Fanfics Brasil - 18° Capítulo • A Substituta • DყC Adaptada - Terminada

Fanfic: • A Substituta • DყC Adaptada - Terminada


Capítulo: 18° Capítulo

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Ela acordou assustada, com o grande cachorro lambendo-lhe o rosto.
Tentou gritar, mas sua voz parecia ter desaparecido.
— Cadmus! — Christopher gritou.
Devia ter percebido que não estava tendo outro pesadelo terrível no convento,
mesmo porque estava aquecida e coberta. E muito dolorida, sentindo-se tola,
sentou-se depressa.
Lorde Alexander já estava vestido e olhava-a da porta, o cão agora a seu lado.
Seria possível que um cão sorrisse de alegria? Pensou ela, ainda tonta de sono:
porque seu marido não sorria.
— Não tenha medo dele — disse Christopher, muito sério.
Dulce puxou mais as cobertas, apreciando o conforto de seu calor.
— Tentarei não ter senhor, mas fui muito mordida, certa vez.
Ele veria a cicatriz, mais cedo ou mais tarde, resignou-se ela, então decidiu
mostrar-lhe agora, erguendo-se um pouco e baixando a gola larga da camisola,
revelando a feia e escura marca da mordedura feita pelo cachorro da reverenda
madre. Os olhos de Christopher cegaram-se um pouco enquanto se aproximava da
cama.


— Um cão fez isso? — estranhou.
Dulce assentiu.
Ele se inclinou, observando a pele suave marcada pelos dentes do animal.
Embaraçada com tal, proximidade e temendo pelo que mais ele poderia ver do
ângulo em que se encontrava, Dulce recolocou o tecido de volta ao lugar.
— E as outras cicatrizes?
Ela sabia que seu marido as notaria também, mais cedo ou mais tarde. No
entanto, não conseguia erguer os olhos para ver os dele.
— Eu… roubei algumas coisas no convento e fui punida — explicou.
— Você? Roubando?!
Ela deu de ombros ao esclarecer:
— Estávamos sempre com fome e as meninas menores choravam. Então…
— Você roubou comida? — Christopher sentou-se a seu lado, na cama.


Dulce arriscou olhá-lo, mas não soube dizer se ele aprovava ou não seu
procedimento. Sabia que era um pecado grave roubar de mulheres santas, embora,
no fundo do coração, não se arrependesse.
— Tudo o que podia, sempre que podia — confessou.
— E dava para as outras?
Era muito tentador dizer-lhe que jamais tocara numa migalha, mas sabia que, com
aquele olhar intenso e perscrutador, seu marido descobriria a verdade num
instante.
— Comia também — revelou, cabeça baixa.
Lorde Alexander tomou-lhe uma das mãos e examinou-lhe os braços finos.
— Mas não muito… — comentou.
— O suficiente —Dulce sussurrou, receosa em falar e, com isso, fez com que ele
a soltasse.
Seus olhares se encontraram por segundos e depois ele disse, na voz rouca e
arrepiante:
— Cadmus vai passar a dormir do lado de fora da porta.
Sem poder disfarçar o alívio que, sentia, ela murmurou:
— Obrigada, meu senhor. Mas, tentarei me acostumar com ele, para que coitadinho
não tenha que ficar lá, exilado, para sempre.


Christopher sorriu de leve e Dulce sentiu-se, de repente, mais aquecida.
Então, alguns ruídos no pátio, lá embaixo, chamaram-lhe a atenção e ele
soltou-lhe a mão para ir até a janela. Imaginando que já estava na hora da missa,
Dulce afastou as cobertas e arrepiou-se com o frio da manhã.
— Fique aí. — seu marido ordenou.
— Como, senhor?
— Fique na cama.
— Mas… já é tarde. — E levantou-se, sentindo o piso gelado sob os pés. Passou
os braços ao redor de si mesma, tentando se aquecer. — Deve haver coisas que eu
precise fazer… os criados vão pensar que sou preguiçosa. E isso seria um começo
terrível.
— Ninguém a perturbará.
— Como, senhor?
— Fique na cama tanto quanto quiser hoje. E chame por Zoraida quando
necessitar.


Dulce não sabia o que a surpreendia mais: a noção de que poderia voltar
à cama quente e convidativa ou o fato de ele ter falado tanto.
— Mas… e a missa? — insistiu.
— Já acabou.
— Acabou?!
Ele assentiu.
— Não tem receio do que os criados poderão pensar sobre mim?
Christopher tornou a negar.
Certamente, ele não se importaria com as idéias dos servos, pensou Dulce,
lembrando-se, mais uma vez das palavras de lady Ninel. Aliás, nem ela deveria
importar-se. Então, porque não aproveitar a oferta de seu marido e ficar mais
um pouco entre às cobertas?
Voltou para o leito, feliz, cobrindo-se, e percebendo que lorde Alexander
sorria.
— Obrigada, meu senhor. Nem posso me lembrar de quantas vezes sonhei com um
luxo destes!
— Vai dormir?
— Dormir? Não! Se dormisse, não conseguiria aproveitar esta delicia!


Christopher sorriu mais uma vez.
— Como quiser — aquiesceu.
Dulce suspirou profundamente, satisfeita.
— Ah! Primeiro aquele maravilhoso vestido e agora isto! Oh, meu senhor,
agradeço-lhe do fundo do coração e peço a Deus que o abençoe por ter se casado
comigo!
Lorde Alexander nada mais disse. Saiu do quarto, deixando Dulce feliz em sua
solidão. Tinha vontade de rir só em lembrar-se de que ele sorrira.
Não havia dúvida de que seu marido tinha muitos afazeres, sendo tão rico e
poderoso. E faria de tudo para ajudá-lo a descansar de seus deveres, em
especial se isso o fizesse sorrir mais vezes. Talvez uma criança o deixasse
mais feliz também.
Moveu-se na cama e, erguendo os lençóis, notou o sangue seco entre eles.
— Oh, Deus! — Suspirou. — Faça-me estar grávida! Se ainda não estou, que seja
em breve! Isto é claro, se for de sua vontade!
Ficou mais algum, tempo na cama e depois, animada, levantou-se e, estremecendo
com o frio, ouviu ruído de cavalos. Foi até a janela e viu que seu marido
cavalgava um belo animal negro e, logo atrás dele, uma tropa de soldados se
preparava para partir. Ficou observando enquanto lorde Alexander erguia o
braço, dirigindo-se aos pesados portões, seus bem equipados homens logo atraso.


Ele nada dissera,
apenas erguera a mão enluvada e fizera um gesto breve. Tudo era feito num
silêncio proposital, com a obediência total e bem treinada de todos os
soldados.
Com um sorriso maroto, Dulce deu-se conta de que a reverenda madre aprovaria
seu marido, embora achasse que ele fizera uma péssima escolha no que se referia
a sua noiva.
Mas a reverenda madre estava muito distante agora e ela, Dulce, estava casada e
em breve, com a ajuda de Deus, seria mãe; uma mãe carinhosa e dedicada, como
fora a sua, antes de morrer daquela febre que também levara-lhe o pai, quando
ela tinha apenas oito anos de idade.



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Autor(a): Primasvondy

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Suspirou mais uma vez, procurando afastar tais pensamentos, que a deixavam por demais triste, pois provocavam outras recordações, em especial aquelas de quando fora obrigada a viver em casa de parentes, sempre mudando de um lado para o outro sem nunca ser querida ou amada. A melhor fase que vivera fora àquela que estivera em companhia de lady Ninel ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 578



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  • stellabarcelos Postado em 28/11/2015 - 15:52:16

    Muito linda a história! Amei!

  • juhvondy4ever Postado em 04/07/2011 - 17:47:31

    eu entro em depressao agora ou imediatamente? num acredito q acabou bubu
    vc precisa postar mais dessas webs adaptadas..sao as minahs preferidas aidna mais qnd vc posta miga!!!!
    gostei mto da web, de ter conehcido vc e agora vc arranjo alguem p perseguir vc ate o ultimo minuto kkkkkk

    te amo
    parabens pela web s2

    ate breve s2

  • clariinha Postado em 03/07/2011 - 22:05:59

    hahahaahaha eu amei amei amei! foi tudo!

  • vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:39

    Final perfect,!
    Adorei!
    Concordo com todas as outras leitoras..
    Sentirei saudades... Besos!

  • vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:39

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  • vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:38

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