Fanfics Brasil - 42° Capítulo • A Substituta • DყC Adaptada - Terminada

Fanfic: • A Substituta • DყC Adaptada - Terminada


Capítulo: 42° Capítulo

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Dulce
calou-se, emocionada, diante de tal revelação. 
— O que disse? — murmurou pouco depois.
— Que não queria perdê-la.
Ela corou, seu coração acelerado, o sangue parecendo correr mais depressa em
suas veias.
— Já naquela época?
— Com certeza.
Dulce aproximou-se mais e beijou-o longa, profundamente, quase fazendo
arrepender-se por não ter feito tal confissão antes. Depois encarou-o como se
houvesse repreensão em seu olha, e completou:
— O senhor, com certeza, não demonstrou o que sentia…
Christopher sorriu.
— Poderia ter feito uma fortuna como ator, sabia? Porque sabe fingir, muito bem
— Dulce insistiu brincando.
— O dinheiro seria bem-vindo, mesmo assim — ele comentou, desanimado.
— De quanto foi o dote? — Quinhentas libras.
— Mais isso é muito dinheiro!
— Eu sei. E o que ainda resta, será destinado a reformas em Donhallow. 
— E resta muito?
— Não… Gastei mais do que devia em coisas que…– Ela se afastou para encara-lo.
— Sim?
— Em presentes para minha esposa.
— Para mim?! 
— Nas roupas novas que comprei aqui e também em Borghetti.
— Mas isso é terrível!
— Bem, essa não é a reação que eu esperava ver…
— Mas… Chris! Não deveria ter gasto! E, se eu soubesse…
— Seja como for, agora é tarde para fazermos conjecturas. 
— Mas deve ter sobrado algum dinheiro para preparar alguns pratos, não?! — ela
se alarmou.
— Muito pouco. Dulce passou a caminhar pelo cômodo, parecendo pensativa.
Christopher sabia que ela buscava uma solução e sorriu, mais uma vez satisfeito
por ter se casado com uma mulher tão voluntariosa, tão esperta, tão
inteligente.
— Quanto tempo acha que teríamos antes do conde vir até aqui? — perguntou ela,
sem parar de andar.
— Bem, se ele vai a Londres… Uns cinco meses eu diria. Ele segue para a França
logo depois de ir a Londres.
— Maravilhoso, então! Cinco meses serão mais do que suficientes para
economizarmos algum dinheiro!
— Dul, ele nunca viaja com menos de trinta homens, além da esposa e dos
criados.
— Quantas pessoas no total? — perguntou, pensativa.
— Quarenta, pelo menos.
— Bem, cinco meses… Passaremos pela primavera e pelo verão… — ela calculava em
voz alta. — Vi algumas lojas quando estive na vila e sei que há linho bom em
algumas delas, embora um tanto simples… Quanto ao espaço, não haverá problemas,
porque Donhallow é imenso. Precisamos apenas nos preparar bem, planejar os
detalhes, evitar gastos desnecessários… Sim, cinco meses, serão suficientes! Minutos
atrás, quando ela falara na possível visita do conde, Christopher achara a
idéia completamente impossível de ser realizada. No entanto, vendo-a sorrir
daquela forma, tão animada e certa do que dizia, estava inclinado a acreditar
que não só podiam encontrar um modo de ter o dinheiro necessário para cobrir os
custos, como também que o conde teria a estadia mais confortável é agradável de
que já desfrutara, em sua vida.

Cinco meses depois, Dulce gemeu de leve, levando o dedo ferido aos lábios.
Christopher parou de dedilhar a harpa e olhou-a, preocupado. Esparramado no
chão, a seu lado, Cadmus abriu os olhos.
Ela ficara maravilhada com seu presente, mas, depois que Christopher a
corrigira algumas vezes, Dulce o convencera a tocar e descobrira que seu marido
era um músico muito melhor do que ela mesma. Nos dias que se seguiram, tinham
aprendido a compor juntos. Ela cantava ele a acompanhava.
— Não foi nada — ela acalmou-o, observando bem o dedo picado pela agulha com a
qual, bordava um guardanapo. — Mas esta é a quarta vez nesta tarde que faço
isto, sabia? Teria sido muito melhor se a reverenda madre tivesse me forçado a
bordar e costurar com tanto empenho quanto me forçava a limpar o chão, Eu, com
certeza, saberia usar a agulha com muito mais habilidade. — Pois eu acho que
você borda bem demais. Cante aquela canção, que eu gosto, sobre a primavera. 
Dulce deixou de lado o trabalho e passou as mãos pela barriga proeminente,
começando a cantar enquanto o observava tocar. Gostava de fazer isso, em
especial quando Christopher não percebia seu olhar. Enquanto tocava, era como
se Christopher, pudesse esquecer todas as preocupações de sua vida. Como
acontecia quando estavam na cama, juntos.
De repente, Dulce sentiu que o bebê se mexia dentro de seu ventre.
— Oh, Chris, venha aqui depressa! — chamou. — Ele está mexendo outra vez!
Ele deixou o instrumento e acorreu para junto de Dulce, tocando-lhe a barriga.
E seu sorriso encantou-a tanto quanto os movimentos da criança.
— Acho que ele vai ser muito forte. — ela observou e, logo em seguida, notou
que uma sombra de preocupação passava pelos olhos de seu marido.
Apressou-se, então, a acrescentar:
— Também sou muito forte. A parteira da vila disse isso, lembra-se? Não se
preocupe, Chris. Minha mãe levantou-se, animada, um dia depois que nasci, como
sempre ouvi dizerem. Aliás, minhas tias achavam que ela fora impertinente por
agir assim…
— Mesmo assim… mandei buscar uma parteira em Borghetti — ele comunicou.
— Mas, Christopher, isso vai custar caro! Tenho tentado economizar tanto para a
visita, do conde e você faz uma coisa dessas!
— Eu insisto! — Acho que será um desperdício.
Ele pensou um pouco antes de responder, muito sério, muito próximo:
— Não quero perdê-la no parto.
Dulce sorriu e acariciou-lhe o rosto.
— Está bem, então — aceitou, suave. — Mas mais por sua causa do que por mim,
porque estou muito bem de saúde. E desde que não queira trazer também um médico
ou um padre, ou ambos…
— Não… Apenas se forem necessários…
Dulce sorriu.
— O que Christian disse, esta manhã, sobre as pontes? -perguntou, mudando de
assunto. — Os consertos já estão no fim? 
— Os mais importantes, sim. O resto será feito no inverno. 
— Ótimo. — Ela o observou por instantes, depois decidiu abordar um assunto no
qual já vinha pensando há muito tempo: — Teremos de convidar Biaggio para a
recepção que daremos ao conde. Ele se voltou, brusco, olhando-a, aborrecido.
— Ele também rende homenagens ao conde, Chris. — Dulce insistiu, certa do que
dizia. — E é seu amigo. 
— Mas é "meu" inimigo!
— E meu também, mas, mesmo assim, acho que devemos fazer a coisa certa. E, se
você o convidar e ele se recusar a vir, ninguém poderá dizer que você agiu mal.
— Não o quero em minha casa!
— Eu sei. Também não o quero aqui. Mas acho que ele não vai aceitar. Então, por
que não convida-lo? E se o conde perguntar alguma coisa ou fizer algum
comentário, você poderá dizer que o convidou, mas que ele não quis vir. Quem
parecerá pior sob tais circunstâncias?
— Você não conhece Biaggio como eu. Ele é atrevido.
— Então, que venha! É bom que venha e veja você com o conde. Talvez seja algo
que Biaggio deva testemunhar pessoalmente para entender que você não deixa de
ter certa influência também.
Christopher ainda parecia incerto quanto a tal idéia.
— Meu senhor — Dulce insistiu — não me disse, ao voltar de Borghetti que nosso
casamento deu-lhe vantagens em relacionamentos com pessoas influentes da corte?
— Sim. Os Villards, de Gales, e os Perronis.
— Então, por que temer Biaggio?
— Não o temo! — ele rosnou. 
— Mas será o que ele irá dizer-se não o convidar.
Christopher cerrou os dentes.
— Deus do céu! — protestou, olhando-a com orgulho e admiração. — Casei-me com
uma guerreira mais do que esperta. 
Dulce sorriu.
— O guerreiro aqui, é você, Christopher — corrigiu. — Sou apenas uma esposa. E
muito devotada.
— Você é a melhor esposa que um homem poderia ter, Dul. Ousada como um
guerreiro, sábia como um ancião e mãe sem igual. Meu filho terá orgulho de
você, como eu tenho.
— Bem, poderá ser uma filha.
Christopher olhou-a com paixão.
— Mas poderá haver um filho depois dela — sugeriu. — Quero dar-lhe muitos
filhos, Chris.
— Tantos quantos Deus nos enviar, Dulce. Pois ele já me enviou uma jóia rara,
mais valiosa do que qualquer coisa que eu pudesse desejar.
Dulce abraçou-o, absolutamente apaixonada. E feliz por saber que seu amor era
correspondido na mesma intensidade. De repente, porém, a tranqüilidade daquele
momento íntimo foi quebrada por um ruído que vinha do pátio.
Um som terrível, que Dulce conhecia, e que a fez desprender-se do abraço do
marido para acorrer a uma das janelas.
— O que foi? — Christopher alarmou-se. — Quem chegou? — É Biaggio? —
Christopher perguntou. — ou o Conde, assim tão cedo? Cadmus latia, como se
também quisesse saber quem acabara de chegar.
Enquanto isso, Dulce continuava a olhar para a pessoa que acabara de entrar no pátio
do castelo, seguida de perto por um guarda que lhe servia de escolta.
— É a reverenda Madre — murmurou ela, sem expressão.
— Do Convento do Santíssimo Sacramento? — Christopher surpreendeu-se.
— Sim. — Dulce observava enquanto a mulher apeava de seu cavalo branco. — Por
que terá vindo? O que deseja aqui?
— Sente-se — Christopher aconselhou. — Você não me parece bem.
E ela estava, de fato, péssima. As recordações dos maus momentos que vivera no
convento a assombravam. Lembrava-se da voz austera e do rosto terrível daquela
freira, e muito mais das mãos que seguravam o açoite com o qual muitas vezes
apanhara.
— Deve ter sido minha carta ao bispo… — concluiu, num murmúrio. Christopher
ergueu-a nos braços e levou-a até a cama, percebendo seu estado.
— É melhor que permaneça deitada — sugeriu carinhoso.
Dulce inclinou a cabeça em direção ao peito dele, sentindo-se amada e
protegida.
— Vou falar com ela — disse Christopher, com convicção. 
— Não! — ela se alarmou. — Não sou mais uma criança amedrontada e faminta. Sou
a esposa do lorde Alexander! — E esforçava-se por levantar-se novamente.
Christopher ajudou-a, vendo que estava determinada, e corrigiu: 
— A muito amada esposa de lorde Alexander. Mesmo assim, acho que ela vai querer
falar comigo também.
— Por quê?
— Por que também escrevi, uma carta.
— Escreveu?




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Autor(a): Primasvondy

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Ele assentiu e explicou: — Escrevi ao bispo dizendo que acreditava em tudo que você me havia dito sobre aquele convento e das atrocidades que eram cometidas lá. Sugeri, também, que a madre fosse destituída de seu cargo. — Christopher, você fez isso?! — Ela estava chocada e maravilhada ao mesmo tempo. Ele tornou a assen ...


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Comentários do Capítulo:

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  • stellabarcelos Postado em 28/11/2015 - 15:52:16

    Muito linda a história! Amei!

  • juhvondy4ever Postado em 04/07/2011 - 17:47:31

    eu entro em depressao agora ou imediatamente? num acredito q acabou bubu
    vc precisa postar mais dessas webs adaptadas..sao as minahs preferidas aidna mais qnd vc posta miga!!!!
    gostei mto da web, de ter conehcido vc e agora vc arranjo alguem p perseguir vc ate o ultimo minuto kkkkkk

    te amo
    parabens pela web s2

    ate breve s2

  • clariinha Postado em 03/07/2011 - 22:05:59

    hahahaahaha eu amei amei amei! foi tudo!

  • vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:39

    Final perfect,!
    Adorei!
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    Sentirei saudades... Besos!

  • vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:39

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