Fanfic: • undєr prєssurє ♥ vondy ♥ [Terminada]

Alfonso- eu não acredito – repetiu pela quinta vez- que você esta tendo um caso com a filha do vice presidente da CIA – pela décima vez Christopher tentou falar, mas Alfonso não deixou – você é louco, olhe para mim Christopher –ele estava nervoso- eu sou seu amigo, você é quase um irmão e sabe disso, mas a idéia de você tendo sexo inconseqüente com a filha do vice presidente da CIA não é legal.

Christopher- calma ok? Eu não estou tendo “sexo inconseqüente” com a filha do vice presidente da CIA

Alfonso- não?
Ele estava possesso.

Christopher- não e alias não sei de onde tirou essa idéia.

Alfonso- prova A, ela chamou o seu nome enquanto sentia dor, poderia ter chamado a mãe, o pai mas não chamou o segurança sem nenhum vinculo emocional com ela.

Christopher- ela estava nervosa, foi ataca e eu não estava lá, devia esta pensando em mim e querendo que eu chegasse para ajudar, o que é natural, por isso chamou meu nome.

Alfonso- prova B, as mãos de vocês, quando eu entrei no quarto, estavam dadas.

Christopher gelou.

Christopher- acontece que eu estava fazendo um juramento, por isso segurei as mãos dela, foi algo inconsciente

Alfonso- prova C, o beijo.

Christopher olhou bem para Alfonso.

Christopher- eu não tenho explicação para isso, mas eu acho que é uma coisa dela, afinal ela sempre me beija –Alfonso arregalou os olhos- no rosto, mente poluída.

Alfonso- parece-me que ela quer algo contigo.

Christopher- mas não tem –Alfonso lhe enviou um olhar gélido- e nem vai ter.

Completou, incerto, na verdade a idéia de sexo inconseqüente, como seu amigo havia classificado um possível envolvimento entre ele e a Dulce, não o desagradasse, contra a sua vontade, imagens se formaram em sua cabeça, sacudiu a cabeça, aquilo era uma coisa em que definitivamente não deveria pensar, pelo menos não agora.

Alfonso- certeza?

Christopher- certeza.

Alfonso- agora conte-me o que descobriu sobre o voleurs artistique.

Christopher- pelo o que eu vi, ele não age sozinho, é uma artistique gang

Alfonso- bom, eu acho que ninguém poderia fazer isso sozinho.

Christopher- talvez.

Dois dias se passaram e Dulce saiu do hospital, não estava curada mas já estava bem melhor, conseguia movimentar o braço, mas as aulas de defesa pessoal tiveram que ser suspensas.

Dulce- é uma pena.

Dulce disse olhando a janela do quarto de Christopher, este lia alguma coisa no jornal.

Dulce- eu gostava das classes en légitime défense.

Completou com o seu francês perfeito, Christopher a adorava falando em francês, e também gostava do seu inglês, também perfeito, que já vira ela usando uma ou duas vezes.

Christopher- eu também gostava, mas não da com o seu ombro machucado.

Ele virou uma folha do jornal, cuidadosamente, olhou discretamente Dulce que olhava a janela como se algo muito importante acontecesse lá fora.

Dulce- algo sobre a artistique gang?

Christopher- nada, parece que nada vazou para a imprensa, graças a Deus, já basta a noticia sobre o tiro que você levou.

Dulce- ainda bem que a imprensa nunca me viu.

Christopher- é um tremenda sorte sabe?

Dulce- sim, imagino como seria minha vida se eles soubessem quem eu sou.

Ela se virou, fitando Christopher.

Christopher- um inferno acredite. –ele colocou o jornal de lado- nada importante.

Dulce- você fala como se soubesse.

Christopher- eu sei, afinal eles já me viram, sorte que nessa época eu trabalhava disfarçado, mas mesmo assim, eles tem uma noção de como eu sou, o que atrapalha muito.

Dulce- imagino –ela ri- comigo você não esta disfarçado, deveria tomar cuidado, afinal posso tirar uma foto sua e dar para a imprensa.

Christopher- e como você tem certeza que eu não estou disfarçado? Posso esta de mascara.

Ele disse entrando na brincadeira, ela sorriu. Dulce se aproximou dele, sentando do seu lado e passou levemente as postas dos dedos no rosto dele, no local onde começavam as raízes do seu cabelo, circulou o seu rosto com as pontas dos dedos e depois sorriu.

Dulce- sem mascara.

Christopher estava sem graça pela primeira vez na vida.

Christopher- é.

Dulce- você confia demais em mim.

Christopher- você é a filha do vice presidente da CIA.

Dulce- pois não deveria.

Ela se levantou e saiu do quarto. Queria muito mais que somente a confiança de Christopher, foi para o seu quarto, frustrada, sentiu o celular vibrar, atendeu.

Dulce- Alô?

- Dul? È a Bri.

Dulce- Oi Bri, o que foi? Algo errado com aqueles trabalhos...

Brisa- não, você vai na festa da faculdade?

Dulce- quando?

Brisa- hoje, da que a pouco, eu já tinha te falado da festa, mas ultimamente parece que você anda no mundo da lua.

Dulce- eu sei Bri, mas isso é por causa dos problemas que eu tenho, você sabe qual.

Brisa- È eu sei, eu acho que a festa te ajudaria a esquecer isso um pouco.

Dulce- sim será que o Chris, meu segurança, poderia ir também?

Brisa- claro Dulce, ninguém vai ligar se ele for.

Dulce- vou falar com ele, baisers.

Brisa- baisers.

Dulce desligou o celular, de repente tinha um jeito de conseguir o que queria, ela voltou correndo para o quarto de Christopher, ele estava olhando a janela, ela sabia que ele olhava o Louvre.

Dulce- Chris?

Christopher- oi.

Dulce- podemos ir a uma festa na minha faculdade hoje?

Christopher- “podemos”? Nós?

Dulce- sim, afinal eu posso muito bem ser atacada por algum terrorista lá.

Christopher parecia pensar.

Christopher- tem razão, toda a razão, e se você quer ir, podemos ir, afinal você esta sobre pressão, precisa se distrair um pouco.

Dulce - obrigada.

Christopher- vá se arrumar.

Era uma ordem, que ela correu para cumprir. Se vestiu com muito cuidado, escolhendo as roupas cuidadosamente, optou por uma saia um pouco acima dos joelhos , e uma blusa branca, de tecido leve, e alguns bordados e uma jaqueta jeans por cima, a noite estava fria, com uma bota de cano longo, deixou os cabelos ruivos soltos e sorriu quando se olhou no espelho, estava linda, saiu do quarto e quando chegou na sala ouviu  que o Christopher estava no celular, estava curiosa, então ficou ouvindo escondida, mesmo sabendo que isso era errado.

Christopher- Mas eu queria muito ir – ele parou- Eu sei, mas é importante para você, eu queria estar lá – outra pausa- eu sei que é importante, mas isso também é –ele ouviu mais um pouco- eu poderia deixar outra pessoa aqui no meu lugar – a pessoa começou a fala e ele parou novamente- Mariana por favor me escute, eu quero estar lá, afinal se é importante pra você também é pra mim –uma pausa, Dulce estava inqueta- eu também amo você, muito e sabe disso, por isso quero estar lá, eu vou na sua casa e conversaremos a respeito pessoalmente, a Dulce vai estar na faculdade. – ele sorriu- beijos.

Christopher se virou, tranqüilo, sabia que Dulce o estava ouvindo, acostumado a ser espionado, e também a levar tiros de todos os lados, consegue perceber facilmente quando mais alguém se aproxima.

Christopher- Ouvir a conversa dos outros é feio.

Corada e encurralada, Dulce saiu de onde estava, sorrindo tímida.

Dulce- desculpa a curiosidade foi maior.

Christopher- então por que não me pergunta com quem estava falando? È melhor que ouvir as escondidas.

Dulce- Com quem estava falando? Quem é Mariana?

Christopher sorriu.

Christopher- Mariana é a segunda mulher mais importante da minha vida, depois da minha mãe claro.

Dulce iria perguntar quem ela era, mas logo depois que disse isso, Christopher se dirigiu a porta, a puxando pelo braço delicadamente. No carro nenhum dos dois falava, de vez em quando Dulce percebia alguns olhares de canto de outro de Christopher, mas ignorava, estava ocupada pensando em quem seria Mariana e em outros assuntos, até que a voz viril de Christopher a interrompeu.

Christopher- Você me lembra Amélie.

Dulce- Amélie?

Christopher- sim, de Le fabuleux destin d’Amélie Poulain*

Dulce sorriu, amava esse filme.

Dulce- por que?

Christopher- existem horas que você parece viver em seu próprio mundo, diferente dos demais, como Amélie, imagino o que faria com se encontrasse uma caixa de brinquedos como a Amélie, aposto que faria a mesma coisa.

Dulce deu uma risada suave.

Dulce- faria sim –ela pensou um pouco- gosto da Audrey Tautou*

Christopher- eu também.

Dulce- me acho mais parecia com a Mathilde, de Un long dimanche de fiançailles*

Christopher- faria tudo por amor?

Dulce- sim.

Christopher- talvez seja a mistura de Amélie com Mathilde.

Dulce sorriu, logo chegaram a festa que estava muito animada. Todos dançavam ao som de uma musica muito animada, a área onde ocorria a festa era metade coberta e metade descoberta, na área coberta as pessoas falavam, dançavam e se divertiam ainda lúcidas, do lado de fora as pessoas menos sóbrias dançavam e se agarravam, Christopher reprovou a festa imediatamente, mas Dulce parecia gostar então colou-se mais nela afim de não perder-se, sentaram em um pequeno bar armado entre a área coberta e descoberta da festa, logo algumas meninas vieram falar com Dulce, que apresentou Christopher. Dulce estava furiosa quando suas amigas saíram, podia jurar que quase todas haviam dados suspiros e lançados olhares maliciosos para Christopher, será que as mulheres não tinha mais respeito?

Christopher- o que foi?

Falou perto do ouvido da mesma, por causa da musica alta.

Dulce- nada.

Christopher- Como nada, esta com a cara que poderia matar alguém.

E realmente poderia, Dulce pensou, olhando suas amigas e assustada com a intensidade dos seus ciúmes.

- Dulce, quer dançar?

Christopher e Dulce fitaram o rapaz, Dulce sorriu um pouco sem vontade mas foi dançar. A festa se passou rápido, Dulce dançou com quase todos os meninos da sua sala, já que todos a pediram, obrigou Christopher a dança uma musica com ela, e descobriu que ele dançava muito bem, alis não só ela como muitas meninas da festa, que ficaram atrás dele o tempo todo. Parece que é só algum cara mais velho, e diferente aparecer que elas ficam aguçadas, Dulce pensou, estava no jardim agora, alguns casais se agarravam mais para o outro lado, ela estava em uma área mais isolada, queria descançar um pouco. Christopher estava procurando Dulce e não conseguia encontrá-la em lugar algum, então viu aquela amiga de Dulce, se aproximou.

Christopher- Licença, BRISA?

Brisa- Sim?

Ela sorria, e parecia um pouco bêbada.

Christopher- viu a Dulce?

Brisa- ela estava indo para lá.

Apontou cambaleante para a área de acesso ao jardim.

Christopher- obrigado.

Ele passou por varias pessoas, quando chegou ao jardim, olhou para os lados e viu um casal bem animado, revirou os olhos, e então ouviu algo que parecia um grito e logo depois um tiro, seguiu o som e a única coisa que viu foi Dulce sendo arrastada por dos homens, para o portão do jardim que era uma saída, ele foi atrás, não gritou, pois se os assustassem poderiam atirar em Dulce, viu eles enfiarem ela no carro e partirem em alta velocidade, gravou o caminho pelo qual eles foram, correu e pegou seu carro, não levariam Dulce assim tão fácil. Em alta velocidade, foi pelo caminho que lembrava que o carro tinha ido. Dulce estava sentava sentada, apertada, entre dois homens, que riam e falam algo que ela não conseguia entender, estava nervosa, apertada a barra de sua saia, queria chorar, sentia o cano da arma de um deles tocando seu braço, o que dirigia a olhava com um olhar severo através do espelho, cadê Christopher? O carro virou na esquina e Christopher sorriu, olha ali, em uma rua deserta, perceberam que estava sendo seguidos e de tudo fizeram para tirar o carro de Christopher da cola, entraram em uma estrada deserta, sem muitos prédios, e logo depois todos estes sumiram, estavam saindo da cidade.

- Insistente ele não?

Desse o homem que segurava a arma.

- concordo.

Disse o outro e Dulce queria morrer.

- Esta na hora de sairmos, o resto ela descobri sozinha.

Dulce se controlou para não perguntar o que, eles passaram por uma curva, nesse momento, os dois que estava com ela abriram à porta e pularam do carro, Dulce gritou assustada, enquanto o motorista colocava algo no porta luva. Dulce estava desesperada, quando viu que este pulava também, deixando ela sozinha no carro, sem controle. Ela pulou para o banco da frente, tentou puxar a porta, não conseguiu, viu que uma curva se aproximava, segurou e volante e com um tremendo esforço desviou o carro da curva, fazendo-o ir em  direção ao precipício, alarmada, ela olhou para janela, contou até três e se jogou, saindo no asfalto Christopher , que via tudo abismado, parou o carro e foi até ela.

Christopher- Dulce!.

Ele se ajoelhou perto dela que estava deitada no chão.

Christopher- fale comigo.

Dulce gemeu.

Christopher- pelo menos é um sinal de vida, não deu para pegar ele Dulce, por isso vim logo atrás de você.

Ele foi tentando carregá-la devagar, quando o carro caiu do penhasco e eles ouviram uma grande explosão, sguida de um clarão.

Dulce- uma bomba.

Ela estava aterrorizada.

Christopher- calma.

Disse a pegando no colo, ela colocou os braços em volta do seu pescoço, e ele jurou tê-la visto agradecer a Deus baixinho, enquanto encostava sua cabeça no ombro de Christopher.

*Le fabuleux destin d’Amélie Poulain ou O fabuloso destino de Amélie Poulain
é um filme francês dirigido por Jean-Pierre Jeunet em 2001.
Sinopse:O filme conta a história de Amélie, uma menina que cresceu isolada das outras crianças. Isso porque seu pai achava que Amélie possuia uma anomalia no coração, já que este batia muito rápido durante os exames mensais que o pai fazia na menina. Após sua maioridade, mudou-se do subúrbio para o bairro parisiense de Montmartre onde começou a trabalhar como garçonete. Certo dia, encontra no banheiro de seu apartamento uma caixinha com brinquedos e figurinhas pertencentes ao antigo morador do apartamento. Decide procurá-lo e entregar o pertence ao seu dono, Dominique, anonimamente. Ao notar que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e remodela sua visão do mundo.
*Audrey Tautou é uma atriz francesa. Alcançou o estrelato na França com sua atuação em Vénus beauté (institu(1999),seu primeiro longa-metragem. E fora da França, ao representar a protagonista de O fabuloso destino de Amélie Poulain (Le fabuleux destin d`Amélie Poulain, 2001) e mais recentemente a criptógrafa Sophie Neveu em O Código Da Vinci (The Da Vinci Code), de 2006).

*Un long dimanche de fiançailles ou Amor eterno é um filme franco-estadunidense de 2004,
do gênero drama, realizado por Jean-Pierre Jeunet e com argumento de Jean-Pierre Jeunet e Guillaume Laurant,
baseado no livro homônimo de Sébastien Japrisot.
Sinopse:Após o fim da primeira guerra mundial, a jovem Mathilde aguarda notícias sobre Maneth, seu noivo.
Mathilde fica a saber que Maneth fez parte de um grupo de cinco soldados que, individualmente, provocaram a sua própria mutilação, para que deixassem a frente de batalha da guerra.
Os cinco são condenados à morte pela corte marcial e, após serem levados para uma trincheira francesa, são deixados à morte no território existente entre o local em que estavam e a trincheira alemã.
Apesar de todos serem considerados mortos pelo exército francês, Mathilde acredita que Maneth está vivo e inicia, por conta própria, uma busca por pistas que confirmem isso.
A Audrey Tautou interpreta a Mathilde.