Fanfic: Desaparecida - AyA

5- Da noite do desaparecimento

Todos se dirigiram para a casa dos Herrera Portilla. Decidiram não alertar a polícia, como pediu o homem que telefonara. Ficaram ali, reunidos na sala. Ninguém conseguia pegar no sono.
-Pessoal, eu vou precisar ir em casa para pegar um aparelho de localização telefonica. Vamos grampear os telefones da casa, de Annie e de Poncho. –disse Dulce pegando as chaves do carro-
-Eu te acompanho. –Chritopher se ofereceu-
-Ok, mas vamos rápido. Não podemos esperar nem mais um segundo.
Dulce e Chritopher saíram em busca da aparelhagem. Demoraram cerca de 30 minutos. Nesse tempo, nada de novo acontecera. Dulce começa a grampear os aparelhos telefonicos da casa.

No cativeiro...

Ana paula carregava consigo, a bolsa cor de rosa e um relógio de pulso. Eram exatamente 01:00h o relógio soou.A pequena abriu então a bolsa, retirou um aparelho desconhecido.

-Ei,ei,ei..O que você está fazendo?-perguntava o sequestrador-
-Eu não me sinto bem. Preciso fazer a menção! –Explicou Ana-
-Menção de que garota? –indo em direção da menina, tomando-lhe o aparelho-
-Por favor senhor, me devolve!Eu não me sinto bem!!!-Ela chorando, apavorada-
-O que você está menina? É melhor ficar quietinha, senão eu vou matar sua mamãe e seu papai. –disse num tom ameaçador, fazendo Ana chorar muito-
-Não é nada, eu juro! –Tentando engolir o choro-Eu estou cansada e com vontade de vomitar!Me empresta por favor!-apontando para o aparelhinho-
-O que você tem menina?Que droga!Pega logo isso aqui...-Passou o aparelho para Ana

Ana então, preparou tudo: colocou um pequeno papel no aparelho. Apertou uma espécie de caneta conta o seu dedo midinho, fazendo-o sangrar. Depositou uma gota de sangue no papel que havia colocado antes no apareho. Esperou. Pegou uma folha que continha diversos numeros e simbolos. Buscou o número 320.

-Ah não! Tá alto!-disse Pauchis chorosa-
-O que menina?O que você está fazendo?- o sequestrador já agoniado-

Ana então pegou uma caixinha pequena de isopor de cor vermelha. Retirou uma seringa fina. Aplicou-lhe o conteúdo em sua coxa. Guardou tudo.

-O senhor pode jogar fora para mim? –perguntou assustada passando a seringa ao homem-
-Posso!Mas o que foi isso?-o homem já estava confuso-
-É insulina...Eu sou diabética, tipo 1. A minha glicose estava alta e por isso eu não estava bem, mas já vai melhorar. Não mate a mamãe e o papai, por favor –explicou em prantos contidos-
-E o folha, o que tem haver?
-A mamãe e o papai que fizeram para mim. Eu tenho que medir minha glicose toda hora que o meu relógio apitar. Eu furo o meu dedinho, coloco o sangue na fita de menção que é ligada no aparelho e espero o resultado, o número. Como estava esse número, o 3, o 2 e o 0, era para usar a vermelha.Dependendo do numero que aparecer, eu vejo na folha o que tenho que fazer, que remedio tenho que aplicar.Ele já tinha apitado várias vezes antes. –Ana falava como gente adulta, apontando os números e os simbolos contidos no papel
-PQP! Quer me ferrar garota???Você quer me ferrar???-dizia o homem quebando um espelho com a arma que possuia em suas mãos-
-Desculpa. –Ana chorando muito- Moço, desculpa! Eu não faço de novo. Eu quero a mamãe e o papai! –a garota chorava mais- Se eu não fizer tudo certinho, eu posso morrer...Eu não quero morrer não senhor moço!
-Calma, calma menininha. –passando as mãos no cabelo da criança- Shii, não chora. O tio aqui é burro. Você pode medir a glicose quando quiser, tá bom? –Com voz boazinha- E o tio não vai mais falar palavras feias e nem te assustar.
-Tá bom!-Aninha suspirando, engasgada com o choro-

Na casa dos Herrera Portilla

01:30h da madrugada. O telefone de Anahí toca.

-Alô!!Ana?
-Por que vocês não me avisaram porra!Vocês tão afim de ferrar tudo?-a voz ameaçava-
-Escuta,não machuque minha filha!Por favor! Solta ela e me leva no lugar!-implorava Annie enquanto Poncho tomava o celular de sua mão-
-Aonde está a minha filha seu desgraçado!-Poncho em tom alto-
-Olha só quem resolveu dá as caras, o papaizinho!Ora, ora! Você quer me ferrar é mer’mão? –A voz de tom ironico a ameaçador- Por que não falou que a menina era doente?Porra! Quando ela vai precisar desse remédio de novo?
-Ela passou mal?Desgraçado, solta a minha filha, ela pode morrer!
-Olha papai estressado, você não está cooperando, então, é melhor eu ligar quando você esfriar essa sua cabeça,tchauzinho!
-Filha da mãe! Desligou o telefone!MERDA! A Ana passou mal, usou insulina.-Alfonso olhando para Anahí que apenas o abraçou e começou a chorar ainda mais-
-Ela carregava insulina com ela?-indagou Christian-
-Ele sempre carrega uma dose de cada, já preparada em caixinhas de isopor de cores distintas e chocolates, em caso de emergência. Como agora ela já entende bem os números e as cores, fizemos uma tabela, com alguns números e a indicação de que cor de caixinha ela deve pegar. E também, se a glicose cair, tem a opção de comer doces em geral.-Explicou Poncho-
-Ela tem insulina suficiente? –Maitê preocupada-
-Não!!!Eu não sei qual ela usou, mas ela só tinha uma de cada: a verde, que ela injeta pela manhã, a amarela, que ela injeta antes do almoço e jantar e a vermelha, que é a imediata, quando a glicose está muito alta. E ela só tinha uma barrinha pequena de chocolate. Se a minha filha não usar a insulina, não comer na hora certa, com a dieta certa, ela vai morrer!Ela é insulino-dependente! –Anahí explicava em meio ao choro, e chorava mais em pensar que a sua menina estava correndo risco de morte-
-E a ligação foi muito curta para localizar. Merda!– Dulce batendo a mão no sofá-

Meia hora depois, o celular de Alfonso toca:

-Alô?
-Oi papaizinho!Eu também sei o seu telefone! Surpresa! –O sequestrador falava com ironia, rindo- Tá mais calminho?
-Olha só, seu...-Poncho ia chinga-lo mas se conteve- O que você quer? Quanto?
-Quanto? Hahahá! Eu não quero nada, só quero ver você sofrer seu medicozinho de merda! Mas eu não quero que a criança morra! Quando ela vai precisar de medicação?
-Depende. Varia muito. Solte a minha filha, por favor? –Alfonso chorava.-
-Começou novamente! Desligando...Ah, sua filha está bem! A lindinha aqui está dormindo como um anjo! Bye...
-Desligou de novo! –Atirando o celular o mais longe possível-Meu Deus, por que? –Atirou-se no colo da esposa-
-Outra ligação curta! Ele é esperto, não deixa as ligações passarem de 20 seg. –Explicou Maria-
-Mas o que ele disse amor, quanto ele quer?- Indaga Annie-
-Nada! Só disse que quer me ver sofrer!Eu não entendo! –golpeando o próprio peito-Esse homem não pode fazer mal a minha princesa, senão eu o procuro até no inferno e mato esse desgraçado!
- Calma Alfonso, não é hora de pensar em matar ninguém. Temos que nos concentrar se queremos resgatar a Ana bem.- pediu Christian-
-O Chris tem razão! Temos que estar com a cabeça focada! O que esse homem quer é desistabilizar a todos mentalmente.-concordou Maitê- An e Poncho, por mais difícil que pareça, vocês tem que manter a calma. Para todos nós também está sendo dificil. Ela é minha sobrinha e minha afilhada!
-Ela também é minha sobrinha e afilhada, aliás, ela é de alguma forma, sobrinha de todos, mas infelizmente, temos que esperar outra ligação!É a única alternativa. –Frisou Christopher-

O tempo era um grande inimigo. Esperar uma ligação para passar as instruções de como proceder com Ana Paula era a única alternativa de Anahí e Alfonso. Uma espera cada vez mais angustiante. A mais dolorida!

-Ah, não! É a insulina de emergencia! Se ela tiver outro aumento de glicose, vai precisar.-Explicou Poncho esfregando o rosto-
-E porque ele desligou? –indaga Chris-
-Falou, “time is over” e disse que ligava em 10 minutos. Putz!Ele conhece a gente. Perguntou pela Dul, se ela estava bem. Depois falou que ela não era mais minha esposa! –Christopher com odio-
-Ele é esperto, não deixa as ligações paassarem de 20,30 segundos. Ele sabe que nesse tempo não dá para rastrear. Vamos ter que grampear o seu celular também Ucker. –Disse Dulce, tratando seu nome pelo apelido de seu sobrenome Uckermann.-
-Quem é esse psicopata? Vocês dois fizeram algum inimigo? –olhando para Anahí e Alfonso-Como essa pessoa sabe tanto da família?-Maitê intrigada-
-Nós não temos inimigos Mai! Eu não tenho a menor idéia de quem seja esse homem! –Annie em prantos-

O celular de Dulce toca

-Pronto!
-Oi ex-mulherzinha do doutorzinho e padrinho preocupado. Está bem detetive Salviñon? – a voz voltou a ligar-
-Eu vou bem. Vou ser breve. Você quer dinheiro? Diga quanto. –Dulce fria-
-Enfim alguém que eu possa conversar.- rindo - Eu quero negociar a medicação da garota.
-Estou te ouvindo. Como você quer?-Dulce se segurando-
-Uma sacola de lixo preta, dentro, a medicação, alimentação e um papel dizendo como proceder. A sacola deve ser deixada na lata de lixo, em frente a jaula dos macacos no parque CHAPULTEPE, às 8:17h em ponto. O parque abre as 8:00h. Deixe a enomenda no lugare e some, senão a menina paga o preço.-Exigiu-Eu volto a ligar. E devo dizer, seu ex marido é muito burro porque você é muito GOSTOSA!-rindo e desligando o telefone-
-Filha da P...! Porra! Desgraçado! Pervertido! -gritava Dul - Esse sabe o número é de todo mundo!
-O que ele te falou Dul?Alguma negociação? – Christian - Ele deu um valor pelo resgate?
-Não deu valor, ele quer a medicação. –Dulce explicou tudo-
-Meus Deus, auxilio...Eu vou preparar tudo! –Anahi-
-E eu escrevo os procedimentos amor!Vamos, eu te acompanho. –Poncho levando a mulher-