Fanfics Brasil - 45° Capítulo • A Substituta • DყC Adaptada - Terminada

Fanfic: • A Substituta • DყC Adaptada - Terminada


Capítulo: 45° Capítulo

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— Não.
— Se não vai me beijar, conte-me o que conversou com a parteira.
— Não vai parar de pedir até que eu conte; não é?
— Não…
— Ele se inclinou e, segredou-lhe ao ouvido:
— Eu queria saber exatamente quanto tempo ainda temos até que sejamos obrigados
a parar de fazer amor.
Dulce afastou-se e olhou-o de soslaio. 
— Bem que eu desconfiei que era isso — disse, com ar triunfante.
Então ouviu o barulho da comitiva, aproximando-se da entrada do castelo, Dulce,
enfiou a mão pela dele, e Christopher apertou-a. Sabia que sua jovem esposa
nada tinha a temer do conde. Ela trabalhara e planejara tudo para que sua
visita fosse a mais agradável possível e, durante cinco meses, dera tudo de si
com tal intento, além do mais, Dulce era alegre e espirituosa, duas qualidades
que conquistariam até o homem mais recalcitrante. Afinal, não tinha ela
conquistado-o tão absolutamente? Se havia alguém, a ser temido ali, era como
sempre, Mike Biaggio. Mais uma vez, agora em silêncio, Christopher praguejou,
arrependendo-se por não ter sido mais diligente.
Agora, tudo dependia do que Biaggio dissera ao conde e do quanto ele estivera
aberto a ouvir suas intrigas. Se dependesse da recepção que teria ali, tudo
estaria bem. E, em sua maior parte, graças a Dulce.
Christopher dava-se conta naquele momento que seus receios tinham tido
fundamento. Estivera certo em imaginar e em preocupar-se com o fato de que
Biaggio, depois de ter ido ao encontro do conde, tivesse seguido com ele até
Donhallow. Agora ele ali entrava, ao lado de seu lorde maior, altaneiro e falso
como sempre.
Dulce prendeu a respiração ao avistá-lo, Christopher apertou-lhe uma vez mais,
a mão, para dar-lhe segurança. Afinal, como Carlo dissera, o conde sabia muito
bem que lorde Alexander, com seu casamento, tornara-se aliado de poderosas
famílias da Inglaterra.
Os pratos da balança estavam agora equilibrados, e Biaggio teria que despender
grande esforço para fazer com que o seu pesasse mais dali em diante. E, ao que
parecia, ele estava disposto a fazê-lo naquele mesmo instante. Minutos depois,
o cortejo adentrava o pátio e Dulce inclinou-se, numa saudação, dizendo a
Christopher, em sussurros:
— Sabia que ele viria acompanhando o cortejo? 
— Imaginava que sim.
— Não está surpreso, então devia saber com certeza que isso aconteceria.
— Vamos discutir isso mais tarde, sim?
— Ah, com certeza, meu senhor! — aceitou as mãos do marido, descendo com ele as
escadas para saudar os recém chegados.
O conde de Borghetti já desmontara e agora voltava-se para lançar um olhar à
solidez das paredes de Donhallow.
Christopher mantinha o olhar em Biaggio, o qual fixava Dulce como um lobo
prestes a atacar um cordeiro. Poderia matá-lo apenas por aquele olhar!, pensou
ele, enciumado.
— Meu senhor! — Christopher inclinou-se em uma mesura ante do conde.
Este voltou-se com singelo sorriso no rosto marcado pela varíola, respondeu:
— Lorde Alexander.
— Permita-me, senhor, apresentar-lhe, minha esposa, Dulce Maria. — Havia
orgulho em sua voz. O conde dirigiu a palavra a Biaggio, que estava próximo:
— Como você disse, ela é muito bonita!
Um arrepio de raiva misturada a ciúme passou pelo corpo de Christopher, com a
força de um raio. Como Biaggio ousava descrever sua esposa a quem quer que
fosse?, referir-se a seus predicados? 
— A beleza que possuo vem de minha felicidade, senhor. — Dulce respondeu ao conde,
tornando a chamar-lhe a atenção. — E talvez porque esteja grávida. Diz-se que a
gravidez faz uma mulher florescer. — O nobre riu.
— É, dizem, sim concordou. — E posso opinar sobre isso porque minha querida
esposa jamais me pareceu tão linda como quando estava grávida. — E olhou para
trás, onde sua esposa, uma senhora gorda e de pouca beleza, se encontrava. —
Por favor, não gostaria de adentrar ao hall com sua comitiva, senhor?
Preparamos refrescos — Dulce prosseguiu, sempre muito suave. — Sir Mike também,
é claro. Havia uma cortesia impecável em suas palavras, embora estivesse óbvio
que o tom que usara para falar ao conde fora muito mais agradável. Biaggio
sabia que tal diferença não passava despercebida ao conde, apesar do sorriso
constante que o nobre sempre mantinha nos lábios.
O conde estendeu o braço para que Dulce se apoiasse nele e, assim, entrassem no
hall. Christopher fez o mesmo com lady Borghetti.
Quando lá chegaram, os esforços de Dulce para deixar tudo maravilhoso mais uma
vez tornaram-se evidentes, pois Christopher, que ainda não notara certos
detalhes, estava encantado e a mulher que vinha a seu lado até prendeu a
respiração diante do que fora preparado para recebê-la e a seu marido.
Dulce encontrara tapeçarias maiores nos fundos de uma das muitas despensas do
castelo, elas estavam empoeiradas e cheias de minúsculos buraquinhos provocados
por traças, mas ela as escovara e batera com as criadas, rindo muito e
espirrando mais ainda, e pedira a Zoraida para que as consertasse.
Elas agora decoravam as paredes, e a mobília, muito bem encerada, brilhava a
luz dos candelabros. As tochas das paredes tinham sido lavadas e preparadas com
ervas especiais, de modo que, acesas, recendiam a um perfume muito especial. A
comida que seria servida não era das mais caras ou exóticas, mas simples,
caseira e saborosa. Dulce garantia a Christopher que o tipo de comida não era o
mais importante, mas sim se ela estava ou não bem preparada. E acrescentara:
— É melhor termos muita, comida simples e bem feita do quê pouca comida cara e
que possa não agradar a todos os gostos.
Apesar da satisfação e do orgulho que sentia de sua esposa, Christopher
mantinha-se atento e tenso, em virtude da presença de Biaggio, logo atrás de
si.
Não demorou para seu inimigo fazer notar o que pensara sobre os esforços de
Dulce. Assim que entraram no hall, e agruparam-se em torno da lareira, ele
comentou:
— Bem, Christopher, vê-se bem a diferença que uma mulher pode fazer na toca de
um lobo…
Ele não respondeu, e Dulce dirigiu a palavra ao conde: 
— Meu senhor, sabia que conheci sua irmã, na casa de lady Ninel Conde?
Um sorriso de alegria iluminou as feições do nobre. 
— Mas… é verdade?! — surpreendeu-se.
— Sim. Foi por pouco tempo, o que é uma pena. Minha prima a conheceu melhor que
eu, e fala muito bem de sua irmã.
— Ah, sim. Roberta era muito querida!
— E uma excelente dançarina, disse-me Viviana. A melhor que ela já viu. O peito
do conde encheu-se de orgulho e seus olhos pareceram brilhar com mais
intensidade.
— Ah, eu também jamais vi alguém dançar como ela… — comentou, saudoso. — Quem
sabe, senhora, poderia dar-me a honra de dançar comigo mais tarde?
Dulce modestamente olhou para a barriga.
— Oh, devo estar tão desajeitada…
— Não acredito nisso — Biaggio interferiu.
O conde lançou-lhe um olhar ácido, obviamente não muito satisfeito com a
interrupção e, como Biaggio corasse vigorosamente, Christopher lançou um olhar
de aprovação em direção a sua esposa.
— Também não creio — disse o conde. — E, se sua saúde nos permitir, eu gostaria
muito de tê-la como par numa dança de volteios.
— Seria um prazer para mim, senhor. Aliás, meu marido poderá tocar para nós.
Se ela o tivesse atingido com um soco no estômago, Christopher não teria se
sentido tão balançado. Tocar?! Para o conde?! E para outras pessoas dançarem?! 
— Dulce… — rosnou, num aviso. Ela aproximou-se e, segurando-lhe a mão,
voltou-se para o conde.
— Ele é modesto demais — comentou, sorrindo. — Mas toca divinamente.
— Eu me lembro… — Biaggio observou.
Christopher encontrara muitos homens no campo de batalha. Vira desafio em seus
olhares, em suas atitudes. E sabia que estava diante de um desafio novamente.
— Se o conde assim o quiser, eu ficarei satisfeito em tocar — aceitou-o.
O sorriso feliz e orgulhoso de Dulce foi seu primeiro pagamento pela atitude
tomada.
— Como também ficarei feliz em dançar — acrescentou ela. — Agora, venha, meu
senhor. Quero mostrar ao senhor e a sua esposa onde ficam seus aposentos, para
que possam descansar e se refrescar antes da festa. — E levou o casal escadaria
acima, até a torre do lado leste, deixando Christopher com seu maior inimigo. Eles
não estavam propriamente a sós, é claro, já que Cadmus estava sentado junto ao
dono e a guarda do conde acabava de entrar no hall, bem como os muitos criados.
— Ouso dize que você ficou atônito com minha presença aqui hoje — Biaggio
observou com um ligeiro sorriso de ironia nos lábios. Ele ainda desafiava.
— O que sei é que você foi bastante rude em não responder meu convite —
Christopher rebateu sério.
— Eu estava ocupado com o conde.
Diante de tal afirmação, a única coisa que Christopher fez foi erguer as
sobrancelhas, já que não fora exatamente isso o que a prostituta dissera ao
Christian e, levando-se em consideração o caráter de ambos, ela era muito mais
confiável do que Mike Biaggio…
— Você pode ter ido longe demais com esse seu casamento, Christopher — ele
continuou provocando. — Aliou-se a homens poderosos e o conde deve ter
imaginado onde de fato, quer chegar…
— O conde ou você?
— E o que me interessa com quem se casou ou com quem fez alianças? Tenho meus
próprios aliados.
— Interessa-se tanto a ponto de encontrar minha esposa no bosque. Biaggio
endireitou os ombros.
— Com certeza, ela lhe contou o que achou que eu estivesse fazendo, lá. — Ele sorriu,
mas apenas com os lábios.
— Nosso encontro foi puramente fortuito. Um acaso da sorte. E você deve pensar
que assim foi, é lógico, ou teria cavalgado até meu castelo para pedir maiores
esclarecimentos…
— E essa era a segunda parte de seu plano?, Foi o que pensei. 
— Não houve plano algum! Você e aquela sua esposa…
— Fale de Dulce com respeito ou saia daqui imediatamente. Estou apenas
esperando que faça isso para que eu possa contar ao conde o motivo de sua
partida.
Biaggio calou-se por instantes. Sua atitude demonstrava a Christopher que não
estava tão seguro assim de sua posição em relação ao conde. Caso contrário,
aquele aviso não lhe teria dito nada.
— Sua esposa estava enganada — repetiu apenas.




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Autor(a): Primasvondy

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Comentários do Capítulo:

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  • stellabarcelos Postado em 28/11/2015 - 15:52:16

    Muito linda a história! Amei!

  • juhvondy4ever Postado em 04/07/2011 - 17:47:31

    eu entro em depressao agora ou imediatamente? num acredito q acabou bubu
    vc precisa postar mais dessas webs adaptadas..sao as minahs preferidas aidna mais qnd vc posta miga!!!!
    gostei mto da web, de ter conehcido vc e agora vc arranjo alguem p perseguir vc ate o ultimo minuto kkkkkk

    te amo
    parabens pela web s2

    ate breve s2

  • clariinha Postado em 03/07/2011 - 22:05:59

    hahahaahaha eu amei amei amei! foi tudo!

  • vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:39

    Final perfect,!
    Adorei!
    Concordo com todas as outras leitoras..
    Sentirei saudades... Besos!

  • vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:39

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