Fanfics Brasil - 2º Insuportável! Inimigos de uma aposta

Fanfic: Inimigos de uma aposta


Capítulo: 2º Insuportável!

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Ah… como eu vou descrever o que estou sentindo agora?! EU QUERO MATAR AQUELE MALDITO DO SHYNAIDER! E com as minhas próprias mãos! O que estava pensando quando me deu um beijo ontem à noite na frente de toda a sociedade Magincian?!… ARRRR… ele me paga… ah, com certeza me paga. Com essa onda de aposta, vou poder torturar o meu maior inimigo no universo inteiro e sem me preocupar com a opinião alheia… não que eu me importasse com isso antes, mas sabe… tinha medo de Shynaider me envenenar e eu sou muito nova para morrer… muito nova para ficar sem a minha vingança… a vingança que eu planejo há anos, de ver aquele verme asqueroso pagando pelo pecado dos pais dele! E não vou morrer até que esse sonho se realize. Mas… largando esse plano maligno para ser discutido depois… sabem onde eu estou? Fazem idéia de onde eu estou?… não?… pois eu digo… estou sentada no sofá do escritório da minha priminha linda do meu coração… esperando por ela, para termos uma conversinha sobre ontem à noite. Como se fosse culpa minha aquele convencido homossexual ter me beijado. Injustiça! Eu queria pelo menos ter mordido a língua do filho da PUTA, mas quem disse que eu consegui?… Ah, mais agora estou preste a levar uma bronca… sabe-se lá o que minha prima fará comigo e nem causar dor no Shynaider eu consegui! Que PUTA de uma sorte, em?!


- Roberta Oconel – começou ela a me dizer, entrando no escritório. A minha cara era de “vixi, to frita na calçada” mais ela nem percebeu. – não acredito que você teve a coragem de dar um vexame daqueles, na frente de sua família! – Família? Eu dei vexame na frente da sociedade inteira. Não! Melhor dizendo… eu dei um show de graça para todos os FDP que estavam ali. Pior foi o que eu fiz depois… Nem imagina… dei um tapa tão escandaloso no rosto de barbie do Shynaider asqueroso, que até quem era cego pode ver os meus cinco depois estampados na cara dele… há… essa foi à parte mais emocionante da noite e eu sai com categoria… Davi quase teve um treco e ficou incomodando o resto da festa, ainda incrédulo pelos fatos ocorridos… fazer o quê!  - Oh, minha nossa, era a despedida de Mis. Johan! Tem noção da sua descompostura? – me perguntou ela, quase me estrangulando com seu olhar, e eu até poderia dizer que tive culpa no cartório, mas, eu nunca admito meus erros, então… infelizmente minha prima vai ter que ficar sem resposta. – E ainda por cima, você vai estudar no melhor colégio do mundo. Sabe o quanto a sua imagem vale, minha querida? – Ah, não?… se eu realmente soubesse, jamais teria caído na lábia do Shynaider. – Vale muito mais do que possa imaginar! E agora… vão marcar você por causa daquele beijo. Nem quero pensar no que seu tio diria de você nesse instante. Oh, você é tão desligada, Roberta! Nunca mais repita um escândalo igual ao de ontem à noite, entendeu?! – do jeito que ela berrou a pergunta, eu quase caí com o sofá e tudo, mais concordei… fiz que sim num gesto de cabeça e me arranquei dali. Não queria ouvir mais sermões e blá, blá, blá.


Subi pro meu quarto e me joguei de barriga na cama… aquele réptil de uma figa me paga… assim me paga e tudo começará a partir da hora que eu pisar na minha mais nova escola… se bem que, aquele loiro convencido merece muito mais que a minha vingança, merece ser humilhado por mim… GRRR… fui tirada dos meus pensamentos por um outro idiota… o filho da minha prima e que tem a minha idade ainda por cima… Luther Oconel, em carne e osso com seu sorriso de barata.


- O que você quer? – perguntei com indiferença, ainda com a minha cara de poucos amigos. Ele chegou mais perto… cruzando os braços.


- Você está ficando com Shynaider? – ele quis saber me brindando com um sorriso ainda maior. Seria deboche?


- Não… aquilo foi apenas um surto que o infeliz e lazarento do Shynaider teve!


- Me pareceu que… ambos estavam gostando – eu? Gostando de beijar aquela boca cheia de vermes e bafenta? Ah ta bom… me enforquem agora mesmo.


- Bateu a cabeça?! – estalei cheia de raiva, era um sentimento que eu usava todo o dia… ou melhor, era possuída por ele todo dia… afinal, não é fácil aturar meu priminho chato – Eu jamais na minha vida, iria gostar de ser beijada pelo loiro convencido.


- Calma, calma, priminha… não precisa me agredir. Assim eu até posso acreditar em você… - QUÊ? Como assim eu até posso acreditar?! Você deve acreditar em mim! Bolas, o que esse grosso está falando? – Sabe, apesar de não nos darmos bem, tenho pena de você – Pena? Por que pena? – Sendo a primeira namorada do Shynaider – droga, o filho da PUTA já espalhou a novidade! – Tem algumas coisinhas que você precisa saber…


- E o que, por exemplo? – perguntei estressada e me sentei na cama para encarar melhor o meu priminho. O idiota começou a numerar pelos dedos.


- Primeiro você tem que andar bem arrumado, cheirosa, maquiada e por ai vai… nunca se esqueça de tomar banho – Há ta, como se eu não tomasse banho todos os dias. E quem disse que eu não sou cheirosa? GRRR… aquele loiro asqueroso vai morrer ainda, a vai – Segundo você tem que ser educada, toda delicadinha, ter bons modos, porque Shynaider odeia meninas da roça.


- Roça?! Foi ele que mandou você me dizer isso?! – o meu priminho lindo concordou e eu quase gritei de ódio, mas consegui me controlar.


- Terceiro – ai… ainda tem mais? ¬¬’ – você tem que tomar cuidado com as meninas apaixonadas por ele… por que… bem… elas podem ser meio agressivas com você – GLOP, isso significa que além de ter que me esforçar para ganhar a aposta, ainda eu tenho que me preocupar com as fãs do Shynaider?! Oh, Céus! – E por fim… - Hum… lá vem bomba – Seja carinhosa com ele…


- CARINHOSA COM SHYNAIDER?! NEM QUE ME DESSEM TODO O OURO DO MUNDO! ESTÁ LONGE DE ACONTECER UM MILAGRE DESSES! MUITO LONGE! – eu gritei já não conseguindo me conter… AHHHHHHHH… peguei o travesseiro e enfiei minha cara nele, para ninguém ouvir meus berros… AAAHHHHHHH… eu ódio Shynaider, eu odeio Shynaider, eu ODEIO SHYNAIDER!


Não sei o que foi que me tirou do meu transe… mais quando dei por mim, estava tomando meu café da manhã soltando raios a cada movimento. Meu subconsciente estava trabalhando nas mais brilhantes torturas para realizar contra aquele loiro aguado.


 


Duas horas depois da bela manhã que eu tive, estava eu, sentada num dos banquinhos de pedra que existem pelo jardim da escola, quando Davi me apareceu. Ah, o Davi, se eu ainda não pude comentar sobre ele, agora eu o farei… ele é incrível, lindo, carinhoso, divertido, cheiroso, fofo, amigão, tesudo… ah… suspiros e mais suspiros… eu já disse que ele é lindo?… É eu disse, mais vale repetir… e ele me deu um abraço demorado antes sentar ao meu lado com um sorriso brincalhão. Nesse instante eu já tinha entendido o porquê do rostinho lindo aqui estar sarcástico…


- Foi na festa, àquela hora que vocês dançaram juntos, não foi? – ele me perguntou, ainda sorrindo. Ah… que coisa mais triste gente… a minha vida é uma novela mesmo.


- É só uma aposta, Davi. Que eu vou ganhar pra poder me vingar dele – eu disse, tentando acalmar meus nervos.


- Roberta, eu vou te ser bem sincero. O Shynaider tem umas técnicas muito boas, quando está apostando algo. Melhor você tomar cuidado pra… não dar vexame – Quê?… não estava entendendo praticamente nada do que ele estava falando…


- Eu também tenho os meus truques, Davi. Nem precisa se preocupar… - mas caso você queira ficar preocupado comigo, pode ficar que… ta tudo bem… eu não ligo… e que tipo de pensamentos são esses? Fiquei louca de uma vez é?


- Olha, tudo bem que vocês namorem por causa dessa aposta idiota, mas… vê senão fica brigando com ele todo o tempo. Vai ficar chato pra sua imagem e aqui… eles prezam muito isso – disse ele, lançando um olhar ao longe… eu já tinha ouvido isso antes e bem, já que confirmaram as minhas suspeitas… agora eu vou ter que pegar um pouco leve com o loiro asqueroso… se bem que eu preciso mesmo é me concentrar nas aulas, porque na minha escola anterior eu era conhecida como “senhorita confusão”. Já deu pra entender não é?… mais infelizmente a calma que eu estava sentindo agora, se esvoaçou com a visão do meu arquiinimigo. Sim… ele estava vindo na minha direção… e Putz… o que é isso? Esse uniforme deve deixar os garotos muito sexy… porque do contrario, eu jamais pensaria num Shynaider charmoso e extremamente sexy como eu estava pensando agora… GRRR… que tipo de pensamento é esse afinal?… me matem por favor… o loiro azedo veio até nós com duas meninas o seguindo e elas não estavam muito contentes… ai não… eu não quero ser assassinada pelas fãs do Shynaider!


- Amor da minha vida… você chegou! – disse ele sorrindo cinicamente pra mim e eu quase fiquei paralisada com essa visão, mas daí eu me lembrei que ele me chamou de “amor” e foi o suficiente pra eu me por furiosa!


- Cala boca, Shynaider! Perdeu a noção do perigo?! – esbravejei, quase lançando um feitiço permanente nele… só com o meu olhar. Mas eu me segurei, cruzando os braços para manter a postura… e ele revirou os olhos, divertido.


- Isso são modos de uma garota receber seu namorado? Oh, eu acho que você se esqueceu que nos reconciliamos ontem… - QUÊ? Por acaso essa mosca varejeira está falando do quê?! E como que se lesse os meus pensamentos, ele falou: - Depois do tapa de amor que você me deu ontem. Não está lembrada, carinho? Fomos os dois dar uma volta por ai… - e ele me olhou como que dizendo “concorde com a história”.


- AH, mais é claro… como eu não iria lembrar – disse entre os dentes, morrendo de raiva, profundamente irritada e já batendo o meu pézinho lindo no chão. – Dormiu bem?


- Também não se lembra disso? – O QUE ESSE LOIRO ESTÁ INSINUANDO? QUE NÓS DORMIMOS JUNTO?! ISSO FOI A GOTA DÁGUA! Me levantei furiosa e pronta para dar uns tabefes da na cara dele.


- Opa, Opa… calma pessoal – disse Davi, interferindo na nossa briguinha. – Lembrem-se que estão na escola e que aqui… nós temos que zelar da nossa reputação.


- Ele tem razão, Roberta – disse Shynaider… e me belisquem, por favor… ele me chamou pelo meu nome?! Meu nome?! Há… esse garoto deve ter batido a cabeça… é a primeira vez, em todos os meus dezesseis anos que ele fala meu nome. – Vamos comer alguma coisa? Daqui um pouco bate o sinal e eu não quero ir pra sala de estômago vazio – ele disse, me puxando pelo braço sem nem ao menos esperar pela minha resposta. Davi e as meninas que acompanhavam Shynaider nos seguiram. Por onde passávamos todos me olhavam, alguns com desdém, outros com inveja e ainda tinha aqueles que me davam parabéns… acredita? Me davam parabéns, como se ser arrastada por Shynaider fosse uma honra! Ai, eu mereço, devo ter jogado pedra na cruz… só pode.


Sentamos a mesa aonde as meninas esperavam por Shynaider e o receberam com beijos na bochecha e passaram à mão… ai minha nossa… quis taradas… ele me obrigou a sentar ao seu lado, me dando um beijo na bochecha também… raios! Quase que eu gritei ali, mais Davi me proibiu terminantemente de fazer isso e sentou-se de frente pra mim… eu dei um sorriso amarelo para as piranhas que estavam em nossa volta e Shynaider me olhou divertido, de certo, pensando no que faria comigo! Eu devo gostar de apanhar não é?… onde eu tava com a cabeça quando aceitei aquela aposta… de certo… não era eu ontem a noite… só pode… claro que agora é tarde demais para se lamentar e também o Shynaider não está tão ameaçador, até tem uma cara odiosamente bonita (caso encontrem meu gadernal, favor devolver).


- Então, meninas – começou o loiro de farmácia a dizer – Essa aqui é Roberta Oconel, minha namorada. – todas me olharam com mais desdém ainda. Ódio dessas bruacas! Eu revirei os olhos, nem dando importância.


- Se bem me lembro, você e Oconel eram inimigos até pouco tempo atrás – dissera uma ruiva.


- E faziam comentários horrendos sobre vocês quando estavam juntos – a menina que sentava ao lado dela comentou, nem deixando eu me defender e Shynaider parecia disposto a ouvir todas elas! Claro, eram as idolatras dele. Bufei de ódio.


- Ela não faz seu tipo, amorzinho – comentou uma loira, provocando a luxuria dele com seu olhar e a minha raiva.


- Quando foi que surgiu esse casinho? – perguntou à ruiva.


- Meninas, eu ainda não me casei… - disse Shynaider, sorrindo cinicamente – No dia que eu estiver preso ao matrimonio, ai as chances de vocês acabaram de vez. Por enquanto, ainda podem usufruir de mim – Ah, eu dei uma olhada para ele de “Como assim, loiro?” e ele me lançou um olhar desafiador.


- DIEGO… - eu pronunciei seu nome e isso o desconcertou por momentos – Se eu pegar você me traindo, juro que castro você!


- Ui, a minha namoradinha é ciumenta? – ele provocou dando uma risadinha de canto.


- Você nem imagina o quanto e nem o que ela é capaz de fazer com trairás – eu arqueei uma sobrancelha e ele aproximou mais o rosto do meu.


- Cuidado, porque essas palavras também valem pra você, “meu amor”.


- Não me irrite, Shynaider – eu sussurrei só pra ele.


- Faz parte da aposta, Roberta… - me respondeu no mesmo tom e ambos voltamos a nossa pose, olhando para as meninas que nos encaravam com malicia, de certo, pensando que o “nosso namoro” não iria durar muito.


- E fiquem vocês todas sabendo – eu as olhei, apontando o meu dedo para elas, sem exceção – Que se eu pegar qualquer uma de vocês com Shynaider, eu mato – e a minha cara ficou vermelha de ódio ao pensar nas minhas próprias palavras e na risadinha de Davi e Diego. Droga! Ele estava conseguindo se dar bem.


- Oh, estamos morrendo de medo – disse a ruiva, me encarando.


- É bom vocês terem, porque eu sei um feitiço perpetuo – Há, o rosto delas ficaram pálidos de repente e eu me senti vitoriosa, juntando minhas mãos encima da mesa e entrelaçando meus dedos. – Acho bom vocês terem entendido o recado – e senti o hálito de Shynaider no meu ouvido quando ele sussurrou:


- Vamos ver até onde você é capaz de chegar com essa farsa… - muito antes que eu pudesse sequer me mexer, ele me puxou para um beijo avassalador, tirando vários “OH” de todos ali no refeitório. E eu estava lutando para não estragar o miserável teatrinho dele, tentando manter meus pensamentos, mas foi impossível… esse beijo, que agora eu correspondia, estava cada vez mais… verdadeiro. Os lábios dele sobre o meu, uma das mãos na minha nuca, me prendendo, enquanto a outra me puxava pela cintura, colando como podia meu corpo ao dele. E o delírio foi total, EU ESTAVA CORRESPONDENDO O BEIJO! O BEIJO DO INIMIGO! A língua dele tinha ganhado espaço, travando uma batalha serrada contra a minha, me fazendo virar a cabeça para intensificar ainda mais o contato… PQP… porque ele tem que beijar tão bem?… como pode?… e eu nem sei aonde minhas mãos foram parar… eu só tinha consciência daqueles lábios, daquela língua, do calor de sua boca… que nem lembrar de respirar eu estava lembrando… e meus pulmões já estavam começando a reclamar… e a minha cabeça tinha ganhado vida, trocando de posição… prolongando aquele beijo… a aquela sensação… uma sensação que logo se perdera quando as nossas bocas se afastaram, buscando a ar para respirar… e ofegamos, ainda sem nos deixar completamente e eu não sei o que estava acontecendo comigo… como eu fui deixar uma coisa dessas acontecer? Ainda por cima, na frente da escola inteira… Oh Céus! Na frente de Davi… eu corei sem perceber… ainda buscando oxigênio… e percebendo que minhas mãos repousavam contra o peito dele… sentindo o coração de Diego disparado… tanto quanto eu sentia o meu… o perfume dele entrou em contato comigo nesse instante e eu o fitei… nenhum tinha palavras para descrever o acontecimento… nem mesmo noite passada… havíamos nos beijado dessa forma… ele sorriu vitorioso. – Acho… que passou no teste – contestara ele, totalmente rouco.


- Nunca-Mais-Faça-Isso! – eu disse num murmúrio arrastado… e me afastei, olhando as vadias dele, agora confusas e meio que disfarçando me encarar. Melhor assim, menos três para me infernizar a vida por causa de Shynaider.


 


Já na sala de aula, sentei junto de Davi para evitar que Shynaider se atrevesse a me tocar. Eu estava me odiando por ter correspondido o beijo dele, me odiando por ter gostado da boca dele sobre minha, me odiando pela situação que eu me encontrava agora, me odiando por ter nascido. Eu podia ser mais dramática do que isso? Acho que não… as aulas ocorreram tudo bem… as loucas taradas pelo meu “namorado”, ficavam encima dele descarada mente, tentando tirar uma casquinha… eu olhava certas horas aquelas mocréias e depois olhava pra ele, vendo aquele sorriso de deboche pra mim. Juro que pensei em dar mais um showzinho para aquelas taradas… mais eu ainda estava com um pouco de bom senso na cabeça e deixei-o sujar a minha moral… (que eu nem sabia que tinha) até a última aula… quando eu pensei que não faltava mais nada para acontecer… Shynaider tirou Davi do meu lado, obrigando-o a sair é claro, e sentou, com a cara emburrada… eu fiquei até surpresa pela expressão dele e foi então que eu percebi que as meninas davam risadinhas abafadas… olhei interrogativa para Shynaider e esse me fuzilou com seus olhos esverdeados… me deu vontade de sorrir naquela hora e não pude me segurar e isso o irritou mais ainda. Estávamos na aula de história da feitiçaria dos celtas e eu não conseguia entender nada do que o professor “colírio para os olhos” estava falando… também, com toda aquela BUNDA e beleza, quem iria prestar atenção no que ele falava?…


- Por que você estava sentando com Davi? – me perguntou o loiro de farmácia, pondo um dos cotovelos a mesa enquanto a outra mão repousava em sua coxa, espalmando-a… ele parecia muito irritado mesmo e isso me deixou feliz.


- Que foi? Davi é muito inteligente e é uma ótima companhia, ao contrario de outros… - zombei e ele me olhou furioso.


- Mesmo, Roberta? Quer dizer que eu não sou agradável? – será que ele precisava mesmo ouvir a resposta? Acho que não, não é?


- Eu não suporto você e nem você me suporta! Não precisamos levar o namoro tão a sério.


- Impossível! Depois da cena que fizemos no refeitório, ninguém tem duvidas sobre o “nosso” namoro…


- Ah, tenha dó, Shynaider – eu falei já com raiva dele.


- Pare de me chamar pelo meu sobrenome. Agora eu sou Dieguinho pra você… - e eu o olhei com desdém.


- “Dieguinho”? – repeti o apelido do loiro.


- Exatamente, todos me chamam assim… e você sendo MINHA namorada, tem mais que a obrigação de me tratar com intimidade.


- AONDE VOCÊ QUER CHEGAR COM ISSO? – agora eu estava vermelha de raiva e ele sorriu furioso.


- Aonde mais poderia ser? Na conclusão de que, figurativamente, vencemos o nosso ódio e que agora nos “amamos”.


- Por favor, Diego… de onde você tira essas idéias malucas?


- Todos precisam acreditar na nossa mudança… mais faz parte do jogo torturar o outro!


- Eu sei, gravei tudo o que me disse ontem na festa.


- Pois então, grave isso também: Eu ódio não ser correspondido!


- Do que está falando? – a minha confusão era evidente. Shynaider estava embolando os meus pensamentos.


- Desde a primeira aula eu venho tentando chamar sua atenção, me aproximar de você, falar com a sua pessoa e você tem me igRobertado há horas! Ficando de papos com Davi!


- Ah, me poupe dos seus ciúmes!


- CIÚMES? FICOU LOUCA GAROTA?


- Baixa esse tom de voz – e sussurrei, sorrindo para os alunos que viraram a cabeça nos olhando. Ele não iria me fazer pagar outro vexame… não iria mesmo! – Ok, ok… confesso que estava te evitando. Mais francamente, temos a tarde inteira para ficarmos atormentando um ao outro. Me de sossego pelo menos nas aulas! – o loiro respirou pesadamente, mais furioso ainda.


- Na hora do almoço, você não vai poder me igRobertar.


- Não estou fazendo isso agora – eu disse, olhando para as anotações do meu caderno.


- Melhor assim, porque você não iria querer pagar pra ver a minha vingança contra seu comportamento – ele sussurra, num tom rouco que me fez encará-lo, surpresa pela intensidade daquela voz. Uma voz que eu jamais tinha pensado que ele poderia adquirir. Mais logo desviei minha atenção ao estralo que se ecoou na sala. O professor olhava para nós dois com um rosto de poucos amigos e se aproximou até estar em nossa frente.


- O que vocês dois pensam que estão fazendo?! Acham que podem ficar conversando NA MINHA AULA?! – o professor perguntou. Eu e Shynaider nos entreolhamos, contendo o riso. – Se acham muito espertinhos, não é mesmo? Pois como exemplo do que acontece com os alunos que não ficam em silencio, os dois terão de fazer uma redação de dez páginas cada um, sobre o movimento celta! – Aff… começamos a protestar, mais ele esmurrou a nossa mesa e nos calamos na hora, com os olhos arregalados. – Voltem a fazer suas lições! Em silencio!


- Sabe, professor – uma menina chamou a atenção de todos nós para ela. – Acontece que Shynaider estava discutindo a relação com ela… parece que se odeiam – eu olhei ameaçadora para ela e a lambisgóia me devolveu o olhar. Aquela ali não tinha medo do perigo.


- Ora, ora, então temos um casalzinho em nossa classe – o professor ironizou. – E o mais incrível é que o Sr. Shynaider é o namorado – todos riram, menos eu. – O que houve com você, Diego? Achei que gostasse de se esfregar por ai com suas cadelas… – quando ele falou isso, toda a graça que eu via no professor, morreu no mesmo instante. Ta certo que as meninas são umas taradas e loucas, mais insulta-las daquela maneira não estava certo.


- Melhor nem comentar sobre a sua linguagem – eu falei, sem me conter.


- O que foi que disse, Srta. Oconel?


- Isso mesmo que você ouviu. Isso não são modos de um professor falar das alunas! – o encarei desafiante.


- Srta. Oconel, devo levar em consideração de que é nova por aqui, ou devo lhe aplicar um castigo?


- Um castigo pra essa idiota, seria a melhor coisa – disse à menina que sentava na minha frente. O que era isso? Uma legião de garotas contra mim? Mesmo depois de eu defender elas?! Nunca mais me permitam fazer essa obra de caridade. Ai… isso me revolta…


- Bem, vou deixar passar dessa vez, Srta. Oconel, mas trate de se comportar! – e o professor saiu gritando com todos, que voltaram a fazer suas lições. Olhei para Shynaider, que agora estava sério… fiquei de mal-humor depois dessa cena…


 


Quando o sinal bateu… deitei minha cabeça sobre os braços… e me deixei respirar… apenas respirar… ficar o dia todo com Shynaider iria ser insuportável! Ele era insuportável… aff, com esses chiliques idiotas… com aquelas oferecidas me fuzilando… com… com a simples hipótese de que poderia ser surpreendida por outro beijo a qualquer momento… isso era demais pra mim… esse loiro asqueroso, mal-amado, impertinente, descarado, FDP, convencido, arrogante, esnobe, podre… Ah… são tantos insultos que meu cérebro começou a entrar em colapso… foi quando lembrei que o meu inimigo estava do meu lado… e suspirou… parecendo estar na mesma situação que eu…


- To morrendo de fome… - ele disse ao pé do meu ouvido – Vamos pro refeitório.


- Vai você, eu quero descansar – informei, levantando a cabeça e o vi sorrindo vitorioso.


- Que foi? Já está desistindo da aposta? – perguntou ele, a centímetros do meu rosto.


- Não! Quem vai desistir é você!


- Ótimo. Assim que eu gosto. Estava pensando que você tinha perdido o pique.


- Você ainda não viu nada, Shynaider!


- É Dieguinho! Não é tão difícil de dizer…


- Ui… Dieguinho… - disse com cara de nojo e ele riu.


- Assim que eu gosto. Vamos almoçar agora – e sem poder contestar, eu fui arrastada até o refeitório, aonde comi (em tranqüilidade) ao lado dele e das taradas malucas. Davi sentou ao meu lado e puxou papo comigo… nem sei como Shynaider não achou ruim, o loiro parecia implicar com tudo… mais devo admitir que ele estava sério e não prestava atenção em mim… ainda bem, não é?… fiquei um pouco mais animada, porque Davi me fazia rir gostosamente e isso me fazia lembrar de tempos bons que compartilhamos. Mesmo assim eu ainda não entendida como ele pode suportar o Shynaider. Não fiquei pensando muito nisso, porque eu e Davi entramos no assunto sobre o meu novo lar.


- Como sua prima te trata? – me perguntara ele.


- Ela é gentil comigo e o marido dela não para muito em casa. O único que eu não me dou muito bem é com o filho dela. Nunca vi ser tão irritante como aquele – eu respondi sorridente.


- E o que você fez nas férias?


- Fui passar alguns dias na casa de meu tio Fred, que fica nas montanhas. Gostei muito do clima de lá e ele me tratou como uma das filhas dele. Depois fui passar um tempo na fazenda da minha tia Morgana – eu tomei um gole de suco, enquanto Davi comia um doce de uma bocada só. Tive de rir com a cena. – E as suas férias?


- Nada de emocionante. Fiquei na casa do meu pai um mês e… pude aproveitar bastante com ele – Davi pareceu triste ao se lembrar e eu acariciei seu rosto de leve, dando a minha compreensão. Mas esse gesto não passou despercebido por Shynaider, que logo sussurrou para mim:


- Cuidado com essa intimidade de “amigos”. Não quero que fiquem falando de você pelos cantos. – e pra minha infelicidade Davi notou isso e logo pediu licença e saiu do refeitório. Droga! O FDP do meu lado teve que estragar minha felicidade!


- Você não consegue ficar quieto, Dieguinho?


- Só quando me pedem com carinho – e sabe o que o danado fez? Deu um beijo no meu pescoço, o que me fez arrepiar na hora e me deixar de mal-humor. As lambisgóias que conversavam animadamente umas com as outras, trocavam olhares com o MEU NAMORADINHO E ELE BEM FDP FICAVA SORRINDO PRA ELAS! De mim exigindo postura, enquanto ele aproveitava… que nojento!


- JÁ terminou de comer? – eu perguntei malcriada.


- Quase. Por quê?


- Quero ir descansar um pouco pra depois fazer meus deveres – fui sincera, porque queria me livrar dele. Shynaider ficou pensando sobre isso.


- Ah, mais daí eu não iria poder aproveitar do seu lado – disse ele em tom zombeteiro.


- Diego, eu só quero dormir um pouquinho! Será que dá pra ser menos escroto e me liberar?! É só por duas horas ou três… não sei… - ele revirou os olhos.


- Ta bem. Mais vê se não some – e estava me levantando, quando ele me segurou e me beijou rapidamente… e eu fiz cara de emburrada e sai dali, ouvindo as meninas cair matando encima do asqueroso. Pelo menos eu conseguira um tempo longe da ameba! Ufa!


 


E já era quase seis da tarde quando Diego a encontrou. Estava sentada num dos vãos onde ficaria uma enorme janela, se a construção não tivesse sido abandonada há anos atrás. Anotava alguma coisa em seu caderno e o pôr-do-sol era indescritível, se misturando com os cabelos castanhos dela. Ele parou a alguns metros de distancia e ficou observando-a, concentrada em seus deveres, sem se importar com o vento que batia em seus cabelos. Poderia odiá-la mais que tudo nessa vida, mas tinha que admitir que Roberta era uma menina muito bonita.  Pena que não tinha educação o suficiente.


Roberta perdeu a noção do tempo que estava ali, curtindo um pouco na solidão. Agradecia mentalmente por conseguir sair de perto daquele loiro metido. Não suportava ser menosprezada pelas meninas e pior ainda, ser motivo de sorrisinhos bobos entre os garotos. A vida já estava difícil sem ela ser popular, imagine se agora ela fosse. Não, não, definitivamente estaria perdida. Suspirou, apreciando o sol desaparecer a sua frente. Era tão lindo e o rio parecia consumi-lo. Roberta fechou os olhos por um momento e se deixou levar pelo vento.


- Vista linda, não? – A garota se assustou, abriu os olhos de imediato e se deparando com o loiro.


- Você me assustou… - Roberta levou uma mão ao peito e respirou fundo. – Nunca mais faça isso!


- Olha, olha… quem muito se assusta é porque deve – ele sorriu. – Eu disse pra você não sumir e olha a que horas eu fui te encontrar. – Roberta resmungou.


- Muito que você está interessado em ficar perto de mim.


Ele deu de ombros, sentando ao lado dela e Roberta fitou o rosto dele de perfil. Shynaider estava indecifrável e nada contente.


- As meninas perguntaram de você – disse ele ironicamente.


- Oh, sério? E o que foi que as suas fãs queriam? – Roberta estava com mal-humor.


- Saber se eu já tinha dado o fora em você ou se você tinha ido embora. Tive que matar a esperança de centenas delas – Diego deu risada.


- Ah, eu não duvido nada.


- Por que está aqui sozinha?


- Vim pen… fazer meus deveres. Não está vendo? – ela o encarou, mais Shynaider não retribuiu.


- Não precisa fazer tudo de uma vez. Temos aulas à semana inteira.


- Mais eu prefiro me adiantar e também estou aproveitando para fazer a redação que o professor Claus mandou – disse ela, voltando a escrever. Dieguinho pegou uma das folhas que já tinha escrito.


- Nossa. Você tem uma letra muito feia… - disse ele, ficando entediado.


- Até parece que a sua é bonita.


- Mais é. Eu sou lindo, maravilhoso… como a minha letra não seria também?


- Como você é convencido, garoto! – disse Roberta, mal-humorada. – E me dá essa folha – tomou-a da mão dele.


- Calma, Roberta. Está de TPM?


- Por que você não ficou com aquelas malucas e me deixou aqui esquecida. Alguém disse que você é insuportável? Que a sua presença me irrita. Que qualquer movimento seu me deixa furiosa? Tem noção de que eu não fiquei calma nenhum minuto do seu lado?! Você me deixa doente, Shynaider.


- Aff, já disse que é Dieguinho. Quantas vezes eu vou ter que te lembrar? – disse o garoto, revirando os olhos.


- Vai ficar com as suas negas, vai…


- Não. Eu tenho namorada.


- Uma namorada de mentira e que não te suporta.


- Mesmo assim… faz parte do nosso relacionamento o ódio.


Se entreolharam rápido e do nada, apareceu uma garota morena, exalando perfume. Os dois a viram se aproximar, parando na frente do loiro.


- Dieguinho, por que você desapareceu sem falar nada? Nós ficamos te esperando – disse ela, num tom meloso. Ele sorriu.


- É que eu vim ficar um tempinho com a minha namorada – deu uma olhada de soslaio para Roberta, que pareceu ligar para o comentário.


- Ah, que chato. Você agora tem que ficar dividindo o seu tempo.


- Pra você ver…


- Mas você vai ir à festinha do pijama que nós as gatinhas estamos preparando, não é? – a garota o olhou sedutoramente.


- Minha filha, alguém já disse que ficar se esfregando no homem de outra, pode trazer sérios problemas pra você? – perguntou Roberta, revoltada com a ousadia.


- Eu sou Alicia Brown, caso queria ter um particular comigo – disse a garota para ela, pondo as mãos nos ombros de Diego. – Mas caso não saiba, Dieguinho disse que está livre para fazer o que bem entender.


Roberta se levantou e afastou a menina que estava prestes a beijar Shynaider. A encarou com raiva escutando ele rir. Sim, estava ficando pirada por causa da maldita aposta, mas não deixaria ele acabar com sua moral.


- Fica longe! – disse em alto e bom tom.


- Por que, você vai me bater? – perguntou Alicia, provocando.


- Não vai pagar pra saber.


- Quem sabe eu queria pagar…


E as duas já estavam quase se pegando, quando Diego envolveu com o braço a cintura de Roberta e puxou contra o peito dele.


- Pára! Não vai brigar com ela…


- QUE FOI?! VAI FICAR DEFEDENDO ESSA TARADA?!


- OLHA COMO VOCÊ FALA COMIGO! – Alicia exclamou.


- Alicia, por favor, sai daqui – pediu Diego, sendo educado.


- Mas, Dieguinho…


- Por favor!


A garota resmungou mais obedeceu. Alguns alunos que estavam ali por perto prestavam atenção no casal. Roberta se afastou dele, dando espaço para encará-lo.


- O que pensa que está fazendo?! Já quer arranjar confusão?! – perguntou o loiro, evidentemente irritado.


- Foi por sua culpa. Se você está achando que pode me chifrar… vai tirando o cavalinho da chuva! Eu arranco os seus olhos se descobri que você ta ficando com outra garota!


- Que isso? Ciúmes? – perguntou Dieguinho, confuso. Ela revirou os olhos.


- Você entendeu muito bem! E grave isso: eu não sinto ciúmes da pessoa que eu mais odeio no mundo!


- Eu não jurei fidelidade!


- Se for assim, considere-se chifrado também porque eu não vou ficar pra trás.


- Nem pense nisso! – disse ele, segurando-a pelos braços. – Não vou ser corno! Nunca, jamais!


- Então é melhor ser um namoradinho fiel! – retrucou Roberta, tentando se livrar dele. – E me solt…


Mais antes que terminasse Shynaider a beijou, trazendo seu corpo de encontro ao dele. Protestando, batendo, tentando se soltar, Roberta começou uma pequena batalha com ele, pra ver quem podia mais. Os dois estavam furiosos e o pior de tudo, estavam encarando o namoro como algo sério. Isso era o pior. De pronto, ela viu que não adiantava lutar e relaxou as mãos sobre o peito de Dieguinho, aproveitando aquele beijo… um beijo forte, apaixonado… ele se empenhava para aprofundar ainda mais o contato, acariciando de leve a cintura dela.


Quando afastaram apenas o rosto, Shynaider viu que ela estava corada, respirando pausadamente.


- Vamos pro refeitório.


Pegaram as coisas dela e foram comer alguma coisa.


 


 



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Autor(a): cacazinha

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Desde a chegada de Roberta, a escola tinha se transformado num lugar sombrio, pois há maioria das meninas a odiava, a metade dos meninos ficavam mexendo com ela, os professores sempre chamavam sua atenção por causa de Diego Shynaider que sempre inventava assuntos para conversar no meio das aulas. Davi tinha se afastado um pouco, mostrando-se distante ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 45



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  • marques Postado em 15/10/2008 - 00:01:40

    Posta +++++++++
    Eu imploro!!!!!
    AMO, sua WN, muito linda
    Nâo para de postar aqui no site!!!!!!
    Bjs

  • naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:42:31

    te imploro
    eu amo a sua web
    n pare d postar
    ((bjix))

  • naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:41:05

    volta a postar plix
    ((bjix))

  • naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:41:04

    volta a postar plix
    ((bjix))

  • naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:41:03

    volta a postar plix
    ((bjix))

  • naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:41:02

    volta a postar plix
    ((bjix))

  • naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:41:00

    volta a postar plix
    ((bjix))

  • naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:40:59

    volta a postar plix
    ((bjix))

  • naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:40:59

    volta a postar plix
    ((bjix))

  • naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:40:58

    volta a postar plix
    ((bjix))


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