Fanfic: Desaparecida - AyA

8 - Do cativeiro

Anahí fora vedada, amordaçada e presa pelas mãos por uma corda. Sentio quando trocara de carro. Quando entrou em alguma estrada de chão. Quando o carro enfim parou depois de um longo tempo.

Foi empurrada em um quarto. Ouviu a voz que a fazia arrepiar peo telefone bem perto de seus ouvidos.

-Oi mamãezinha descuidada!- O homem então lhe tirou a venda e a mordaça. –Tá feliz agora em não ter obedecido?? –dando-lhe um tapa na cara.-
-Quem é você, aonde está a minha filha? Faça o que quiser comigo, mas solta ela. Ou pelo menos me deixe ve-la! –Anahí chorando, caída no chão, sentindo a dor que a mão daquele homem em sua face-
-Sua filha! Eu a matei!  –ironico-
-O que?Cadê a Ana! –chorava mais-
-E-U A M-A-T-E-I! –disse pausado e simples-
-Não!!!!Nãoooo!!! Eu imploro, diga que é mentira!! Deixa eu ver minha Ana, por favor!!! –Anahí desesperada, se arrastava de joelhos, com as mãos ainda atadas, afim de chegar perto do homem.-
-Háááááá! –solta uma gargalhada- Sua idiota! Ela está MORTA
-Não!É mentira!!!-gritava Annie-

-Otária!Quer ver sua filhinha? Eu deixo, mas só porque ela está precisando. A garota está com febre, sua tonta!

Ele então a leva para outro comodo do local. Solta-lhe as mãos. Avista a sua pequena deitada em um colchão.-

-Minha filha!Minha filha!-Corre até ela-
-Mamãe?-Ana fraquinha- Eu tô dodoi!
-Meu amor!!!-Abraçando a menina cujo corpo ardia- A mamãe está aqui agora. Calma, a mamãe vai cuidar de você!-Anahi chorando-
-Que bom que a senhora chegou! Eu estava com muita saudade!-Anahí a coloca no colo, aninha a filha, abraça-lhe forte, lhe enche de beijos- Eu te amo do tamanho do céu!
-E eu do tamanho do universo!!!!-Annie chorando agarrada a pequena-Aonde está a sacola preta? –Perguntando para o sequestrador-
-Que cena patética! Está aqui! Seja rápida. Você não tem muito tempo para ficar com ela mamãezinha- ameaçou enquanto passava a sacola de medicamentos- Ele então tranca o quarto deixando mãe e filha a sós-
-Meu amor! Me dá o dedinho, vamos medir a glicose.- Annie ainda agarrada a filha.-Meu amor, como você desapareceu do supermercado?Esse homem disse o nome dele?-furou o dedo de Ana que soltou um “ai” fraco-Passou, passou amor! –Colhendo a gotinha de sangue e logo em seguida dando um beijinho no dedo furado.-
-Eu não sei mamãe. Eu dormi e cheguei aqui e não sei quem me trouxe.Alguém colocou um pano no meu nariz e eu não sei o que aconteceu.Ele, o moço, falou que era para chamá-lo de tio Julio. Quem é ele mamãe Cadê o papai? Por que seu rosto tá inchado e vermelho? –Ana sem entender nada-
-Julio é meu amor? O papai já vai chegar para nos buscar e não se preocupa com meu rosto naum, tá bom? A mamãe vai ficar bem! –Disse acalmando a menina- A senhorita está com a glicose baixa, mas a mamãe trouxe o seu chocolate favorito!-retirando da sacola- Tcharam....
-Chocolate na caixinha!!!Obrigada!Mas mamãe, deixa eu dá um beijinho no seu rosto para melhorar?-A menina mesmo doente, se preocupava com a mãe. Anahí não negou. Uma lagrima correu em seu rosto quando Ana passou sua mãozinha sobre seu rosto.-Pronto, agora vai sarar!Eu pedi para Papai do Céu!
-Eu te amo meu amor! –Abraçou a garota-Agora toma o seu chocolatinho com as bolachas integral que eu troxe. E depois, come a maçã.-Entregando-lhe a Ana os alimentos- Depois, vai ter que tomar umas gotinhas de paracetamol para abaixar a febrinha, tá bom?
-Tá bom mamãe! Mas eu odeio paracetamol! Mas eu prometo que vou comer tudinho e tomar as gotinhas!-disse mais feliz por estar com a mãe-
-Então come!-Anahí começa a examinar a garota inteira-Ele te machucou meu amor. Ele fez alguma coisa com você? Ele te tocou em algum lugar?
-Não mamãe. Ele me deixou assistir desenho até eu dormir. Quando eu fiquei com febre,ele ligou para alguém. Eu mimi e a senhora chegou.-explicou-
-Hum...alguém ficou aqui com você? Annie curiosa-
-Ficou, mas eu não sei quem é! A pessoa não falou nada. E usava uma roupa toda preta que ia da cabeça até os pés. E tinha uma mascara que eu fiquei com medo. –descreveu Ana-
-Era homem ou mulher? –indagou ainda mais-Come mais meu amor. Tudinho!
-Eu não sei! Não dava para ver. Eu tava com tanto sono e com muito medo. Meu corpinho tava doendo com febrinha. Desculpa eu não ter visto mamãe!-Aninha preocupada-
-Não meu amor, não tenho nada para te desculpa. Não tem problema. –beijando a afagando os cabelos da pequenina.-Esquece, tá bom? Depois de comer, vamos trocar a roupinha. A mamãe vai te dar um bainho de dodoi, com lencinho umidecido e colocar uma roupinha limpa. Vamos tirar esse uniforme.

Aninha comeu tudo. Tomou o banho de doente. Trocou de roupa. Mediu a glicose novamente, que já estava estabilizada. Tomou as gotinhas de paracetamol mesmo odiando. Dormiu no colo da mãe. 1h depois, o sequestrador aparece.

-Ora, ora! Mãe e filha dormindo! –sempre ironico-Já chega! Você vem comigo! –Puxando Anahí pelo braço-Levanta!
-Não, por favor! Me deixe ficar aqui com ela! Por favor –Suplicava Anahí que havia despertado com um susto- Por favor! –Agarrada a Ana-
-Levanta antes que eu perca a paciencia!-O homem apontando-lhe a arma.-
-Nãoooo!!Deixa a minha mamãe aqui! Por favor!! –gritava Ana- Não tio Julio!!!!-chorava, berrava!

De nada adiantou. O homem agarra Anahí pelos braços e arraca-lhe da garota. A joga em um quarto umido e escuro. Anahí chova ouvindo os gritos da filha até dormir. Não vê as horas passar. É acordada com um clarão, quando o homem abri a porta.

-Acorda! Vem comigo! A garota tá com febre de novo e não quer parar. Já dei remédio umas tres vezes.-diz ele preocupado-
-Ai meu Deus.-Caminharam um pouco. Aninha estava em um tipo de sala. A tv estava ligada. Passava desenhos.
-Filhinha, a mamãe está aqui de novo!-disse olhando para a pequena deitada no sofá com os olhos semi-cerrados.
-Mamãzinha, não vai embora de novo! Fica aqui comigo!-chorosa-
-Eu vou ficar. –Tomando-lhe nos braços e fitando o sequestrador- Ela tá com febre emocional. Preciso ficar aqui com ela. Ela já comeu alguma coisa? –Perguntou Annie para o homem parado com uma arma em sua frente.-
-Comeu não. Não quis. Eu dei chocolate com leite e biscoito. Ela não comeu.-explicou-
-Mas ela não pode comer essas coisas.. Esqueceu que ela tem diabetes? Aonde está o saco preto?
-Tá ali. Já vou buscar mamãezinha preocupada.-disse o homem saindo-
-Alguém veio aqui Pauchis? O tio Julio falou com alguém pelo telefone??-Anahi enquanto enxugava as lagrimas da filha-
-Não mamãe! O tio Julio cuidou de mim, mediu a febre. Me deu as gotinhas de paracetamol.-Explicava deitada no colo da mãe como bebê.-
-Tá aqui o saco. Seja rápida. Você vai voltar para o quartinho.-o sequestrador fitando Anahí-
-Não tio. Você prometeu que eu ia ficar com a mamãe! Quem jura e não cumpre é mentiroso e não é meu amigo! –Ana firme-
-Calma lindinha. –pausa- Ok, ok. Você fica com sua mamãe e a gente continua sendo amigos, tá bom?-olhando para a garotinha- e quanto a você, nada de gracinhas –ameaçando Anahí-

De fato, a febre era emocional. Anahí medira sua glicose e estava normal. Aplicara a insulina antes de Pauchis comer, uma insulina de controle. Depois de comer uma salada feita pela mãe, com frango grelhado, que já estava pronto na sacola e frio, Pauchis dormiu agarrada a mãe. Anahi tirou apenas cochilos breves. Maquinava como sair dali, como saber aonde estava, como colher mais informações. Também pensavaa em Poncho e os outros. Estava preocupada com muitas coisas. Teria que pensar e manter Pauchis sempre perto de si. De alguma forma, sentia-se aliviada por estar ali. Agora ela podia cuidar da filha. Agora, a sua razão de viver não estava indefesa.