Fanfic: É cedo ou tarde demais? (AyA)

“No permitas que me vuelva a herir,

Esta angustia de estar sin ti...

Otro día que vá, para recomenzar.”

Otro dia que va

Seria um único show, não havia horário na agenda de todos para uma turnê. Onde? Brasil. Por quê? Não sei.  Só sei que minha cabeça estava a mil. Ensaiar com ele, conviver com ele, não imaginava como fazer isso agora. Então eu me pergunto como era tão forte a ponto de tê-lo tão perto e não tê-lo comigo? Jurava que meu coração estava morto, mas vejo que me enganei. Diria que ele estava em coma, e que Poncho era o remédio que poderia curá-lo, ou então enterrá-lo de vez. O problema é que eu não queria descobrir o que seria feito. Tinha medo.

Foi depois de respirar fundo muitas vezes que eu tomei coragem para entrar naquela sala. Todos já estavam lá, exceto ele.

Maite sorriu e veio correndo em minha direção: Any! – A abracei dando-lhe um beijo estalado na bochecha.

Logo vieram Christian, Dulce e Christopher.

Anahí: Bebê! – Sorri ao ver Christopher – Você cresceu! – Brinquei.

E então lá estávamos nós, rindo e conversando como se tivesse passado dias e não anos. Como se aquilo fosse um encontro de amigos e não uma reunião.

E então ele entrou por aquela porta e o perfume dele cortou meus sentidos como uma lâmina absurdamente afiada. Entrou deixando-me sem ação, mostrando-me que eu ainda era fraca, mostrando-me que eu ainda precisava dele.

Christopher foi o primeiro que se levantou e foi até ele, depois Dul, Chris e por último Mai, que antes tentou puxar-me como se me chamasse para a realidade, mas eu não me movi. Não sei o que deu em mim, foi mais forte que eu, me mantive sentada, com as mãos fixas à mesa, olhando-o se aproximar, vendo aquele sorriso em seu rosto, um sorriso que perdeu a força quando encontrou o meu olhar. Dissemos oi de longe e antes que eu pudesse fazer ou dizer qualquer coisa Pedro entrou na sala para discutirmos o repertório.

Sentamos longe um do outro, e lá se foi metade do dia. Já passava das cinco, precisávamos comer, e então Mai deu a idéia de irmos até um café ali perto.

Para a minha infelicidade a mesa do café não era tão grande, e o pior era redonda, então não havia como ficarmos longe o suficiente. Sentou-se praticamente a minha frente.

Anahí: Obrigada! – Agradeci ao garçom que nos entregava o cardápio.

Comi sem trocar qualquer palavra diretamente a ele. Já estávamos saindo quando Maite segurou meu braço, diminuímos o ritmo das passadas e logo os outros estavam bem à frente.

Maite: Esse clima não ta legal! – Advertiu-me.

Anahí: Clima? Que clima? – Perguntei fingindo não saber a que ela se referia.

Maite: Você e o Poncho. Mal se olham. Any, vocês precisam superar isso.

Anahí: Mai, eu já superei! Superei o Poncho há anos!

Maite: Você não me engana, Any. E você sabe muito bem disso.

Anahí: É eu não engano! – Suspirei derrotada – Mai eu amo estar com vocês, mas o que eu mais quero agora é que esse show passe de uma vez. Ele me traz lembranças que eu prefiro esquecer.  – Maite ia dizer alguma coisa quando arregalou os olhos ao ver Christian correndo em nossa direção.

Christian: Sei sobre o que vocês falam, e sei do que você precisa! – Disse-me ofegante – Sexo!

Anahí: Chris! – Exclamei dando-lhe um tapinha no ombro. Era incrível como ele sempre me fazia rir com as suas brincadeiras bobas.

Maite: Sexo com a pessoa certa! – Completou e os dois em meio a risos soltaram o nome dele.