Fanfic: UM PEQUENO FAVOR AYA finalizada
― Venha cá. Temos de conversar.
A parte machucada dela queria resistir. Mas a parte sensata sabia que tinham de conversar. Não queria continuar brigada com ele. Ela o amava. Precisava estar nos braços dele. Precisava de seu apoio.
― Tudo bem.
Ela permitiu que ele a conduzisse para a sala, onde a televisão estava ligada no canal do tempo. Anahí não precisava saber a previsão do tempo. Já podia prever uma tempestade.
Anahí se sentou no sofá e esperou que ele se juntasse a ela. Em vez disso, ele ficou de pé em frente a ela por um momento, analisando seu rosto em silêncio, e então começou a andar de um lado para o outro até que ela tivesse a impressão de que estava no papel de testemunha e ele estava prestes a acabar com ela.
Após um momento, ela disse:
― Achei que quisesse conversar.
― E quero. Estou pensando numa forma de fazê-la entender que adotar Gabriel é errado. Para você. Para mim. Para Gabriel.
Ela tentou não recuar perante as palavras severas dele.
― Por quê? ― perguntou ela. ― Como amar e cuidar de uma criança pode ser errado? Alfonso, eu não entendo. Você tem coração, mas às vezes não o usa.
Ele parou no meio da sala e virou a cabeça na direção dela.
― Agora não é hora para sarcasmo ― acusou ele.
Ela ficou boquiaberta.
― Então não seja sarcástico comigo também ― replicou ela.
Ele pareceu ser pego de surpresa pela repentina demonstração de raiva dela, e Anahí observou-o se sentar ao seu lado.
― Escute, Anahí, nada disso tem a ver com Gabriel...
― Como? ― interrompeu ela acalorada. ― Tem tudo a ver com ele!
Ele levantou a mão antes que ela terminasse de falar.
― Espere até eu terminar, por favor.
Ela fitou-o, e ele continuou.
― Eu amo Gabriel. Você pode não me achar capaz de sentir tal sentimento, mas sou. E, no longo prazo, quero o que for melhor para o menino. Ele precisa de pais. Pai e mãe. Um casal bondoso que sempre o amará e cuidará dele.
― Não preciso ser casada para dar a Gabriel amor e um bom lar ― respondeu ela. ― Nós dois sabemos disso. Além disso, só tenho 28 anos. Não pretendo continuar solteira a minha vida inteira.
Nenhuma resposta rápida saiu dos lábios dele, e Anahí percebeu que seu comentário levou a batalha deles para um terreno perigoso.
Com o maxilar contraído, ele disse:
― Mesmo? É sobre isso que estamos falando? Você quer se casar comigo para nós dois adotarmos Gabriel?
Ela ia gritar alto “Não!”, mas de alguma forma conseguiu impedir a palavra antes que saísse de seus lábios. Como poderia responder não, quando o que ele acaba de falar era seu maior desejo? É claro que imaginara ela e Alfonso casados com Gabriel e mais filhos. Era um sonho maravilhoso, mesmo assim, bem no fundo, sabia que nunca ia acontecer.
Com o coração apertado, ela perguntou com calma:
― Isso seria tão ruim? ― Praguejando, ele ficou de pé.
― Inferno, sim! Não quero me casar. Não quero ter de confiar em ninguém tanto assim. E certamente não quero ser a pessoa que vai contar a Gabriel que em algum lugar estão os pais deles que não o quiseram, que o abandonaram sem nem olhar para trás!
Levantando-se, os lábios de Anahí tremiam enquanto encontrava o olhar furioso dele.
― Bem, não se preocupe, Alfonso Calloway. Pois eu não me casaria com você nem que se ajoelhasse e rastejasse pelo chão!
As narinas dele tremeram de raiva.
― Eu não rastejaria como uma cobra para mulher nenhuma.
Anahí riu com sarcasmo.
― Como uma cobra? Você já é uma. Puro veneno.
Sem esperar para escutar mais, ela levantou a cabeça e saiu para a cozinha, começando a juntar a louça do jantar especial.
Seus planos de surpreender Alfonso tiveram o efeito contrário, pensou ela, se sentindo péssima. Mas pelo menos agora os sentimentos dele em relação a ela e a Gabriel estavam claros. Não havia nada permanente entre eles.
Ela estava levando os pratos, na esperança de que a tarefa simples fizesse com que sua mão parasse de tremer, quando escutou passos atrás de si.
Virando-se, viu Alfonso parado na porta. Ele tinha um olhar sombrio e, lentamente, ela se sentiu morrer por dentro.
― O quê? ― perguntou ela.
― Coloquei as minhas coisas no carro. Estou indo embora.
Autor(a): feio
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Teria sido a mesma coisa se ele tivesse lhe dado um soco no estômago. Não doeria mais do que essa despedida abrupta. Enxugando a mão no pano de prato, ela foi na direção dele. ― Está indo embora? Ele assentiu, e ela não pôde deixar de notar que ele estava evitando contato visual. Talvez isso não fosse mais ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 428
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es Postado em 03/05/2011 - 13:14:38
Galera, leiam a minha webnovela Vem Que Tem. Vocês vão gostar muito mesmo. Encontrem ela na categoria comédia ou no meu perfil! Valeu!
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:53
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:52
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:52
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:51
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:51
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:51
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:50
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:50
Biel , você postou na web Errada.
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k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:50
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