Fanfic: O αmor de um єscritor (Vondy) * terminada *

 Capitulo 01: Estranha Insistência

Decidir por onde começar essa historia foi dificil. Primeiro porque sou meio indeciso em qualquer tipo de escolha e segundo minha vida é muito monotóna. Vamos pular alguns anos - dezoito para ser mais exato - e começar pelo primeiro dia na faculdade. Pesquisei durante tres anos da minha vida um curso que me interessa-se - sou meio indeciso, acho que já falei isso. - Até escolher o de escritor. Devem achar que sou algum tipo de nerd ou garoto prodigio, mas tenho que dizer que não. Preocupo-me com meu futuro e dedicação é algo que valoriso. Escolher a carreira de escritor não é facil até porque não existe um curso "como ser um escritor bem sussedido", então um curso de letras me pareceu perto do meu objetivo. Não sou forte, não sou baixo, não sou gordo, não sou bonito - ta bóm só um pouquinho - enfim, um homem normal de 19 anos. Ha sim! Me chamo Christopher.

O primeiro dia parece ser o mais dificil ou o mais legal quando se vai a faculdade. Se tiver amigos conhecidos por lá, beleza, se não - como eu - se contenta em observar a galera.

Estacionei meu carro - meu pai me dera de presente de aniversarios de dezoito anos - e segui para o salão principal. Contar o numero de jovens naquele local era uma tarefa dificil. Havia de todos os tipos: nerds, patricinhas, radicais, protestantes, idiotas... uma variedade grande para eu poder catalogar aqui.

Não conhecia o local, assim acabei me perdendo de inicio para encontrar a minha sala. Pedir ajuda também se tornou complicado, novatos sempre são ignorados de inicio. Tentando decifrar as informações em meu papel, uma alma caridosa me socorreu:

- Novato, adivinhei?  - disse-me uma garota.

Seus cabelos vermelhos me assustaram por um instante. De principio achei que fosse uma gótica, mas o brilho de seus olhos ou mesmo a sua voz me pareciam serenas. Era mais baixa que eu, precisando olhar para cima para falar de frente comigo. Não reparei em seu corpo, mas se seu rosto já expressava uma beleza, não precisava ver mais nada.

- Adivinhou - lhe enviando um sorriso.

- Qual é a sua sala?

Analisei o papel.

- Primeira sala no corredor D.

Ela olha ao seu redor e aponta em uma direção.

- Siga aquele corredor, a primeira porta a direita. Não tem erro.

- Obrigado.

Me virei em direção ao corredor indicado quando a ruivinha se poz em minha frente.

- Não vai querer nem saber meu nome? - ela me enviou um olhar penetrante.

Não entendi onde ela estava querendo chegar.

- Me chamo Dulce - se apressentando.

A cabelos de fogo levantou uma sobrancelha esperando minha apresentação.

-Hã... eu sou Christopher. Desculpe, mas tenho que ir.

Deixei ela me encarar mais um pouco e retirei-me.

- Estudo na sala ao lado - informou ela quando eu ainda me afastava. - Nos falamos depois?

Não respondi. Você deve estar pensando: Como eu dispensei uma mulher bonita e aparentemente inteligente como ela? Relacionamento é ou era uma palavra que eu tinha medo. Talvez pelo meu pai com minha mãe... mas não quero falar sobre isso ainda. O fato é que não estava na faculdade procurando por uma garota, que para mim atrapalharia meus planos para o futuro. Engraçado  eu pensar nisso com apenas um papo que tive com a ruivinha.

•••

Pegar a amizade com o professor é uma ótima estratégia para ter maiores chances de passar em uma materia. Infelizmente, professores de faculdade não se aplicam a essa regra. As primeiras aulas me deram uma boa ideia do que viria pela frente. Anotações, lembretes, indicações de livros para estudar, em apenas cinco aulas eu fizera tudo isso. Novamente, pareço um nerd, mas acredite, se eu não fizer tudo isso, teria continuado na primeira série do fundamental. Aprender era algo que eu custava conseguir. Tanto intelectualmente quanto sentimentalmente, mais um motivo para eu não me involver com garotas.

O sinal bate para o intervalo. O sagrado intervá-lo. A unica hora que consiguo relachar na faculdade. Eu não consegui nenhuma amizade durante as aulas, claro, estava concentrado nas explicações. Deixei a sala pensando o que iria compra para comer, quando uma voz familiar interrompeu meus pensamentos alimenticios.   

- Quer se juntar a nós? - a ruivinha estava encostada a parede em frente a sala.

- "Nós" quem?

- Uma galera que estuda comigo.

Eu a fitei.

- Você estava me esperando - afirmei soltando um riso. - Por que está fazendo isso?

Ela cruzou os braços.

- Isso o que?

- Tentando se aproximar de mim.

Isso soou muito convencido, de fato, mas eu não queria dizer daquela maneira. Eu só estranhava a insistência dela em relação a mim.

- Não, eu só estou tentando te ajudar, bobo.

- Entendi, está querendo arranjar amigos para mim - conclui com ironia. - Obrigado, mas não quero sua ajuda.

- Larga de ser idiota! - ela parecia zangada, mas seus olhos ainda brilhavam com tranquilidade. - Vamos! Só temos mais dez minutos de intervalo. Não custa nada querer se juntar com outras pessoas.

Não tinha jeito. Odeio quando as pessoas insistem comigo com algo que não quero fazer, porque na maioria das vezes acabo cedendo.

- O.k, vamos a sua mesa.

- Finalmente - me pegando pelo braço. - Você vai gostar deles.

Realmente, eu não entendia o porquê dela insistir comigo.