Fanfic: • A Substituta • DყC Adaptada - Terminada
Capítulo 10
Lorde Alexander caminhou até um tronco caído e sentou-se. Então fez um sinal a
Dulce para que fizesse o mesmo, a seu lado. Ela se sentia livre para pensar,
falar e agir. E, com tal liberdade, contou a seu marido sobre seus pais e sobre
suas mortes prematuras, sobre os anos todos em que foi levada de casa em casa
de parentes e conhecidos, sobre o período breve, porém feliz, em que ficou
morando na casa de lady Ninel Conde.
— Sabe, ela era muito parecida com o senhor. Exceto, é claro, pelo fato de ser
mulher. Era muito severa e acreditava que a disciplina era a resposta para tudo
na vida.
— Disciplina?
— Sim. E sei que o senhor insiste para que ela seja seguida, também. Seus
homens são muito bem treinados, com certeza muito melhores do que os de meu
tio. Sabe, nas duas vezes em que paramos em hospedarias em nosso caminho até
Donhallow, eles saíam, jogavam e bebiam, até cair. Meu tio tinha um trabalho e
tanto tentando reuni-los novamente. Se não estivesse com tanto medo do que me
guardava, acho que até teria me divertido.
— Acha que sou rígido?
— Não pode negá-lo, senhor… mas… estou começando a notar que não é assim o
tempo todo. Não, quando estamos a sós, como agora.
Dulce tocava-lhe o braço e olhava-o com uma afeição
que crescia a cada instante.
— Ia beijar-me antes, senhor?
Christopher sorriu de leve. Levantou-se, então, e ofereceu a mão direita a
Dulce.
— Acho que os homens já esperaram demais — disse.
Ela aceitou a mão que lhe era oferecida, não sem certo pesar. Mas, assim que se
levantou, Christopher puxou-a para si e beijou-a com tamanha paixão que a
deixou sem ar.
— Além do mais, você está dolorida — sussurrou junto aos lábios dela,
deslizando os seus lábios pelo pescoço que Dulce oferecia.
— Mas já me sinto melhor… — observou ela cerrando os olhos. — Os homens não
poderiam esperar um pouco mais?
— Não. — Christopher afastou-se, deixando-a profundamente decepcionada. Mas
seus olhos brilhavam e havia uma expressão alegre e maliciosa em seu rosto. —
Você me parece arrebatada…
— E como não havia de estar, senhor? Se me beija dessa forma… Imagina que eu poderia
estar calma e não querer mais? Sabe de uma coisa? Acho que é um patife, meu
senhor. Um belo e tentador patife.
Patife era a palavra mais leve que ela pudera
encontrar, já que aquele olhar e aquele sorriso que Christopher trazia no rosto
eram, nada mais da que a própria versão da mais maldosa sedução.
— Quando não estiver mais dolorida, vai ver que tipo de patife eu posso ser —
ele prometeu, deixando-a com as pernas trêmulas só em imaginar.
— Talvez… esta noite, meu senhor?
— Quando estiver pronta.
— Bem, talvez não tenhamos que fazer tudo o que fizemos ontem à noite… —
sugeriu Dulce ansiosa.
— E você não ia pedir mais uma coisa? — Christopher sorriu novamente e tomou-a
em seus braços. Os homens teriam de esperar um pouco mais…
— Não pode ser verdade! — Mike Biaggio murmurou para si mesmo, alguns dias mais
tarde, ao olhar para a mulher.
Pegou uma pequena pedra que se soltara da parede e lançou-a, com raiva, em
direção ao local onde, um dia, houvera uma lareira.
— Como ela pode gostar daquele cretino?!
Zoraida deu de ombros.
— O que sei eu? O que sei ao certo é que ela está
se apaixonando por ele, apesar do que você possa pensar. E ele também, está se
apaixonando por ela, sé é que quer saber.
— Tem certeza?!
— Bem, eu tenho olhos. E parece-me bastante, evidente. Tenho-os observado de
perto desde que ela chegou e posso afirmar que ele está diferente. Quase
gentil.
Mike torceu os lábios, em desagrado.
— Christopher, gentil… isso eu até pagaria para ver.
— Duvida do que estou lhe dizendo?
— Não. Acredito em sua palavra.
— E ela está feito uma garota tola que encontrou o grande amor de sua vida.
Sinto meu estômago virar só em olhá-los.
— Ela não faz idéia de que você o está enganando?
— Não sou nenhuma tola. É claro que não!
— E não imagina quem você seja… ou melhor… quem foi sua família?
— O conde penso que todos estávamos mortos quando roubou nossas terras e chamou
o rei para dar a von Uckermann o título que pertenceu a meu pai.
— Seu pai era um traidor.
— Sim, mas minha mãe, não! E nem eu! Não havia motivos para o rei tirar-nos
nosso sustento!
— O motivo, ao que sei, Zoraida, foi a lei. A fortuna de qualquer traidor é
propriedade do rei. Confesso ter me surpreendido com sua ousadia ao voltar.
— Não me venha com essa história sobre lei, sir
Mike! Conheço a lei muito melhor do que você! E por que eu não voltaria? Tenho
muito mais direito de estar aqui do que Christopher von Uckermann e farei
justiça com minhas próprias mãos!
— Tenha cuidado quando fala comigo, mulher! Eu poderia matá-la agora e não haveria
conseqüência alguma, muito menos remorso de minha parte! Seu corpo seria
encontrado num bosque e todos culpariam ladrões ou ciganos por sua morte. Eu
jamais seria suspeito.
Zoraida sorriu, irônica.
— Poderia matar-me, sim, mas perderia sua espiã em Donhallow. Todos lá dentro
respeitam lorde Alexander como se ele fosse um deus e temem-no demais.
— Então, diga-me, Zoraida, por que não o mata?
— Para quê? Para ser enforcada? Odeio aquele homem e toda sua família, mas
penso muito mais em minha vida.
— E se descobrissem que é uma espiã? Tem certeza de que ele não desconfia de
nada?
— Absoluta.
— Sabe muito bem que jamais conseguirá sua propriedade de volta, mesmo que ele
esteja morto, não sabe?
— Sim, eu sei. Mas, por enquanto, apenas ajudarei o
inimigo daquele infeliz a destruí-lo e ganharei um bom dinheiro com isso.
— É verdade. — Mike tirou de um armário próximo um pequeno saco de moedas de
prata. — Com tudo que lhe pago, poderia ir para Londres e viver como uma
rainha.
— Mas não sairei daqui até ver lorde Alexander morto! — Zoraida pegou o
dinheiro que ele lhe jogou.
— Ainda assim, acho que está correndo um grande risco.
— Valerá a pena. Como disse, poderei ir para Londres e viver como uma rainha
quando ele morrer.
— E isso será em breve, eu prometo. Os planos já estão em ação. Muitas coisas
podem acontecer, quando um homem está viajando, longe de casa…
— Sim, eu sei.
Biaggio deu dois passos rápidos e segurou Zoraida pelo pescoço, num movimento
abrupto.
— E é melhor manter essa sua boca enorme fechada, ouviu bem? — ameaçou.
— Assim farei — ela respondeu, quase sem ar.
— Ótimo. Faça isso. Agora vá logo embora daqui antes que sua ausência seja
notada.
O sorriso de satisfação que Christopher trazia nos lábios desapareceu assim que
cruzou os portões de seu castelo e um dos guardas veio lhe entregar a mensagem
que estava lacrada com o selo do conde de Borghetti. Leu-a e disse ao
mensageiro que seguia um de seus soldados:
— Diga a ele que ficarei honrado em atender a seu
chamado. O jovem, parecendo tenso, inclinou-se numa mesura.
— Como quiser senhor!
— Fique esta noite no castelo e siga caminho amanhã, cedo.
— Obrigado, senhor!
Christopher levantou-se e foi até a janela para olhar, as amuradas de seu
castelo. Finalmente, o conde, seu senhor, maior, pedia-lhe que estivesse
presente no seu Conselho de Nobres. Christopher vivera em seu castelo durante,
toda a vida e o conde jamais o chamara, nem a seu pai, para participar de tal
honra.
E, tendo o convite vindo logo depois de seu casamento, a razão parecia-lhe óbvia:
estava, agora casado com a sobrinha de lorde Saviñón, um amigo antigo e grande
aliado do conde.
Biaggio não gostaria de saber do fato. Ele usufruíra da amizade do conde
durante anos, chegara até a influenciá-lo em certas ocasiões, mas, agora, ao
que parecia, tal influência já se enfraquecera bastante. Mais uma razão para
Christopher estar feliz por ter desposado Dulce.
Entretanto, apesar do que pensara ao se casar com ela, a aliança com Saviñón
não era o motivo mais importante para sentir-se bem agora. Seu motivo tinha um
nome: Dulce. Adorava estar em sua companhia, em especial quando estavam a sós,
e não necessariamente na cama. Tê-la por perto já era um grande prazer e
ouvi-la falar, ver seus olhos vibrantes, puros, era mais do que poderia desejar
da vida.
Sabia que podia fazê-la feliz e que podia estar
feliz por causa dela, o que era impressionante, pois se casara com uma mulher
esplêndida, ousada, inteligente, e bela…
Sentia-se um homem completo novamente, não mais o monstro de voz tenebrosa que
assustava a todos.
Dulce estava na cozinha, naquele momento, discutindo o cardápio da semana com
Bianca. Embora gostasse da comida dele e estivesse até engordando um pouco, o
que era absolutamente necessário dado o estado de magreza em que chegara a
Donhallow, Dulce era uma mulher econômica e não queria desperdícios, o que
também alegrava Christopher sobre a maneira.
Mesmo assim, gastara muito com ela nos últimos dias.
Comprara-lhe roupas, usando uma quantia de dinheiro que não podia gastar. Mesmo
assim, não se arrependia, pois ela ficara tão agradecida quanto naquela manhã
em que permitira que ficasse mais tempo na cama. Até a gratidão que Dulce
demonstrava era extremamente agradável.
O castelo do conde ficava no centro de uma grande
cidade, pensou Christopher, ao deixar o solar. Talvez pudesse comprar um belo
vestido para Dulce, verde ou vermelho, para combinar com seus cabelos…
Talvez comprasse uma harpa, também, para dar a ela…
Mas não precisava ir a Borghetti para isso. Havia Juan na vila, más então não
seria uma surpresa…
Gostava muito de surpreendê-la, de vê-la abrir aquele sorriso feliz, de ver
seus olhos se iluminarem. Sim, iria, definitivamente, comprar-lhe uma harpa e
um belo vestido.
Quando entrou no hall viu que Dulce estava junto à lareira, sentada em um
banco, e que o mensageiro estava a seu lado. De repente, um pensamento cruzou
sua mente com a velocidade de um raio: o mensageiro era jovem, talvez tivesse a
idade dela… E era um belo rapaz, talvez, até, um tanto parecido com Biaggio.
O pior
de tudo era que Dulce estava rindo de alguma coisa que ele dissera. E, em
passos largos, que fizeram sua túnica esvoaçar em movimentos elegantes,
Christopher colocou-se diante deles em uma fração de segundo.
Autor(a): Primasvondy
Este autor(a) escreve mais 15 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Só porque sou boazinha vou postar mais um... Em troca quero muitos comentários heim... Xêrus a todas e até a proxima! O mensageiro levantou-se de imediato, assustado, pálido. Dulce olhou para o marido, interrogativa, e franziu as sobrancelhas. — Sim, meu senhor? — indagou inocente. — Venha comigo. — Certamente. & ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 578
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stellabarcelos Postado em 28/11/2015 - 15:52:16
Muito linda a história! Amei!
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juhvondy4ever Postado em 04/07/2011 - 17:47:31
eu entro em depressao agora ou imediatamente? num acredito q acabou bubu
vc precisa postar mais dessas webs adaptadas..sao as minahs preferidas aidna mais qnd vc posta miga!!!!
gostei mto da web, de ter conehcido vc e agora vc arranjo alguem p perseguir vc ate o ultimo minuto kkkkkk
te amo
parabens pela web s2
ate breve s2 -
clariinha Postado em 03/07/2011 - 22:05:59
hahahaahaha eu amei amei amei! foi tudo!
-
vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:39
Final perfect,!
Adorei!
Concordo com todas as outras leitoras..
Sentirei saudades... Besos! -
vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:39
Final perfect,!
Adorei!
Concordo com todas as outras leitoras..
Sentirei saudades... Besos! -
vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:39
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Adorei!
Concordo com todas as outras leitoras..
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vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:39
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vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:38
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vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:38
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vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:38
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