Fanfic: É cedo ou tarde demais? (AyA)
“Y aunque debo continuar
¿Cómo poderte olvidar?
El recuerdo de ti está muy dentro de mí.”
Pegamos o avião sem escalas, direto para São Paulo. Todos estavam tão alegres exceto ele, e óbvio, eu.
Doía de uma maneira inexplicável estar ali. Vê-lo me fazia mal e eu já nem sei o que sentia por ele, talvez rancor, ódio ou quem sabe amor. Um maldito amor que eu queria arrancar de dentro de mim. E o mais triste é que os olhos dele mostravam que ele estava tão ferido quanto eu. Só não entendo o porquê. Afinal, foi ele, mais uma vez, quem estragou tudo.
Tudo? O que eu estou falando? Não tínhamos nada, como ele poderia estragar algo que não existia?
Pisar no Brasil me trouxe muitas lembranças. Lembranças de um tempo que estávamos bem. E sinceramente foi só pisar para fora do avião que as lágrimas caíram. E então eu me senti tão fraca, duvidei que conseguisse subir àquele palco e cantar junto dele.
Felizmente, saindo do aeroporto, a van rodeada de fãs me fez lembrar porque eu estava ali. E todo aquele carinho foi o que me manteve de pé.
Não nos falamos no hotel, nas entrevistas, nas sessões de fotos. Nenhuma palavra. Mas no show teríamos que agir diferente. Era só pelos fãs que estávamos lá, e daríamos o nosso melhor. Faríamos o que fosse necessário para que aquele show fosse perfeito.
Solo quedate em silencio. A primeira canção. Senti aquele friozinho na barriga e as luzes se acenderam. Em meio a gritos e à fumaça colorida, dei a mão a Christian e caminhamos para a passarela. E então eu tive a certeza de que fizera a coisa certa. Meus fãs mereciam todo e qualquer sacrifício. A alegria que senti olhando-os superava qualquer dor que havia passado nesses últimos meses.
Cantar Sálvame não foi algo fácil. Chorei como uma criança, vestindo as minhas antigas asas. Eram eles que estavam me salvando. Eles que choravam comigo, que gritavam ‘Anahí, eu te amo’ fazendo-me perceber que eu valia à pena, que não estava sozinha.
Christopher foi o meu apoio naquele show. Aliás, era nele que eu me apoiava durante os concertos quando Poncho e eu estávamos brigados. Poncho se aproximava de Dulce, e Christopher passava a ser o meu ‘par’. Dançava com ele, brincava com ele, nunca com Poncho.
Não haveria beijos naquela noite, e isso foi consenso de todos. Mas existiam os antigos traumas, e em canções como A tu lado ou Este corazon eu precisava cantar ao lado de Alfonso.
“Dejame vivir siempre a tu lado... Siempre a tu lado...”
Estava sentada num banco, ele em pé ao meu lado, apenas as mãos dadas, evitando ao máximo a troca de olhares. Às vezes ele tocava-me o ombro, ou eu encostava a cabeça em seu peito, mas sem olhar-nos.
Até que estava indo bem, estava suportando. Logo aquele show iria acabar e eu poderia seguir a minha vida, sem vê-lo, de preferência nunca mais.
E então veio a música. A música que mais me marcara no último concerto. Este corazon.
“Como sanar esta profunda obsesión,como le explico a mí alma que se terminó?”
Por que essas palavras me surtiam tanto efeito? Foi como reviver o momento do último adeus. E a nostalgia acompanhada de todo o desespero me veio a tona, e então nem o calor do público foi capaz de me manter bem.
Parei de cantar, coloquei o microfone no pedestal e abaixei os olhos afundando meu rosto entre as mãos. Segurei o máximo que pude, mas ainda assim as lágrimas vieram. Chegou o refrão e eu me mantive ali, tentando me controlar, buscando forças em algum lugar. Quando isso iria passar? Quando?
Senti uma mão tocando-me o ombro e em seguida alguém me envolveu em um abraço. Não levantei meus olhos, mantive-me inerte, pelo perfume sabia que era ele. Provavelmente cumprindo o protocolo para que os fãs não percebessem que estávamos mal.
Mas ao contrário do que eu pensei ele não me soltou imediatamente, mas me apertou ainda mais, e então meu rosto estava repousado sobre o seu peito e eu pude sentir o seu coração.
Não sei o que me deu, mas levantei o rosto ficando mais próxima ao seu ouvido e aquelas palavras saíram de minha boca.
Anahí: Eu sempre te amei, Poncho!
Foi quase um sussurro, Alfonso não disse nada, provavelmente ele não ouvira. E talvez nem quisesse que ouvisse, eu apenas queria dizê-lo.
Seguimos com o show, depois de respirar fundo várias vezes consegui voltar a cantar, a dançar,a ser um pouquinho do que eu era antes.
E tivemos que dizer adeus mais uma vez. Quem sabe haveria um tributo dali a alguns anos. Quem sabe não estariamos juntos num palco nunca mais.
Nota da autora: O 11º (último) capítulo será postado na terça-feira, pois vou viajar e tal. Espero vocês aqui! :)
Autor(a): rosuemi
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 202
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Angel_rebelde Postado em 03/04/2014 - 23:42:58
Que história lindaaaaaaaaaaaa ! Emocionante. Ver como precisam um do outro, que não podem viver separados. Parabéns pela história. Apesar de ser mini web diz tudo por si só. Ameeeei. Praticamente me levou ás lágrimas pq senti dentro de mim cada angústia deles e o medo que tinham de não se pertencerem mais. Continue assim e irá mto longe.
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k3 Postado em 10/01/2012 - 21:49:15
Estou esperando essa micro. ;)
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k3 Postado em 10/01/2012 - 21:49:14
Estou esperando essa micro. ;)
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rosuemi Postado em 23/09/2011 - 19:45:59
Tenho uma micro web a caminho :)
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k2323 Postado em 08/06/2011 - 17:08:27
Cadê você?
mimimimi -
k2323 Postado em 08/06/2011 - 17:08:27
Cadê você?
mimimimi -
k2323 Postado em 08/06/2011 - 17:08:27
Cadê você?
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k2323 Postado em 08/06/2011 - 17:08:26
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k2323 Postado em 08/06/2011 - 17:08:26
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k2323 Postado em 08/06/2011 - 17:08:26
Cadê você?
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