Fanfic:  ● Destinos Entrelaçados (vondy)

- Tudo bem Christopher, eu ouço o que você tem pra falar – Ela disse puxando seu braço – Mas tem que ser rápido, portanto seja breve.

- Não importa o tempo, você vai escutar tudo o que eu tenho a dizer.

- Se começar com grosseria já avise que eu nem vou.

- Não vou começar com grosserias, vamos ali na minha mesa – Disse apontando pra onde ele estava sentado.

- Vai indo que eu vou avisar o pessoal. – Ele assentiu e seguiu para sua mesa, ela foi atrás dos amigos.

 Encontrou eles e foi logo falando que surgiu um imprevisto, e precisaria falar com Christopher sobre um emprego e não poderia deixar ele esperando. Eles a olharam desconfiados, mas logo concordaram. Dulce voltou pra mesa de Christopher e se sentou em frente a ele. Quando ele a viu se sentar, não perdeu tempo.

- Então Dulce, eu sei que passou um tempo já desde a última vez que nos vimos e ocorreu aquilo tudo, mas eu ainda queria o seu perdão, eu sei que o que eu fiz foi errado, mas se corrigimos agora, podemos até recomeçar, o que acha? – Ele disse que um modo não muito convincente. 

- Quer o meu perdão? Ah sim eu tenho certeza que quer – Ela disse irônica - aposto que nem lembrava mais de tudo aquilo. E quanto a recomeçar eu vou fingi que não ouvi Christopher, não tem como recomeçar com uma pessoa que fez o que você fez, nem mesmo sua amizade me interessa, não quero nem mesmo saber mais de você. – Falou o olhando fixamente, com a voz meio falha, não convencendo nem a ela mesma do que acabara de dizer. 

- Não quer mais saber de mim? – Ele disse forçando uma risada – Não sei por que, mas eu não consigo acreditar – disse de modo sedutor.

- Talvez seja porque você se ache o homem mais desejável do mundo.

- E não sou? – Ele riu divertido – Bom, mas isso não vem ao caso agora – Tomando postura, ele continuou – Eu não me esqueci de você Dulce, só parei de ligar pra você ter um tempo pra pensar, e já que destino nos trouxe ao mesmo lugar, eu não poderia ir embora sem conversar com você. Não é possível que você esteja assim só por causa daquilo, foi algo sem pensar – Ele disse dando de ombros.

- Você não pensa no que fala, não é? Acha que eu fiquei esse tempo todo como?  É claro que pra você foi algo sem importância não é? E eu como fico? Eu não gostei do que você fez, me deixou meio que atormentada por um tempo, demorou, mas eu resolvi esquecer. E mesmo depois de tudo o que você fez eu estava disposta a te ouvir, perdoar acho difícil, mas eu ia ouvir.

- Por que isso? Por que é tão difícil perdoar uma pessoa? Não que eu esteja implorando pra você me perdoar, mas você nunca errou? Todo mundo erra, se coloca no meu lugar também.

- Claro que já errei, só que o meu erro não foi nada comparado ao seu, eu jamais faria o que você fez. – Ela disse tentando se controlar, lembrando do ocorrido, com lágrimas nos olhos.

- Ah, por favor, a única coisa que faltava era você começar a chorar! Olha, todos erram, mas eu não vou ficar pedindo algo que você não vai me dar, eu tenho mais o que fazer, se não vai me perdoar, tudo bem.

- Tem mais o que fazer, mas está aqui implorando, não? – Disse de braços cruzados – Não é questão de não perdoar é que eu fiquei muito magoada, nunca tinha passado por uma coisa dessas antes.

- Eu não estou implorando nada, estou conversando! – Ele arqueou a sobrancelha – Magoada? Eu tinha gostado de você, também não foi nada de outro mundo, não sei se você conhece a palavra “sexo” – ele disse dando ênfase - Era isso que eu queria.

- Ah e você ainda fala que só queria sexo comigo? – O olhou arregalada.

- Ai Dulce, você é assim mesmo ou só se faz? É claro que eu queria, você me chamou a atenção, é atraente e eu queria experimentar – Ele disse piscando pra ela. 

- Sinceramente, nem sei o que te falar depois disso, só que você é um safado! - Ela disse constrangida – Já ouvi o que você tinha pra falar, que pra mim foi perda de tempo, mas enfim, você já falou o que queria, não temos mais o que conversar. – Ela disse se levantando – Vou embora.

- Eu ainda não terminei – Ele disse se levantando também e se inclinando sobre a mesa em direção a ela, olhando nos olhos dela. – E você vai ouvir tudo o que eu tenho pra falar, nem experimente sair daqui assim, que eu vou atrás de você. – Falou em um tom ameaçador, somente pra ela ouvir.

Dulce olhava pra ele sem saber o que fazer, era muito ousado mesmo. Queria sair dali o quanto antes, mas ele ainda continuava ali, olhando pra ela daquele jeito que a deixava perturbada.

- Anda Dulce, senta aí, você vai me ouvir – Disse puxando a cadeira dela a fazendo sentar.

- Olha, eu deveria ir embora, você diz que quer consertar as coisas, mas com essa tua grosseria, esse jeito de falar, fica impossível – Ela disse, se ajeitando melhor na cadeira – Me diz tudo o que você tem a dizer e depois assunto encerrado, você vai para o seu lado e eu vou para o meu.

- Ótimo! Eu já falei o que eu tinha pra dizer, só quero que assim como eu já esqueci, você esqueça também. Poderíamos começar do zero.

- Já disse que não tem como começar com uma pessoa assim, Christopher. Você me magoou e isso querendo ou não eu não consigo esquecer.

- Ah, Dulce, fala sério, eu venho até aqui, to falando contigo, disposto a recomeçar pra isso? – Ele disse se encostando na cadeira, arqueando a sobrancelha, visivelmente irritado – Pode ir então, vamos fazer como você disse eu do meu lado e você do seu, nem sei porque estou aqui perdendo meu tempo com isso. Eu aqui querendo fazer tudo certinho e tu aí se fazendo. Muitas mulheres querendo estar comigo nesse momento e eu aqui com você. – Ele riu sarcástico – Pense bem hein, não é sempre que a felicidade bate a sua porta.  

- Ah sim, que felicidade essa, não? – Ela riu irônica, e se debruçou sobre a mesa pra falar melhor – O que você fez, não foi legal, mas eu estou disposta a esquecer – Ela disse de forma calma – Minha irmã está com o seu primo, vamos acabar nos encontrando por aí por isso também, é melhor esquecermos isso. Não vou dizer que vamos ser melhor amigos, longe disso, nem amigos talvez, só acho que seja melhor que ao menos nos demos bem, por eles.

- Hum, claro. – Ele riu se debruçando sobre a mesa pra ficar mais perto dela, mas ela logo voltou a sentar corretamente na cadeira. – Acho que podemos sim ser amigos, independente do que aconteceu, e nós vamos – Ele disse piscando pra ela sorrindo e logo tornou a ficar sério – Amanhã eu vou passar na sua casa, vamos almoçar juntos. – Falou jogando dinheiro suficiente sobre a mesa e chamando o garçom.

- O que? Não, eu disse que poderíamos nos dar bem, nada de almoçarmos juntos.

- Mas eu sim, nossa amizade vai começar a fluir amanhã – ele disse se levantando e ela fez o mesmo. – Fique pronta, não gosto de esperar – Ele disse piscando indo em direção a ela a beijando no rosto e saindo sem nem ao menos espera-la.

Continua...

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