Fanfic: Ҩ Entrelaçados I Temporada.

- Eu odeio você, Alfonso Chávez Herrera. – implicou, jogando uma almofada em cima dele.
-
O problema são essas coisas que você pendura nas chaves e não a porta.
– respondeu rindo enquanto jogava a almofada de volta para Dulce.

Assim como Poncho, Dulce tinha uma pele naturalmente
bronzeada, seus olhos amendoados davam um charme especial ao seu rosto
e seu corpo, apesar de não preocupar-se tanto com ele quanto deveria,
era muito bem trabalhado e avantajado nas partes certas, seus cabelos
recentemente pintados de um vermelho vivo mostravam o espelho de sua
personalidade forte e, muitas vezes, impulsiva.
Ouviu-se então
passos vindos da escada e outro alguém veio juntar-se aos dois.
Christián Chávez Herrera. O irmão do meio. Descia a passos vagarosos
enquanto era contemplado pelos que estavam no sofá; Christián possuía a
pele mais clara que a dos irmãos, seus olhos pairavam entre o castanho
e o castanho escuro, seu corpo era bem cuidado e forte; Não forte ao
ponto de causar repulsa ou extrema devoção, mas forte na medida
perfeita para impressionar e deslumbrar. Seus cabelos haviam sido
descoloridos, apresentando-se como um loiro-branco.

- Love, me defende! – implorou Dulce. – O Poncho tá me zoando de novo!
-
Sinto muito, Love, mas eu vim justamente para fazer companhia ao velho.
Infelizmente me distraí e perdi a parte que você tem que segurar todos
os chaveiros com uma mão e girar a chave com a outra. – gargalhou
imaginando a reprise da guerra que acontecia todos os dias entre Dulce
e a fechadura.
- Isso é um complô contra mim? Só por que eu sou a
única mulher da família? Ai meu Deus, como é difícil minha vida. –
dramatizou Dulce enquanto levantava-se para ir tomar seu banho.
-
Que nada, ruiva linda, você é muito sortuda por ter dois irmãos lindos
como nós, isso sim. – rebateu Poncho, levantando-se e puxando a ruiva
para um abraço esmagador ao qual Christian prontamente se ajuntou.
- Não... Respiro.

Os dois a soltaram e caíram
na gargalhada ao ver o gesto obsceno que a irmã estava pronta para
fazer. Dulce respirou fundo e saiu da sala. Ainda nos primeiros degraus
da escada voltou-se para os dois e relembrou:

- Não esqueçam de
pedir um jantar bem especial ein? O pessoal vem hoje, e hoje é um dia
muito especial. Então nada daquela comidinha sem graça.
- Err... É especial?! – Christián foi o primeiro a indagar. Poncho só acenou, concordando com a dúvida do irmão.
- Ai, garotos... Hoje será a comemoração de três meses! – gritou empolgada com os olhos brilhando.
- De...? – Poncho ainda não entendera o que Dulce estava falando e pelo olhar, Christian também não.
-
Cristo... – rolou os olhos em sinal de impaciência. – Três meses que eu
estou com o Ucker né? Dã. Não é exposto para a imprensa, nem pra
ninguém, mas ainda assim estamos juntos! O que me faz lembrar, Senhor
Alfonso, que há seis você e a senhorita Portilla estão de chamego
também. Fora que faz mais ou menos um ano que nós nos encontramos todas
as sextas feiras. Sem falta. Vocês não se lembram de nada disso?
- Não! – a resposta veio em uníssimo.
- Não nos prendemos a detalhes, mana. – completou Alfonso, com o tom que denunciava que, para ele, aquilo era óbvio.

Dulce mirou os rostos confusos e desinformados dos irmãos. Homens, sempre tão desligados.

-
Pois é, irmão. Parece que você vai ter que se virar nos trinta para
arranjar algo para presenteá-la e terá de ser algo muito bom! Você sabe
que ela merece.
- Não se preocupe, Chris, eu sei o que a minha
namorada merece! – seu tom não foi rude , mas implicitamente deixava
bem claro que não daria espaço para Christián criticar seu
relacionamento.
- Parece que nem tanto assim...
- OKAY! Parou os
dois! – intrometeu-se Dulce, incapaz de reviver as inúmeras discussões
que o namoro de Poncho e Anahí trouxeram, logo no início. – Não temos
mais crianças aqui e já conversamos sobre isso.