Fanfic: Além das Palavras - DyC

"A vida é aquilo que acontece enquanto você está planejando o futuro. " - John Lennon

~*~

Dois
dias depois já estávamos de volta ao México, tentei não pensar muito
sobre o fim da banda, de uns tempos para cá ficava emocionada com tudo! E
pensar que já não existia RBD era uma das coisas que me fazia chorar
horrores, o que eu não queria.

Então
uma das primeiras coisas que fiz ao voltar para o México foi visitar
meus pais, eles sempre me mantinham distraída de pensamentos tristes.

- Dulce querida, você não comeu quase nada filha – Minha mãe comentou vendo a comida no meu prato quase intocada.

-Ah,
to sem fome – Falei forçando um sorrisinho. A verdade é que ultimamente
tudo que era comida me embrulhava o estomago, conseguia comer pouca
coisa.

Depois
de recusar milhares de vezes todos os quitutes da minha mãe, consegui
dar uma fugida para a sala e sair de perto daquela mesa.

~*~

Passei os canais da TV, entediado. Não estava mais acostumado em não ter absolutamente nada para fazer.
Era estranho não ter mais que se preocupar com a próxima entrevista nem com o próximo show da banda...

Cansado de pensar nisso peguei o celular e disquei o numero da única pessoa que queria ouvir a voz nesse momento.

- Alô? – Ela logo atendeu.

-Oi Dul – Falei enquanto levantava do sofá e começava a catar as chaves do carro.

- Oi amor – Ela respondeu animada do outro lado da linha.

-Escuta, posso ir aí?- Perguntei já me encaminhando pra porta.

- Ah, eu não estou em casa... Tô na minha mãe

-Ah... – Respondi desanimando e voltando para o sofá largando a chave em um canto de novo – Queria te ver...

- Humm está com saudades, é? – Ela perguntou meio rindo.

- Muita – Respondi sorrindo também – Quando você volta?

- Daqui a pouquinho.Eu passo aí na volta, ok?

- Ok. – Respondi – Então até depois.

-Até.

Já ia desligar quando ela me chamou de novo.

-Ei!

-Quê? – Perguntei.

-Te amo.

Não pude deixar de sorrir bobamente.

-Eu sei. – Falei e ela riu – Espero que você saiba que eu também te amo.
-Eu sei – Ela respondeu também.

Desliguei ainda sorrindo e um tantinho mais animado, pelo menos a veria a noite.

~*~

Desliguei
o telefone e me virei para o lado ainda sorrindo, levei um susto ao ver
minha mãe parada ali na sala. Achei que estava sozinha.

- Será que eu ouvi bem? – Ela perguntou sorrindo – Quem é o sortudo??

- O que??Que sortudo? – Me fiz de desentendida, ainda não havia contado nada sobre mim e o Chris.
- O sortudo pra quem você disse ‘te amo’ – Ela ainda sorria me olhando.

- Ok, acho que está mais do que na hora de contar para a senhora mesmo.

E então contei tudo, desde o começo.
Ela ficou felicíssima quando terminei.

-
E quando vai trazer ele para nós o conhecermos?Quero dizer, é claro que
já o conhecemos! Mas não como seu namorado!Parece ser um bom menino,
mas nunca conversamos direito com ele, não é mesmo?Traga ele amanhã!Seu
pai vai adorá-lo! – Ela disse apressada.

-Mãe!Calma!-
Eu ri – Não acho que sejamos aquele casal de se apresentar aos pais e
tudo isso – Falei pensativa – Acho que ele ficaria constrangido se eu o
trouxesse aqui. Tenho certeza que ele nem contou para os pais sobre
nós...

- Que bobagem, é claro que você tem que trazê-lo aqui- Ela continuou – Diga que eu faço questão.

Eu só ri e balancei a cabeça imaginando o que o Chris acharia disso.

- Bom, vamos ver – Falei enquanto pegava minha bolsa que estava em cima do sofá – Mas agora tenho que ir e...

Assim que dei dois passos em direção a minha mãe para lhe dar um abraço de despedida senti uma forte tontura.

Veio do nada, tudo começou a girar e eu tive que me segurar na poltrona mais próxima para evitar cair ali mesmo.

-Dulce?Tudo bem?

-Foi só... só uma tontura – Respondi ainda me sentindo mal. – Tudo bem – Menti – Já passou.

Me despedi dela e saí rapidinho antes que ela quisesse chamar um médico ou sei lá.

Assim que entrei no carro já me sentia bem melhor.