Fanfic: UM PEQUENO FAVOR AYA finalizada
Mas Alfonso não queria compartilhar esses pensamentos com sua mãe. Era tudo muito novo, muito pessoal para abrir para alguém.
― Hã... sim ― respondeu ele. ― Julgamento difícil. Mas nada para se preocupar.
― Bem, não vou ocupá-lo por muito tempo. Só queria saber quando vai vir ao Rio? Não nos vemos há muito tempo, e o aniversário de seu pai é no final do mês. Adoraríamos que você viesse para a comemoração.
Fechando os olhos por um breve momento, Alfonso engoliu as emoções reunidas em sua garganta. Droga, duas pessoas que amava tanto, que confiara com todo seu coração, tinham mentido para ele. Com o passar dos anos, tentara esquecer e perdoá-los pela mentira. E os perdoara. Seus pais o amavam, não podia duvidar disso. Mas nenhum dos dois nunca percebeu o que isso causou a ele ou como isso constantemente guiava suas decisões.
― Eu também adoraria ir ficar com vocês. Mas acho que não vou conseguir abrir uma brecha na minha agenda. Mas vou pedir para Pauline ver o que está marcado para o dia ― acrescentou ele para diminuir a decepção dela.
― Ah.
Ele escutou-a suspirar, e isso fez com que se sentisse péssimo. Droga, ficar perto de Anahí estava deixando-o mole, como manteiga derretida.
― Bem, que bom que seus negócios estão indo tão bem. Talvez eu e seu pai possamos ir até São Paulo. Assim você não teria de fazer nada, a não ser nos hospedar por um ou dois dias.
Ah, Deus. Talvez fosse melhor falar a verdade.
― Hã... mãe. Não estou dormindo sempre em meu apartamento.
― O quê? O que aconteceu?
― Nada. Ainda tenho o apartamento. Estou apenas... passando muito tempo com uma outra pessoa.
― Uma mulher.
Ele pôde escutar a animação na voz dela.
― Naturalmente.
Ruth riu.
― Naturalmente? Você nunca mencionou passar a noite com uma mulher antes. O que isso significa?
E claro que ela teria de perguntar, pensou ele. E como ela esperava que ele respondesse quando não fazia idéia do que isso significava? Exceto que estava louco por Anahí. E por Gabriel.
― Não precipite as coisas, mãe. Estamos fazendo as coisas devagar. ― É, certo. Ele passou de amigo para amante dela em uma noite. Isso era realmente um ritmo bem lento.
― Bem, que notícia ótima, filho. Posso finalmente esperar por um neto ― disse ela com outro riso sugestivo.
Alfonso não daria nenhuma pista para a mãe sobre Gabriel. Ela pegaria um avião no dia seguinte para conhecê-lo.
― Mãe, preciso mesmo ir. Tenho de estar no tribunal em vinte minutos e ainda não acabei de almoçar. ― ele parou, depois acrescentou: ― E quanto ao aniversário do papai, vou tentar ir de alguma forma.
― Que maravilha, filho! Amo você. Tchau.
― Também, mãe. ― Alfonso desligou e suspirou. Que diabos estava acontecendo com ele? Não era típico dele ceder às vontades e aos desejos de outra pessoa. Normalmente, colocava suas necessidades em primeiro lugar. Afinal, quem se preocuparia com ele se ele mesmo não se preocupasse? Mas durante o tempo todo em que sua mãe estava falando, ficou pensando em como Anahí ficaria decepcionada com ele se não se esforçasse para comparecer ao aniversário do pai.
Passando as mãos pelo cabelo, ele olhou pela janela. Amava Anahí? se perguntou. Queria se casar com ela? As perguntas fizeram pânico tomar conta dele, mas como uma testemunha encarando um juiz, tinha de pelo menos tentar responder com honestidade.
E a verdade era que não conseguia nem imaginar não ter Anahí em sua vida. Sabia disso desde que tinha 19 anos, e conforme os anos passaram, nunca permitiu que se afastassem. Embora às vezes ela o tenha deixado louco de raiva, sempre quisera a companhia dela. Talvez alguma coisa sempre tenha tentado dizer a ele que ela deveria ser sua mulher.
Mas Alfonso nunca gostara da idéia de amar uma mulher. Droga, tinha problemas até para manter uma amizade por um ou dois anos. Ah, havia Tony, Diego e Angelique, mas eram apenas pessoas com quem se divertir e tomar cerveja uma vez por semana. Anahí era a única no grupo com quem já saíra sem ser nos almoços semanais.
Anahí. Sempre Anahí.
― Alfonso? Viu algum fantasma? Está em transe!
O som da voz desafinada de Pauline arrancou-o de seus pensamentos e assustou-o como se uma bomba tivesse explodido no escritório.
― Droga, Pauline. Tenho de estar no tribunal em... ― Ele parou para olhar o relógio. ― Dez minutos!
Pulando de sua cadeira, ele pegou suas anotações, colocou-as na pasta de couro preto e endireitou a gravata.
― Tenho de ir.
Saiu do escritório, com Pauline logo atrás.
Autor(a): feio
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― Alfonso, vou marcar uma consulta com um médico para você! ― exclamou ela. ― Está doente. Não está sendo você mesmo! Com Pauline gritando atrás de si, Alfonso correu para o carro. Ao virar a chave e pegar a rua do tribunal, se perguntou se sua secretária estava certa. Talvez estivesse doente. Doente de ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 428
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es Postado em 03/05/2011 - 13:14:38
Galera, leiam a minha webnovela Vem Que Tem. Vocês vão gostar muito mesmo. Encontrem ela na categoria comédia ou no meu perfil! Valeu!
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:53
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:52
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:52
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:51
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:51
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:51
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:50
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:50
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:50
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