Fanfic: Uma lição de amor

Marichello: O que ouviu... Eu só vim porque disseram que era uma emergência, mas não é a primeira vez que ela faz das dela e eu não vou ficar aqui. - respondeu e saiu como se nada tivesse acontecido.
Eu e o policial ficamos com a mesma cara de susto. Como podia aquela mulher não se importar com a filha? Eu estava tão acostumado a ter minha mãe me rodeando o tempo todo que me surpreendi em ver o descaso daquela mãe, mas ela disse que a filha já tinha feito das dela antes. O que será que ela quis dizer com isso?
Será que essa garota era uma menina problemática tentando chamar a atenção dos pais ou... Será que Marichello quis dizer que ela já havia tentado se matar antes? De repente e não entendi por que eu senti que tinha que descobrir o que realmente tinha acontecido, tinha que saber o que aquela garota realmente tinha feito e por que. Tinha que dar um jeito de conhecê-la ou pessoalmente ou através de outra pessoa.

Nos dias que se seguiram eu tentei de tudo o que pude, mas obtive poucas respostas sobre quem era a tal garota que supostamente tentara se suicidar. Eu só consegui descobrir que a operação dela havia sido um sucesso e que coincidentemente ela tinha sido uma forte possível doadora pra mim. Como eu soube? Na noite em que ela chegou. Estava deitado no meu quarto após desistir de tentar descobrir algo. Carlos entrou naquele momento sério e tirando a máscara me disse:
- Preciso falar com vc.
Poncho: O que aconteceu? - perguntei estranhando.
Carlos: A garota que entrou agora a pouco esta na mesa cirúrgica, só que esta perdendo muito sangue e precisa de uma transfusão de sangue... Sangue “O negativo”. - respondeu sério me surpreendendo.
“O negativo” é o MEU tipo sanguíneo, isso significava que se aquela garota morresse o coração dela seria imediatamente transplantado em mim, claro após alguns exames comprovarem que o transplante poderia ser e realizado. Mas eu nunca sacrificaria a vida de uma garota que tinha chances de continuar viva pra salvar a minha e mesmo que o rumor fosse verdade e ela havia mesmo tentado se suicidar – o que eu ainda não conseguir crer que fosse verdade – não podia lhe negar ajuda.
Poncho: Tudo bem eu faço a transfusão de sangue pra ela. - respondi sério.
Carlos: Vc sabe o que isso significa vcs terem o mesmo tipo sanguíneo, não sabe?
Poncho: Sei, mas não me importa... Se for pra nós dois vivermos vai aparecer outro doador. - respondi firme.
Carlos sorriu e se retirou da sala. Em segundos uma enfermeira me levou pro ambulatório de doação.
Não consegui descobrir nada naquela noite e nem nos dias que se seguiram. Agora estou aqui no quarto curioso e sem informações.