Fanfic: UM PEQUENO FAVOR AYA finalizada

Anahí encheu a boca com a torta.

― E qual é o problema? ― perguntou ela. ― Ele precisa de alguém para amá-lo.

Olhando para o teto, Dulce balançou a cabeça.

― Ah, minha querida, você não vê? Amar Gabriel seria maravilhoso se você tivesse a intenção de continuar com ele. Mas ambas sabemos que isso é impossível...

― Por que é impossível? ― interrompeu Anahí.

Um olhar de arrependimento cruzou o rosto de Dulce.

― O Juizado de Menores quer que o bebê fique em uma casa com os dois pais. E agora que Rodrigo foi embora, não acho que vá se casar logo.

Levantando-se. Sierra pegou a caneca e foi até a porta dos fundos. Como a parte de cima da porta era de vidro, dava para ver o quintal e a parte da varanda onde ela e Alfonso ficaram. E se beijaram.

― Você realmente sabe como fazer alguém se sentir bem, não é, mana? ― murmurou Anahí. ― É exatamente do que preciso para começar o meu dia.

― Anahí, não fique chateada comigo. Não falo isso por mal. Você vai encontrar seu Príncipe Encantado, e quando isso acontecer, ele não vai deixar escapar a chance de se casar com você. Mas isso não vai acontecer só porque você tem Gabriel. E sem um marido, acho que o Juizado de Menores não vai permitir que fique com ele por muito tempo.

Anahí contraiu os lábios. Queria dizer a Dulce que ela e Maite não eram as únicas mulheres Mendoza que podiam atrair um homem. Não era um capacho para os homens passarem por cima.

― Acho que a mamãe não lhe disse que Alex disse ao Juizado de Menores que vamos nos casar.

― Alfonso Calloway? Não! Mamãe não disse nada ― disse ela com um tom de voz chocado. ― Quando isso aconteceu? Por que não disse isso ontem?

Anahí sabia que deveria explicar a história toda para Dulce, mas faria bem a ela deixar sua irmã pensar que era amada por um advogado como Alfonso.

― Não disse nada porque, bem, não marcamos data nem nada. Nós... acabamos de perceber como nos sentimos um pelo outro. ― Talvez isso não fosse uma mentira, pensou Anahí. Ela e Alfonso definitivamente sentiram algo pelo outro na noite passada quando se beijaram como se não houvesse amanhã.

Um sorriso iluminou o rosto de Dulce.

― Menina, estou me sentindo uma boba. Estou aqui preocupada com a minha irmã, e agora descubro que ela tem planos para ela e para o bebê.

Dulce correspondeu ao sorriso da irmã com um sorriso inseguro.

― Bem, estou tentando, mana. Mas quem sabe se vai dar certo. ― E essa era realmente a verdade.

― Nenhum de nós tem garantias, Anahí. Mas devo dizer que acho que você está no caminho certo com Alfonso. Ele é o único homem com quem você já ficou que não precisa de terapia.

Anahí voltou para a mesa. Sentia-se esgotada e o dia ainda estava começando.

― Nossa, você faz parecer como se eu escolhesse os meus namorados em um hospício.

― Não seja boba. Eles precisavam apenas de muita ajuda. Se é que me entende.

― E você acha que Alfonso não precisa? ― Anahí não pôde deixar de perguntar.

O sorriso de Dulce ficou um pouco travesso.

― Tudo de que Alfonso precisa são coisas típicas de homens. ― Ela piscou e riu de forma sugestiva. ― Mas tenho certeza de que já percebeu isso.

Anahí não tinha percebido nada sobre Alfonso. Não sabia nem por que ele se inserira de repente em sua vida. Certamente eram amigos há anos. Mas ontem à noite, ele não se comportara como um amigo. Nem ela.

Limpando a garganta, Anahí se levantou.

― Fique aí tomando seu café, mana. Acho que escutei Gabriel. Se ele estiver acordado, vou trazê-lo para cá.

Dulce olhou para o relógio.

― Eu já ia dizer que tenho de ir. Mas ficarei o suficiente para dar um beijo em Gabriel. Christopher precisa saber que não é o único homem a virar minha cabeça ― brincou ela.

Feliz por ter conseguido colocar um fim no assunto de Alfonso, Anahí se apressou para pegar o bebê.