Fanfic: Inimigos de uma aposta

Os seis estavam parados naquela sala, sem saber o que fazer. Por que justamente o professor mais chato de toda a escola, tinha que ter tomado sem querer, a poção do vodu? Desde o principio o que eles queriam era transfigurar alguns bonecos em bonecos de cera, porque fazia parte de um trabalho mestral. Pelo menos eles sabiam que não tinham errado o feitiço, pena que havia saído pela culatra e agora estavam eles vendo o boneco de cera do professor Claus e ainda com uma cara horrível.

- Nem em cera ele deixa de ser feio – falou Davi, fazendo os outros rirem.

- É, cara, mas fizemos coisa errada – disse Diego, sentando-se encima da mesa.

- Ai, tadinho gente! Ele não merecia ter virado um boneco nessa posição tão estranha… - disse Briti, com uma cara de nojo.

- Credo, Briti! Ele mereceu sim! – Verônica falou rindo e as outras duas riram.

- Pelo menos foi ele quem tomou a poção e não o zelador – disse Roberta, torcendo o nariz só de pensar.

- Tenho de concordar com você! – Carmem puxou saco.

As três seguidoras de Shynaider cochicharam algo entre si.

- Mas e agora, o que vamos fazer? – perguntou Briti, mordendo a unha.

- Ninguém pode descobrir o que fizemos, senão, seremos expulsos! – disse Davi.

- Eu não sei nenhum poção pra ele voltar ao normal. Nenhum contra feitiço – falou Diego, dando de ombros.

- Ah… eu sabia que não deveríamos ter confiado a você essa missão, Diego! Você é um inútil! – resmungou Roberta.

- E o que-queria-que eu fizesse? Fosse pedir a diretora à solução? – exclamou enojado.

- Poderia ter pelo menos levado a poção com você! Mas não! Teve que deixar aqui e veja só no que deu – apontou para o professor estendido no chão.

- Ah… você me irrita!

- E você é um idiota!

- Gente… do jeito que brigam, parece até que se odeiam – disse Verônica e as outras duas confirmaram.

- Engano seu minha querida – respondeu Roberta, parando na frente de Shynaider e o beijando. O loiro aproveitou e pôs as mãos na cintura dela, trazendo-a para perto. – Viu só? Não nos odiamos… - e ela virou-se para apoiar as costas entre as pernas dele.

- Nem sei por que vocês ainda ficam perdendo tempo. Eles já deram varias demonstrações de que não se odeiam – disse Carmem, sentando-se numa cadeira qualquer.

- Mas as esperanças são as ultimas que morem! – disse Briti.

- Eles têm alianças! – defendeu Carmem.

- Idaí? – refutou Verônica. – Ano passado eu também tinha e nem por isso deixei de dar uns beijos no Dieguito!

Roberta já estava mais que irritada com a conversa das três. Olhou para Shynaider que deu de ombros e sorriu. Ele tinha mesmo pegado todas? Droga!

- Meninas… meninas! – Davi gritou e as três se calaram. – Parem, valeu? Os dois não estão gostando dessa conversa e… nós temos um problema pra resolver.

- Até que enfim! – disse Roberta, exasperada.

- Eu peço desculpas por nós. Não queremos perder a sua “amizade” – disse Briti, que era considerada a chefe das três taradas.

- Tanto faz… - resmungou Roberta.

- Beleza, se já entramos num acordo, agora podemos nos decidir o que fazer com o professor – comentou Dieguinho.

- Temos que mantê-lo escondido em algum lugar, até acharmos o contra-feitiço – disse Roberta, apoiando as mãos nas de Dieguinho, que descansavam sobre o próprio joelho. O loiro não entendeu a atitude.

- Certo. Acho que conheço um lugar aonde ninguém irá procurá-lo. – falou Carmem.

- Mas temos que manter ele numa temperatura fria, porque senão vai derreter – mencionou Davi.

- Tem razão… - suspirou Carmem.

- Ai, parece que não temos opção gente – disse Verônica.

- Como não? – estalou Roberta. E todos a fitaram – Tem a câmara de refrigeração. Podemos distrair a cozinheira e coloca-lo junto dos pernis – todos caíram na risada menos ela. – O que acham graça?

- Roberta, a idéia é muito boa, mas… parece arriscado – disse Dieguinho.

- Não é não… - Briti sorriu. – Sei um feitiço que podemos usar como ilusionismo.

- Conhece esse tipo de feitiço?! – perguntaram Davi, Roberta e Dieguinho, surpresos.

- Claro que sim. Além de gostosa, eu também sou inteligente, OK? – e os três se seguraram pra não rir.

- Se estamos todos de acordo, então vamos levar o nosso “boneco” de cera para a câmera – concluiu Shynaider.

Os seis pegaram cada um numa parte do professor de cera e o ergueram. Não era tão pesado assim, mas tinha uma dificuldade em carregá-lo. Davi pediu a Roberta para que fosse ver se estava tudo limpo. O campos deveria estar cheio de alunos o que dificultava as coisas. Ela fechou a porta da sala.

- Não gente. Pior que não vai da pra fazer isso agora – resmungara.

- POR QUÊ? – perguntou Briti aos gritos.

- Porque é apenas duas da tarde e o pátio está cheio de gente. Por isso. Não podemos arriscar que alguém nos veja. Vão nos denunciar. Além disso, podemos esconder o professor no armário por enquanto, até anoitecer.

- Pensou nisso tudo sozinha? – perguntou Diego, olhando-a com sarcasmo e esta o fuzilou. – Vamos fazer o que ela disse.

E assim, puseram Claus no armário e limparam a bagunça na sala. Terminando, se encaram por instantes.

- Bem, então… de noite nos vemos aqui? – perguntou Davi.

- Mas temos que tomar cuidado para que ninguém nos veja saindo do dormitório – disse Diego.

- Por nós, não tem problemas. Você sabe disso melhor que ninguém – disse a líder das peruas, rindo.

- Ah céus… - Roberta bufou, marcando o terreno de novo com um beijo mais apaixonado. E logo sentiu os braços dele envolvê-la. – E por isso vocês vão me esperar no fim do corredor para virmos juntas – disse para as meninas.

- Caindo fora! – Davi exclamou, divertido.

Todos saíram da sala sem dizer mais nada e seguiram caminhos diferentes. Davi fora subindo as escadas. As três peruas viram no corredor à direita, enquanto Roberta e Diego se dirigiram para a construção abandonada.