Fanfics Brasil - 49° Capítulo • A Substituta • DყC Adaptada - Terminada

Fanfic: • A Substituta • DყC Adaptada - Terminada


Capítulo: 49° Capítulo

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Dulce
estava sozinha ao acordar. E, a julgar pela fraca claridade que passava pela
janela estreita, Christopher devia ter saído muito cedo para ajudar nas buscas
por Zoraida.
Não deveria ter permitido que a criada fosse sozinha, arrependia-se agora.
Devia ter insistido para que ela se fizesse acompanhar por um guarda.
Não havia grandes perigos nas terras de seu marido, com certeza, tentava
consolar-se. O mais certo era que como Christopher supusera, Zoraida tivesse
caído e se ferido, e estivesse sem condições de voltar ao castelo. À noite não
fora fria demais e ela não deveria ter sofrido muito.
Ouviu os portões do castelo sendo abertos e escorregou para fora da cama.
Calçando os sapatos, apressada e com grande dificuldade devido ao ventre
volumoso. Era-lhe praticamente impossível correr, foi até a janela o mais
rápido que pôde. Inclinou-se no peitoril, tentando ver o que se passava lá embaixo.
Viu de imediato o corpo que estava atravessado sobre o cavalo de
Christopher e seu coração se apertou. Ele e seus homens estavam parados ao
redor do animal e pareciam conversar.
— Oh, meu Deus! — Dulce sussurrou e, sem forças para continuar em pé, deixou-se
escorregar até o chão, cobrindo o rosto com as mãos. Como aquilo podia ter
acontecido? perguntava-se, desesperada. Mesmo sozinha, Zoraida devia estar em
segurança caminhando por suas terras.
Chorou baixinho, até ouvir a porta do quarto sendo aberta para dar passagem a
Christopher. Ele veio depressa em sua direção e ajudou-a a erguer-se,
preocupado.
— Dul, não deve ficar nesse chão frio…
— Era Zoraida sobre seu cavalo, não era? — ela quis saber, num murmúrio
dolorido.
Christopher conduziu-a até a cama e, depois de vê-la sentada, sentou-se a seu
lado e assentiu.
— Mas… como isso pôde acontece?!
— Ela foi atacada.
— Atacada?! — Havia espanto e horror em sua voz. — E foi violentada também, não?


Christopher engoliu em seco.
— Eu não ia lhe falar sobre isso por um tempo, mas… sim, é verdade confessou.
— Christopher, precisa parar com essa mania de querer me poupar de tudo, fui criada
num convento e não no céu. Muitas das garotas que eram enviadas para lá tinham
sido violentadas e, embora não tivessem tido culpa, ficavam ali, exiladas para
sempre, para ocultarem sua vergonha, e evitar um escândalo na família. Então,
sei muito bem que essas coisas acontecem e como acontecem. Não preciso ser
poupada de nada. Ela estava muito longe do castelo?
— Estava na cabana abandonada, ao lado do riacho.
— Mas não é tão longe assim… — Dulce protestou, como se, de alguma forma,
pudesse tornar a morte de Zoraida impossível de ter acontecido, o que queria
que fosse verdade. — Quem poderia fazer tal coisa?!
— Biaggio.
Ela o encarou, horrorizada.
— Biaggio? Mas… ele é um cavaleiro!
— Sim. Um cavaleiro que deveria respeitar os ideais mais nobres da Cavalaria,
mas Biaggio não sabe o significado da palavra honra.
Christopher enfiou a mão numa abertura de seu cinto e retirou a moeda de prata
que encontrara na cabana.
— Encontrei isto e suponho que seja motivo suficiente para suspeitarmos de
Biaggio.
— Uma moeda?


— Uma moeda de prata.
— Muitos homens levam moedas de prata consigo, até mesmo os foras-da-lei.
Ele assentiu, concordando, e prosseguiu:
— Havia marcas de um cavalo ferrado ao redor da cabana e no caminho que leva às
terras de Biaggio.
— Bem… Poderiam ser do cavalo de um de seus soldados ou oficiais, ou de um
daqueles mercenários que contratou. Com certeza, muitos deles devem ser capazes
de cometerem tamanha atrocidade.
— Eu sei. Mas conheço Biaggio muito bem. Ele também seria capaz de fazer algo
assim, se achasse necessário.
— Necessário? E porque violentar e matar uma pobre criada seria necessário?
Christopher meneou a cabeça, pensativo. Depois de alguns segundos, indagou:
— Você confiava em Zoraida?
Dulce franziu a testa.
— Sim. Nunca tive razões para desconfiar dela…
Ele olhou para a moeda que virava na mão direita.
— Talvez isso tenha sido um erro — murmurou enigmático.
— Acha que ela poderia estar aliada a Biaggio contra nós? — Dulce começava a
achar que seu marido podia não estar tão enganado assim: — Acha que essa moeda
poderia ser parte de um pagamento? E o que ela poderia ter dito a ele?


Christopher negou de leve coma cabeça. Pensava.
Disse, tentando entender o que havia acontecido:
— Ela poderia ter-lhe revelado nosso número de armas, as posições dos meus
homens, o que temos na despensa e na sala de munição, quantos arqueiros tenho,
quantos cavalos…
Parou e olhou-a intensamente, finalizando:
— Centenas de coisas que um inimigo acharia importante saber.
O bebê mexeu-se e ela teve de colocar as mãos sobre o ventre, tendo a sensação
de que seus movimentos poderiam ser percebidos por sobre o tecido da camisola.
— Ainda acho difícil acreditar… — comentou.
— Eu, não. Talvez porque tenha mais experiência com a desonestidade…
Dulce sentiu um aperto no peito ao vê-lo falar daquela maneira sobre seu
passado.
— Desonestidade feminina em especial, não é? — observou. — Sei, que tem suas
razões para pensar assim, meu querido, mas, isso não descarta a possibilidade
de ter sido um fora-da-lei.


— É claro que não. Também pode ter sido um dos
homens de Biaggio, que viu a oportunidade diante de si e aproveitou-a.
— Não seria uma explicação melhor, considerando-se a violência que Zoraida
sofreu?
— Sim, ou algo que tivesse por intuito retirar as suspeitas de sobre Biaggio…
— Chris, mas se ela era espiã a serviço dele, por que Biaggio a mataria? E por
que o faria agora?
— Talvez porque Zoraida estivesse cobrando caro demais por seus serviços e ele
achasse que já lhe pagara o suficiente.
— Precisamos verificar no quarto dela e tentar achar evidências de outros
pagamentos.
Dulce notou, que ele olhava a moeda com atenção redobrada.
— Pode pensar em outros motivos, não pode? — indagou.


Christopher ergueu os olhos para encará-la e sua
expressão era tão séria que a fez estremecer.
— Talvez ela já não fosse útil aos propósitos de Biaggio — ele explicou. —
Talvez ele ache que já sabe tudo o que precisa para começar a avançar contra
nós. — E passou os dedos entre os cabelos, angustiado. — Deus nos ajude Dulce!
Já fui complacente demais, com esse sujeito. Devia ter percebido que o receio
de que o conde soubesse sobre suas atividades não seriam motivos suficiente
para deter Biaggio.
Dulce tomou-lhe as mãos nas suas.
— Ele não pode simplesmente, nos atacar sem motivo — tentou raciocinar com ele.
— Isso poderia levar o conde ou o próprio Rei julgá-lo por traição! Até mesmo
se um servo se rebela contra seu senhor estaremos diante de um caso de traição!
— Tenho certeza de que Biaggio terá uma boa explicação para seus atos. Já deve
ter tudo preparado. Talvez até me acuse de tramar contra o conde ou contra o
rei.
— Isso seria ridículo!


Christopher sorriu de leve, irônico.
— Se ele planeja, de fato, atacar, podemos estar certos de que dispõe de alguma
evidência. Por outro lado, Biaggio poderá se satisfazer com minha morte apenas…
— Não diga tal coisa! – Dulce protestou, horrorizada diante de tal perspectiva.
— Se ele nos atacar, deverá sofrer as conseqüências. Isso, se sobreviver, é
claro!
Ele tornou a sorrir, acariciando-lhe o rosto.
— Ah, meu amor, eu gostaria que tudo fosse assim tão simples: um combate
pessoal entre mim e ele. Mas temo que haja mais do que isso… — E beijou-a de
leve.
Dulce sentiu, então, uma pequena dor no baixo ventre. Levou a mão até lá.
— O que houve? É o bebê? — Christopher alarmou-se.
— Não… foi só uma pequena dor, nada mais sério.
— Tem certeza?
— Tanto quanto você está certo sobre Biaggio. Então, o que vamos fazer? Porque
precisamos fazer alguma coisa, Christopher!
Ele assentiu, diante de tanta resolução.
— Precisamos enterrar Zoraida!


Dulce apoiava-se pesadamente no braço do marido
enquanto o padre Thomas pronunciava as palavras finais sobre o túmulo de
Zoraida, no cemitério da vila, logo depois do almoço. Foi uma cerimônia muito
simples, acompanhada, de belas palavras de adeus enquanto baixavam seu caixão à
terra.
Ao redor, estavam outros criados de Donhallow e o som de suspiros e soluços
enchia o ar. Dulce estava surpresa diante de tanto sofrimento, pois jamais imaginara
que a quieta e distante Zoraida fosse particularmente bem-amada por seus
colegas.
No entanto, haveria alguma mulher que não se comovesse diante de um fim tão
amargo quanto o que ela tivera?
Dulce encontrara uma sacola de moedas de prata escondida sob o colchão, no
quarto que a criada ocupara e isso poderia ser uma forte evidência de traição.
Mesmo assim, até ela estava triste com o modo como Zoraida fora morta.
O som de cavalos se aproximando chamou a atenção de todos que ali estavam,
interrompendo as últimas bênçãos do padre. Dulce apertou a mão que apoiava no
braço do marido vendo que Mike Biaggio, acompanhado de um guarda pessoal e mais
vinte rudes e bem armados homens entravam no cemitério.


— Senhor, senhora… — saudou ele, inclinando-se de
leve sobre o cavalo. — Ouvi dizer que tiveram um problema em suas terras.
Christopher não respondeu de imediato. Ao invés disso, acompanhou Dulce até
junto do padre, dizendo-lhe:
— Fique aqui.
Ele estava, mais uma vez, como naquele primeiro dia em que o vira, quando
chegara a Donhallow para se casarem. Frio, distante, imponente.
— Christopher… — ia protestar, mas ele insistiu:
— Faça o que estou dizendo.
E voltou-se para encarar Biaggio. Dulce não queria ficar com o padre, mas
estava no final de sua gravidez. O que podia fazer, além de observar enquanto
seu marido caminhava em direção a seu maior inimigo e seus homens?
— Ouvi falar sobre a morte da criada — Biaggio repetiu, com outras palavras. —
Um caso terrível, não? E, como somos vizinhos, vim para oferecer minha ajuda.
— Os boatos continuam voando com o vento, pelo que vejo — Christopher fomentou,
em tom casual.
— Por quê? Não é verdade? Pois foi para isso que vim: para oferecer toda a
ajuda que puder…
— Não queremos nada de você. — Christopher estava firme, altivo.
— Não? Já sabe quem fez aquilo? Prendeu-os? 




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Autor(a): Primasvondy

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Christopher cruzou os braços, em silêncio. — Pelo amor de Deus, Christopher! – Biaggio protestou. — Pode haver um bando de malfeitores rondando por aqui! Se não os prendeu, onde estarão? O silêncio persistia. — Vai deixar que continuem a matar pessoas inocentes? Biaggio continuava com seu discurso eloqüente. &m ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 578



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  • stellabarcelos Postado em 28/11/2015 - 15:52:16

    Muito linda a história! Amei!

  • juhvondy4ever Postado em 04/07/2011 - 17:47:31

    eu entro em depressao agora ou imediatamente? num acredito q acabou bubu
    vc precisa postar mais dessas webs adaptadas..sao as minahs preferidas aidna mais qnd vc posta miga!!!!
    gostei mto da web, de ter conehcido vc e agora vc arranjo alguem p perseguir vc ate o ultimo minuto kkkkkk

    te amo
    parabens pela web s2

    ate breve s2

  • clariinha Postado em 03/07/2011 - 22:05:59

    hahahaahaha eu amei amei amei! foi tudo!

  • vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:39

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