Fanfics Brasil - 96° Capítulo UM PEQUENO FAVOR AYA finalizada

Fanfic: UM PEQUENO FAVOR AYA finalizada


Capítulo: 96° Capítulo

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― Não aposte nisso, Alfonso ― disse Ruth. ― Ele pratica horas todos os dias. Ele é craque.


Pedro demorou estudando a jogada e finalmente deu uma tacada forte na bola. Para a incredulidade de Alfonso, a bola rolou em volta do buraco e caiu, e ele riu quando seu pai socou o ar em comemoração.


― Que bom que não apostei. Está ficando cada vez melhor, pai. Não vou mais desafiá-lo por um bom tempo.


Sorrindo para os dois, Ruth deixou o livro de lado e se levantou.


― Vou preparar um chá gelado ― anunciou ela. ― Querem um copo?


― Claro, traga o jarro ― respondeu Alfonso.


Assim que sua mãe desapareceu dentro de casa. Alfonso foi até o pai.


― Pai, posso falar com você um minuto? ― Percebendo a seriedade em sua voz, Pedro deixou os tacos de lado e foi se sentar ao lado do filho nos degraus da varanda, onde uma árvore fazia uma sombra fresca.


― Vá em frente ― convidou o pai.


Ao olhar para o rosto forte do pai, Alfonso de repente foi dominado por emoções que nunca esperara sentir.


― Eu... você provavelmente vai achar isso estranho! Mas eu... ― Ele parou e balançou a cabeça. ― Você e mamãe sempre ficaram felizes com a decisão de me adotar.


Pedro levantou as sobrancelhas, surpreso. Depois analisou o rosto solene do filho por longos minutos, antes de finalmente abrir um amplo sorriso.


― Sempre fomos muito felizes e tivemos muito orgulho de tê-lo como nosso filho. Não duvida disso, duvida.


Uma época, duvidou, pensou Alfonso. Quando era um adolescente impressionável e genioso, chegara a pensar que Ruth e Pedro só tinham o adotado para que tivessem um filho como o resto de seus amigos. Não porque o amavam. E mais tarde, bem, se concentrara no fato de eles terem mantido a adoção em segredo em vez de se concentrar em todas as coisas maravilhosas que tinham feito por ele.


― Não. Não duvido disso. Mas logo no início você ficou incerto a respeito de criar um filho que não era sangue do seu sangue?


Pedro esfregou o queixo pensativamente.


― Alfonso, vou ser honesto com você. Houve momentos, antes de assinarmos os papéis da adoção, que me preocupei. Criar um filho é uma responsabilidade enorme. Ficava me perguntando se eu saberia como fazer. Eu me perguntava o que faria se não conseguisse sustentar-lhe financeiramente. E se eu morresse de repente e deixasse a sua mãe com um bebê para cuidar sozinha. Todos esses tipos de pergunta passaram pela minha cabeça. Mas nunca me preocupei com seu sangue ou genes. Não ligo para nada disso. O laço entre nós é o que nos torna pai e filho.


Até aquele momento, Alfonso não tinha percebido como seu coração estivera fechado. Agora podia sentir uma porta pesada se abrindo e uma luz jorrando sobre ele.


― Tenho sorte de ter vocês, pai. Você e mamãe.


Pedro apertou o ombro do filho e olhou para o gramado impecável.


― Tem alguma razão específica para estar pensando nessas coisas, Alfonso? Durante todo o final de semana, tive a impressão de que sua mente estava ocupada com alguma outra coisa.


Alfonso assentiu de forma sombria.


― Tem uma mulher... eu a conheço há muito tempo e gosto dela. Ela... está cuidando de um recém-nascido que quer adotar. Eu disse a ela que deveria esperar e ter seus próprios filhos. Acabamos tendo uma briga feia... e eu fui embora.


― Por quê? ― perguntou Pedro.


Alfonso suspirou.


― Porque sou um cafajeste egoísta, acho. Ir embora é mais fácil do que encarar uma mulher com lágrimas nos olhos.


― Não. Por que você se opôs a adotar o bebê?


Alfonso deu de ombros. Agora que seu pai tinha colocado a questão de forma clara, suas razões pareciam tolas e egoístas.


― Não sei realmente. Só fiquei pensando que um dia eu teria de dizer a ele que seus pais verdadeiros não o quiseram. E não pude imaginar vê-lo sofrendo desse jeito.


Pedro apertou de novo o ombro do filho.


― O amor que vocês vão dar a ele vai compensar tudo isso. Não concorda?


Alfonso só teve de pensar por um segundo antes que sorriso se abrisse em seu rosto.


― Concordo.


― Então, o que fará a respeito dessa jovem? ― perguntou Pedro.


O sorriso sumiu do rosto de Alfonso.


― Não sei, pai. Disse coisas horríveis para ela.


― Eu também já disse coisas para sua mãe. Mas nós homens, temos de agradecer porque as mulheres são criaturas que sabem perdoar.


 


Na segunda-feira de tarde, Anahí se vestiu com cuidado com uma saia na altura do joelho e camisa combinando. Prendeu o lado esquerdo do cabelo atrás da orelha com um pente enfeitado com pérolas e deixou o resto cair em cachos sobre seus ombros.


Quando terminou a maquiagem e pegou Gabriel e a bolsa de fraldas, saiu de casa e foi direto para Stocking Stitch, a loja de tricô de sua mãe no centro de São Paulo.


Ao ouvir os planos de Anahí de ir a centro ver Alfonso em seu escritório, Maria insistira em ficar com Gabriel enquanto ela fazia a viagem. A princípio, Anahí ficou relutante em deixar o bebê com sua mãe. Tinha a intenção de levar Gabriel junto quando fosse encarar Alfonso de novo. Afinal, o bebê fora o centro da discussão, e ela queria que ele visse que Gabriel ainda fazia parte de sua vida. Mas sua mãe finalmente a convencera de que precisava conversar com Alfonso sem a distração de um bebê.


Enquanto Anahí dirigia os trinta quilômetros do centro, não tinha certeza se sua mãe estava certa sobre deixar Gabriel com ela. Mas provavelmente não faria diferença se o bebê estivesse bem na frente de Alfonso, ela acreditava que seria um caso difícil.


Meia hora depois, Anahí entrou pela porta do Escritório de Advocacia Calloway. Não havia clientes sentados na pequena sala de espera, e Pauline estava limpando o cômodo com um espanador enquanto George Strait cantava no rádio.


― Ah, Anahí, não vi que alguém tinha entrado ― disse ela no momento em que viu Anahí parada à porta.


A mulher se apressou até o rádio e diminuiu o volume.


― Desculpe ― disse ela ao limpar as mãos nas calças pretas. ― Alfonso está fora e acabei com a papelada. E como trabalho como faz-tudo também, achei que era uma boa hora para tirar o pó.


Anahí olhou em volta da sala. Tinha um sofá, várias cadeiras de madeira, dois abajures e três prateleiras de revistas. Em um canto, uma televisão estava passando uma novela, mas estava sem som.


― Alfonso não a merece, sabe ― disse Anahí. ― Devia dizer a ele que não limpa janelas.


Pauline riu.


― Eu não ligo. Isso faz com que me exercite um pouco. Além disso, penso como Alfonso. Não quero que algum estranho entre aqui e fique fuçando nos nossos papéis. Não podemos confiar em ninguém hoje em dia. ― Ela acenou para Anahí segui-la para o sofá.


― Então, acredito que veio aqui ver Alfonso. ― A mulher mergulhou na última almofada e cruzou as pernas.


Anahí continuou em pé. Agora que sabia que Alfonso estava fora, não havia necessidade de ficar. Era melhor voltar para casa da mãe e pegar Gabriel.



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Autor(a): feio

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― Eu... queria falar com ele. Mas me arrisquei para ver se ele estava. ― Não quisera ligar antes de aparecer. Não queria dar a Alfonso a chance de tratá-la mal antes de encará-la. ― Que pena. Hoje ele tinha a audiência de abertura de um caso de fraude de seguro. E o Juiz Brookings está nesse caso. O velho juiz n&ati ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 428



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  • es Postado em 03/05/2011 - 13:14:38

    Galera, leiam a minha webnovela Vem Que Tem. Vocês vão gostar muito mesmo. Encontrem ela na categoria comédia ou no meu perfil! Valeu!

  • k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:53

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  • k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:52

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  • k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:52

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  • k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:51

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  • k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:51

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  • k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:50

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  • k2323 Postado em 02/05/2011 - 19:22:50

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