Fanfic: UM PEQUENO FAVOR AYA finalizada
― Você está louco, Alfonso? Sou uma mulher e tenho necessidades normais e saudáveis como as outras mulheres da minha idade. Queremos afeto, amor e companheirismo em nossas vidas. Vamos encarar os fatos. Ser solteiro às vezes é muito solitário. Você devia saber disso.
― Olhe, Anahí, não há nada de errado em ter homens por perto de vez em quando. Você só não precisa... bem, desejar tanto o casamento. Achei que vocês mulheres tivessem superado essa idéia ultrapassada de casamento há muito tempo.
Ela balançou a cabeça, consternada.
― Alfonso, você não entende.
Ele arqueou uma sobrancelha acusadora.
― São as suas irmãs que estão deixando-a chateada. Elas vão se casar nos próximos meses. E agora você não tem chance porque Rodrigo, o perdedor, deu o fora em você. É isso que está acontecendo, não é?
Sentindo-se observada em um microscópio, Anahí levantou-se e começou a andar pela sala grande e pouco mobiliada.
― Talvez. Só um pouco ― murmurou ela. ― Minhas irmãs ficaram longe de casa por cinco anos. Maite morou no Rio de janeiro, e Dulce morou em Goiânia, você sabe disso. Lamentei isso com você tantas vezes. Você sabe o quanto eu senti saudades delas e como foi horrível para meus pais perderem as duas filhas ao mesmo tempo.
Alfonso assentiu.
― Eu me lembro que a divergência entre as suas irmãs foi horrível... seus pais ficaram muito tristes em ter a família dividida daquela forma. E todo aquele tempo, você permaneceu por trás, fazendo o melhor que podia para ajudar seus pais da forma como precisassem. Agora suas irmãs, as ovelhas negras, voltaram para casa e acertaram as diferenças. Está tudo bem, elas estão perdoadas. Ambas encontraram os amores de suas vidas.
― É ― murmurou Anahí com uma dose de amargura. ― E eu... a filhinha boa e chata perdeu o seu.
As últimas palavras foram ditas com a voz sufocada, e ela parou em uma janela aberta para se recompor.
Do outro lado da sala, Alfonso praguejou baixinho e ficou de pé.
― Que inferno, Anahí! Rodrigo não era o amor da sua vida! Nós dois sabemos disso!
Ela olhou por cima dos ombros e viu que ele vinha em sua direção. Seu rosto era a imagem da impaciência e repulsa, e ela percebeu que a conversa do estacionamento estava voltando.
― Você não sabe de nada, Sr. Advogado.
Ele apertou o braço dela ao olhar para ela, suas feições mais suaves.
― Sim, eu sei, querida. Você nunca teve o brilho do amor em seus olhos. Ainda não aconteceu.
Anahí arregalou os olhos castanhos.
― Você sabe como é o olhar de uma mulher apaixonada? ― De repente, ele riu e deu um tapinha no rosto dela.
― Essa é uma pergunta capciosa, Anahí?
Ela começou a rir com ele, mas o momento de leveza logo acabou quando bateram de novo na porta. Franzindo a testa, Alfonso olhou para a entrada.
― Está esperando alguém?
― Não. Deve ser algum maldito vendedor. Talvez você deva ir até a porta, Alfonso. Eles não gostam de lidar com homens.
Ele lançou um sorriso confiante.
― Claro. Vou me livrar dele bem rápido.
Enquanto Alfonso foi atender à porta, Anahí decidiu ir à cozinha fazer uma garrafa de café. Estava no meio do caminho quando Alfonso chamou-a da porta.
― Anahí, acho que é melhor vir aqui.
― Estou indo.
Ela se juntou a Alfonso na soleira da porta e ficou surpresa ao olhar para a varanda e ver uma adolescente carregando um bebê recém-nascido em um moisés.
― Srta. Anahí? ― perguntou a adolescente com a voz fraca.
― Sim. ― Anahí abriu mais a porta de tela e foi para a varanda para ver melhor a adolescente tímida. ― É você, Ginger?
A jovem com cabelo curto e castanho e com a pele muito pálida assentiu. Ao mesmo tempo, Anahí reconheceu-a de uma das famílias que tinha visitado como assistente social. Daniela Rollins. O pai maltratara a mãe e o juiz expedira uma medida cautelar contra ele. Agora a mãe estava fazendo de tudo para cuidar dos três filhos. Era a mesma velha história que Anahí vira inúmeras vezes em seus anos de trabalho. Só que desta vez era mais complicado porque Daniela estava grávida.
― Alguma coisa errada? Seu pai voltou para casa? ― Daniela balançou a cabeça, nervosa.
― Não. Eu... bem... eu tive meu filho. Um menino.
Anahí deu um passo à frente e olhou para a pequenina criança. Uma penugem de cabelo loiro cobria a cabeça e, embora os olhos estivessem fechados enquanto dormia, Anahí podia ver que era uma criança bonita com boca e nariz pequenos.
Autor(a): feio
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― Ele é adorável, Daniela― exclamou Anahí com um sorriso aberto para o bebê. ― Deve estar muito orgulhosa. ― Sim, srta. Anahí, estou. Anahí olhou para o rosto ansioso da menina. ― Então o que posso fazer por você, Daniela? ― Corando, a adolescente olhou para o bebê, e Anah&iacu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 428
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es Postado em 03/05/2011 - 13:14:38
Galera, leiam a minha webnovela Vem Que Tem. Vocês vão gostar muito mesmo. Encontrem ela na categoria comédia ou no meu perfil! Valeu!
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:53
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:52
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:52
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:51
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:51
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:51
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:50
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:50
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:50
Biel , você postou na web Errada.