Fanfics Brasil - 50° Capítulo • A Substituta • DყC Adaptada - Terminada

Fanfic: • A Substituta • DყC Adaptada - Terminada


Capítulo: 50° Capítulo

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Christopher cruzou os braços, em silêncio.
— Pelo amor de Deus, Christopher! – Biaggio protestou. — Pode haver um bando de
malfeitores rondando por aqui! Se não os prendeu, onde estarão?
O silêncio persistia.
— Vai deixar que continuem a matar pessoas inocentes?
Biaggio continuava com seu discurso eloqüente. — Essa não é a atitude de um
senhor de terras responsável! O conde de Borghetti não vai gostar de saber como
está agindo.
Diante das palavras que lhe pareciam zombeteiras, e do silêncio de seu marido,
Dulce não mais conseguiu manter-se calada. Afastou-se do padre antes mesmo que
este pudesse detê-la e seguiu em direção a Christopher o mais rápido que podia.
— Temos uma idéia de quem fez "aquilo", senhor — disse, decidida.
— Dulce — Christopher começou a repreender, em voz baixa. No entanto, sua voz
foi encoberta pela de Biaggio:
— Senhora, é extremamente agradável falar-lhe novamente! — Seu olhar passava,
meticuloso, pelo corpo avolumado de Dulce. — Posso perceber muito bem porque
seu marido não quer sair de seu lado. Devo concordar com o conde quando ele diz
que a gravidez deixa uma mulher ainda mais bela. Não é de se admirar, portanto,
que seu marido negligencie suas obrigações para com seus vassalos e para com o
conde e prefira desfrutar de sua companhia no castelo…


— Meu
marido conhece suas obrigações muito bem, senhor! Tanto quanto conhece a
identidade do homem que matou Zoraida!
— De fato? E, se está assim tão certo quanto a isso, por que não prende logo o
infeliz num dos calabouços de Donhallow? Ou esperto sujeito teria escapado? Ou
não teriam evidências suficientes para mantê-lo sob custódia? Que pena, se for
esse o caso, não?
— Teremos as evidências — ela assegurou.
— Bem… Seu marido não me parece pensar dá mesma forma.
Dulce voltou-se para Christopher, vendo-o sério e calado, mas não conseguia
entendera expressão que havia em seus olhos, muito menos imaginar o que lhe ia
na mente.
— Teremos as evidências — repetiu, tentando parecer convincente.
Biaggio
sorriu.
— Está calado demais, Christopher — zombou. — Teria ficado mudo de repente? Ou
há outros motivos para não falar? Talvez medo do que eu possa fazer em
retaliação se lançar pesadas e falsas acusações sobre minha pessoa? Preocupação
por sua jovem e grávida esposa, que ama tanto, muito mais do que minha bela e
infeliz irmã?
Dulce encarou o mando mais uma vez. Seria isso? Ele estaria ali, calado, quase
indiferente a Biaggio apenas por temer por ela?
Sentia duas emoções muito fortes dentro de si nesse momento: orgulho por saber
que ele se importava tanto assim com sua segurança, e horror por ver que o amor
que ele lhe tinha enfraquecia-o diante daquele homem.
— Por favor, Christopher leve-me para dentro, longe dessa pessoa — pediu.
— Sim, Christopher! — Biaggio zombou. — Leve-a para dentro… e fique por lá
também!
— Até logo, Biaggio — Christopher disse apenas, a voz dura e fria como metal. —
E saia de minhas terras.


A risada triunfante e zombeteira de Biaggio se fez
ouvir enquanto caminhavam de volta ao castelo, seguidos pelo padre e pelos que
tinham ido ao enterro de Zoraida.
— Temos que conversar sobre isto, meu senhor — Dulce avisou, ao passarem pelos
portões.
Christopher encarou-a para responder apenas:
— Não.
— Sinto se o desobedeci, mas não pude suportar ouvir Biaggio dizer aquelas
coisas horríveis sem enfrentá-lo.
— Não devia ser você a fazê-lo. E eu já lhe tinha dito que, precisamos de mais
provas para acusá-lo!
— E vamos deixá-lo pensar que pode escapar, assim, impunemente?
— Vamos deixá-lo falando sozinho, sem saber o que pensamos a seu respeito! Isso
é o que devemos fazer!
Dulce parou de andar.
— Oh, senhor, sinto muito! Nem pensei nisso!
— Achei que não, mesmo. — Christopher olhou-a, reprovando-a, e diminuiu os
passos, acrescentando: — Eu não devia andar tão depressa.
— Não tem importância, Christopher, sinto muito.


Ele segurou-apelo braço, conduzindo-a até os
estábulos e dizendo, contrariado:
— Não gosto de discutir tais assuntos em público!
Quando lá chegaram, bastou um olhar de Christopher para que os cavalariços
saíssem correndo e os deixassem a sós.
— Christopher, preciso saber de uma coisa — Dulce se apressou em dizer. — É
verdade o que Biaggio disse? Que não o enfrenta por medo do que ele possa
fazer?
— Não sou um covarde, Dulce! Fiz o que fiz porque sei que Mike Biaggio jamais
suportou o silêncio e que isso o deixaria fora de si. Não percebeu que aquele
idiota veio até aqui hoje apenas para me provocar, ameaçando você, acreditando
que meu amor por você, e por nosso filho, me deixaria fraco?


Respirou fundo, e continuou:
— Houve uma época, quando eu estava começando a perceber o quanto a amava, em
que imaginei que, de fato, meu amor poderia me enfraquecer, tornar-me
vulnerável. No entanto, quando o vi hoje aqui, ameaçando, percebi o quanto eu
estava enganado e o quanto ele está, também, por pensar assim.
Dulce olhava-o com amor, enquanto ele falava.
— Meu amor por você não me enfraquece. Ao contrário, faz com que eu me tome
mais forte ainda e mais determinado a proteger aos que amo. Mike Biaggio
cometeu um erro terrível ao ameaçá-la, meu amor. Não podia ter feito nada pior,
pois lutarei por você e por nosso filho até meu último suspiro.
— Oh, Chris… — Ela toda estremecia, olhando-o nos olhos. — Não quero que morra
por mim!
— Prometo fazer todo o possível para evitar tal coisa, minha querida. — E
acariciou-lhe o rosto com dedos suaves. — Agora, preciso colocar meus homens em
prontidão. Aqueles que deverão combater comigo precisam estar avisados do que
pode acontecer. Vem comigo ou prefere descansar?


— Gostaria de acompanhá-lo, meu amor.
Christopher sorriu mais uma vez maravilhado diante da força de sua mulher.
— Então venha, minha senhora. Embora deva lembra-la de que um dia, mentiu para
mim, quando disse que seria capaz de manter-se em silêncio…

Ao checarem ao hall, viu que muitos dos soldados ali estavam, falando
nervosamente entre si, bem como outros tantos criados. Ficaram, porém, todos
calados, assim que perceberam que seu senhor adentrava o recinto. Alguns, até
começaram a se retirar humildes, mas pararam quando Christopher lhes falou:
— Fiquem!


Levou Dulce até uma cadeira e depois, voltou-se
novamente. Suas, palavras eram fortes, embora sua voz não lhe permitisse
dizê-las em tom alto:
— Já sabem sobre o que aconteceu a Zoraida. Infelizmente, possuo razões para
suspeitar que ela não estivesse no bosque pelos motivos que deu a minha esposa,
ou melhor, ela estava lá por tais motivos e por outro. Acredito, devido ao que
lady Alexander encontrou nos pertences de Zoraida, que ela tenha sido uma espiã
durante muito tempo.
Uma onda de comentários sussurrados passou por entre todos. Entretanto,
calaram-se quando Christopher ergueu a mão direita para prosseguir:
— Também acredito saber quem está por trás disso, tudo: Mike Biaggio. E, se não
foi o responsável direto pelo que aconteceu a ela, foi o mandante, com certeza.
Um murmúrio de perplexidade ecoou no salão.
— No entanto, não disponho de provas. Não posso acusá-lo publicamente e todos
estamos correndo perigo. Esse homem não se deixará deter por nada, até poder
conseguir a vingança que sempre quis contra mim por ter matado sua irmã e, por
isso, peço-lhes perdão.


Os olhos de todos se arregalaram, incrédulos,
surpresos.
— A morte de Belinda foi um acidente — Christopher continuou firme. — Ela me
atacou e, quando consegui afastá-la de mim, empurrando-a com toda minha força,
ela caiu, bateu a cabeça e faleceu. E, mesmo sabendo que agi em legítima
defesa, sinto por tê-los colocado em perigo, pois Biaggio quer ter sua vingança
a qualquer preço. E, seja qual for a alegação que ele possa ter, assassinatos
não são uma resposta que justifiquem seus atos.
A atenção de todos estava em Christopher. Sempre tinham respeitado seu senhor e
agora o faziam em dobro, pois percebiam o quanto de lealdade, justiça e
hombridade havia nele.
— Mas, como já disse, preciso de provas para acusá-lo! — ele prosseguiu, colocando
a mão na altura da garganta, pois a estava forçando demais. — Colocarei mais
patrulhas para guardar Donhallow e quando os homens retomarem deverão me
informar de tudo que viram. Absolutamente tudo! Qualquer estranho pego em
minhas terras deverá ser trazido a minha presença, ileso, para ser interrogado.


Depois de uma pausa, continuou:
— Não quero, jamais, que se obtenha confissões por meio de pressões ou
torturas. Da mesma forma, nenhum de vocês deverá ir às terras de Biaggio, em
hipótese alguma, nem mesmo perseguindo alguém suspeito. Precisamos agir com
cautela e sabedoria, para que nada seja usado contra nós! Receio que haja ainda
muitos problemas a nossa frente, portanto, avisem suas famílias. Todos devem
estar avisados para buscar abrigo no castelo o mais rápido possível, caso isso
seja necessário.
— Abaixo Biaggio! — Ouviu-se no meio das pessoas. E logo muitos gritos de apoio
a Christopher se fizeram ouvir, fortes, entusiasmados. Ate que alguém gritou:
— Deus abençoe lady Alexander.
— Sim, Deus a abençoe! — Christopher concordou, e todos se calaram novamente.
Ela sorriu e se aproximou, segredando-lhe:
— Agora sei por que estava tão calado no dia em que o conheci. Estava
economizando voz para tudo o que disse hoje!
Christopher sorriu e beijou-a, arrancando ovações de todos os presentes.
— Meu senhor! Diante de todas essas pessoas! — Dulce repreendeu-o. — Não sei o
que lhe deu!
— Foi o amor, Dulce! Meu amor por você abriu-me os olhos, libertou-me e, por
que não dizer, soltou-me a língua!
Ele sorriu, malicioso, acrescentando:
— Ou, talvez, eu apenas quisesse que todos aqui tivessem a certeza do quanto
estou satisfeito e feliz com a esposa que tenho.
Dulce retribuiu-lhe o sorriso, o último que trocariam em muito tempo…


Quatro
dias mais tarde, Dulce olhou para Christopher, no hall cheio de pessoas onde
almoçavam, e sua expressão era tensa. Ele parecia estar exausto, era um grande
guerreiro, experiente, mas sentia o peso da dificuldade de estar enfrentando
mais um inimigo.
Cadmus, como sempre, estava deitado a seus pés, e também parecia cansado demais
para, até mesmo, pedir por comida. Vários habitantes da vila, bem como outros
vassalos já tinham pedido abrigo dentro das muralhas do castelo e ali se
encontravam, sentados entre muitos soldados que tinham acabado de voltar da
ronda com Christopher.
Estranhos tinham sido vistos no bosque próximo a fronteira entre Donhallow e a
propriedade de Biaggio. Pareciam ser os mercenários contratados por ele, mas,
infelizmente, nenhum deles fora capturado, portando não se podia dizer ao certo
de quem se tratava e nem por que estavam ali.




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Autor(a): Primasvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 578



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  • stellabarcelos Postado em 28/11/2015 - 15:52:16

    Muito linda a história! Amei!

  • juhvondy4ever Postado em 04/07/2011 - 17:47:31

    eu entro em depressao agora ou imediatamente? num acredito q acabou bubu
    vc precisa postar mais dessas webs adaptadas..sao as minahs preferidas aidna mais qnd vc posta miga!!!!
    gostei mto da web, de ter conehcido vc e agora vc arranjo alguem p perseguir vc ate o ultimo minuto kkkkkk

    te amo
    parabens pela web s2

    ate breve s2

  • clariinha Postado em 03/07/2011 - 22:05:59

    hahahaahaha eu amei amei amei! foi tudo!

  • vondyatrevidinha Postado em 03/07/2011 - 16:56:39

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