Fanfic: • undєr prєssurє ♥ vondy ♥ [Terminada]

Era a cozinha, Christopher concluiu quando entrou em um cômodo grande e bonito. Observou com Dulce se movia com toda a graça pela cozinha, reconheceu o cheiro.

Christopher - Fondue*?

Dulce – sim, eu adoro e você?

Christopher – também, gosta de cozinhar?

Dulce – muito, já fiz alguns cursos, nada demais também.

Christopher assentiu, viu ela corta pequenos pedaços de pão. Dulce serviu o fondue em uma pequena mesa na cozinha mesmo, junto com um vinho maravilhoso. Christopher entendeu a combinação, fondue sem vinho não era fondue.

Dulce -  espero que goste – disse enquanto pegava o seu garfo* espetava o pão nele e mergulhava na panela de fondue-

Christopher fez o mesmo e se surpreendeu ao ver que estava divino, provou o vinho e sentiu-se maravilhado, o vinho combinava perfeitamente com o fondue, ela definitivamente sabia algo de culinária. O celular de Christopher tocou.

Christopher - desculpa –ele atendeu na frente de Dulce- Uckermann.

Alfonso - e ai?

Christopher - a vista é perfeita, da para ver todo o museu, creio que não terei problemas com os dois casos.

Dulce fingia comer, mas prestava atenção em tudo o que ele dizia.

Alfonso - ótimo, por que descobrimos algo importante.

Christopher franziu o cenho.

Christopher – o que?

Alfonso- será que você percebeu que o tal ladrão artístico só rouba obras de arte notáveis?

Christopher- como assim?

Ele agora havia se interessado, e Dulce estava prestando atenção em toda a conversa.

Alfonso- preste atenção, até agora ele já roubou metade da coleção egípcia do museu, obras conhecidas mundialmente, Navio dos loucos, conhecida também mundialmente, e agora Madona das Rochas, que já era famosa e depois de O código da Vinci ficou mais.

Christopher- vendo por esse lado, é mesmo, mas isso influencia em que mesmo?

Alfonso- podemos ter uma idéia de qual será o próximo alvo do ladrão artístico.

Christopher- e o que você acham?

Alfonso- que o próximo alvo é a Mona Lisa.

Christopher quase derrubou a taça que segurava, colocando-a na mesa se levantou, saindo dali. Dulce terminou de comer, curiosa.

Christopher- é impossível alguém rouba a Mona Lisa.

Alfonso- também achávamos que era impossível  alguém entra no museus do Louvre, roubar obras de artes renomadas e sair sem ser visto. E veja só, o ladrão artístico já fez isso mais de uma vez.

Havia um tom amargo e irônico na voz de Alfonso.

Christopher- ok, entendi. Não posso ficar em volta da Mona Lisa vinte e quatro horas por dia, tenho que cuidar da Dulce.

Alfonso- eu sei, eu sei, vou falar com a segurança do museu, quem sabe eles não podem aumentar a segurança nela?

Christopher- sim fale, tchau.

 Christopher desligou o celular e se surpreendeu quando se virou, Dulce o encarava com aqueles olhos castanhos lindos, ele percebeu na hora.

Dulce- desculpa, você demorou.

Christopher- tudo bem, acho que já esta tarde, demais, vamos dormir?

Dulce- você não tem roupa aqui.

Christopher- amanha vamos a minha casa pegar.

Dulce- ok.

Ela lhe mostrou o quarto de hospedes, e depois eles foram dormir.

A semana passou rápido, mais nenhum roubo ao Louvre, Dulce e Christopher se davam bem até certo ponto, ele estava dando aulas para ela, de defesa pessoal, e era incrível como aquela menina gostava de pirraçar ele. Ela fazia de tudo para tirá-lo do serio, e estava conseguindo, admitiu irritado, enquanto se vestia. Estava cansado, enquanto Dulce dormia, ele tinha ficado no museu do Louvre, foi assim durante toda a semana, Christian ficava lá durante todo o dia, enquanto a noite era dele, e ele dormia no carro enquanto Dulce ia para a faculdade. Ele saiu do quarto de hospedes direto para a cozinha, onde Dulce tomava café da manhã, tinha que admiti que morar com Dulce tinha suas vantagens, pensou enquanto olhava a mesa cheia de comidas diferentes. Dulce viu que ele olhava a mesa, então falou.

Dulce- é um café da manha reforçado, tenho feito durante toda a semana – ela fez uma pausa- para você.

Christopher sentou-se a mesa.

Christopher- para mim?

Dulce- sim, ou você acha que eu não sei que tem dormido muito pouco? Resolvi cuidar de você, afinal tem sido tão bom comigo, que merece.

Ela sorriu.

Christopher- pelo menos reconhece.

Disse em tom de gozação, Dulce riu.

Dulce- hoje eu saiu mais cedo, tenho prova na faculdade.

Christopher- então podemos começar a aula mais cedo?

Dulce- eu ia sugerir que não tivéssemos aula hoje, você poderia dormir a tarde, enquanto eu estudo para a próxima prova.

Christopher- considerando a idéia –ele pensou um pouco- concordo, mas só quando você tiver prova.

Dulce- sim, eu sei, a defesa pessoal é importante.

O resto do café da  manha foi tomado em completo silêncio, foram para a faculdade de Dulce, ela entrou para fazer prova, enquanto ele dormia no carro.Acorodu quando ouviu umas batidas no vidro. Ele abaixou e olhou para uma Dulce feliz.

Dulce- Chris esse é o Eddy, ele é meu colega, Eddy meu segurança particular.

Christopher- prazer Eddy.

Disse dando um leve aceno para um rapaz não muito alto, de cabelos castanhos e com uns óculos não muito atuais.

Eddy- prazer senhor.

Dulce- podemos da uma carona para ele?

Christopher- claro.

Eles levaram Eddy para casa, o que não era muito perto da faculdade, por isso demorou um pouco.A tarde também foi tranqüila, Christopher estava achando tudo muito bom neste dia, nada tinha dado errado, pensou enquanto estava perto da Mona Lisa, na escuridão do museu do Louvre, que ele iluminava com uma lanterna, até que ouviu um barulho, olhou em volta, ninguém. Respirou fundo, deveria ser algum segurança desastrado, prestando mais atenção, e ouviu paços, apresados, não era um segurança, saindo do seu posto, ele foi em direção ao som dos  paços, pegou um elevador, desceu até o primeiro andar, se tivesse alguém ali, tinha que sair. Esperou alguns minutos e então viu uma pessoa, totalmente vestida de preto, saindo com um saco branco, em direção a um carro, Christopher começou a seguir delicadamente o ladrão artístico, com muito cuidado para não ser visto.

Esforço em vão, pois o ladrão virou-se, e o viu, correu para o carro, não estava sozinho, então era uma gangue, ele pensou, ia pegar um por um. Correu para a moto que estava na curva, montou e saiu em disparada atrás do carro, agradecendo por ter ido de moto e por se noite, de dia isso não seria fácil. O carro seguiu para a Champs-Élysées, e Christopher foi atrás, eles perceberam que estavam sendo seguidos, começaram a fazer varias curvas difíceis, de repente, o carro virou, uma curva arriscada, e se voltou contra a moto, que desviou com muita dificuldade, o carro seguiu para a Rue de Rivoli, pensou em Dulce, mas dicidiu que não era hora para isso, acelerou a moto atrás do carro, até que sentiu o celular vibrar no bolso da calça, não podia atender agora, acelerou mais, o celular ainda vibrava, ele se irritou com o celular, tirou por um segundo os olhos do carro, foi o bastante, quando olhou para a frente novamente, o carro não estava mais lá. Furioso, parou a moto e  atendeu o celular.

Christopher – Uckermann.

Alfonso- aonde você esta?

Ele parecia furioso.

Christopher- na Rue de Rivoli, o que aconteceu?

Alfonso- o que você esta fazendo ai? Você deveria esta na casa da Dulce, velando o sono dela.

Christopher- eu estava velando o sono na Mona Lisa, depois te conto, será que agora você pode me contar quem morreu?

Alfonso- não morreu, mas foi quase. Dulce foi atacada, levou um tiro.

Christopher- o que? Quando?

Alfonso- isso ela mesma te explica, venha para cá, imediatamente.

Christopher – pai dela esta ai?

Alfonso- sim, e ele esta querendo te matar.

Christopher- e a mãe dela?

Alfonso- também e acredite ela não esta nem um pouco feliz.

Christopher- droga.

Alfonso- isso msm cara, droga.

Ele desligou e se encaminhou para o hospital, que Alfonso deu o endereço, o mais rápido possível. Chegando lá, encontrou o Senhor Fernando com uma cara horrível.

Fernando- Aonde o senhor pensa que estava agente Uckermann? Por que não estava protegendo minha filha?

Alfonso- calma senhor. – ele virou-se para Uckermann- Aonde você estava?

Ele estava irritado, Christopher percebeu.

Christopher- eu estava no Louvre, não imaginei que lago fosse acontecer a essa hora, eu vi o ladrão.

A expressão de Alfonso mudou radicalmente.

Alfonso- viu?

Christopher- vi, eu persegui ele, quase peguei, mas ele fugiu. Mas eu acho que os roubos não são ação de uma pessoa sozinha, é uma quadrilha, mas depois eu falo, será que eu poderia ver a Dulce?

Fernando- a Blanca esta lá dentro com ela,  ela chamou mesmo por você.

Christopher- por mim?
Alfonso- sim, alias depois eu quero falar com você a sós Christopher, sobre a Dulce.

Agora o tom dele foi novamente frio e cortante. Eles esperaram alguns minutos, calados, até que Blanca, uma mulher alta, magra e de cabelos castanhos longos, saiu do quarto, dando a Christopher um olhar furioso, mas graças a um telefonema, ela foi embora antes de que ela pudesse matar Christopher, que era o que ela tinha em mente. Christopher se encaminhou ao quarto, quando entrou, encontrou uma Dulce pálida, vestida com uma camisola de hospital, com o ombro direito nu, aparentemente por causa de um grande curativo, que deveria ser onde a bala ficara alojada. Ele respirou fundo, sentido-se culpado, afinal aquilo era culpa dele, lutou contra a vontade de se aproximar dela, de repente, ela parecia muito frágil, que ele tinha medo que caso tocasse nela. Ela se desfizesse em frente aos seus olhos.

Dulce- não vai chegar mais perto?

Christopher encarou os olhos castanhos brilhantes.

Christopher- eu não sei, dói?

Dulce- um pouco, chegue mais perto por favor.

Ele andou mais alguns passos em direção à cama, parando ao lado dela, mas ainda muito longe de Dulce.

Christopher- como aconteceu?

Dulce- eu estava em casa, dormindo, tive um pesadelo e acordei, fui a cozinha beber água, então o interfone tocou, eu atendi, o porteiro disse que deveria ter algo errado, por que tinha um homem me procurando, era um porteiro novo, e eu pensei que poderia ser você, ele pediu que eu descesse, então eu coloquei um robe e desci, quando cheguei lá, eram cinco homens armados que me abordaram, quando eu tentei fugir, eles atiraram isso chamou a atenção de algum vizinho que chamou a policia.

Christopher refletiu.

Christopher- e por que você reagiu?

Ele foi duro e frio quando falou isso, a idéia da Dulce de robe e camisola na frente de cinco homens não o agradou, e a idéia dela machucada o agradava menos ainda, ele não entendia por que.

Dulce- agi sem pensar, estava nervosa e você não estava lá.

Algo mudou, a culpa voltou, avassaladora, fazendo Christopher sentar na beirada da cama, pegando cuidadosamente as mãos da Dulce entre as suas.

Christopher- desculpe Dulce –ele olhava as mãos pequenas entre as suas, sentindo o olhar de Dulce sobre si- eu juro que não vou deixar mais ninguém tocar em você.

Dulce fitou suas mãos, depois o fitou.

Dulce- jura?

Christopher apertou mais suas mãos, inconsciente que fazia isso.

Christopher- juro.

Ela levantou uma sobrancelha.

Dulce- e como você vai fazer isso tendo que ficar de guarda do museu do Louvre todo dia a noite?

Christopher gelou.

Christopher- não sei, mas prometo que darei um jeito, mas agora eu tenho uma pergunta, você ficou de camisola na frente de cinco homens Dulce Maria?

Dulce deu um sorriso nervoso, corou.

Dulce- eu estava de robe, e pensei que fosse rápido.

Christopher- de que tamanho era o robe?

Nem ele entendia o motivo das perguntas.

Dulce- você sabe o tamanho do robe, já me viu com ele.

Ele então se lembrou do dia em que esquecera a chave e uma Dulce sonolenta lhe abriu a porta, ela estava com um robe que ia até...

Christopher- e você achou aquilo decente?

Dulce- meu robe é muito decente ok?

Ela estava nervosa, ele percebeu.

Christopher- sinto em discordar, aquilo nem lhe cobre as pernas direito.

Dulce- mas cobre a camisola que é o que eu quero cobrir ao vestir um robe.

Christopher- olha aqui Dulce...

Eles foram interrompidos pela enfermeira que abriu a porta e entrou sorrindo.

Enfermeira- senhor? Será que poderia sair, a senhorita precisa descansar.

Christopher- claro eu...

Alfonso entrou.

Alfonso- você ainda esta aqui Christopher?

Ele mirou as mãos de Dulce e Christopher, este, percebendo o olhar, soltou-as imediatamente.

Christopher- estava tomando os detalhes sobre o ataque;

Alfonso- precisamos conversar.

Christopher- ok –voltou-se para Dulce- amanha venho buscá-la ok?

Dulce- sim.

Christopher- aqui você estará segura, não se preocupe – ele sorriu – tchau.

Dulce- tchau.

Ela se inclinou para frente, bastante rápido para quem estava ferida, e lhe depositou m beijo no rosto. Christopher sentiu os olhos de Alfonso queimando em cima de si, e xingou em seus pensamentos.

* Fondue:é um prato de origem Suíça, normalmente à base de queijo aquecido sobre uma lamparina, também conhecida como espiriteira ou rechaud, ou outra fonte de calor pouco intenso e do qual as pessoas se servem diretamente. Consiste basicamente em uma mistura de queijos (normalmente dos queijos Gruyère e Emmental) fundidos com vinho, que vai à mesa acompanhada de pedaços de pão, batatas e cenouras. Esses acompanhamentos devem ser mergulhados na fondue com um garfo especial antes de serem consumidos.

fotos:

espiriteira ou rechaud: http://www.dipratos.com.br/imgproduto/RECHAUD%20BRINOX%2010207.jpg

*Garfo para fondue:  http://www.cesacastro.pt/db/imagens_upload/CONJ.6GARFOS.FONDUE.CARNE.jpg