Fanfic: Aposta de Amor AyA (Terminada)

Anahí, perplexa, não soube como reagir. Dirigiu-se para a saída da biblioteca, mas naquele mesmo momento apareceu uma mulher de baixa estatura, gordinha, vestida com um traje rosa de cetim muito pouco favorecedor. A mulher olhou acusadoramente a Anahí e lhe espetou:

- Viu o visconde?

- Aqui? Na biblioteca? - perguntou-lhe Anahí, arqueando as sobrancelhas.

A outra mulher se mostrou cética.

- Parece algo improvável - admitiu. Depois olhou a ambos os lados do corredor e ao interior da biblioteca - Mas estou segura de que vi Lorde Leighton entrar aqui.

- Havia um homem correndo pelo corredor há um momento - disse Anahí - Provavelmente entrou no corredor principal.

A mulher entrecerrou os olhos.

- Certamente foi ao salão de fumantes.

Voltou-se e, apressadamente, continuou com sua perseguição. Quando o som de seus passos sossegou, o homem saiu de detrás da porta e deixou escapar um suspiro de alívio.

- Querida senhora, estar-lhe-ei eternamente agradecido - disse a Anahí com um encantador sorriso.

A Anahí também lhe escapou um sorriso. Era um homem muito bonito, e tinha maneiras muito agradáveis. Era mais alto que a média, e esbelto, com um corpo musculoso que insinuava uma força física considerável. Estava vestido com elegância; levava um traje negro e uma camisa branca, e um lenço atado ao pescoço, sofisticado, mas sem os adornos e babados de um dandi. Tinha os olhos muito verdes, e a boca ampla e expressiva. Quando sorria, como naquele momento, se formava uma covinha na face e lhe brilhavam os olhos, sinais que certamente conseguiriam que todo mundo se unisse a seu bom humor. Tinha o cabelo escuro,  e um pouco mais longo do que seria aconselhável pela moda reinante.

Pareceu a Anahí uma pessoa muito atraente e encantadora, e pensou que, certamente, ele conhecia o efeito que produzia aos outros, sobre tudo as mulheres. Ela sentiu uma atração visceral, coisa que demonstrava o poder daquele homem, pensou, e decididamente, tentou controlar os nervos que atendiam o estômago. Tinha que ser imune aos sorrisos de paquera que pudessem lhe dirigir os homens, porque, depois de tudo, ela não era um bom partido para ninguém, e qualquer outra opção era inaceitável.