Fanfic: DiFeReNtE dO pAdRãO!!! - 1° Fase (TV ABREV - Novela Reprise) (FINALIZADA)

PRÉ-ESTREIA:

 DDP -> Infância de Tita

PARTE 08

(Série Especial Inédita)

Quando o sofrimento passou a ter sintomas físicos, o Horácio e minha mãe resolveram me transferir pra outra escola, aquela em que fiquei poucos dias, só que dessa vez fui pra outra turma. Não fiz nenhuma amizade e as férias foram um tremendo alívio pra mim. As notas estavam boas, obrigada. Eu, por minha vez, mais infeliz do que nunca. Desde que as notas estivessem decentes, pra minha mãe não fazia diferença nenhuma o que se passava na minha vida.
No meu diário, agora um de capa rosa e folhinhas coloridas, eu não contava minhas tristezas e sim a vida como eu gostaria que ela fosse e sonhava que um dia tudo seria como sempre escrevia. Nesse mundo eu era a mocinha do tempo do jornal e ninguém mais me azucrinava.
Meu maior sonho era ser meteorologista e apresentar a previsão do tempo no principal jornal da televisão. Minha mãe dizia que isso jamais aconteceria.
Quando as férias voltaram, me entrosei com as meninas da quinta série e enquanto as meninas da minha sala só falavam em meninos, menstruação e boy bands, eu continuava aproveitando o restante de infância que ainda tinha. Numa dessas brincadeiras eu conheci o Adolfo, um menino gordinho que vivia zoando minhas amigas. Comigo ele nunca zoava, nunca mesmo. Até então eu só conversava com meninas.
Dentro da minha classe era um inferno, pois novamente era vítima de chacotas e nem mesmo contando pra diretora elas acabavam, já que a diretora era amiga da mãe da garota que me zombava, então nem dava importância aos meus protestos. Eu só tinha um pouco de valor na hora de fazer trabalhos e provas. Pelo menos minhas amiguinhas do quinto ano gostavam de mim do jeito que eu era e viviam comentando que o Adolfo queria ficar comigo, só que eu não acreditava muito até o próprio, na semana do meu aniversário, fazer o pedido formal:

-Quer ficar comigo, Tita?

Só de ouvir essa pergunta, milhões de borboletas faziam festa no meu estômago. Eu simplesmente não sabia o que responder.

-Quando eu completar 12 anos, penso no caso.
-Você vai completar 12 anos amanhã.-argumentou ele, ansioso por um sim
-Veremos isso...