Fanfic: UM PEQUENO FAVOR AYA finalizada

Capítulo 2

Anahí estava tão fascinada pelo bebê que uma hora se passou antes que percebesse que estava sentada no sofá apenas observando-o dormir.

Após alguns minutos, ela se forçou a levantar e ir até a cozinha e começou a preparar uma garrafa de café. Enquanto esperava ficar pronto, o bebê começou a soltar gemidos baixos, mas intermitentes.

De volta à sala, ela com cuidado trocou a fralda do bebê e depois alimentou-o com a mamadeira que Ginger tinha deixado na bolsa. Ele voltou a dormir logo depois que tomou uma parte da mamadeira, e Sierra deitou-o em sua cama para que não pegasse a brisa da tarde que entrava pelas janelas da sala.

Enquanto o bebê dormia, Anahí não pôde deixar de se perguntar qual seria seu nome e como Ginger e a mãe cuidariam dele agora que havia cinco pessoas em casa para alimentar. Havia programas para os necessitados que poderiam ajudar. Anahí ia passar na casa deles para assegurar que a Sra. Rollins se beneficiasse com o auxílio. E também queria se certificar de que o Sr. Rollins não estava por perto bêbado e batendo em qualquer pessoa que passasse em sua frente.

Mais uma hora se passou, depois duas. E embora tivesse curtindo cada minuto com o bebê, Anahí não pode deixar de imaginar o que estava acontecendo com Daniela. Quatro horas tinham se passado desde que ela deixara o bebê e ainda não tinha se comunicado.

Decidindo que era melhor fazer contato, ela ligou para o Hospital de São de Paulo e pediu para chamarem Daniela Rollins pelo alto-falante. Após uma longa espera, o operador voltou para a linha.

― Sinto muito, srta. Mendoza. A pessoa não está respondendo. Já deve ter deixado o hospital.

O coração de Anahí se apertou.

― Ah. Bem, pode me dizer se tem alguma Sra. Rollins internada?

― Claro. Só um momento.

Anahí olhou para o bebê adormecido enquanto esperava. Por que Daniela ficaria longe por tanto tempo? Por que ela simplesmente deixaria o recém-nascido com ela?

― Sinto muito, srta. Mendoza. Não tem ninguém internado com esse nome. Existe algum outro nome com o qual ela poderia estar registrada?

Anahí não fazia idéia de qual nome a tia materna de Daniela poderia ter, então simplesmente agradeceu ao operador e desligou.

O que faria agora? perguntou-se, ligar para o Juizado de Menores? Não. Porque a casa dos Rollins não era exatamente adequada para um recém-nascido, provavelmente levariam-no direto para um lar adotivo, ou até pior, para um orfanato até que alguma coisa fosse decidida sobre seu futuro. Não podia suportar a idéia de esse menininho passar das mãos de uma pessoa para a outra.