Fanfic: Dublê de corpo [AyA] (Terminada)

Anahí Portillo folheou o script. Ela devia estar fora de
si para deixar Dulce colocá-la nisso. Anahí queria ser atriz, ela teria sido uma atriz. Ela disse não a esse
pesadelo de plano muito tempo atrás. Dulce tinha agarrado o touro
com os chifres e montado para a linha de chegada.

Anahí levantou a sobrancelha para sua gêmea. Já não era como olhar
no espelho. Grávida de gêmeos, Dulce estava enorme, e não apenas porque havia dois bebês
lá dentro! Anahí rezou para que ela
não ganhasse peso assim, quando e se ficasse grávida. Mas a partir do instante
que Dulce descobriu estar grávida, todas as regras de sua alimentação foram deixados na sarjeta. Ela alegou que não ia se
preocupar com o que ela poderia e não poderia ter. Ela ia aproveitar cada
segundo.

 Ela jogou o script na pequena mesa entre duas cadeiras.

—Isso não vai funcionar. 

Dulce içou suas pernas para o apoio de pé na frente dela.

—Sim, vai. Confie em mim. — Ninguém nunca vai saber a
diferença. Você e eu temos lidado com estas coisas juntas desde o primeiro
dia. Você é tão boa atriz como eu. 

Anahí olhou ao redor do arrogante trailer que servia de camarim
para a irmã, uma duplicata ao de Alfonso Herrera, sua co-estrela perpétua. Eles já estavam no jogo. Ambas sabiam que ela ia passar por isso. Anahí já tinha ido para
a maquiagem se preparar para a filmagem e o figurino já a tinha abençoado com um roupão de cetim vermelho para a primeira cena... E
pouco mais. Por que ela travou agora? Porque era um erro? Porque ela tinha medo de gostar demais? Ou por causa das cenas
de sexo que ela tinha que fazer com Alfonso Herrera?

Quem ela estava enganando? Como todas as mulheres
em todo o país, ela tinha uma queda tamanho família por ele. Oh, diabos, ela era apaixonada por ele. Quem não gostaria de
morrer para ter a possibilidade de ter os braços do homem ao seu redor, mesmo que fosse apenas atuação? E a sua aparência? A câmara não lhe fazia
justiça.

Ela se encontrou algumas vezes com ele. Em cada caso, Anahí teve
que forçar a sua boca a permanecer fechada. Elétricos olhos azuis brilhavam com o seu sorriso, e ele sorriu
muito. Seu cabelo era da cor de chocolate escuro e obedeciam a um simples toque dos dedos longos. E ele não era
pretensioso, no mínimo. Na verdade, ele era muito... Acessível. Apenas o seu jeito de empregado da fábrica da porta ao lado... Que
por acaso passou a ganhar até vinte milhões de dólares por filme. 

Anahí nunca poderia juntar mais de duas palavras inteligentes sempre
que ele estava ao seu redor, não importa o quão bonito ele era. Se ele notou sua falta
de jeito, ele foi gentil o suficiente para não mencioná-lo. Na verdade, ele disse muito pouco a ela em tudo. Que foi tão bem. Se o homem a tocasse, Anahí
iria desintegrar-se em mil pedaços. Agora ela 

era esperada, não só para agir com ele, mas para criar essas
quentes cenas de sexo que a dupla Dulce Portillo e Alfonso Herrera, eram tão
famosos.

—E se.. E se ele tiver uma ereção?