Fanfic: UM PEQUENO FAVOR AYA finalizada

― Alfonso! Você está fazendo Ginger parecer uma... assassina ou pior! ― disse Anahí ofegante.

Levantando-se, Alfonso foi até o bebê e fitou o rosto adormecido. Quando Anahí viu um músculo contraindo no maxilar dele, percebeu que essa situação trazia lembranças dolorosas para ele.

― Você consegue pensar em alguma coisa pior do que abandonar seu próprio filho? ― perguntou ele de repente.

Preocupada, ela se levantou e colocou a mão no braço dele.

― Alfonso, sinto muito ― disse ela sendo gentil. ― Não devia tê-lo envolvido.

Ele esboçou uma careta, mas logo a expressão de dor desapareceu e ele balançou a cabeça.

― Esqueça, Anahí. Vim aqui para ajudá-la. Não para condenar ninguém.

Quando as irmãs de Anahí ficaram longe da família, e os pais dela se preocupavam constantemente com o bem-estar delas, Anahí costumava se lamentar com Alfonso. Uma dessas vezes, ele a surpreendeu dizendo que pelo menos Anahí sabia quem eram seus pais e irmãos verdadeiros.

Anahí o pressionara a explicar o comentário, ele acabou confessando que, quando tinha 13 anos, encontrou os papéis de sua adoção entre os documentos dos pais. Pedro e Ruth Calloway nunca contaram a Alfonso que ele era adotivo. Deixaram que ele acreditasse que nascera deles no Hospital das clinicas.

Alfonso confrontou-os com os papéis da adoção e acabou descobrindo que sua mãe biológica o deixara nos degraus do prédio de serviços sociais de Dallas. Ele só tinha dois dias de idade. A verdade estremecera a base sob os pés de Alfonso, e Anahí não sabia se ele já estava em paz com as circunstâncias de seu nascimento.

― Se for muito perturbador para você...

― Anahí! Estou aqui. Já disse para esquecer. Ok? ― Mordendo o lábio, ela observou-o preocupada. Alfonso resmungou e pegou a mão dela.

― Anahí ― disse ele com a voz gentil. ― Está tudo bem. Já sou adulto. Não precisa se preocupar comigo.

O toque dos dedos dele em volta dos seus era afetuoso e reconfortante. De forma inconsciente, Anahí apertou a mão dele.

― Tudo bem. Então, o que me aconselha, Sr. Advogado?

― Daniela  tem família?

― Tem. Mas o pai tem uma medida cautelar contra ele. Ele bebe e se morar na mesma casa da família, bate na mãe e nos filhos. A Sra. Rollins está tentando se sustentar e aos filhos sem ele. Ela não tem como criar um bebê. Ela está muito perto de ter seus próprios filhos tirados dela.