Fanfic: Fanfic sem Título

– Por favor. Deixe-me ir embora em paz! − dizia Dulce calma, mas desesperada por dentro, enquanto um dos bandidos apontava um revolver calibre 38 em sua direção. Como era policial à alguns anos, tinha experiência com momentos daquele, manter a calma sempre. Porém, ela e o marido Derrick estavam reféns de três bandidos perigosíssimos. Ele tentava fazer com que os bandidos não matassem sua esposa, mas ele já sabia que dali, um deles não sobreviveria.

Derek respirou fundo, juntou suas forças e cerrou bem os olhos. 

– Não façam nada com minha esposa. Eu fico em seu lugar, só não a matem! − Dulce engoliu seco e desesperou-se, Derek morreria se fizesse algo. 

– Não. Déh, não faça nada! E-eu fico aqui, só não... se arrisque, meu amor. − disse ela com lágrimas nos olhos. 

– Não, Dul. Eu te amo, amor. Não posso deixar que nossa filha fique sem mãe. − disse ele do mesmo modo que ela, com a voz embaraçada.

– Calem já essa maldita boca, os dois! − ordenou o mandante do seqüestro do casal. O mesmo foi até Dulce e engatilhou a arma, certo de que iria atirar à qualquer momento. – Sinto muito, James, mas matarei sua esposa gostosa agora mesmo! Que ruim um final desses não ?! Ou melhor, péssimo. Para vocês, é claro. − disse ele com um sorriso cruel nos lábios. Então ouviu-se um tiro!

Derek juntou suas forças, e pulou em direção à esposa, a empurrando para o lado. Levanto o tiro no peito, e no mesmo momento caindo, com os olhos arregalados por um momento. O mandante do seqüestro ficou sério no mesmo momento. Droga! Gritou furioso correndo do local, ao ouvir sirenes de polícia. Sangue jorrou do furo em seu coração, enquanto Dulce, com os olhos cheio de horror e dor, desesperava-se tentando ajudar o marido. 

– DEREK! − berrou ela em pura dor e medo de perdê-lo. Ela passava as mãos sobre aonde a bala havia perfurado, sujando-se toda de sangue, enquanto o agarrava e tentava salvá-lo como podia. – Derek, amor, não me deixe. Não deixe a nossa filha, a Liz, pense na Liz, não morra Derek, NÃO MORRA! − gritou em desespero, enquanto chorava desesperadamente. Mais minutos passaram, os amigos policiais já haviam ligado para a emergência, mas Derek não agüentaria muito, ele já havia perdido muito sangue.

Derek, por um último momento, fraco, pálido e gelado, olhou-a com as pálpebras brancas como neve. E com a voz fraca, e seus olhos profundamente azuis abertos ainda, ele disse:

– Eu te amo, Dul. Amo você e a nossa filha mais do que tudo no mundo e na vida! Eu... amo muito você. − ele disse fraco e em sussurros. Dulce, ainda chorando constantemente, abaixou-se e lhe deu um último beijo nos lábios frios e brancos dele. 

– Eu também te amo, meu amor. Mais que tudo! − disse entre soluços. Derek apenas tentou sorrir, por mais que tenha sido difícil e sofrido, ele deu um sorrisinho torto e fraco para a esposa, que no mesmo momento de seus olhos transbordaram lágrimas de sofrimento. Ele fechou os olhos e virou a cabeça, naquele momento ele não tinha mais vida. Dulce fechou os olhos com força e soltou um grito forte e agudo de dor, sofrimento, ódio, saudade e amor, ainda agarrada ao corpo sem vida do marido. 

------------------------------------------------- atualmente

Dulce abriu os olhos assustada. Olhou em volta, estava na cama, mais um pesadelo. Mais uma vez de volta ao passado ruim, que queria esquecer de vez, mas não conseguia, era mais forte que ela. Era sete e quarenta da manhã, não havia sol e o céu não estava totalmente aberto. Suspirou, passando a mão na testa que soava frio. Levantou-se devagar, sem pegar o robe rosa bebê de seda. Foi em direção ao banheiro, aonde fez suas necessidades, escovou os dentes e tomou um banho rápido e gelado, precisava acordar de vez daquele pesadelo. Enquanto a água gelada batia em sua pele, ela não tremia ou mudava-se de lugar, os cabelos ruivos de ondulados e outros fios lisos, estavam completamente lisos pela água que caia nos mesmos. 

Após o banho, Dul usava um short branco curto e desfiado um pouco, uma regata roxa e os cabelos mantinham-se molhados, colocou um chinelo confortável e foi até o quarto da filha, que não era viciada em rosa, e sim em diversas cores, ela e Derek então resolveram decorar o quarto da filha com muitas cores, uma do lado da outra, em listas diferentes. Ela dormia tranquilamente. Dulce sorriu, e saiu do quarto devagar.

Foi preparar um café preto para ela e o café para a filha. Olhou no relógio que estava no pulso, marcava 9:10 da manhã. Terminou de beber o café preto na canela de um desenho animado, enquanto assistia à um jornal da manhã.

– Mamãe?! − disse Elizabeth com voz de bebê manhoso no topo da escada, enquanto coçava os olhos com um ursinho de pelúcia rosinha na mão esquerda. Dulce sorriu, vendo a filha descer as escadas e ir em sua direção, abriu os braços e a filha pulou em seu colo. – Bom dia, mamãe. 

– Bom dia, meu amorzinho. Como dormiu? − Liz sorriu manhosa. 

– Bem. E você? 

– Muito bem. Com se sentiu dormindo sozinha? Não chorou de medo à noite não, néh? − riu vendo a careta que a filha fez. Abraçou mais a filha, juntando-a no corpo.

– Claro que não mamãe. Eu já sou uma moça, e moças não choram com medo de nada! − disse ela sorrindo como uma guerreira, Dulce riu e deu um beijo na testa da filha. A campainha tocou, Dulce soltou a filha.

– OK então, dona moçôna. Vai abrir a porta pra mim enquanto eu coloco o seu café. − a pequena sorriu, desceu do sofá e correu até a porta. Dulce riu da pressa da filha. 

– TIO CHRIS! − gritou a menina feliz ao abrir a porta. Dulce gelou. E lá estava ele, lindo como sempre e muito bem humorado, Christopher Uckermann.