gostar mesmo do Derrick. –Any defendeu. Lancei meu pior olhar a ela.

-que seja! –disse Christian –se alguma coisa der errado a gente morde a jugular do fulano e encerra o assunto! –Chris completou em seu jeito Chris de ser.

-não! –me senti traído ao ver o “voto” de Chris.

-eu concordo. Você merece uma chance de que confiamos em você querida. –minha mãe, obviamente, apoio Dulce.

-nela nos confiamos, não confiamos é nele! –eu praticamente gritei.

-eu acho perigoso, desculpe Dulce. –Avril disse, meio indecisa.

-eu concordo. É perigoso, temos que continuar em segredo.-Zack afirmou.

-eu jamais revelaria o segredo da família! –Dulce se defendeu.

-você sim, mas ele... –deixei um feroz rosnado escapar por entre meus dentes.

-eu não acho que seja seguro. Humanos não são confiáveis! –Maíte afirmou.

-eu sou confiável! –Dulce exclamou, quase ofendida com May.

-é claro que é. Você sabe que não é isso que eu quis dizer!  -May defendeu seu ponto.

-vocês esquecem que eu sou humana. Eu tenho necessidades. Eu preciso tanto ser amada quanto preciso comer, ou dormir, ou tomar sol, ou... –ela hesitou, deixando as lágrimas escapar.

-nós sabemos que você é humana! Sabemos de suas necessidades! Só queremos o melhor pra você! Nós te amamos!–eu lhe assegurei.

-eu não sou propriedade sua Christopher. –ela disse, em lágrimas.

Tentei me defender, mas ela voltou a falar.

-você me ama, eu sei. Mas eu preciso de um tipo diferente de amor, um amor que vocês não podem me dar.  –ela disse, olhando em meus olhos.

-é uma estúpida fraqueza humana! –exclamei entre dentes.

-mas é isso que eu sou: uma estúpida humana! –ela afirmou.

-você sabe que eu não estava dizendo isso! –me defendi.

-eu sei, mas é isso.  –ela rebateu.

Todos já tinham dado sua opinião, só faltava papai e sabíamos que o voto dele era o que realmente importava.

-e então? –Dulce virou seu olhar em sua direção.

-é perigoso, não há como negar. –ele começou, mas eu conhecia meu pai, sabia que ele era diplomático. –mas apesar de tudo, você está certa. Você precisa um tipo de amor que ninguém nessa casa pode lhe dar. E nós entendemos você –eu abri a boca para protestar, mas ele levantou o dedo e fez sinal para que eu me calasse e ouvisse até o fim. –o amor entre um homem e uma mulher é uma coisa bela e mágica, ninguém tem o direito de lhe privar disso. Escolhemos acolhê-la em nossa família e protegê-la e faremos isso, mas sem custar a sua felicidade. Traga o rapaz, todos nos comportaremos muito bem. –ele me lançou um olhar. –mas saiba que está colocando a vida dele em risco, ao trazê-lo a uma casa cheia de vampiros! –ele concluiu assustador.

Poncho limpou a garganta, fazendo barulho.

-e lobisomens. É claro! –meu pai corrigiu-se com um sorriso.

Todos acataram a ordem do patriarca da família Uckermann Pitt e voltaram para a sala. Eu fiquei imóvel no escritório. Eu achei que ele ia me dar um sermão, mas ele simplesmente me deixou sozinho com Dulce.

-desculpe. –ela implorou.

Eu permaneci bravo, mas era quase impossível não ceder a ela.

-você não pode me proteger do mundo Christopher. –ela afirmou. –eu te amo. Você é meu irmão mais velho, meu protetor, meu pai, meu Christopher... –ela hesitou. –me dê uma chance! –ela implorou novamente.

Eu sabia que qualquer coisa que eu falasse a magoaria, então sai deixando-a sozinha no escritório.