Fanfic: O Diário de Brunna
Oi. Eu sou a Brunna, Brunna Pachecco. E, sim. Eu já fui uma viciada em drogas, principalmente em heroína. Apesar do nome, ela não foi heróica em momento algum, principalmente quando eu soube que deveria parar, mas não consegui!. Cada um tem uma história, a minha começa no seguinte ponto: Eu sou adotada! Descobri isso aos meus cinco anos, aí então vocês pensam, que pais são esses que jogam na cara do próprio filho de cinco anos que ele é adotado, mas enfim, eu cresci sabendo pelo meu irmão seis anos mais velho que eu era adotada, que eu vim do fim do mundo e cheguei ali por graças aos pais dele, eles podiam não saber mas, no fundo, aquilo me atingia. E à cada dia eu sentia uma dorzinha se aprofundar no meu peito, e eu sabia que uma hora ela iria ter que acabar, mas, que momento seria aquele?
Eu já havia tentado fugir de casa, à procura de algum refúgio onde eu pudesse me sentir normal, não como uma parasita. Aonde eu não fosse totalmente excluída, aonde eu sentisse que ali era o meu lugar. E em casa, com aquela família, não era o lugar ideal para mim!. Eu agradeço muito por ter a minha mãe, por quem sempre eu tive um mar de sentimentos fortes, até mesmo ira, mas era ela a minha salvadora, ela que havia adotado uma garotinha mirradinha, sujinha e pobre, e ela a tornara limpa, linda e decidida. Mas o meu comportamento não fora bem esse com o passar dos anos, esses foram extremamente difíceis para ela, porque eu fui mudando, aos meus 14 anos, eu quase fui expulsa da escola onde estudava, eu era... digamos, um demônio. E escola nunca fora a minha praia, aliás, nem para mim e meus amigos, então ela começou à passar mais tempo tentando negociar dinheiro com os diretores do que tentar saber o que se passava comigo, e porque daquele comportamento irracional. Acontece que, eu sempre adorei atenção, e necessitava daquilo pra viver melhor, o que eu tinha na escola, eu não tinha em casa. Quanto mais confusões eu armava na escola, mais a minha mãe ficava louca e preocupada, ia gastando mais dinheiro, meus pais iam brigando mais, meu irmão sempre me acusando de ser um cúmulo para os três, e eu, sem reação alguma, porque o que eu estava conseguindo é fazer o casamento dos meus pais irem ao fundo do poço, junto com a nossa fortuna. E o respeito!
Eu sabia que nenhum dos dois iriam mais se agüentar na mesma casa, então foi que após vinte e seis anos de casados, meus pais pensavam em se divorciarem, eu não queria aquilo, mas isso iria acontecer em algum momento. Então aconteceu que o meu pai foi morar em outra casa, mas eles não se divorciaram em momento algum. Meu irmão ficou morando com a minha mãe, pois o meu pai estava para explodir à qualquer momento, era tanta pressão em casa, na nossa família, na nossa vida. Mesmo assim, eu não consegui o que queria, e por muitos momentos pensei em acabar com todo o nosso sofrimento, porque era eu a causadora da dor de todos eles, eu tentei me matar. A vontade era clara, mas a coragem.. não.
Foram duas vezes, e das duas, ambas deram errado. Faca e arma! Objetos perigosos e fatais, porém, nas minhas mãos foram como ácido, queimaram-na e eu não tive coragem de levar aquilo à diante. Eles pensaram que por conta das brigas e de tudo mais, eu estava enlouquecendo, mas não perceberam que eu os estava enlouquecendo, principalmente à minha mãe. Oh, céus, ela devia pensar, a Brunna não tem mais jeito. E eu não tinha mesmo, tanto que as minhas passadas semanais na psicóloga não deram nada! Eles estavam preocupados, mas eu, não. Quando eu estava com quinze anos, aí sim o pesadelo enfim começou, eu fui expulsa do meu colégio, aonde vivi estudando e aprontando desde a quinta série, e nenhum mais da região quis me aceitar, mas eu dei graças à Deus por ter dois amigos inseparáveis, que não foram expulsos comigo, mas sempre estiveram ao meu lado.
Acontece que quando eu passei alguns meses fora da escola, com os meus pais loucos atrás de alguma que me aceitasse, por mais que eles jurassem pagar muito caro, nenhuma aceitava. O meu comportamento com foi considerado por muitas escolas o pior de todos, o incluso de rebeldia e violência. Meu línguajar era chulo, então não havia mais esperanças, e eu não voltei à escola. Esses meses fora, foram me deixando bem, ou não. Conheci, por aí, gente de todos os tipos, boas e más, a maioria fora expulsa como eu, das escolas mais caras e boas, e não foram mais aceitos e nenhuma. Conheci gente de classe social ainda mais alta e muito baixa, enfim, todo o tipo de gente com quem se deve ter medo ou cuidado de andar. E então foi indo na deles, que me tornei usuária de drogas, cheirar, queimar, e usar, tudo, e todos. A partir daí, a minha vida começou à desmoronar.
E eu sabia que uma vez usando, não teria mais volta alguma. . .
Autor(a): julyte
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