Fanfic: Inimigos de uma aposta
Durante a aula, Dieguinho foi se sentar com outros meninos, que pareciam ter uma amizade bem estreita com ele, porque sorriram e davam risadinhas. Roberta queria saber o que estariam comentando, mas ela mesma se repreendeu por ter esse tipo de curiosidade. Afinal se tratava de Diego Shynaider.
Quando faltava apenas vinte minutos para bater o sinal da ultima aula, Dieguinho foi se sentar ao lado dela, já que a cadeira ficara fazia o tempo todo. Sentiu pena pela tristeza que se estampava no rosto da garota. Ela não tinha amigos e Diego sabia que era o culpado por isso.
- Já veio incomodar é? – perguntou Roberta, só pra ele ouvir.
- Vim fazer companhia pra minha namorada.
- Cansou de ser paparicado pelos amigos?
- Não. Apenas estou mostrando a eles como sou atencioso com você – dizendo isso, ele passou um braço entorno da cintura dela, de modo que Roberta teve de se apoiar no joelho dele. – Melhor posição para um beijo… - sussurrou.
- Não se atreva… não aqui – disse ela, entre dentes.
- Você provoca.
- Mas foi você que quis sentar ao meu lado!
- Bem por isso, tava pensando na possibilidade de ficar de boa com a “minha” namorada – ele sorriu cinicamente.
- Por que você não dá um tempo?
- Na verdade, eu vim pedir a sua ajuda.
- Ajuda? Minha? E no que?
- Preciso fazer um feitiço…
- Não é nada ilegal, é?
- Claro que não! Mas precisa de dois para fazê-lo.
- E porque eu?
- Vamos, Roberta… eu te dou o dia livre se você fizer isso por mim – roçou os lábios no pescoço dela, fazendo-a se arrepiar.
- Pára com isso! – pediu num murmúrio.
- Você gosta… confessa? – e ele foi depositando beijos suaves, beijos que eram quase uma brisa, que mexia com as terminações nervosas de Roberta.
- Eu… eu estou… falando sério, Dieguinho – disse ela, tentando não sentir o corpo formigar. A mão que antes estava no joelho dele, agora estava na coxa, pois parecia escorregar.
- Cuidado… - disse ele, num tom rouco, que a fez suspirar. – Eu posso ser muito pervertido…
- Eu imagino… - e se calou, sentindo-o morder seu pescoço. – É-Mehor-Você-Parar…
- Vai me ajudar?
- Tá bom, tá bom, eu ajudo! – disse ela, e quando pensava estar livre dele, Dieguinho acariciou-lhe o quadril e subiu a mão pelas costas, segurando-lhe a nuca antes de beijá-la com ardor, obrigando-a a separar os lábios e corresponde-lo. Suas línguas se encontram quentes, provocantes, fazendo-os exclamar qualquer coisa inaudível e começaram um beijo forte, apaixonado, frenético. E Roberta levou a outra a mão ao rosto dele, acariciando com timidez, enquanto Shynaider massageava sua cabeça, levando a outra mão até a coxa sua, apertando-a com desejo. Ninguém existia naquele ressinto, ninguém respirava naquele ressinto, enquanto eles se exploravam com a boca e mantinham suas caricias num estagio “inocente” ainda. E nada importava agora, nem mesmo o professor vindo na direção deles, nem mesmo os olhares dos espectadores, nem mesmo a falta de ar que estavam sentindo. Nada era tão intenso quanto à conecção feita, feita por dois inimigos, feita por suas línguas…
Separam-se bruscamente, quando o professor espalmou a carteira com raiva, chamando a atenção dos dois. Roberta e Diego se fitaram, respirando rapidamente, enquanto o coração parecia querer fugir do peito. O sangue martelava na cabeça de ambos, impedindo seus ouvidos de escutarem o castigo que estavam recebendo. Ainda continuavam com suas mãos paralisadas no mesmo lugar, parecendo não responder ao comando.
- Acho que o casalzinho está PASSANDO DO LIMITES! – gritou o professor, se estressando.
Dieguinho e Roberta se soltaram de repente e ficaram cabisbaixos esperando o sermão.
- O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM VOCÊS? SENÃO ESTÃO CONVERSANDO, ESTÃO RINDO, SENÃO ESTÃO RINDO ESTÃO FAZENDO ESSAS COISAS ESCANDALOSAS! POR QUE NÃO VÃO LOGO MATAR ESSE DESEJO ADOLESCENTE?!
As faces de ambos se tingiram de rosa. Não sabiam a onde enfiar a cara, por tamanha vergonha. Claro que Shynaider de uma risadinha, disfarçando seu constrangimento e logo encarou o professor.
- Desculpe, esqueci que estávamos em publico.
- Excelente. Detenção, à noite, aqui na minha sala. Os dois! – e eles começaram a resmungar, mas se calaram. – E saiam da minha sala. Agora!
Sem dizer mais nada, pegaram suas mochilas e saíram, ouvindo as risadinhas e chacotas atrás de si. Caminharam em silêncio até estarem no caminho que serpenteava entre a grama, levando-os até a outra parte da escola. Subiram à escada, que continha mais de cem degraus, até chegarem ao começo. Roberta se sentou e pôs a cabeça entre as mãos. Por que está se odiando afinal?
- Por que você me beijou DE NOVO na aula?! VOCÊ SABE QUE ISSO SÓ ACARRETA CONFUSÃO! DROGA, DIEGO! NÃO QUERO SER SUSPENSA! – gritou ela, com a cara vermelha de raiva.
- O que espera? Aquela posição era muito propicia… e você… tinha que cheirar tão bem?! – disse ele, se recordando do cheiro gostoso do perfume da garota, que agora o fitava de braços cruzados.
- Não acredito que disse isso!
- Mas é a verdade. Apesar de te odiar, eu sou homem! E homens sentem necessidades, que são ativadas por instinto próprio! Ou não percebeu nada?!
- Perceber o quê?!
Ele se calou. Como tinha cogitado em pensar que Roberta saberia das reações que um beijo pode causar nos meninos, se ela viveu a vida inteira fugindo deles? Bem, era o que diziam as más línguas por ai e na escola anterior, ela não era tão notada pelos garotos. De certo, por falta de popularidade, a qual o destino estava premiando ela com uma.
Não deveria ter iniciado essa conversa. Não mesmo! Sentou-se num degrau abaixo e pôs a mochila sobre o colo. Não deixaria que ela notasse a reação colateral que o beijo lhe causara. Já era difícil lhe dar com ela por desprezá-lo, imagine se soubesse que a desejava? Iria fugir e então, Dieguinho ficaria sem resposta para suas duvidas.
- Esqueça! Você me dá tédio! – disse ele e viu que Roberta reagiu do jeito que queria, bufando de raiva.
- Nunca mais me beije daquele jeito ou arranco o seu fígado.
- Você deveria ser *açougue ira* em vez de feiticeira.
- E você não deveria ser um Mago. Tinha que ser um elfo com orelhas enormes e corpo de pato! – gritou Roberta e continuou berrando pra extravasar o ódio.
- Que cominação estranha… - ele caiu na risada, observando o semblante dela relampejar. – E você é linda…
Roberta o encarou incrédula com o que acabava de ouvir.
- Que? – perguntou e Dieguinho ficou sorridente.
- Isso mesmo, você é linda…
- Bateu a cabeça ou foi o cereais hoje cedo?
- Roberta, não é porque eu te odeio que vá te achar detestável – e cutucou o joelho dela, vendo-a gaguejar e caiu na risada outra vez. – Você é uma figura.
- Você me deixa… louca…
- Eu sei. É um dos impactos que causo nas mulheres – disse ele, convencidamente.
- Idiota.
- Eu sei que você me ama… pode confessar… - comentou cínico.
- Até parece! – estralou Roberta, mal-humorada.
Diego se levantou, quando sentiu que seu amiguinho tinha baixado a bola e começou a dançar sensualmente. Ela o olhou, confusa, e começou a gargalhar sem parar, vendo-o passar a mão no cabelo e começar a afrouxar a gravata. Nesse momento o sinal bateu, mas ele não se importou com os alunos que agora começavam aparecer pelos corredores paralelos. Diego olhou os olhos cheios de lagrimas de Roberta, que ainda dava gargalhada e sorriu, rebolando lentamente e fazendo as meninas que se aproximavam dar gritinhos. Sentia-se feliz de estar vendo-a nesse estado e por causa dele. Parou de repente, arrancando suspiros de muitas a sua volta e sentou ao lado de Roberta, abraçando-a. A garota não conseguia parar de tremer, pelas fortes risadas. Começou a dar beijos pela bochecha dela e a Roberta tentava afasta-lo, sem sucesso, mas Dieguinho parou, apenas acariciando-a em seus braços.
Quem descia ou subia pela escada, jurava que era um casal muito feliz, apesar das brigas constantes, dos gritos. Por mais que fosse algo não intencionado, isso os fazia refletir sobre os motivos de estarem sempre ouvindo esses comentários absurdos.
- Pode parar de rir agora – disse Dieguinho.
- Eu… eu… não consigo… - ela tentou dizer.
- Vou dançar mais vezes pra você, já que isso te anima – e pouco a pouco ela voltou a estado normal. – Assim é bem melhor.
- Não acredito que me fez chorar! – disse Roberta, sorrindo.
- Mais foi de felicidade!
- isso é que é o mais estranho!
- Eu sei, eu sei… - beijou-a na cabeça, suspirando pesadamente. Ficou sério. – Por que não podemos ficar assim em paz mais vezes?
- Por que somos inimigos… - sussurrou Roberta.
- Eu sei, mas às vezes temos que dar uma trégua, não acha?
- Daí não vai ter graça…
- Mas assim aproveitaríamos para relaxar, sabe… dispersar um pouco. Tem dias que me estresso só com a minha roupa e prefiro ter um pouco de sossego. Se é que me entende.
- Também tenho esses dias, quando estou de TPM ou perto de você – o fitou. – Diego… você tem… barba?
Ela passou a mão pelo rosto e notou que estava começando a crescer. Murmurou alguns palavrões.
Roberta olhou-o mais atentamente. Agora não se parecia realmente um menino, era quase um homem a sua frente. A barba era mais escura que o cabelo e quase de destaca na pele pálida de Diego. Era fascinante o contraste. E mais fascinante ainda quando ele sorria e era que estava fazendo nesse momento. Nunca nenhum outro lhe pareceu tão atraente igual à Shynaider.
- Você gostou da minha barba não é? – perguntou ele, sarcástico.
- Há TÁ! Bem capaz! – ela retrucou, disfarçando a vergonha.
- Não precisa ficar cabeluda, pode admitir e eu deixo crescer só pra te agradar…
- Diego, não surta! – ele deu risada.
- Se você diz… - murmurou o loiro, ainda achando graça do jeitinho dela.
- Agora mudando de assunto… que feitiço pretende fazer? – perguntou Roberta, adotando uma pose séria.
- Vamos comigo até o galpão de ingredientes. Precisamos pegar as coisas para fazê-lo.
Ela concordou e os dois cataram as mochilas e foram para o galpão.
comentem por favor!
eu nem sei se estão gostando ou não =/
de verdade mesmo.
Autor(a): cacazinha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 45
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marques Postado em 15/10/2008 - 00:01:40
Posta +++++++++
Eu imploro!!!!!
AMO, sua WN, muito linda
Nâo para de postar aqui no site!!!!!!
Bjs -
naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:42:31
te imploro
eu amo a sua web
n pare d postar
((bjix)) -
naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:41:05
volta a postar plix
((bjix)) -
naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:41:04
volta a postar plix
((bjix)) -
naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:41:03
volta a postar plix
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naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:41:02
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naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:41:00
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naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:40:59
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naths2vondys2 Postado em 09/10/2008 - 02:40:58
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